quinta-feira, 30 de junho de 2016

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Estranha Ternura, Miriam Toews

Pétalas

Os jacarandás estão a ficar sem pétalas, é vê-las a pintar o chão de azul, ai não é azul é lilás, ai não é lilás e anil. Caril. Caril, não. A outras árvores também a Natureza lhes faz a mesma razia, nomeadamente uma espécie que se vê por aí, muito embora não tanto como os jacarandás, que se lhes solta as pétalas também por esta altura do ano, só não sei dizer se deixam cair resina, isso não sei, mas que o chão ao seu redor se encontra repleto de pétalas vermelhas, lá isso sim.
O junho termina hoje e com ele o semestre e até o trimestre.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia das Redes Sociais. Eu cá é mais Blogspot e Youtube (que no fim das contas estão agregados), há anos que assim é, e dou (também) um olhinho ao Instagram e o outro (olhinho) empresto-o ao Facebook. No Blogspot/Youtube sou mais anónima do que nos outros dois, aliás: sou praticamente anónima, e é por não sê-lo tanto assim nos outros lugares que me meto mais no blogue/canal do que neles. Isso do social-no-virtual e do social-no-presencial não tem diferença nenhuma senão o modo de comunicar e o esconder dalgumas cobardias. Falo pela minha experiência, não pela dos outros, já escrevi coisas no blogue e disse coisas nos vídeos que jamais teria coragem de dizer presencialmente.
Com tudo e por tanto, há uma metade a manter privada, um meio perfil a expor, porque ao final: a expor, tanto presencial como virtualmente, nunca tudo.


Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e seis. É vinte e seis? Tenho sempre esta dúvida. É que vinte cinco não tem o 'e', o vinte e seis, como já se percebeu, sei lá eu, o vinte sete não, já o vinte e oito, o vinte e nove, o vinte e um, o vinte e dois, o vinte e três e o vinte e quatro têm. Somente aqueles dois diferem nesta demanda, quero dizer: um mais que outro, pronto. E as restantes dezenas... Olha, vou mas é.
Ó pá tóin xirú! O sol ainda bebé! As nuves com risquinhos de luzi de volta!


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Europeu-eu-eu

Gina ainda não falou de Europeu-eu-eu principalmente porque Gina não pesca, nem caça, mais nada de futebol que não sejam certas inerências, coisinhas de volta de bola e de jogadores, mas que não são fulcro nem contenda, é por isso que Gina não pesca nem caça, mas. Portanto: Gina tem coisas.
Há placar gigante junto de Gina, em dias de jogo com portugueses há movimentação de caneco. De caneco! Gina gosta de ver multidões, se de longe. Gina gosta até de ouvir multidões exaltadas, exultantes. Gina acha incrível que pessoas sejam emocionais in extremis, que coração se lhes acelere com vibrações por meio de medos e anseios e glórias e deceções, que se imitem descaradamente em amores por bola de futebol e homens às cores, que se ajuntem por motivo e motivo ser mesmo, que gritem e riam e chorem desalmadamente. Então Gina quer dizer que aquando de golos portugueses, portugueses em bancadas junto de placar que está junto de Gina fazem escarcéu tamanho, escarcéu é tanto que chega bruaá vibrante e humano que Gina não sabe descrever porque em certos dias Gina não finge que sabe escrever. Gina gosta de ouvir bruaá, emociona-se e é aí que está poesia. Montes de poesia – invasiva - e bruaá é inerência de Europeu-eu-eu e inerências é com Gina, mesmo não fingindo que sabe escrever.

Da manhã, a esta hora – 16:34

De manhã a rica filha anunciou que não lhe apetecia ir trabalhar, salientando que estava extremamente bem disposta, mas não para isso do trabalho.

Do almoço, a esta hora – 16:31

Para mim as quartas-feiras contêm arroz de pato, para a dona Raqueline a ida ao cabeleireiro. Isto ocorre semana a semana, após uma semana e mais outra semana, com outras semanas por cima daquelas todas. É portanto semanal. Pois. E por ora findo.

Lugar da musa

Sonho com o dia em que me interromperão a escrita. Pedir desculpa por interromperem já tem acontecido, no levantar da chávena vazia, agora a 'história' de interromperem por quererem saber o que, isso é que não.
Hoje a menina estava afogueada com tantos clientes, oh céus, o que me precedeu tinha à sua frente quatro cafés em cima dum tabuleiro, prontinhos a marchar dali, mas estava baralhado. Desculpe, qual é o descafeinado, perguntou. A menina apontou o que tinha colher dentro, muda, o que achei menos bem. Ah, então os cheios são estes, concluiu ele. A menina fez novamente um gesto, usando um encolher de ombros, muda, ainda, mas como lhe chamando tolo por não perceber o óbvio. É realmente óbvio, os cafés cheios têm mais líquido do que os 'normais'... Pois. Mas foi menos bem da parte da menina, a mudez. E da mudez, tenho ainda a dizer que o gesto é muito, sim senhores, mas não é tudo.

Fronteira: praça – avenida

Não mostres a cara tensa. Não mostres a cara triste. Tampouco mostres a cara sorridente. Não mostres mas é a cara.

Leitura

Não tenho andado muito entusiasmada com a leitura, mas garanto que a culpa não é da história, eu é que sou uma desconcentrada do caraças.



Estranha ternura, Miriam Toews

Fotos do intervalo grande

De há umas semanas para cá não me sento no muro de pedra, logo agora que é tão apetecido devido à sombra que lhe assiste a todas as horas do dia, o que portanto lamento. E não me sento por conta duns melhoramentos ao pavimento que por ali andam a fazer. Ultimamente tenho então virado à esquerda e dado de caras com as meninas-estátua, que tanta impressão me fazem - não têm mãos - mas ainda assim lhes noto alegria. Hoje sentei-me no banco defronte, que em metade dele havia sombra, pelo cedo que por ali passei. Fiquei lá até a sombra se deslocar para a esquerda e sentir os braços queimarem. Tenho três fotos:
A primeira é parte das meninas, em particular a prova de que não têm mãos.
A segunda é duma folha que andou aos rebolões bem próximo ao pedestal das meninas e ali foi ficar, mostrando força de vontade, mesmo o vento a querer demovê-la mais vezes.
A terceira é duma árvore que lhe nasce dois ramos mais que os outros há anos, havendo até um dia em que lhe chamei algo extremamente criativo (estou a ironizar, que eu para títulos e epítetos, pá...) e que não estou certa de conseguir encontrar. Posso obviamente tentar mas fá-lo-ei noutro dia.


Estou a horas

Estou a horas de ir de férias. Não estou nada. Quero dizer, estou, mas contando em horas faltam ainda muitas, umas trezentas, para aí. Este ano tenho de levar comigo, não um, mas dois tripés. É. Vou fazer vídeos. Para já porque sim. Para depois porque sim. Para depois de depois porque quero. Para depois de depois de depois para registar a largada da pedra da crua vermelha. É. Onde, não sei, mas É.
As toalhas de praia são velhas que eu sei lá, mas o biquíni é a estrear. Pois, já comprei. Tenho de levar tudo isso também, oxalá não me esqueça. Ah ah.
Tirei-lhe as maminhas, os aumentos, as partezinhas. Sorte ter uma costura por onde pudessem passar. Lá no recinto vendedeiro estavam duas senhoras comentando que agora só se vê estas coisas assim, que as mulheres querem é ter as mamas grandes, onde é que já se viu, ora essa. Há pouco estive a olhar e a reolhar, mirarando e remirando as partezinhas que retirei de lá. Concluí que as partezinhas não só aumentam o tamanho das mamas, como as sustentam e até elevam aos céus. Eu cá acho.
A ver se não esqueço de levar também o protetor solar. Sou um bocado escura de pele, geralmente não encarniço lá muito, eu é mais dourados e isso assim, ou seja: ostento rapidamente lindos dourados, mas em primeiras exposições costumo ter cuidado e besuntar toda a pele que vejo. Então o narizinho, ó pá, cuidado com ele.

Costuras & Bainhas

Aos mais anos, por esta altura, andava aí toda maluca com as costuras e afins, mas este ano não. Tenho uns tecidos esperando, lá isso tenho, mas não me apetece lá muito. Au eva, há pouco lembrei-me de confecionar um deles assim:
A parte de cima:
fazer como que um retângulo, que tanto se vê agora, aquilo é só cortar, coser duas costuras e embainhar. O que acontece é que se fica com badanas a esvoaçar, a gente, eu, anda, ando, a roupa voa-se-me mim afora, só por dizer que dali não sai, e vai que eu também me lanço pelo espaço sem de fora dessa roupa sair.
A parte de baixo:
fazer uma saia sem quês nenhuns, lisa, justa... e se justa, esvoaçar é coisa que não vai dar para fazermos as duas. Folgo que assim seja, pouco me interessa evoaçar em cima e em baixo.
As roupas, cores e feitios, são como tudo o que há
, equilíbrio, 'migos, equilíbrio,
e, neste caso em particular, se esvoaço em cima, então eu que não esvoace em baixo.

Sipipú é amiguinho, não é. É.

Pertences também em pixéis, tão amiguinhos como o sipipú. Já estão no lixo. Deito amigos no lixo, que maldade.


Vinte e dois

Esteve aqui uma senhora que só queria saber uma informação e a frase introdutória foi:
'Há quantos anos está aqui?'
Eh pá, enchi o peito de ar, confiante, ah caraças, há tantos e tantos minha senhora, e categoricamente respondo:
'Vinte e dois.'
Ela encolheu os ombros e fez 'é pouco' com um ar desolado. Depois explicou que queria saber onde era uma clínica, isto nos antigamentes, clínica essa que lhe viu nascer os filhos, um há quarenta e não sei quantos anos, outro há trinta e tal. E eu não soube dar resposta conclusiva, que afinal sou ainda tão jovem.

Consultório

Se há coisa que me acalma, aquando das consultas com a senhora doutora do consultório, é debitar à mão o que me passa pela cabeça.


Dos meus dias

«Pois é, é isso, é que é isso mesmo. E sou grafómana em que dias? Nos meus, pois claro, ó: Dias duma grafómana»
Mas ontem não escrevi coisas no blogue. Ou por outra: escrevi mas não publiquei. Sei lá, fiquei esquisita, não estava disposta, em parte porque o dia foi diferente, muito embora houvesse teclado e tudo e tudo e tudo, mas outras alturas se levantaram ainda mais altas que o habitual e acabei por não publicar as três ou quatro frases que rascunhei, as quais, e vou falar de cor, consistiam em coisas como o passeio com a cadela logo pelas sete da manhã, o chilrear da passarada, o vazio da praceta e ainda uma foto que tirei ao laranja que fica no céu quando o sol nasce, ou quando é ainda recém-nascido. Passo agora a transcrever o rascunho d' ontem e mostro a foto logo a seguir.

Bom dia. São sete e cinquenta e sete. Ah ah. Às seis e não sei quê estava a tirar a foto e às sete e picos a passear a cadela numa praceta vazia de gente e repleta de passarada.


Primeiro

Bom dia. São onze e seis. É preciso varrer o chão do estaminé. Já lá vou.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Poupando

Descolo a fita que cola largamente a pequena caixa de fechaduras e envolvo-a na fita rígida que entretanto retirara à caixa e enrolara com grande mestria. Deste modo arranjo uma poupança à autoridade suprema deste estaminé.

Rebarbas

É uma chave são pedro média, dizem. O nome 'são pedro' é visto pelo desenho da cabeçaXespessura/largura/altura do palhetãoXrespetivo furo, e o 'média' é designado levando em conta o comprimento da guia, dizem.
Esta chave tem rebarbas, como eu, que fiz eu, como me faço, que posso desbastar, como me desbasto. Vai-se a ver e um dia deixo de ter pele aqui porque deixei a pele por aí.


Do que não

Hoje ainda não fiz vídeos porque estou triste. Claro que é por isso, uma vez que me é custoso fingir e frente à câmara a coisa difere em muito de escrever num lbogue... ai perdão, blogue tolo, sei lá, é mister uma certa boa-disposição. Portanto: nem liguei a máquina, é que nem a liguei. Amanhã vou à senhora doutora falar das coisas do corpo e omitir as da cabeça, é o costume. Mas, havendo coragem em me apresentar, ela receitar-me-á magnésio, matéria que, como sei, em tomando me sinto alcançar o estado estupidamente inteligente. Eu disse o, não disse um. Será que se a minha inteligência fosse racional ao invés de emocional eu seria feliz? Hum? Será a felicidade, afinal de contas, de contas pois, ah ah, um número? Ok vá, algo impalpável, ó pá tudo bem, mas uma ideia precisa, reta, certa? Tipo uma lista de pertences tão despropositados no blogue, ó pá tudo bem, mas que me pertencem...? É, a felicidade está aí.
Os pertences estão num saquinho de plástico 23x15 cm, também posso dizer que as medidas são 230x150 mm, mas isso às tantas é estar a complicar demasiado a vida dos leitores. O plástico desse saquinho é transparente e as medidas foram tiradas deixando fora dos números aquele centímetro que consta da orla do saco, sabem?, aquela onde se juntam as duas partes, assim como se fossem cosidas, e quando a gente cose, e eu sei do que falo, sei sei, fica sempre uma orla. Pronto, então esse pedacinho, 1 cm, para aí, não conta para as medidas que tirei.
Então, lá dentro estão:
Dois pedaços de pacote de amêndoas da Páscoa. Recortei-os eu, por conta de achar tão bonitas as túlipas que lá moram em forma de desenho. Um pedaço tem 6 tuplitas aos grupos de 2, o outro tem 8, em 2 grupos de 2 e um de 4. O primeiro tem 100x36 mm e a cada grupo de túlipas seus caules e mais 2 folhas, já ao segundo, como tem 4 túlipas tem obviamente 4 caules, mas apresenta somente uma folha. Ali assim no meio daquilo tudo, pobrezita. Este pedaço tem ainda 2 espirais e 10 coisas ovias que, julgo eu, se tratam duma vontade intrínseca de pôr amêndoas no pacote. Há ainda um outro que não podia ficar esquecido, que é lá isso, tem 60x35mm, o que aparece por lá é a figura duma coroa e a palavrita 'rainha'. Oh céus podia ser eu. Mas não.
Um pedaço de plástico que pertenceu a um pacote de guardanapos. Recortei o lugar onde está a palavra 'novo'. Aos fabricantes, deu-lhes para aquilo porque creio firmemente que tudo que é embalagem e diz novo, a malta compra para experimentar, saber como é, se gosta ou então não, enfim a novidade apela ao consumo, há uma atração muito forte em tudo o que é virgem. Medidas: 45x15mm.
Um pedaço de fio cisal de dois cabos com 52 cm. Está dobrado ao meio, resultando então em dois fios de dois cabos com 26 cm, e dado um nó aos 21 cm se eu medir do nó até à extremidade em que a bem dizer não há ponta, 5 cm até à extremidade que... só... pode ser... a das duas pontas.
Duas asas de saco de plástico da densidade ipsílon, mas é azul, aí não há incógnita. As medidas são: 40x131mm, uma, 54x132mm, outra. É, são diferentes, são, uma elegante, outra troncuda, é como as pessoas, basicamente. Agora acontece o seguinte, estas asas vieram para ao saco dos pertences por conta de no saquinho do lixo poucochinho que faço sinto necessidade de colocar um saco, e, só tendo sacos de asas, e, acontecendo que essas asas impedem o saco de abrir a sua bocarra o suficiente para se fixarem no saquinho do lixo poucochinho, eis que lhe corto a asas e pronto, ele voa. Há coisas assim...
Um saco arredondado, em cuja base de 19mm de diâmetro lhe assiste o desenho dum quivi. Depois tem a tira que liga a base, na base oposta a essa ligação conseguiram (sério?! ah...!) fazer uma bainha onde enfiaram um fio da mesma cor quivi com as pontas rematadas por um nó que não deixa ir embora aquele fecho esférico.
Um pedaço de plástico transparente com 150x30mm, isto num dos lados, que no outro tem mas é 40 onde aquele tem 30. O desfasamento é devido ao facto de a tesoura me ter resvalado para ali, que fui eu que fiz esse lindo serviço. O pedaço de plástico está então dobrado e dobrado e dobrado e dobrado e agrafado com dois agrafos da medida 24/6.
Um pedaço de plástico transparente com 205x165mm. Este é um pedaço de topo de saco de plástico, portanto não tem fundo nem topo nem topo nem fundo.
Um pedaço de plástico igualzinho ao anterior menos nas medidas, que neste caso são 150x184mm.

Uma especie de concentração

Centrada nas minhas minudências arranjo um modo egoísta de
eu
ser.
Centrada nos grandes feitos do Próximo ou até da Humanidade em geral, e querendo, unicamente, descentrar-me das minudências, que são minhas, para não sofrer abalos, arranjo um modo egoísta de
eu
ser.
Então está combinado,
eu
arranjo já aí assim, apressadamente, um equilibrio daqueles mesmo bons, está bem?

Cores d' hoje

A flor d' hoje tem outras cores mas também acasalam bem que se farta com o vestido d' hoje.


Dias dum Ginásio

Segunda-feira: Pilates, hora: oito e quinze. Comentei com um colega «ai vê lá tu que se deitada entorto os pés, depois mesmo que mos endireitem fico com a sensação de pés tortos, ou seja: eu com os pés direitos parece que tenho os pés tortos!» Bom, isto passou-se, e isto do bom isto passou-se era um elo com o que aí vem, pronto, como que um respirar, minto, um inspirar, antes iso, para não ficar um momento sem nada no ar, quando isto se passou o professor veio 'endireitar-me' os pés e com um sorrisinho disse muito muito baixinho baixinho 'se sente os pés tortos e eles estão direitos, então deixe-se estar com os pés tortos.' Ó pá... É difícil pra caraças largar tiques de postura.

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docUmento datado dUm domingo
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Um
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oS nibeS São
ibanS e pêtêS quinhentoS

(foca-te, mulher)

Primeiro

Bom dia. São onze e vinte e um. Dói-me a cabeça, que chato que isso é, mas posso no entanto encarar a coisa deste modo: Tomei um comprimido, que é velho, tão velho que nem tem já embalagem de onde lhe possa inventar a longevidade e tampouco retirar o prazo de validade e, se passou tanto tempo assim, é porque raramente preciso de comprimidos. Pronto, é sempre boa onda ter uma fibra capaz e não me deixar levar por dores, mesmo que minhas. Fó câ tó gi na. Foca-te.

domingo, 26 de junho de 2016

(não) criar?


Máquina

18:19
Vou á lavanaria pôr três tapetes e um edredão a lavar, está bem. Vai ter que estar.
Vou á klavanatria pôr tr~es tapetes e um edredão a lçavar, está bem. Ba ter que estar.
Vou à lavandaria pôr três tapetes e alvar e um edredão...
Vou á lavandaria pôr três tapetes e um edredão a lvavar ...
Vou à lavandaria pôr três tapetes e um edredão a lavar, está bem. Vai ter que estar.
20:11
Já fui e j á vim mas só 'olavei' os tapetes por conta de não haver duas máquinas despocupadas e eu assimt gartar o dobro de tempo.
Já fui e já vim mad só lavei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu sassim gastar o dobro do tempo,
Já fui e já vim mas só lavei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu asim gastar o dobro do tempo.
Já fui e já viom mas só lavei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu assim gastar o dobro do tempo.
Já fui e já vom mas só alvei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu assim gastar o dobro do temoi.
Já fui ej a´vim mas só lavei os tapetes poer conta de não haver duas máquina s desocupadas e eu assim gastar o dobro do tempo.
Já fui eu já vi mas só lavei os tapetes por contar de snão haver duas máquinas despocuipadas eeu eu assim gastar o dobro do tempo.
Já fui e já vim mas só lávei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu assim gastar o dfobro do tempo.
Já fui e já vim mas só lavei os tapetes por conta de não haver duas máquinas desocupadas e eu assim gastar o dobro do tempo.

Amarelo

Fiz o tal bolo de bolacha com as tais bolachas que fiz com o tal açúcar fininho de confeiteiro. Permeáveis, de facto, demasiado, as que estão na mó de baixo estão empapadas em café. É bom e sabe bem, o bolo, mas o aspeto é tosco. Pouco importa o aspeto, não é. É. 

E vai, ou não?

Cama & Cómoda

Já tenho a cabeceira à janela. Vai ser, no mínimo, fresquinho.
Encontrei um creme cicatrizante na gaveta dos óculos, e também um coça-costas. Depois faço um vídeo a mostrar. O coça-costas.

Primeiro

Bom dia. São nove e cinquenta e um. Acordei às sete e um, movida pelo toque do telemóvel. Alô, alô, alô e nada senão ruído roufenho e estalidos muito ténues, que não era respiração de pessoa nem nada. Ora. Isto foi só uma maneira de no blogue começar o dia como o acabei.

sábado, 25 de junho de 2016

éssémiésse

recebi uma éssémiésse da samsung
eu que mande para lá uma éssémiésse a ver se ganho

Cesto e quês

Escolho as molas, não por cores mas por pressão, que hoje está vento. Os pratos continuam inclinados e eu temente de caírem. A sopa está feita e fervente e eu temente.

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Os pratos estão tão inclinados que parece que a prateleira vai cair.

Chão

Estava uma lagarta - verde - metida nos fios da esfregona - grená - que estava apoiada no espremedor - branco - que estava enfiado no balde - azul -, a qual retirei com a ajuda dum guardanapo sem cor.

Aviso

Olhem: vou a´sala fazer mais coisinhas, está bem. Vai ter que estar.

Olhem. vou á a sala fazer mais coisinhas, está bem,. Vai ter que estar,.

Olhem: viou ´+a sala fazer mais coisinhas, está bem. Vai ter que estar.

Olhem: vou à sala fazer mais coiinhas, está bem. Vai ter que estar.

Olhem: vou á sala fazer mais coisinhas, está bem. Vai ter que estar.

Olhem: vou à sala fazer mais coisinhas, está bem. Vai ter que estar.

Zês

Escrevi traz e era trás. Olhei a frase e algo soou na minha cabeça. Como sou boa pra caraças nisto, tendo começado logo no som cá dentro, pumba e coiso, descobri em quatro segundos que era trás e não traz. Trouxe post.

Primeiro

Boa tarde. São catorze e treze. De nada, ora essa. Supermercado, bolachas, limpeza de sala. Pois. Catorze e catorze, vou mas é passar a somar as horas e os números, agora está a dar vinte e oito.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Explica lá, que não percebi nada

Portuguesismo

Mostrei à rica filha como escrevo however - au eva – e ela, trocista, perguntou:
«Aleijou-se, a Eva?»

Zês por troca

Em tempos referi amiúde no blogue que sempre que quero escrever 'cruz', escrevo mas é 'crua', havendo até uma pedra que cognominei de 'pedra da crua vermelha' por conta desta troca constante. Construindo o post anterior percebi que no 'nariz' também me troco, só não sei se é sempre sempre sempre.

Lugar da musa

A chávena de hoje tinha o rebordo entortecido. Pronto, fazia assim uma curvinha, um ondulado ligeiro, muito ligeiro. Quando dei o primeiro gole no café segurava a chávena com a mão direita, resultando que a espuma subiu dum dos lados da chávena. Depois senti necessidade de mudar de lado, muito embora não recorde porquê e tenha montes de pena que assim seja. Levei a chávena à boca e o meu nariz encostou-se à espuma que subira a chávena aquando do primeiríssimo gole. Sujei o nariz.

Amigos

O sipipú é amiguinho, muito. O supirau também é. Isto quer dizer que é cada um para sua ocasião. O sipipú é aquele amiguinho que vem quando me sinto amalucar. O supirau já está num outro patamar. Este, importuno-o se estou mesmo maluca. Os amigos imaginários, o que têm de bom, é que a gente constrói-os a gosto e quantos quiser.

Da praça

Nunca retiraram as mãozinhas do banco mãozinhas. Retiraram todos os rabiscos e gatafunhos de todos os bancos, menos as mãozinhas castanhas. Neste tempo todo passado já mal se nota que eram mãozinhas. Entretanto, um dos bancos, aquele que está ao lado esquerdo do banco hater se eu der as costas ao poeta, já está rabiscado de forma ilegível para mim. Não tirei foto para pedir aos leitores que decifrem os rabiscos porque hoje a praça estava um bocado preenchida de gente: um casal de namorados nesse banco que já tem os rabiscos ilegíveis e dois homens descansando do almoço no banco mãozinhas.

Planos para o fim-de-semana

Vou fazer bolo de bolacha, aquele tradicional, o que parece uma flor se a gente o construir redondamente, esse mesmo. A particularidade vai ser que quem vai fazer (também) as bolachas sou eu. Olarila. Não é a minha primeira vez, já não estou virgem nesse campo. A dúvida que persiste (ainda) é qual o creme escolhido. O tradicional creme de manteiga? Ponho (também) creme de pasteleiro numa ou duas das camadas? Natas? Merengue? Se natas ou merengue, então que sabores? Limão e canela? Baunilha? Ou ponho não só baunilha como uma coisinha muito muito muito pouca de noz-moscada?
Ah, falta-me só registar uma questão, as bolachas convém-me fazê-las com açúcar em pó. Sabeis porquê? Porque o açúcar granulado endurece muito as bolachas e o de confeiteiro tem a particularidade de produzir uma massa mais permeável ao café. Isso mesmo, agora estais conhecedores.

Novidade

Tenho um capacete novo. Olarila. É principalmente branco, só por dizer que também se pode ver as cores preto, cinzento prata e vermelho suave. Os desenhos que as cores fazem não chega a ser desenho nenhum, sei lá, são nuvens, ou arabescos, ou pinceladas, ora essa, alguém desenhou assim e pronto. Aperta-me um bocadinho o queixo, lá isso é verdade, e a viseira é menos descida do que eu gostaria, au eva, já não sinto a cabeça rodopiar como por exemplo aquando da velocidade nas autoestradas, ende détse bicouse ofe nas autoestradas a velocidade ser maior. Mais alta. Engrandece. Aumenta. Dilata. Incha. Ah ah. Altera. Muda. Trans. Ah ah.
A minha relação com capacetes não é sempre porreira e capaz, digamos que numas vezes se afasta da racionalidade, vá, aquilo é um bocadinho apertativo e isso assim, é que aperta mesmo os miolos, até fica a doer, não sei se os miolos ou a cabeça, comparo o capacete a uma prisão, é tanto assim que tenho fases em que olho para o dito e penso 'porra pá, lá vou eu ter que enfiar esta merda nos cornos'. Mas enfio na mesma, de resiliente que sou. Isso da resiliência é coisa que nem sempre anda a par com a inteligência, ai não anda não.

Fazer as malas

Vou de férias não tarda, faltam exatamente quinze dias, é num instante que isto passa. Já lá vai o tempo em que ficava desejosa que o tempo (redundância! marimbo!) passasse rapidamente e assim eu pudesse viver sem demora o descanso e o fascínio que as férias têm. Sim, as férias ainda têm um fascínio imenso, ainda consigo tal coisa, sim senhores, contudo, julgo que por este ano ir para onde vou muitas vezes, em muitos verões, a lonjura de dias não parece muita, por outro lado, na maioria dos anos vou de férias em setembro, ora estando em julho e meter-me já na praia, faz com que esse tempo de lazer, bem como o fascínio inerente, cheguem rapidamente.
Chateia-me fazer malas, é um facto, mas vi no outro dia um vídeo ajudador de fazedura de malas de viagem. Era aconselhado fazer rolinhos com a roupa que se põe lá dentro, assim cabe melhor e acaba-se mais fácil e rapidamente com aqueles buracos que vão ficando por conta de encavalitarmos a roupa quer queiramos, quer não. A ver se faço assim com a minha roupa. Pronto, bem sei que chegará mais amarrotada, mas pra que é que isso interessa, não é. É. Afinal estarei de férias, não é. É.

Primeiro

Bom dia. São onze e vinte. Fó câ tó gi nâ. Foca-te. Estavam passarinhos, julgo que pardais, por ali assim onde bebi café de manhãzinha. Incrível como os bichinhos se habituam à presença de humanos, isto havendo por trás umas guloseimas. Agora venham cá dizer que os animais não pecam, vá. Ainda arranjo mas é maneira de achar que a gente também não tem o pecado cá dentro, que é lá isso. Que mal é que tem a sofreguidão...? Neste momento, para mim, nenhum.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Explica lá, que não percebi nada

Aula de Yoga

Tenho ali assim um prospeto que recebi na rua das mãos duma senhora que emanava frescura e calma do seu ser. Deve ser a senhora que dá aulas de Yoga porque o prospeto era de Yoga. Ah, Yoga, Yoga.
Bom.
Estive a estudar os horários e os professores que davam em quais horários, isto porque o prospeto vinha com um marcador lá dentro (que não caiu ao chão nem nada e ainda bem por conta de eu trazer uma indumentária descombinadora com chegadas ao chão, oh céus, que ainda caía abaixo dos saltos mais altos que tenho), oferecedor de aula grátis, era só a gente marcar via éssémiésse. Ora bem, tudo junto e esmiuçado não passa de quadradinhos e letras e cores, umas letras nuns quadradinhos e umas cores nuns quadradinhos. Os quadradinhos são casas para as letras e números, as letras são nomes e os números são horas e minutos, já as cores são quadradinhos por baixo dalgumas letras e números. Ainda não marquei a aula grátis, não sei o que quer dizer éssémiésse.

Coisas

É-me dificultoso parecer coisas que não seja boa-disposição ou tristeza. Pois, escolhi duas coisas díspares... Pois foi, pois foi, e foi cá por coisas.

Tipo isso assim (tantos is)

Grupos não é lá muito comigo, ai não é, não. Ó:
Não sou gorda nem magra. Mas pensando muito e muito que tenho que me inserir e inserir-me à força, penso logo assim: ok, vá, pronto, sou gorda. Mas eis que de supetão me vem a ideia de que sou gorda mas sou uma gorda das magras. Não faço parte. Se por outro lado me deixo de merdas e assumo que sou magra, pumba e coiso, lá surge o seguinte: pois, mas sou uma magra das gordas. Não faço parte.

Post confessional

Confesso que já lamentei não ser uma pessoa daquelas muitaa fixes e muitaa extraordinárias e que atraem montes e montes de gente e têm sempre tantos comentários que nem os leem e não chegam para as encomendas, tal a atenção que recebem. Confesso também que aprendi a marimbar pra isso. Sério. Tanto é que atualmente pouco me importa que venham ou não venham ler o meu blogue, importa-me também poucochinho qual o tipo de conteúdo com que o preencho. Eu sou uma pessoa muitaa especial, não é especial, notem bem: é muitaa especial, e notem também o 'EU' logo ao início da frase, este blogue sou 'EU', e se sou tão especial, muitaa especial, mas muitaaa especial meeeesmoooo, este blogue é tudo isso também, mas mais, mais e mais, porque o meu blogue é melhor do que eu. Pois.

Bancos

Na foto abaixo nenhum deles é o banco hater. Eram dezanove e cinquenta e quatro e o dia era o do solstício. Eu podia dizer que foi no passado dia vinte e um de junho mas é que assim o mundo não ficava a saber que eu sei escrever solstício.


Árvore amarela

Ando eu feita maluca a despejar no blogue que a árvore amarela só amarelece lá para agosto mas qual quê, já cá cantam ums quantas folhas amarelas, e olhem que nem as captei todas nem nada.


Lugar da musa

Trabalho, trabalho, trabalho. As cadeiras transparentes do lugar da musa voltaram a deixar passar assuntos, que saudosa estava eu, oh céus. Hoje estava lá uma senhora revoltada com questões de trabalho e/ou coleguismo, não percebi bem sobre que partezinha ela saltitava mais, nem isso importa, o que importa é que falou imenso em lançamento de dados no computador e que não tinha habilitações para tal tarefa. Quando cheguei ao estaminé trabalhei um bocadinho de nada e depois fiz um clique muito xirú. Olarila.




Na mesma mesa da dita senhora estava um senhor ainda jovem (ou pelo menos mais jovem do que qualquer uma das senhoras que lá estavam, ai que já me esquecia dessas) que se manteve calado e cabisbaixo, muitíssimo mais interessado no visor do telemóvel.

Do verão

Andei a ver de biquínis. Andamos pelo costume: se está bom em parte de baixo, está largo em parte de cima; se está bom em parte de cima, está apertado em parte de baixo. O horror instalou-se na minha vida, portanto.

Tenho um novo dormir

Mudei, finalmente, de quarto. O rico filho saiu de casa, acontecimento que deixou uma divisão livre.
Ah... a sério?! Que conclusão fantástica!
Bom.
Andámos para ali às malucas com a remodelação – afagamento e envernizamento de chão, pintura de paredes, teto e rodapés e mais uma catrefada de coisinhas. Depois o quarto ficou mais ou menos pronto e a gente mudou-se para lá, com cama e lençóis e tudo, pus até um resguardo novo, a estrear, vejam lá. Acontece que estas mudanças baralharam-me, a cama está numa posição diferente, muito embora o lado-com-lado da gente os dois seja o mesmo, é que nem mudámos isso, já prevendo que a coisa não ia ser fácil. Mas o tempo está-se a passar, tanto está que já são quatro as noites dormidas naquelas condições. Mas tenho dormido mal, oh céus, se tenho, quiçá também devido à barulheira que a criançada faz lá em baixo até altas horas, pode ser isso, mas não é só, sei que não, é que isto da idade a avançar tem que se lhe diga, evidentemente antes também tinha estorvos na vida e questões aborrecidas e mais ou então menos difíceis de levar, é um facto que os jovens adultos também sofrem, mas quando se é jovem as coisinhas são-nos menos penosas. Creio firmemente que assim é, mas podem vir dizer 'ah, isso é porque já não te lembras de como era!', que eu digo perentoriamente que não é não senhores, quanto mais avançamos na vida mas as coisinhas se nos pesam.
Acrescido a estes pontos do corpo e cabeça moídos devido a quês e problemáticas da minha vida, tenho outros que debitarei já a seguir.
Tive a ideia de pôr a cabeceira da cama debaixo da janela. Ah e tal e depois vem o frio e não te aguentas. Pois vem, mas até lá quero ver se dá. Só que não deu. Ainda. Tive outra ideia: que tal pôr a cama assim tipo no meio do quarto, como uma ilha? Fantástico! É lá que está...
Mas não vai ficar.
Surgiram diversos fatores:
cabeceira para lá ou para cá
duas mesinhas-de-cabeceira ou uma
cómoda aos pés ou à cabeceira
a cómoda é mais estreita que a cama, logo sobra cama e fica ali a ver-se aquilo tudo, o que, bonito não fica
pondo as mesinhas-de-cabeceira aí vai-se a ver e sobram as ditas
mas se sim, então ficam com as gavetas para lá ou para cá
Acabou por ficar assim: cabeceira para cá, cómoda com gavetas para cá, uma só mesinha de cabeceira com as gavetas para cá
Mas não vai ficar assim, que eu quero ver como fica o quarto com a primeira ideia.

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e seis. Bem que dizem que o treino logo de manhã faz muitaa bem e é muitaa bom para o corpo. É. Tenho no entanto a dizer que não o é para a cabeça, que acabei nas lonas, oh céus. Sério, fiquei vulnerável e tudo, tanto que irresisti à tristeza espessa. Bai da uei, vou mas é escrever bué cenas felizes.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Contraditoriamente

Diz que as contradições que sofremos são o que nos mantém vivos e capazes, principalmente se formos pessoas criativas, porque esse desequilíbrio traz a inspiração para continuar a criar. Hum...
No vídeo abaixo ficou muito por dizer, nomeadamente o facto de eu viver um estado de permamente insuportabilidade perante a minha presença no estaminé, mas, vai-se a ver, é devido a essa presença que escrevo, porque é lá que estou, que vivo, que entristeço até dizer chega, que me alegro porque vivo momentos extraordinários, uns ponho no blogue, outros não,
e e e e e
faço vídeos e tudo!
Não queiram saber o quanto isso me amofina em alguns dias...
Olha, é viver o que posso e como posso, não é. É.


Aula de Pilates

Como já havia referido para aí assim algures no blogue, ando agora a fazer Pilates de manhã, às segundas-feiras, excluindo, cá por coisas, somente o dia 11/7. Se esta parte está percebida, então prossigo, se não está, prossigo na mesma. O que se passa é que vou para o Ginásio nos meses de julho e agosto e vai daí ficarei faltosa dum certo tipo de movimento que me é crucial por sê-lo, também, olarila, profundamente benéfico. Então houve a ideia, fantástica, claro, de me deslocar a um Estúdio de Pilates de que já falei em tempos, nos tempos em que tinha outro blogue, pronto, e é para lá que vou às segundas que ainda restarem de junho e às segundas de julho, excetuando a segunda, já eu tinha dito. Ora agora o que acontece é que o acaso me juntou novamente àquele professor que cheirava a bananas. Sério. O blogue anterior tem lá umas quantas referências a esse facto, só por dizer que dantes eu tinha aula com ele ao fim do dia e agora é às oito e picos da manhã que me encontro com ele. Ai. Já não cheira a bananas... oh. Quero dizer, tem o cheiro lá do perfume dele, pronto, e depois, ali assim por baixo do perfume dele, estão as bananas do perfume dele. Do perfume dele. É que eu não sou perfumista nem nada disso mas tenho nariz e o meu nariz dita que as bananas estão por baixo do perfume, ideia que me surgiu porque, ao que parece, se chama as notas de fundo. É que há as notas de topo e as notas de fundo. As de topo são obviamente as que o nariz cheira primeiro, as de fundo são as que estão por baixo, na subtileza do perfume, ou coisa assim, vai daí, quando o dia passa, as notas de topo desvanecem e deixam as de fundo brilhar um pouquinho.
Para terminar, deixo o post de despedida que dediquei a este senhor professor.


O senhor professor de Pilates vai embora dali, ontem deu a última aula. Custou-me um bocado despedir-me dele, gosto muito da sua pessoa e acho-lhe um piadão por ser destrambelhado nas contagens e nos lados do corpo, chegando muitas vezes a ser corrigido por um aluno ou outro que se aperceba dos enganos, e também curto à brava o modo como se exprime, fala na primeira pessoa:
Vou descer até estar sentado no ossinho mais saliente que tenho na bacia, coloco agora os pés à altura dos joelhos e fico aí, afundo o peito e desço mais um bocadinho, agora, redondo como estou, rolo atrás como uma bola, rolling like a ball.

Adeus, senhor professor, tenho pena que se vá porque gosto muito de si, já lho tinha dito na cara, não registo no blogue para parecer uma pessoa fixe, registo no blogue para não o esquecer. Felicidades. |29-01-2015|

Marcações, há novidades nesse nicho

Tenho nova tabela, ou coisa assim, a cumprir em marcações. Ontem era dia de 'P', logo: fiz contas a ver quando é que teria de voltar, estando já atenta às férias da Carminho, portanto estão já agendadas duas visitas para 18/7 e 8/8. Devido ao mesmo 'problema', o das férias, desta feita levando em conta também as minhas, tenho 'M' a 6/7, está quase quase quase, e a 22/8. Geralmente não me preocupo grandemente com a marcação de 'M', é quando dá e pronto, mas acontece uma festa a 24/8, portanto tenho de ir preparada. Depois resta 'S/B', que ocorrerá a 4/7. Entretanto reforço ainda que 'C' foi executado a 17/5. De há uns tempos para cá registo a útlima visita 'C' e não o agendamento. É cá por coisas, e as coisas é eu esquecer facilmente quando é que lá fui e me ser necessário ter essa data fixa algures porque não a mantenho na cabeça.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e um. Vim rapidamente fazer este post, nem tenho óculos na cara nem nada. Obviamente tenho-os na caixinha, ali assim em cima da papelada em branco, os papelinhos, como eu chamo, uma pilha deles, uns são lindíssimos, bem acabados, outros não. Os lindíssimos têm um picotado que eu destaco com prazer e com prazer lanço no lixo as tirinhas. Se são tirinhas então são fininhas, não há palavra nenhuma que lá caiba. Os outros são aproveitamentos que faço doutra papelada que vai para o lixo. Assim sendo vai na mesma, só por dizer que lhes manuscrevo coisas, que são de trabalho, ou então não. Tenho mas é de ir pôr os óculos que já estou aqui num sufoco, a gente habitua-se ao miminho e depois, olha. Ah ah. Até já.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Essência, a minha essência, querem conhecer a minha essência, ó pá tóin xirú!

Num repente, devido à pesquisa que fiz para tentar encontrar a referência de que falo no post anterior, percebi que já fui mais explícita enquanto escrevente de blogues. Saliento que a dita pesquisa me 'obrigou' a viajar alguns anos no tempo, notando eu, com alguma relutância, que já escrevi clara e objetivamente. Sério. Nada de coisinhas excessivamente explicadinhas e aglomerados de partezinhas desinteressantezinhas da minha vidinha, encavalitadas e abusivamente apresentadas, nada disso. Era, na maioria dos dias, uma prosa triste, era sim senhores, mas lacónica e quantas vezes cortante. É um facto que sempre fui uma bloguista solitária, au eva, eu dantes era mais simples no escrever. Bai da uei, não admira que no outro dia me tenham referenciado num blogue (que não revelo por um misto de cobardia e desprezo) como próxima cobaia a quem será (e será?! hum...) sumamente descrita a essência, isto porque o dono dum outro blogue lhe andava (e anda?! hum...) a apetecer esmiuçar essências de pessoas que escrevem em blogues, e eis que o meu blogue, este mesmo onde agora estais, consta na lista de leitura do dito, que ademais é popular pra caraças, e vai que uma leitora desse blogue deixou um comentário pedindo-lhe a minha essência. A minha essência. Eu, sendo lembrada. Eu, sendo notada.


Não, espera lá... eu?! Hum?! Isso é tudo comigo? Tudo pra mim? Sério?!




Ó pá tóin xirú, mas que xirú, ai que xirú, que xirú que isto é!





Sim, era eu, estava explícito, a mulher queria que o homem lhe revelasse a minha essência. A minha essência. Note bem: a minha essência. Era a minha, era, estava lá, dias duma grafómana, e essa sou eu. Eu. Quanta honra. Deposi que soube disto a minha vida na blogosfera nunca mais foi igual ao que era.

É, não é?
É.
É, é.

E eis que pude parar o carro para ali assim, um bocado mal parado, vá, para, finalmente, oh se finalmente, tirar fotos à expressão de que no outro dia* falei no blogue. Eis então as fotos.



*...

Dos vídeos

Sempre que publico vídeos meus no blogue tenho presente uma dúvida:
Resumo do vídeo, sim ou não?
Se sim arrisco-me a desviar a atenção do leitor.
Se não arrisco-me a desviar a atenção do leitor.

1234

Ah ah, chegou o post mais giro de sempre, ah ah. Tivesse eu continuado no anterior blogue e estava prestes ao 12345, ah ah. Mas não.

A burra não tem visitas

Há dias escrevi um post lindíssimo e interessante que se farta, como de resto são todos, ora essa, onde falava do sabonete de leite de burra que recentemente adquiri, sendo que fui buscar também a questiúncula que remete para o seguinte: o que se põe no título dum post é facilmente repescado pelo senhor gúgâle e mais não sei o quê. De maneiras que fiz referência a essa facilidade, vejam lá que ponho o título que ponho no post (Sabonete de leite de burra), ah ah, tão giro que vai ser, ah ah, depois vai-se a ver e é só malta a cair aqui à busca disso e tal e tal. Agora acontece o seguinte:







esse post tem zero visitas


zero


zero


zero






Florinha

A ideia era perceber a cor exatamente igual que a florinha tem, se comparada a uma das cores presentes no meu vestido, só por dizer que a florinha fechou-se e vai que qual comparação de cores, qual quê. Bâte, au eva, a malta pode pousar os olhos por onde entender, é na boa.


Nascer

Eram seis e um quarto, mais coisa, menos coisa, quando o clique se deu. A foto está uma merda, bem sei, mas é que tinha ficado combinado comigo mesma que hoje tiraria uma foto logo de manhãzinha, vai daí pumba e coiso.


Primeiro

Boa tarde. Ah ah. É de tarde. Ah ah. É meio dia e catorze. É que esta manhã tenho trabalhado muito, o que traz vantagens que não vou desenvoler por pudor e ética e uma única desvantagem: a de não ter muito tempo para escrever. Au eva, doravante e até se acabar o dia, vamos lá então a isso.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

fraude




puseram-me numa garagem mas não me aguentei lá porque tenho ataques de pânico sempre que sou mantida num lugar sem escapatória durante um espaço de tempo que não posso encurtar por conta daquilo a que chamamos 'social'
lá está: sem escapatória
principalmente se não tiver nada para fazer e o suposto seja o 'social' e portanto estamos todos ali para conversar e conversar e conversar e conversar e e e e
e pessoas
ora então o fulcro é: não sei manter-me num grupo de pessoas
ou não consigo estar descontraída e feliz
sei lá
portanto: quando o acaso junta estas partes todas numa só circunstância eis que acontece a coisa parva
então vai que me puseram numa garagem sem me dizerem 'olha tu agora ficas mas é aqui'
que é lá isso
não senhores
escapatória rima com obrigatória mas ninguém me obrigou a ir para ali ou tampouco a manter-me lá
só por dizer que eram as paredes sem fim
era também o céu aberto e a vacuidade que lhe está inerente
as paredes fizeram uma pressão enorme sobre mim e eu querendo sair encontraria os portões comandados à distância
qual fechaduras qual quê
vai daí: efeito de clausura na minha cabeça e o peito cheio de ar que eu não expelia por mais que tentasse
não me aguentei com a estoupada e confessei-me
'olhem, desculpem, mas não dá, não vai dar para estar aqui'
e chorei e arfei descontroladamente
'desculpem, desculpem, desculpem'
é isso o que acontece a esta pessoa aqui
mas vai que a pessoa daqui
eu
me filmo a fazer os discursos que quero e como quero e depois não parece nada que tenho ataques de pânico só porque me puseram numa garagem e me ofereceram um churrasco bem temperado

O verão chega hoje

Às seis da manhã pensei, olha o sol ali, ai tão lindo, pronto, ok, vá, estão umas nuvens a tapá-lo, tudo bem, hum-hum, mas ai que lindos os rasgos do sol por entre os espaços das nuvens, ai que lindos, tão lindos, ai vou tirar uma foto, ai não vou nada, ora essa, amanhã é que é o solstício, portanto tiro amanhã. Entretanto, pumba e coiso, o verão chega mas é hoje às onze e não sei quê da noite. Olha, não deu. Ou seja: não deu no dia do solstício, mas amanhã, tendo ainda só decorrido escassas horas deste novo (eu ia dizer fresquinho mas 'fresquinho' a par com o calor infernal d' hoje é coisa disparatada) verão, tirando amanhã a foto, pois que mal não virá ao mundo, não é. É. Ai é. É, é.

Primeiro

Bom dia. São onze e onze. Capicua giríssima, é tanto e tanto que dá vontade de rir. De manhã fui ao Pilates, agora ando nisso de treinar de manhã, por isso é que hoje de manhã fui ao Pilates. Hoje de manhã pode querer dizer, e eu quero, que é segunda-feira. Não é por nada de especial, é somente porque hoje é segunda-feira e acresce que ainda é de manhã. Hoje, segunda-feira, e de manhã, sendo que agora ainda ocorre esta manhã, foi dia, manhã, de aula de Pilates. Durante as próximas quatro segundas-feiras, excetuando o dia onze de julho, terei
Pilates pela manhã. Se eu disser 'de manhãzinha' dá para perceber que a aula é muito cedo, porque, eh pá já agora fica aqui isto, agora são onze e tal mas ainda é de manhã e parece que já passou meio dia, só por dizer que não, nada disso, foi só duas horitas o que passou ou coisa assim.

domingo, 19 de junho de 2016

Único

Tirei fotos na praia.
Tirei fotos ao jacarandá numa perspetiva que me pareceu mesmo boa, pensando que o contraste com as rosas do vale era mesmo bom.
Trabalhei duramente em casa sob a supervisão da cadela.
Assim até parece que este dia foi mesmo bom e portanto tão bom como a perspetiva e o contraste.


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Único

Só filmes, 'migos, só filmes. Isto de manhã, que de tarde pus-me a trabalhar até que.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Dos doces da outra gente

Na última viagem que fiz fiquei maluca com duas iguairas doces que comi em dois lugares diferentes.
O primeiro deles foi-me servido ao pequeno-almoço, no lugar onde fiquei hospedada. Era uma tarte ou coisa assim, bom, na verdade eram duas, uma recheada de doce de morango, outra de doce de pêssego. O poder de sedução fixou-se na base da tarte e não nos doces, que não sei se eram caseiros, agora a massa daquela tarte, ó 'migos, que coisa mais boa. Olhem: era muito estaladiça, muito amanteigada e moderadamente doce, cada trincadela foi um deleite. O senhor de lá cortou-a em quadradinhos e deixou-a para ali à mercê dos gulosos. Eu. Ah ah. Gulosa, eu, tão gulosa. Ah ah. Comi alguns desses quadradinhos e confesso que não comi muitos mais porque fiquei com vergonha de ser notada pelos demais presentes.
O segundo foi um pudim à Vila de Rei que me foi servido no restaurante onde restaurei o estômago. Ó pá, mas que delícia que aquilo é. Muito docinho, muito bem-feitinho, o caramelo no ponto, a cozedura idem, as bordas onduladas e caramelizadas, quase tostadas, mas não, nada disso, a pessoa soube muito bem quando retirar o pudim do forno, bem como quando e como desenfomá-lo. O interior era duma suavidade tal que se me derreteu dentro da boca. Olhem: é bom de verdade e não sei o que dizer mais.
Senti-me bem por finalmente encontrar doces melhores que os meus. Sério. É que é assim: quando a gente faz as coisas, particularmente as comidas, é-se mais exigente com os sabores e percebe-se à primeira dentada se o cozinheiro/pasteleiro saltou algum passo importante. Sempre tive mais tendência para fazer bons doces e ótimos bolos do que pratos salgados, de maneiras que de há uns anos para cá desenvolvi muito os meus costumes e, com o facto de assistir com alguma regularidade a programas de culinária, aprendi muito. Muito mesmo. Vai daí, estou feita uma mulher desenvolta na sua cozinha feita de açúcares de todas as cores e farinhas deste e daquele cereal, tantas vezes a braços com o desenvolvimento exagerado dos glútens, as pesagens certas e as alterações a fazer aquando da substituição dalgum ingrediente por um outro mais apetecido. O menos bom que isto pode ter, é que dificilmente encontro doces tão bons como os meus. Sério. Não é mania. Bom, se calhar é, mas isto é sentido: é raríssimo encontrar quem me satisfaça, tornei-me realmente exigente, e encontrar estes dois doces foi uma lição bem-vinda que aqui me curvo, imbuída duma solenidade do tipo reverencial.

Sabonete de Leite de Burra

Cheira tão bem e é para os pés, o meu novo sabonete de leite de burra. Relativamente ao título deste post, ainda oscilei entre dois pensamentos opostos:
sim,
intitular como efetivamente intitulei
não,
não intitular como intitulei
Eu bem disse que eram opostos... Bom, indo ao que que aqui me trouxe: como é consabido, tudo o que a gente põe nos títulos dos posts é facilmente repescado pelo gugâle aquando das pesquisas, portanto vai que, assim sendo, oh céus tanta vírgula, o pipesse que pesquisar 'sabonete de leite de burra' nas netes alcançará facilmente o meu blogue, ocorrência que nem sempre me é apraz, que eu cá sou fóbica.
Mas... Mas... Mas...
Deixei estar como está, e deixei estar e está como está principalmente porque primeiro pendi para.
O sabonete cheira tão bem, tão bem. Vou explicar porque é que o comprei, que eu adoro explicar coisinhas. Quando chega o calor lavo os pés no estaminé. Sério. Assim tipo ao fim do dia de trabalho, estão a ver?, há inclusive uns dias em que também os lavo antes de sair para almoçar. Sério. Acontece que, assim sendo, chegado o verão, ou o calor, lavo os pés duas a três vezes por dia, o que me seca a pele até mais não. Ora, ao longo dos tempos, tenho ouvido falar do quão hidratante era o leite de burra para as senhoras do antigamente, vê-se até em filmes e quês, elas, belas, esbeltas também, imersas num líquido branco que foi depositado por outras mulheres que não a que se introduz na tina, ou lá como se chama aquilo, é assim tipo um barril sem tampa, vá, nos tais filmes têm até as cintas metálicas, não têm. Devem ter. Pronto, então é isso, se o leite de burra é um poderoso e eficaz hidratante, vou então lavar as minhas patas de burra
(sou burra em alguns dias, que querem?, não querem?, ok, então)
com este sabonetezinho lindo, leitoso, pois, leitoso, só pode, não é. É. Não, esperem lá, patinhas de burra, patinhas é que é. Que não o pato avarento da banda desenhada, está bem. Vai ter que estar. É que, quando não, teria usado letra maiúscula, não é. É.
Tenho foto, sai já a seguir a isto: bem sei que um sabonete branco em cima dum embrulho branco e um embrulho branco em cima de folhas brancas, tudo isto transformado em pixéis e exposto rudemente num blogue branco... é foto que nunca sobressairá, mas é o qu' há cá, está bem. Vai ter que estar.


Senhora do Banco

A senhora do Banco perguntou-me 'como é que anda' e respondeu-me 'anda com as pernas'. Depois venham cá dizer-me que conversar é muitaa bom e conviver é muitaa bom e que isso são tudo coisas que fazem muitaa bem, vá, venham lá.

Flores envelhecidas

Sentei-me no banco que está debaixo da árvore amarela e eis que... pumba e coiso, as flores que eu própria lá deixei e acerca das quais falei neste post estavam envelhecidas. Sério, nem caíram do banco abaixo nem nada, lá estavam, envelhecidas, é certo, mas, incrivelmente, sem que tenham saído dali.




Já agora acrescento uma foto espectacular ao blogue. É que quando liguei a máquina captei o que captei e o que captei, captei por acaso, vejam lá que engraçado, ah ah, e vai que considerei esta visão elucidativa, que elucida por conta de se ver parte dum livro dentro duma mala. 'Estranha Ternura' de Miriam Toews, é o livro que ando a ler. Todos os dias falo dele. Olarila. E leio-o também. Pois. Carrego-o de mau grado porque é pesado que se farta, mas leio-o prazerosamente. Dão umas para as outras, como diz a minha mãe.


Almoço

Massada de peixe. Lembrei o senhor... ai como hei-de eu chamar a este senhor... senhor Zé, pronto.
Ó Zé, eh pá, você traga lá meia dose de massada de peixe mas olhe que é com dois ésses, está bem, não é com cê cedilhado.
Ele assim fez, de bem mandado que é.

Lugares e musas

Reparei ontem que me esqueci do 'também pode ser' por entre o 'lugar' e o 'da musa', isto nos títulos dos últimos posts onde tenho referido o lugar da musa. Oh que pena. Bom, mas sempre posso alterar, claro que posso, ora essa. Esta vontade está em mim porque quero muito perceber qual é o lugar da musa onde estou, muito muito muito e tanto e tanto, vai daí, pumba e coiso, embora lá alterar.
Entretanto registo também que em alguns dias me tem dado vontade de voltar ao 'antigo' lugar da musa. Quem sabe lá vá parar hoje, que são quase horas do intervalo grande.


Posta-restante: Não fui ao 'antigo' lugar da musa, nada disso.

Nectarinas

Fui ao nepalês da frutaria e dirigi-me sem demora à caixa que tem as nectarinas que mais me têm agradado nos últimos dias. Logo que as avistei disse para mim mesma, mas com voz, baixinho, muito baixinho, assim: 'quero destas', e eis que num repente daqueles mesmo bons notei que numa nectarina havia como que um pedaço que lhe cresceu, fazendo lembrar o genital masculino, pronto, eh pá, parecia assim tipo um apêndice, uma coisa a sair fora do corpo, e exclamei para mim mesma, mas com voz, baixinho, muito baixinho 'quero esta, decididamente!' Ri-me comigo mesma, mas com voz, baixinho, muito baixinho.

Ó pá tóin xirú!

Nada de deixar passar este dia sem referir e registar que hoje é dia

16-06-2016

Pronto, já está, para o ano temos mais disto, assim tal e qual, só por dizer que é um bocado diferente. E agora vou mas é escrever outras coisas e doutras coisas e gentes, sem dizer outra vez que sou grafómana. Ah-tá-bem-a-fi-nal-di-sse.

Primeiro

Bom dia. São dez e um. 10:01, capicua, ah ah. Nem limpei os óculos, e bem que precisam duma esfregadela das boas, quer isto dizer que me apressei a vir escrever da capicua. Vou então limpar os óculos, está bem. Vai ter que estar. Depois, logo após, creio, vou vir para aqui escrever muitas mais coisinhas porque sou grafómana, não é. É. É, é.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

100 ~~

sou teu fam.
és meu fam...?
sou teu fam!
ham?!

Lugar da musa

Andei iludida, julgando ter deixado o livro do momento (Estranha Ternura, Miriam Toews) no lugar da musa. Mas não. Enquanto considerei que esse esquecimento efetivamente acontecera, construí montes de textos na minha cabeça, mas não me pus logo a transformá-los em textos vivos por não ter a certeza de ter despejado a mala no estaminé do meu colega e ser lá que o livro estava. E estava. Oh. Até ia ser giro. Para já, seria giro o tema, que se há coisa que nunca me aconteceu foi deixar um livro esquecido. Para depois, seria giro perguntar às meninas 'olhe lá, ontem deixei aqui um livro, não foi? E elas ou uma delas dizer 'foi, está aqui' e estendia-mo enquanto sorria amavelmente. A minha assiduidade àquele lugar da musa já me tornou merecedora de sorrisos amáveis. Há um certo tipo de pessoa que a amabilidade não lhes está logo ali por baixo da pele. A gente, eu, tem, tenho, de esperar, sem alarde, que é lá isso, e lá está a porra da passividade a favorecer-me. É esperar, é-es-pe-rar.

Post do passado

Ontem, às cinco e tal da tarde, eis que larga a chover em Lisboa. Chuva de verão, ok, vá, tudo bem, mas era chuva. Há exatamente dez anos chovia pra caraças em Lisboa, não sei a que horas mas foi nesse dia, exatamente aí, que eu tenho boa memória para aquilo que só a mim interessa. Nessa altura debitava umas coisitas em modo escrito aqui no estaminé. Criei uma pasta de ficheiros de escrita, em muito semelhante à que hoje mantenho, a que chamei SouEu. Essa pasta foi criada, julgo eu, aqui é que não estou tão certa mas adiante, num dia de março de dois mil e seis. Incrivelmente comecei a rabiscar coisas ainda antes de criar um blogue. No estaminé. Isso, no estaminé, lugar que não suporto, lugar soturno. Julgam que passo o tempo a escrever porquê? Para anular a minha presença, claro, e também para me desasossegar, de contrário espessar-se-me-á a tristeza. Pois. É contraditório, é, e estúpido que se farta.

Sai postzinho da unha!
(porque agora é da unha que vou falar)

A unha do dedo médio da mão direita é muito feia. Por ora encontra-se assim como que quadrada, ou lá que é isto, se bem que um quadrado pressuponha retidão e na unha não há linhas retas, tem assim como que umas curvas ténues, pronto, eh pá, imagine-se oito milímetros de largura, quantas curvas cabem em oito milímetros? Poucas, à partida, e também pouco encurvadas. Ontem tive de a cortar rente por conta dum triângulo que se lhe formou, tipo assim uma reentrância, se a unha fosse uma extensão de areia este trângulo podia ser uma enseada, mas não, portanto: pumba e coiso. Mas a unha é muito feia. Muito muito muito feia. Mesmo assim, curtinha, há uma linha sem verniz. Como é que se chamaria essa linha sem verniz sendo a unha uma extensão de areia...? Espuma das ondas, claro!

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é Dia Mundial do Vento, interessante é a temperatura ter baixado tanto. Está frio e vento. O vento é frio e esse frio enche-me de tristeza. Automaticamente. Portanto: culpa disto, em mim, não há.

Primeiro

Bom dia. São onze e cinquenta e cinco. De nada, ora. Para que é que isso interessa, não é. Deve ser. Para coisa nenhuma, 'migos e 'migas, para coisa nenhuma. Au eva, estivesse eu preocupada em publicar coisas interessantes e sair-me-ia a preocupação cara, tão cara, em consultas de psicologia e ansiolíticos. Sei do que falo, sei, oh se sei.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Olhem, vou deixar mais um vídeozinho, está bem? É uma película da última viagem. Viagem essa que foi a última mas não será a última. Perceberam?

Do pé para a mão

Tenho uma pele no pé a amadurecer. É ali assim bem junto à bola interna, aquela onde, supostamente, se terá um joanete doloroso algures vida afora, mais muito vivida do que pouco vivida, quer isto dizer que o joanete aparecerá, supostamente, na velhice. Quando amadurecer soltar-se-á facilmente, o que me permitirá, este post está muito no futuro, ó pá tóin xirú!, arrancá-la. Por baixo da pele estão, ao momento, olha, agora virei-me para o pressente... ai perdão, presente, umas quantas borbulhinhas em construção, quando forem muitas e muitas, e amarelas, já saltei para o futuro, óié, despegar-se-á, soltar-se-á, mas só uma partezinha, vai daí levantarei uma pontinha com a unha da mão, a do dedo médio da direita, e arrancarei tudo. Tudinho. Ficarei então com uma cratera, quando digo cratera não falo obviamente em tamanho, mas em semelhança. Lá no meio encontrarei um pele lisinha lisinha lisinha. Será deleitoso passar lá o dedo médio da mão direita, os outros não sei.

Imaginariamente

O sipipú é um amigo que tenho no imaginário. Sim, sou mulher para ter esse tipo de amigos. Amigo, sim, é macho, é. É, é. Então, que querem, acho os homens mais interessantes do que os homens... ai perdão, do que as mulheres. Há ainda um pipifiripirifiu e um quiuaitche que me cutucam o espírito e me preenchem a imaginação. Nada temeis, é tudo boa gente.

Leitura

Notei hoje, num repente, que a autora do livro do momento (Estranha Ternura, Miriam Toews) quase não usa pontos de interrogação. Ah ah. Para mostrar que os personagens estão a perguntar coisas, ela usa verbos como inquirir, ou então retorquir, verbo este que como se sabe suporta toda e qualquer entoação que a gente queira dar.

Lugar da musa

Continuo a não me esquecer de retirar a colherinha de cima do pires, não vá acontecer eu deixar escapar o café de dentro da chávena, inadvertidamente, pois claro. Eu já expliquei como é que me acontece, mas posso explicar outra vez, que eu adoro explicar coisinhas. Acontece eu levar a chávena à boca e acontece também a colherinha resvalar e assentar no rebordo que o pires tem, vai daí, pumba e coiso, o cu da chávena assenta imperfeitamente em cima da colherinha, e assentaria perfeitamente em cima do rebordo do pires. Rebordo do pires. Ah ah. Pergunto-me se isto estará bem. Respondo-me que não. Ah ah. Mas lá que continuo a não me esquecer de tirar a colherinha de cima do pires, lá isso continuo. Olarila. Em todas as vezes desse gesto reparei que a colherinha tem impresso um grão de café, e eu que me tenho esquecido completamente de registar no blogue que a colherinha tem impresso um grão de café. É assim como que um desenho. Não sei como foi feito mas era giro à brava que fosse assim como as tatuagens. Mas assim sem a tinta. Só a agulha que sai e entra e sai e entra e sai e entra. Assim. E picaria ou picava a ponta do cabinho da colherinha de cafezinho. Cafézinho. Nunca sei como é. E colherinha é colherinha, não é colherzinha, neste blogue, nesta data, não é. Tenho foto à minha maneira, a mostrar quase quase quase tudo, portanto é montes de especial.


Oculista

O senhor que está cá fora a distribuir panfletos tem uma bata branca, portanto deve ser o oculista e não alguém contratado para vir para a rua meter-se na vida dos transeuntes. O oculista estende-me então um desses papelinhos, que em dias como este se chamam panfletos, pergunta um 'posso?' antecipado por um 'boa tarde'. Assim é que é, 'migos. Assim sim, 'migos. Aprendam, vá. Não é atropelar a minha passagem e meter-me o panfleto à frente. Esses são gestos tão repentinos, que se não paro também eu repentinamente ainda levo com mãos nas mamas ou no pescoço, depende um bocado da altura do distribuidor. Ou nos olhos, também, pode ser nos olhos. Na barriga. Daí para cima, nos primeiros, ou daí pra baixo, na segunda, é que não sei se é viável.

Da cidade
Da árvore amarela

Lisboa não está deserta. Mesmo com estes feriados arrimados ao fim-de-semana, não está não senhores, que isso é lá mais para agosto. Agosto, o mês do verbo amarelecer. Tanto assim é que é por aí que a árvore amarela lá se começa a aproximar visualmente do cognome que lhe dei.

Afinal

Afinal continuo virgem naquele ponto. Quero dizer: sei lá, nem sei, como é que vou saber? É suposto sentirem-se coisas enquanto se está a fazer aquilo e será que as senti? Não sei, e se não sei é porque a sensação que tive foi de leveza num pedaço grande de tempo e nem sei se é para sentir-me assim tão leve. Sabes a fé? Sabes? A fé é a gente saber que. A fé é uma certeza que se tem, e eu tinha a certeza que encontraria o que não procurei, sério, não procurei e encontrei. No fundo a fé é sermos passivos, não nos movermos porque aquilo vai acontecer. A fé, ah ah, tão afastada da religiosidade, esta de que (ainda) falo.

Letras duma viagem

11 de junho de 2016
Ortiga
É no Alto Alentejo que estou, Restaurante Bigodes. Vou comer barriga de leitão no forno. Entretanto comecei com uma entrada, um começo, ah ah, feijão frade com atum. Ó pá, isto das entradas, principalmente as deste género, a gente sujeita-se a comer os restos do dia anterior, ou, pasme-se, restos da outra gente, ideia que não é lá muito aprazível.
Estava tudo bom. O moço que serviu, serviu:
barriga de leitão
salada mista
migas
batatas pála-pála
cerveja água
Espero agora a sobremesa.
Sericaia, é boa, veio para o Luís e eu provei. Tigelada de mel, é boa, veio para mim e o Luís provou. São caseiros, os doces, nota-se perfeitamente que foram feiros por pessoas, com a ajuda de máquinas, e não por máquinas, com a ajuda duma pessoa.
Belver
Estamos no restaurante O Castelo, que tem um provérbio, ou lá que é, impresso no toalhete, que reza assim:
«A comida, depois de passar a goela, o estômago que se entenda com ela.»
Vamos comer lúcio grelhado (e escalado), acompanhado de migas d'ovas. Muita miga se come aqui, não é 'migas e 'migos? Ah ah.
Não sei se é migas o que vem com o peixe, afinal não sei.
São oito e tal, quase nove.
É mesmo migas d' ovas, ou, neste caso, foi, que já se acabou.
Inglaterra-Rússia, no Europeu de Futebol. 0-0. Ah ah. Há pouco ia sendo golo dum deles, sei lá qual, houve ali um zunzum em torno da bola, tão perigosamente junto à baliza estava, que. Mas não foi golo. A minha reação foi: eiche! Um senhor ali assim fez: eiche! Entretanto foi golo da Inglaterra, ah ah.
Não é branco
Não é preto
Ah
Ah
Foi o que deixei escrito no toalhete, assim, tal e qual. Depois linhas em volta, emoldurando o verso incapaz de deter poesia, que é lá isso, ora pois, bem sei que assim é. Rubricado por baixo, já me esquecia, e uma cruz em cada canto, mas por dentro do retângulo. Um primor em várias frentes, portanto.
Ao almoço já tinha deixado coisas no toalhete do restaurante, neste caso uma das minhas frases:
Escrever é fingir certezas.
E depois emoldurei da mesma forma. E rubriquei, também. É portanto um trabalho continuado.
A senhora anda a levantar as mesas, enrolou uns quantos toalhetes, tipo assim mesmo mesmo mesmo a fazer um rolo. Se algum toalhete tivesse alguma coisa lá escrita, teria ela notado? Sei lá, pá. Como é que vou saber?! As coisas acontecem. Acontecem sempre coisas, mesmo o que não acontece é algo que está a acontecer, mas ao contrário. Era giro haver destino, digo destino mesmo destino, digo o que acontece não estar no meu poder de decisão. Isto porque está, muitas vezes está, ok, vá, tudo bem, mas nem sempre. Sei lá, podia ser assim tipo uma linha, um meridiano, um raio, ou coisa assim, que atingisse a gente com coisas de todas as espécies. Hum, e porventura será...?
Vou bazar.
12 de junho de 2013
Vila de Rei
Ontem esqueci-me de pôr as horas a que escrevia, isto despropositadamente e porque um dos meus propósitos, enquanto escrevente, é registar estas coisinhas todas, e hoje não vou registar as horas propositadamente. Seja lá como for, as vezes em que escrevi, fi-lo sempre à hora da refeição, portanto em restaurantes. E agora também, ah ah. Esperamos a moça vir de lá com o menu. O restaurante chama-se O Cobra.
De manhã, ao pequeno-almoço, lá no albergue, comi uma espécie de tarte, ou espécie de bolacha, ou lá que era aquilo, que constava duma base de bolacha, ou base de tarte, ah ah, muito saborosa, muito amanteigada, muito crocante, muito saborosa, ah ah. Chama-se crostata, pronuncia-se croussetata, é portanto uma palavra italiana, que o pessoal do albergue veio de Itália, mas dizia eu, a crostata, nem sei se é assim que se escreve mas adiante, é estendida, posta no forno, e besuntada com doce daquilo que a gente quiser, cortado aos pedacinhos, aos quadradinhos, quero eu dizer, e come-se. É tão bom. Tão bom, tão bom.
Vamos comer bacalhau recheado, só não sabemos de que é feito o recheio do bacalhau, ah ah. Temos de esperar a moça que ainda só cá veio pôr o menu e não mais quis saber da gente.
Não vamos comer bacalhau recheado, afinal. Escolhemos bacalhau, sim senhores, mas o prato especial da casa, que é frito e lhe é acrescentado um molho especial que inclui tomate e cebola mas não é nada que se pareça com cebolada, nem nada disso, assegurou a moça que serve não só menus como queijo branco e seco e alentejano com doce de abóbora (olhem: não sei se era de abóbora, era amarelado, pronto) e a gente espera ardentemente que ela também sirva o tal do bacalhau especial da casa. Ah, é verdade, estou em Vila de Rei, junto ao Centro Geodésico de Portugal.
Eh, ó Gina, e as coisas filosóficas, pá? Então ontem escreveste-as, não foi? Sei lá!
Não sei dizer, e o termo é esse, o endereço do meu canal do Youtube. Imagine-se, por exemplo, que encontro alguém interessado/a em ver os meus vídeos, isto presencialmente, claro, eis que não poderei dizer, isso, dizer, o endereço porque não o sei.
Está aqui uma mesa ao lado cheia de conversadores, cheira-me a família, não me cheira a amigos. Já comeram e agora estão bem mais conversadores, mas bem, bem mais. Aguardam sobremesa e café, presumo. É comum, em grupos grandes, as pessoas formarem grupos pequenos, quer por uma questão de proximidade, porque é mais fácil falar com o vizinho do lado, quer pela dificuldade que há em se conseguir manter uma conversa em que todos participem, uma mesma conversa, quero eu dizer, vai daí o grupo dispersa-se.
Pronto, já filosofei.
Já comi o bacalhau. Não é que o molho não contenha cebola e quês, mas como vem todo desfeitinho e quês, tipo assim um puré e quês, é bom e quês, e é efetivamente diferente e quês.
Na tal mesa do lado cantaram os parabéns à pessoa mais idosa. Não sei quantos anos faz, mas são muitos. Depois de as palavras cessarem e os vivas quase cessarem, uma das pessoas vaticinou que a velha viverá, pelo menos, até aos cem.
Ah, você vai até aos cem, vai ver! Você vai lá chegar!
Eu bem disse que eram familiares. Eu bem disse que esperavam as sobremesas. Uma das presentes tem ar de filha por se encontrar mesmo ao lado da aniversariante e também se arrimar bastante à maternalidade, pois, como se sabe, a vida avança e os papéis invertem-se. Um dos presentes tem ar de filho, isto porque tem parecenças com a filha de que já falei e porque lhe deu também os parabéns, creio que ironicamente, quando ela referiu que quem se lembrara de os juntar todos ali tinha sido ela. Esse bicho, depois da sobremesa, o bolo de aniversário, e do café, anunciou que já comera, e se já comera punha a boina na cabeça!
A pronúncia daqui arrima-se mais à de Castelo Branco que à do lugar de onde viemos e que se chama Belver. Achei particularmente interessante esse facto.

Nota:
Como se pode verificar, lá consegui copiar o que escrevi no meu diário durante estes dois dias, o que obviamente não foi assim tanto, quando não, nunca conseguiria fazê-lo hoje.