Bom dia. São dez e vinte. Quero muito, desejava ardentemente, nada como começar o dia exagerando as atenções, ter feito este post antes das dez. Mas não. É que, sei lá, dava-me jeito, naquela de ser diferente e tal.
segunda-feira, 14 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
Canção
Na Radio a Alison Moyet cantava
'and I just don't want to be lonely, no no... nigth and day'
Eu cá não estou louneli dia nenhum mas isso da solidão é o que efetivamente sinto, noite e dia. As pessoas estão sempre sozinhas. Estamos sempre sozinhos. Experimentem ter uma dor qualquer e onde quer que seja, a ver se não têm de se ver sozinhos para a curar. Geralmente leva um ror de tempo.
Primeiro
Bom dia. São dez e vinte e oito. É sábado. Não tarda largo estes sábados no estaminé, quiçá restem uns dois ou três. Tomara já, ai que saudades de me levantar cedo com a enga de me jogar às compras no supermercado e trazer coisas boas e escrever montes de coisas na minha cabeça. Mas depois, como é sábado, não tenho tempo de passar essas coisas, as da cabeça, a posts e pô-las no blogue.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Espontaneidade
Ora bem, neste dia voltei a ter pouquíssimo tempo para estas lides de blogues e tal e vai que sendo assim deixo outro vídeo onde falo de espontaneidade e vou mas é embora daqui.
Hoje contei então
Hoje contei então as árvores que estão do lado direito de quem desce a rua mais bonita de Lisboa e... Ena! É que nem uma está sem folhinhas. A décima tem uma folhinha, umazinha só, pequenina, simples, nada dominadora do espaço. Ainda. E outras virão.
quinta-feira, 10 de março de 2016
A foto
A rica filha tem um telemóvel novo e não se cansa de lhe gabar a câmara, dizendo tem uma definição altamente definida* e quês. Perguntei-lhe meio trocista se ficamos mais bonitas. Ela encara-me seriamente, noto-lhe aqueles olhos enormes (e lindos!) e penso logo de rajada que não é difícil uma expressão daquelas ficar bem numa foto tirada com uma câmara da treta, quanto mais... Mas ela riposta que...
'Nota-se mais que somos bonitas.'
*dei pela redundância mas aconteceu-me crê-la tão próxima da espontaneidade que não a eliminei.
Especialmente para quem
Especialmente para quem viu o vídeo que deixei ontem no blogue:
• os separadores entre excertos de imagem são amarelos para combinar com a banana
• tenho os óculos postos por conta da sensualidade que não possuo mas que, ainda assim, me ficam bem
• quero provar que comer uma banana pode não conter qualquer sensualidade, basta ser eu a comê-la
Olha eu a fazer filmes
Logo à noite tenho de carregar a dúzia de filmes que fiz ontem no Youtube. Há toda uma correnteza de passos, tipo assim uma fila indiana, com muitos filmezinhos aguardadndo a chamada e marchando ao mesmo tempo. Estou toda baralhada com o assunto mas sei que tenho de cortar partes ali pelo meio a alguns, tenho de cortar as extremidades a todos, juntar outros com uns e coisas assim.
Lugar da musa
As minhas mãos cheiravam a dinheiro. É que tinha posto as moedas à justa para pagar o café: quatro de dez cêntimos, duas de cinco e cinco de dois.
No outro dia houve um homem que entrou no estaminé e começou a fungar e a dizer que cheirava a dinheiro, isto querendo fazer ver que a malta daqui é riquíssima e/mas ele não. Não me movi de trás do balcão e não deixei de o encarar seriamente enquanto ele ia teatralizando a cena. Parvo.
Tenho frieiras.
Ninguém no lugar da musa. A certa altura lembrei-me:
Ai que o moço que serve os cafés é aquele a quem no outro dia deixei o recadinho!
Ups, o moço que serve cafés é aquele!
Oh céus, vai perceber que estou a escrever coisas nos papelinhos!
E que se calhar fui mesmo eu que lhe escrevi o recadinho!
O recadinho mais falado da blogosfera!
Falado apenas por mim, mas pronto!
Mais falado!
Não há mais ninguém que fale de recadinhos na blogosfera!
E. Nada. Falado. No Lugar. Da. Musa. Esse. Recadinho. O. Moço. Sabe. Lá. Que. Fui. Eu.
Hoje conto as
Hoje conto as árvores do lado esquerdo de quem desce a rua mais bonita de Lisboa a que ainda não rebentaram as folhas. Julgo que faltam vírgulas à frase anterior, é que continuo desorientada, o que já vem do post anterior, eu que não me julgue sabedora disto de escrever. Eram elas, as árvores que ainda se mantêm sem verdes, a quinta, a sexta, a sétima e a oitava. Amanhã dedico-me às árvores do lado direito, está bem. Está.
Roupinhas
Andei de volta de mais roupinhas primaveris. Blusas, hoje, só. Experimentei umas quantas e não curti nenhuma. Como tal dirigi-me à senhora que andava a arrumar prateleiras e mesas cheias de trapos no sentido de lhe perguntar se deixava as roupinhas que experimentara com tanto gosto e tanta desilusão tinham trazido à minha vida com ela e ela diz que sim num repente e arranca-me os trapos das mãos (faltam aqui vírgulas, não faltam?). Não curti. Não curti as blusas, não curti o gesto. Nada. Mas quiçá a senhora estivesse no meio do trânsito, quiçá o bebé não a tivesse deixado dormir, quiçá esteja a atravessar um luto difícil. Bom, uma infinidade de coisas. Ah, e eu que tenho tido umas noites terríveis, cheia de dores e dormências nos braços e nos ombros, tanto que faço uma rodilha com o lençol de baixo, tantas são as voltas que dou, na ânsia de descansar o corpo e a cabeça. Dei mais uma volta por ali assim, não na cama, agora já estou na loja de roupinhas novamente, uma vez que tinha visto tantas coisas giras... Levei para o provador, por sinal amigo das gentes anafadas, que aquilo ali tira uns três mil gramas ao aspeto, ah, tão bom, e pus-me às voltas, agora no provador, para fazer dançar a blusa verde-bandeira que fazia assim como que uma capa por sobre o dorso. Ficava-me bem, mas não a trouxe comigo, deixei-a pendurada pela tira estreitinha que une o decote atrás. Quer isto dizer que o decote atrás é tão profundo que para a blusa não escorregar pelos ombros houve necessidade de lhe pregar uma tirinha, assim faz efeito e faz também feitio. Pois então estava eu a dizer: deixei a blusa pendurada pela tirinha, já não me esmerei tanto ao ponto de não querer dar trabalho a quem tem por trabalho arrumar roupinhas e assim dar-me ao trabalho de pendurar roupinhas nos cabides de onde as havia retirado (faltam aqui vírgulas, oh céus, faltam aqui vírgulas). O mais que fiz, ainda, foi correr a cortina do provador, depois de sair, gesto que como se sabe é dispensável e até tolo, mas é que se eu tenho ido ter com a senhora para a pôr a trabalhar ela ainda me ia aos cornos e eu ando a dormir tão mal...
Da praça
No banco mãozinhas estava um jovem sentado, mexendo no telemóvel. Cá por dentro disse-lhe assim: ó 'migo, cuidado aí, trate bem desse assento, está bem. E ele cá por dentro de mim respondeu: está.
Almoço
Cozido à portuguesa. Com tudo à unidade, menos a farinheira, que mandámos vir mais um pedacinho por conta da casa.
Não posso esquecer
Não posso esquecer de levar o envelope vermelho onde consta o vauchâr com a oferta da tal massagem terapêutica. Não achei lá muito interessante a resposta do lado de lá do telefonema a marcar, nomeadamente o tom de voz com que fui brindada, assim tipo frete, e coiso, afinal eu vou ser caso perdido, é uma borla, mas pronto, o serviço foi telefónico rápido e eficiente. Aguardo apenas umas horas e tudo saberei, quiçá a senhora estivesse no meio do trânsito, quiçá o bebé não a tivesse deixado dormir, quiçá esteja a atravessar um luto difícil. Bom, uma infinidade de coisas. Eu depois conto tudo. Quero dizer: eu, neste preciso momento, presumo que depois conto tudo.
Dói-me a cabeça
Dói-me a cabeça. Este é um post assim como que a reforçar um facto já referido no dia corrente e, uma vez que falo para o mundo inteiro, a pretender obter atenção mas principalmente solidariedade. A ver se as consigo, então.
Quando eu disse
Quando eu disse que ia na rua, no meu papel de transeunte, e que duas pessoas, note bem: duas pessoas, me seguiram o olhar escondido pelos meus óculos escuros e fantásticos, eis que estava falando verdade. Não é mentira nenhuma, ora essa, foi mesmo assim, essas duas pessoas viraram as suas cabeças e rodaram os seus pescoços para me ver e notar e anotar tudinho acerca da minha cara. Não sei que tinha e na verdade apenas vislumbro dois motivos para uma atenção tão grande: 1, sou bué da gira; 2, sou bué da feia, mas calhando tinha mas era uns óculos escuros. E fantásticos. De nada, ora essa.
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