terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Janeiro está a 160 minutos do fim




21:20


Temporizador

Tenho na minha cozinha uma galinha que diz quanto tempo passou. Quando chega aos minutos que escolhi faz trrim! e prontifica-se a ficar sossegadinha e exatamente no mesmo sítio onde a deixei sossegadinha esses minutos antes, a função dela é avisar que. É mesmo para ser assim, bem sei, a sério que sei, só estou a repetir-me desenfreadamente porque por vezes preciso de não ter freio também na escrita. É tão bonita, a galinha. Andava há que tempos com o desejo imenso de comprar um temporizador por conta de o meu antigo fogão ter ido conhecer outra cozinha e o fogão que entretanto chegou à minha cozinha fez-se chegado sem um sistema temporal incorporado. Preciso de um medidor do tempo que passou, mais para o arroz que para outra coisa, que as outras coisas são geralmente regidas pelo instinto fantástico que há em mim. No bolos, por exemplo, há um segundo em que cá por dentro me digo: «o bolo já deve estar», nem sempre está, mas é tão raro deixar queimar um bolo como reger-me pelo temporizador.

Sonho

Sonho quase todos os dias e tem sido quase todos os dias que sonho sonhos que não sei transformar num texto. Hoje sonhei um sonho, uma só cena, simples, sem glória ou esquisitice alguma, é uma cena que vi acontecer algumas vezes na minha vida, e eis que durante a noite a reproduzi num sonho e durante o dia veio a acontecer. Ó pá, era tóin xiru que fosse premonição... Olha eu a sonhar exatamente como acontecerá isto ou aquilo, a pessoa especial que eu seria... É que só a palavra premonição tem um corpo do caraças... Quero eu dizer que é corpórea, sabem, como quando a gente encontra uma expressão que é mesmo aquilo, que tem força, é capaz, distingue-se pelo bem, bom e belo. Ó pá, este post está carregadinho de poesia... Bom, logo à noite não vou sonhar nada, já sei, que estou para aqui cheia de manias, afinal repetir num sonho uma cena que vivo amiúde...

Estou com isto no sentido (expressão comum da minha mãe)

Ontem à noite andei de roda do blogue anterior, isto no sentido de perceber se teria vasculhado todas as receitas que lá publiquei, isto no sentido de saber se haveria por lá umas quantas que ainda não tivesse escrutinado, isto no sentido de concluir quantas ahvreia (era haveria que eu queria digitar) ainda de colocar no dossiê esepcail (a sério que eu queria digitar especial). E sim, nesse sentido, pois que já tratei de todo o blogue, ficando portanto a faltar este.

Intervalo grande

Estou no lugar (que também pode ser) da musa e vou registar algumas impressões do intervalo grande.
À saída do restaurante o Zé lembrou «olhe, não se esqueça do chapéu!» Ironia, claro, com a chuva de hoje dificilmente alguém se esquece do chapéu.
Numa das esquinas da avenida decidi subir a alameda por concluir que o piso avermelhado é liso o suficiente para não ter poças. Na avenida seguinte, bem como na praça, eis poças de água com fartura.
À ida para lá terei de depositar as pilhas gastas no contentor que tem pilhas gastas porque esse contentor se destina a conter pilhas gastas. É que me esqueci de as depositar à vinda para cá. E assim ando carregada debalde. (Nota posterior: depositei, sim senhores.)
Hoje é terça-feira e, tal como ontem, não trouxe o livro de casa, vai daí não leio hoje também. Ontem não fiz registo da minha não-leitura porque estou cansada do tema e com vontade de desisitr de ler. Mas eu gosto de ler. Mais: gosto da história que está a ser contada no livro. Eu preciso de ler. Sério. Preciso mesmo de ler, quando não estou sozinha nas letras. Creio que devia estar também farta desta confissão. Amanhã, pumba e coiso.
Entretanto, vejam só, encontrei a caneta verde. Pois. Viva, iei!, encontrei! Estava dentro da mala, num bolso daqueles que não lembra a ninguém. Quer isto dizer que andou estes dias todos comigo. Não é propriamente uma carga debalde, que soubera eu do paradeiro da caneta num bolso estúpido que a mala tem, pois que lhe teria dado uso. Quero dizer: é. Foi.

Lâmpadas

Suponhamos que o cu das lâmpadas não é o globo que sobreraquece em termos de pele humana, isto baseando-me naquele dito popular 'ai! só me apetece subir aos candeeiros e apalpar o cu às lâmpadas!', portanto a ideia de sobreaquecimento vem daí, dado que é um dado (dado-dado propositado) adquirido que as lâmpadas sobreaquecem em termos de pele humana. Usem luvas, dado se apercebam de a vontade de apalpar cus de lâmpadas vos ser indomável. Mas vá, neste (meu) caso o cu das lâmpadas não é o globo mas o casquilho, dentro das embalagens. Andei que tempos com uma questão montes de especial e interessante, que, como sabem, só ponho no blogue questões de um nível superior de inteligência e assim, que é o facto de os cartõezinhos que vêm dentro das embalagens serem cada um de seu tamanho. São dois, um protege o casquilho, o outro o globo. E... é óbvio que o cartãozinho maior é o que vem a proteger o globo!, que o vidro é mais frágil do que a rosca metálica! Pois...

Aos 31 de janeiro

«Hoje é 30 ou é 1?», perguntou-me o meu colega. Coloquei um tiquinho da minha peculiar graça à resposta que lhe dei: «É juntar os dois 'migo, é 31.»
A data de hoje tem portanto três uns. E é trinta e um, que foi onde a gente se meteu hoje, o meu colega até disse a um cliente que hoje é dia do fado do 31.

O Bolo de Chocolate da Carla

O fim-de-semana passado já lá vai mas foi nesse fim-de-semana que vasculhei as prateleiras onde descansam todos os livros e revistas de culinária que fui adquirindo ao longo dos anos.
Vasculhei...
Porque...
Queria encontrar a receita manuscrita da receita do Bolo de Chocolate da Carla. Não foi difícil, ó:





Encontrei a receita fácil e rapidamente porque sabia que estava no dossiê preto. Naquele dossiê constam receitas que julgei boas para experimentar e voltar a fazer, sendo todas do tempo anterior às netes na minha vida. Daí em diante não mais guardei as receitas que considerasse mais ou menos, afinal está tudo nas netes, passando a ser bem mais seletiva. Ora acontece que ainda não aconteceu fazer uma limpeza a esse dossiê, hum... Olhem, é assim e por exemplo, na parte de trás da receita descrita acima acontece isto:





Como se pode verificar, a caligrafia está menos cuidada, terá sido algum programa que via na tv e apontei apressadamente os ingredientes e resumidamente a preparação? Mas parece a receita do bolo Nega Maluca... Porém falta-lhe o molho que leva por cima. Recordo que quem me passou a Nega Maluca ma passou através do Messenger das netes do antigamente, quiçá eu tenha copiado do ecrã do computador. Bom, lá que desconheço o rigor das circunstâncias deste apontamento, desconheço, e/mas lamento, e lá que está cruzado, está, provando assim que foi passado para outro lugar, quiçá o meu primero blogue. E falta só uma coisinhazinha: como se pode verificar, o nome da Carla é mesmo Carla.

Lanchinhos

Lanchinhos, sim, mas antes: fui à frutaria e...
Duzentos e noventa gramas de morangos
Seiscentos e quarenta gramas de laranjas
Trezentos e cinquenta e cinco gramas de peras
Duzentos e noventa gramas de quivis
O nepalês da frutaria estendeu a fatura ao meu colega e por sua vez o meu colega estendeu-ma a mim enquanto perguntava 'queres?' como quem afirma 'tu não vais querer isto...', só por dizer que quis e tanto quis como ainda lhe contei que publico no blogue estas compras e quiçá daqui a vinte anos eu visite o meu blogue e recorde como gostava de morangos. Morangos foi o lanchinho d' hoje e estas vão ser fotos de um morango com dois bicos, portanto este morango tinha (sim, já o comi) dois picos de açúcar em si.





No lanchinho d' ontem calhou uma laranja, que eu cá é assim, tudo me faz parecer estar numa roda da sorte. Calhou-me então uma laranja e no momento em que me preparava para a comer chegou o senhor António. Nem dei tempo para o cumprimento nem nada, fui logo dizendo 'ó senhor António, olhe que chegou numa má altura, que eu não me apetece nada partilhar!' Depois pusemos-nos a conversar acerca das frutas preferidas, que no meu caso são morango e laranja, exatamente essas.

Primeiro

Bom dia. São dez e dezoito.
Olá estaminé, estás bom?
Não respondas.
Vou-te varrer, está bem?
Não respondas.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

árvore amarel' amiga:
'miga árvore amarela:

Já não tenho muita esperança de recolocarem os antigos bancos de jardim debaixo da árvore amarela, ou então bancos novos, mesmo que os recortes na relva lá estejam com a terra molhada pela humidade destes dias, eu podia pensar 'ah, qual quê, ó tão lindos os espacinhos onde dantes estavam os bancos, decerto porão aqui outros ou então aqueles velhos e degradados, quimporta isso? eu cá não mimporta nada'. É melhor parar com as piadinhas, quinda julgam queu não sei escrever.

Lugar (que também pode ser) da musa

Dia atípico no lugar (que também pode ser) da musa, hoje, que ninguém me pareceu conhecido ou especial. Isto até ao ponto em que julguei estar na hora da abalada e foi aí que chegou o senhor maníaco dos lenços.
Fico para ver o filme outra vez?
Não.
Mesmo que neste caso a previsibilidade não me aborreça, não fico. Ainda deu para vê-lo limpar a mesa com o seu maço de lenços de assoar antes de ir pedir o café. Pareceu-me ver-lhe no rosto uma expressão de nojo, mas isto posso ser eu a inventar, que a gente, a bem dizer, vê o que quer. Abalei dali.

Limões&Farinha de Milho

Por ora há limões com fartura no meu cesto e eis que durante o fim de semana lembrei-me da existência de um bolo de limão, alecrim e polenta na minha vida. Hei-de voltar a fazê-lo, sim senhores, mas sei lá se antes do bolo de chocolate da Carla?, logo vejo, e antes que me esquecesse, e enquanto aguardava vez na fila do supermercado, isto no sábado pela manhã, apontei num papelinho o seguinte:
ver as farinhas que há na despensa
ler a receita do bolo de limão
cobertura de claras
A primeira e segunda coisinhazinhas funcionariam para me certificar que farinhas havia nos potes, se a farinha fina se a grossa, também conhecida como polenta (da qual Leonardo da Vinci diz advir tristeza, creio que por ser a comida dos italianos pobres) e era fundamental ler a receita para me inteirar. Se sim, muito bem, se não, teria de apontar na lista do supermercado essa falta. Entretanto, a receita lida, percebi que o bolo leva cem gramas de polenta mas contém uma nota das minhas, explicando que fiz com a farinha fina e me dei bem, apenas notando a ausência de uma certa crocância. Fui então espreitar à despensa e vi meio frasco de farinha de milho, sim senhores, mas da fininha, que talvez não chegue aos cem gramas. Portanto: vi o frasco meio vazio.
A terceira coisinhazinha aconteceu com a ideia de que uma cobertura de manteiga e claras ficará montes de bem encimando este bolo. Mas isso foi na hora do apontamento, hoje não me parece nada bem, que entretanto fui-me lembrando do seu sabor e mesmo sendo de limão nota-se-lhe facilmente o sabor da manteiga, de maneiras que manteiga sobre manteiga... Hum, melhor não. A ideia desta cobertura aconteceu também porque a vi fazer num canal do Youtube e num repente me pareceu uma maravilha poder usar ao menos algumas das claras que tenho no congelador.
Nota engraçadíssima: ontem, domingo, adicionei cinco claras a todas as que.
Ah, já quase esquecia uma questiúncula que no fundo é outra nota, mas como se estende um bocado não lhe vou chamar nada disso. No tempo em que eu não tinha medo das pessoas fui a casa de uns conhecidos e levei um bolo destes. Aquando da degustação era ouvi-los todos aos 'huns' e 'ahs' de prazer, portanto não sou só eu a achar que este bolo é, sim senhores, olha as vírgulas a destacar, merecedor de ocupar o meu dossiê especial.

Maçãs&Marmelos

Fiz então a tal tarte de maçã com vinho do Porto, usando a tal embalagem de maçã desidratada e as tais duas maçãs frescas. Fiz também a tal marmelada com os tais marmelos velhos que eu sei lá, oh se fiz, mas não ficou grande coisa. Para começar não juntei a quantidade de açúcar que o povo ensina e, para mais, não vou poder especificar a quantidade que usei mas ficou muito aquém do que ensina então o povo, limitei-me a inclinar o pote do açúcar amarelo e deixei-o cair para dentro do tacho até que. Vai daí a marmelada não está sólida nem muito doce. Quanto a mim tudo bem, quero lá saber, foi propositado, a alegada marmelada iria acompanhar as costeletas, portanto: muito doce, obrigadinha mas não. E realmente não ficou lá grande coisa, não. E a base da tarte, que eu previra fazer bai mai selfe, pois que não fiz porque no supermercado as massas prontas estavam com um desconto do caraças. E não é a mesma coisa, ó pá não é não. Uma coisa é uma massa cheia de compostos dispostos a perdurar o tempo utilitário de um alimento, outra coisa é a massa feita por mim, que sendo feita por mim sei o que lá ponho e assim sendo o sabor melhora consideravelmente. Resultado: o plano doce para o fim de semana deste fim de semana que passou não me satisfez.

É segunda-feira

Na sexta-feira levei o casaco de andar no estaminé para lhe coser um botão com linha condizente. Na sexta-feira tinha pensado fazer post, só que não. Cosi.
Na segunda-feira, hoje, trouxe de casa o lápis para afiar. Que afinal não se deixou afiar por ser de marca roscov, era eu a afiá-lo e o bico a partir quando grande, isto duas vezes. Tenho foto e tudo. E consegui espirais, é ver a foto.






Na segunda-feira, hoje, trouxe de casa o raspador com a ideia de raspar umas fitas que colam e que ao momento se encontram inúteis e que eu quero ver desaparecidas de uma espécie de parede que há no estaminé. Na sexta-feira tinha pensado fazer post, só que não.
Na segunda-feira, hoje, trouxe o líquido de limpar os óculos porque concluí que me faz mais falta no estaminé do que em casa. Não era para fazer post nenhum, lembrei-me disto de manhãzinha, enquanto pregava o botão no casaco de andar pelo estaminé.


Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia do croissant, cruáçã, ai a Graça Queu Tacho. Gosto muito, obrigadinha, doces ou salgados, massa folhada ou brioche, pouco me importa. Ainda um dia vou fazer. Mais: ainda um dia vou saber fazer.

Primeiro

Bom dia. Olha eu a dizer bom dia às pessoas. São onze horas. Olha eu a dizer que são onze horas às pessoas.
Ui, que mal, nem tudo fica composto convenientemente com a mesma linha de montagem.
Pigarrear. Pigarreio. Pigarreei. E vou:
Olha eu a dizer bom dia às pessoas.
Olha eu a dizer às pessoas que são onze horas.
Déum... déum-déum-déum-déummmmmm!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

o abaixo fica acima do acima
que fica abaixo do abaixo

Hoje li

«... Passava para trás do balcão e ficava a ver o senhor Andrade ou o filho Rafael a meterem o corredor nas tulhas alinhadas do grão, do feijão, do arroz, da farinha ou do açúcar e encherem, sobre a balança, cartuchos de papel pardo com risquinhas encarnadas.» 'Romance de Cordélia', Rosa Lobato de Faria, página 123

O senhor Horácio, o merceeiro da minha infância, tinha também 'cartuchos de papel pardo com risquinhas encarnadas', que enchia com a quantidade de feijão que a minha mãe pedisse. Não sei se gostei mais de relembrar este pormenor ou de encontrar num livro uma vivência igual.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia de a gente se divertir no trabalho. Logo de manhãzinha deixei cair uma nota... enfim, de muitos euros no caixote do papel destinado à reciclagem. Quereis cena mais hilariante?

Hoje é dia do bolo de chocolate. Nem hoje nem no próximo fim-de-semana me jogo a um, já ontem registei os meus planos. Contudo, ando há que tempos com uma ideia, que é um bolo de chocolate, sim senhores, cuja receita me deu a minha vizinha de baixo, a Carla, tanto que quando passei a limpo a receita lhe chamei Bolo de Chocolate da Carla para saber sempre, passassem os anos que passassem, que fora a Carla quem ma transmitira. Nota importantíssima: esta receita é tão mas tão antiga que é ainda do tempo em que eu apontava num caderno as receitas suficientemente boas para constar nos meus arquivos e portanto elegidas a especiais. É d' há anos e anos, este caderno, a ver se o procuro. Depois chegou a internet à minha vida e a rapidez na pesquisa e a facilidade na impressão, daí o dossiê especial existir. Mas o bolo em questão é uma delícia para quem gosta de chocolate. Prepara-se a massa e não se pense que se coloca toda na forma, porque não, deixa-se um terço cru, que se despeja por cima do bolo já cozido e desenformado, ou seja: a própria massa do bolo faz o papel de cobertura. Hum. Este bolo resulta baixinho, não só por lhe ser retirado um terço da massa, como por levar apenas uma colher de farinha, pronto, no fundo é uma mousse de chocolate que vai ao forno, e é fofinho que se farta por conta de a margarina ser levíssima. Bom, findo este assunto, e ao que parece, tanto tenho de encontrar o caderno manuscrito o quanto antes como tenho plano doce para o fim-de-semana a seguir ao que chega já amanhã.

Cliente

Tinha a mãe no carro, à espera dele, e anunciou que em agosto fará 100 anos. Vinha comprar um bloco sanitário. Não vinha nada, era uma cobertura de plástico com 20 m².

A rosa

A rosa à italiana...





A rosa à portuguesa...


Primeiro

Bom dia. São onze e trinta e dois.
Mil setecentos e setenta gramas de laranjas
Quatrocentos e oitenta e cinco gramas de peras
Oitocentos e cinco gramas de bananas
Mil e quinhentos mililitros de água mineral
And I'm out of love, como canta a Anastacia na frutaria do nepalês, porque este post não tem pompa. Já o amor... ai o amor, ai o amor. 💗💗 E as fotos... ai as fotos, ai as fotos.💗💗


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Post verde (não é ainda o obituário da caneta verde)

Aos 23 de janeiro (hoje é 26) dei por escoado o bloquinho rudimentar em termos de folhinhazinhas conseguidas através de um bloco obsoleto ao nível profissional. 400 folhinhazinhas, consegui eu com esse bloco, que havia começado a usar aos 7 de novembro último. Foi também aos 23 de janeiro que fiz uma conta que hoje não decifro. Ok, vá, os 77 são os dias que decorreram por entre essas datas, mas multipliquei-os por 4 porquê?! E depois vá de multiplicar por 4 outra vez. Quereria achar em média quantas folhinhazinhas gastei diariamente...? Deve ser isso. Mas 41.07...? Não pode ser, publico muitos posts, é certo, mas não chega aos 40, que é lá isso.




Produzi mal o enunciado, só pode, para a gente encontrar um resultado há que abordar o problema convenientemente e depois entendê-lo.



Post verde

Perdi a caneta verde. Tenho esperança de a ter deixado ontem no lugar (que também pode ser) da musa. Quem sabe, quando daqui a nada chegar lá, a menina me diga 'olhe, encontrei uma caneta em cima da mesa onde esteve ontem, veja lá se é sua'. É que eu espeto com tudo em cima da mesa, leio e escrevo e escrevo e leio, pronto, o costume repetitivo que é meu, e às tantas deixei-a lá, dada a confusão de haveres por entre os leres e os escreveres.

Posta-restante:
Nada, qual quê, nenhuma das duas meninas se me dirigiu com esse intuito da caneta perdida e ao depois encontrada. Oh.
É claro que isso não prova que a caneta tenha lá ficado, quem sabe o ocupante seguinte daquela mesa a encontrou e guardou para si. Mas... Resta saber se afinal a terei deixado em casa, no meio da papelada, que às vezes tiro-a do seu lugar por dela precisar, ah espera lá que mesmo estando em casa vou apontar esta coisinhazinha com a minha canetazinha verdezinha, penso eu, e pumba e coiso. É lá que está, em cima da secretária, aguardando eu.

A rosa

Lá por se encontrar no lugar escondido, hoje a rosa não se encontra à chuva d' hoje. Redundâncias, sim, duas, mas que me importa? Noto-as todas mas obviamente noto as que noto e as que não noto obviamente não noto e se não noto então noto todas as que noto, o que me leva a afirmar categoricamente que noto todas as redundâncias que escrevo e se as remeto para a espiral das netes é porque marimbei.
Não há fotos da rosa, já ontem não houve. Hoje não há porque não é preciso ir ao lugar escondido, ontem não houve porque não encontrei nenhum cenário capaz. Procurei, procurei, procurei e não.

Planeando o fim-de-semana

Ah... a nova etiqueta. Este é um antes.
Ora bem, andei a ver o que hei de fazer, como sempre ando e sempre faço mas nem sempre faço o idealizado. Tenho claras congeladas. Passa! Tenho framboesas congeladas. Passa! Tenho uma embalagem de tâmaras encetada. Passa! Tenho dois pacotes de fruta desidratada, um de pera, outro de maçã. Não passes. Tenho marmelos de uma remessa que tem meses, são aqueles que a vizinha Gislena me ofereceu para aí em novembro. Não passes, fica aqui.
Os marmelos não estão podres nem acabados, não senhores, que são marmelos que nascem e crescem livres de cuidados, nomeadamente produtos químicos e assim. Isto é um ponto a favor na longevidade da fruta, ademais o marmelo é um ser vivo muito resistente. É usá-los. Os pacotes de fruta desidratada tenho-os também há meses, só por dizer que, mesmo sendo um produto alegadamente natural, o certo é que está embalado convenientemente, com data de embalamento e de validade, portanto: tudo ô puã, fiável. Não passes, fica aqui.

Vou fazer marmelada com os marmelos e depois vou fazer uma tarte de maçã com marmelada e vinho do Porto. Junto maçãs naturais às maçãs desidratadas, que hidrato previamente com o vinho do Porto. Junto amêndoa moída. Junto massa de tarte. Mas antes há que fazer a marmelada. Não, a base de tarte. Não, a marmelada, para arrefecer, tudo bem que a massa tem também de refrigerar mas creio que a marmelada leva mais tempo a arrefecer do que a massa a enrijar.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia de ligar a alguém a quem não se liga há muito tempo. Ah... Olhando para a minha lista de contactos, escolhi ligar ao Voice Mail.

Hoje é dia das coisas estranhas que acalmam. Não sou uma neuróitica lá muito estranha, não há estranhezas dessas na minha vida.

Janelas minhas

Olhem, é assim, adoro as janelas minhas e novas e brancas que foram implementadas na minha mansão superincrivelmente fantástica. É de tamanhão, o espanto que a gente sente pelo frio e barulho a menos que há agora nos quartos, esperando eu, e vivamente, que também entre muitíssimo menos pó. Olarila. Todas as manhãs rejubilo de tão descansada que acordo, que lá se foi parte do frio e quês, e como tenho o grato prazer de me ver ao espelho logo que me sento na cama, pois sim. Ah, a maravilha de vida que posso ter, feliz de mim... Pronto, quer isto dizer que de uma semana para cá acordo ainda mais bonita.

expoente

mais alta
mais larga
mais capaz

Primeiro

Bom dia. São dez e cinquenta e oito.
Sendo pessoa, a chuva seria uma das boas porquanto sabe partilhar, tanto posso apanhar eu a chuva como a chuva me apanhar. Creio que ocorre hoje o primeiro episódio de chuva do ano 2017.
É 26 de janeiro e tenho 99 émebês gastos nas netes através do telemóvel. Um dia vou ter um telemóvel capaz de gastar o pacote inteiro.
Tenho dois quivis para o lanchinho da manhã. Grandes.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Desplante

Ó Gina, tu leste?

Sim. 

Tanto li que li uma página, a 95, vejam lá, sou capaz de ler 95 páginas em cerca de quarenta dias. Quão veloz sou. Nessa página é relatada uma maneira bem diferente da minha de fazer arroz-doce, é assim como que uma receita, ó:





Trecho retirado do livro 'Romance de Cordélia', Rosa Lobato de Faria

De quando fiz sericaia

Aquando do Natal comprei tantos ovos que no cesto ainda repousam ovos paridos o ano passado, decerto esperançados que os agarre e os parta. Já lá vou, 'migos. Vai daí fiz há dias uma sericaia, não sem antes consultar as netes, só por dizer que não sei em que sítio pousei, que não detive moradas nem nada, e concluindo que a receita onde pousei se assemelhava em muito a um leite-creme ao qual não se descartam as claras, antes se lhas juntam ao depois de o leite-creme um tudo-nada arrefecido, pois que decidi viajar por minha conta. Não havia – não tenho uma - taça de barro, usei um pirex. Aquando a sericaia no forno, com tudo despachado, dediquei um poucochinho de tempo a reler a dita receita e dei de caras com uma questão a que não dei atenção, a de depositar o preparado às colheradas na taça de barro e por entre elas o polvilhar de canela. Esta falta fez com que a minha sericaia apenas lembrasse uma sericaia. Comer a minha sericaia foi uma sensação parecida com um facto muito presente na minha vida, o de as parecenças de traços de rosto entre mim e a rica filha: ela não é parecida comigo nas feições, mas faz lembrar. É quase lá, caraças, é quase lá.

Grande novidade

Grande novidade...?! Será?! Claro!
Vem aí mais um bolo que preparei há dias e que me deu um prazer indescritível comer pelo elemento surpresa ter acontecido. É que não fiz lá muito caso da receita, afinal não tinha queijo suficiente, bom, na verdade tinha metade do que a receita dizia, ademais era uma embalagem de queijo ricota (250 gr) o que tinha lá em casa e não os 500 gramas de queijo fresco que a receita pedia, afinal tinha meio pacote de natas (100 ml) e faltava rapar o balde de iogurte grego (de onde creio que retirei uns 100 ml), isto quando a receita dizia 250 mililitros de natas, afinal a receita pedia uma base de tarte, digamos que mediante a dita receita a ideia era (e é) preparar um cheesecake cozido. Melhor referir já que estou a falar de uma receita que encontrei num livro que tinha lá em casa, o Livro de Receitas de Bolos e Bolinhos, da Vaqueiro, que adquiri há mais de vinte anos mediante o envio de provas de compras, eram pequenos quadrados que se recortavam do papel que embrulhava a margarina Vaqueiro. (fiz há tempos um post explicando este fantástico reencontro) A receita pedia que se fizesse uma base de tarte mas saltei esse passo - ...bolas, fui mesmo desobediente... -, untei e enfarinhei e forrei uma forma e espetei com o cremezinho lá dentro. É tão bom mas tão bom. Se fiz como fiz, diferentemente do estipulado, e se me dei bem, então ponho no blogue a 'minha' receita, que é assim, ó:

Bolo de Queijo
Ingredientes
5 ovos
200 gramas de açúcar
250 gramas de queijo ricota
1 limão (sumo)
100 mililitros de natas
100 mililitros de iogurte grego
30 gramas de farinha
Preparação 
Bater as gemas e o açúcar até esbranquiçar. Juntar o queijo esmagado, o sumo de limão, as natas e a farinha e misturar tudo muito bem. Deitar em forma untada, enfarinhada e forrada com papel vegetal. Cerca de 40 minutos depois estará cozido. Aguardar 1 hora e só então retirar do forno.
É melhor obedecer a esta parte porque este tipo de massa tende a abater rapidamente e a rachar. Quanto ao rachar, mal não vem ao bolo, mas o abater, sendo rápido, propicia – hipoteticamente, tudo bem, ok, mas – um certo quê de borracha ao bolo, textura que dificilmente alguém deseja.

Deste bolo tenho foto, iei!, mas por pouco, é certo, e é certo que podemos encimar o bolo com compota de qualquer fruta, se bem que de morangos... Hum... e a receita manda ginjas, vejam lá.


Trouxe fotos do lugar escondido acerca das quais se pode dizer todo o mal possível

Primeiro

Bom dia. São onze e quarenta e um.
Trouxe o livro de casa, olarila. Mai loguinho vou ler, hum...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Timidez

Ó Gina, tu leste?

Não.

Porque me esqueci, outra vez, da porra do livro em casa. Será o resto da semana assim...? Espero para ver, claro. Contudo, o melhor por ora é explicar, outra vez, as minhas questiúnculas da leitura. Apresento-as hoje diferentemente, digamos que com a mesma informação fiz uma construção diferente esperando, outra vez, estarem entendíveis.


Para quês? e porquês? da leitura


Para quê? Porquê?
Para me instruir; Porque não sei nada
Para quê? Porquê?
Para encontrar o meu tom/estilo de escrita; Porque ando sempre a perdê-lo
Para quê? Porquê?
Para considerar ideias; Porque vivo rodeada de pessoas
Porquê? Para quê?
Para refletir sobre ideias; Porque estão todas certas
Porquê? Para quê?
Para não envaidecer; Porque tenho a mania


Parêntesis: (batalhei numa ideia tu meique a iúdje âpedeite, espero)




Creme de rosto

Bom, vamos lá a ver, o meu novo, mas estreado, creme de rosto apropriado para aplicar à noite... Tem feito o seu trabalho... De dia. Tem uma absorção anormal, é seco, ao contrário de todos os cremes de rosto – de noite – que experimentei até hoje, que foram poucos, creio que já registei no blogue que à noite sou preguiçosa para espalhar cremezinhos, portanto a minha experiência é escassa, mas indo ao que interessa: como é que um creme que supostamente tem de alimentar a pele se mostra seco?! Mas mostra e... é bom que se farta. Estou profundamente agradecida a quem mo ofereceu, poupou-me da escolha, que neste caso é coisa para me aborrecer um bocadinho, sei lá, chateia-me isto de cremes e assim, mas o melhor é usar um, diariamente, um de dia, um de noite, um de noite quando é dia, pronto, seja então, vai daí... Obrigadinha.

A próxima etiqueta

A próxima etiqueta do blogue chegará brevemente e será criada com o intuito de explanar planos doces/salgados a fazer no fim-de-semana. Chamar-se-á 'Planeando o fim-de-semana' e conterá tanto planificações de comidinhas a fazer como explanações de comidinhas já feitas. Tipo assim um antes & depois mas sem fazer caso desses dois tempos distintos, ou seja: junta tudo e não deita fora nem por nada. E as comidinhas incluirão doces e/ou salgados, tanto faz, se bem que aprecie bem mais confecionar doces do que salgados. Outro motivo que me leva a juntar tudo numa só etiqueta é que pode por exemplo acontecer eu preparar um post do antes e não preparar um post do depois, assim como o contrário, e vai daí não estou dependente de apetites ou de tempo. Isto de ter um blogue, no meu caso, implica fazer-me a vontade, chateia-me estipular regras e comandos, para mim um blogue só faz sentido se não me sentir obrigada a atualizá-lo.
Não sei se algum leitor terá notado no blogue a ausência dos meus planos doces/salgados para o fim-de-semana, creio que este ano ainda não aconteceu post nenhum desse género, é que se me foi a vontade de os registar, muito embora os tenha vindo a registar sempre nos vídeos. Às tantas é por isso, cansa-me falar do mesmo assunto em duas frentes. Ah, é verdade, e tanto não tenho explanado planos que estes últimos dias têm sido férteis em posts de comidinhas que fiz.

Coisa doce

Há dias fiz um bolo-tarte-crumble de morangos. O rico filho ia jantar com a gente e, sabendo eu que ele de frutas em bolos só tolera os morangos, decidi-me a experimentar esta receita, que vi fazer no canal 24 Kitchen, no programa 'Prato do Dia', apresentado por Filipa Gomes.
Trata-se de um bolo porque é doce.
Trata-se de uma tarte porque tem massa na base e fruta por cima.
Trata-se de um crumble porque junta fruta com uma mistura esfarelada.
Mas por ora encontro-me em conselhos comigo mesma, sei lá se é receita suficientemente boa para constar no meu dossiê especial. Mais: sei lá se é receita para constar no blogue e sei lá se a repito. Eu sei lá, pá. Por costume meu, é certo que nem todas as receitas que espeto no blogue têm lugar no dossiê especial, por outro lado é um bocado estúpido pôr-me para aqui com considerações acerca de um bolo-tarte-crumble que fiz e não registar também toda a receita, ainda que tenha de ser eu a construir o texto, afinal até gosto de escrever, não será portanto chatice nenhuma, ora essa. Pois. Daqui a uns tempos, quando escolher um dia para andar de roda das receitas a imprimir e a guardar no dossiê especial, logo decido se ponho esta ou então não. Pois. Fiz então assim... ah, não tenho foto. Pois. Fiz então assim:

Crumble de Morangos
Ingredientes
2 cups de farinha
1 cup de aveia
100 gramas de amêndoas laminadas
1 cup de açúcar
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 limão (raspa e sumo)
1 ovo
200 gramas de manteiga
500 gramas de morangos
6 colheres de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de amido de milho
Preparação
Numa frigideira, tostar as amêndoas. Colocar numa taça a farinha, a aveia, as amêndoas, o açúcar, o fermento e a raspa do limão. Misturar tudo e juntar o ovo. Mexer. Vai encontrar-se uma mistura estranha e nada homogénea. Continuar juntando a manteiga aos cubos, que deve estar fria por ser mais fácil manusear e atingir a mistura característica do crumble, que se consegue mediante a esfrega de todos os ingredientes. Atingido o dito crumble, depositar dois terços num tabuleiro untado e forrado com papel vegetal e levar ao forno por 5 minutos. Entretanto lavar e cortar em pedaços pequenos os morangos. Juntar o açúcar, o amido e o sumo do limão e misturar isto tudo. Retirar o tabuleiro do forno e colocar a mistura de morangos e o restante terço de crumble. Levar ao forno por mais 40 minutos.

Dias de um Ginásio

áre:
pâr fóia / pâr drento
(parar ao morrer, que parando não vai dar para continuar)

A professorinha de Stretching mandou esticar os braços até aos pés o mais que possa, agarrá-los e virá-los para os joelhos, isto aquando eu sentada. Pude o mais que pude, sim senhores, só que me lembrei do senhor professor de Pilates que diz para fazer a respiração diafragmática, só por dizer que naquela posição não vai dar... porque todo o abdómen está comprimido.

Nota importantíssima: a disparidade entre tratamentos que dou aos professores assenta sobretudo na comparação que faço por entre a idade X a altura X a largura dos mesmos.

Chulé

As meias foram enfiadas nuns pés quentes pelas sete e tal da manhã e pouco depois foram cobertas por umas botas frias. Para ali ficaram... hum, nada disso, andaram por aí até chegarem ao sítio onde as botas seriam substituídas por uns sapatinhos brilhantes. As meias foram ao lugar escondido e andaram pelo estaminé sem queixas. Ao almoço já se sabe que andaram um bocado e chegaram cansadas. E quentes. Foram retiradas e mandadas para um canto improvável. Às cinco ou coisa assim foram novamente desejadas e enfiadas nuns pés frios e cobertas pelos sapatinhos brilhantes. Chegada a hora do descanso as meias foram novamente cobertas pelas botas frias. Geladas. Mas qual descanso, qual quê, então e o treino? As meias não foram substituídas por outras, que por ora não há chulé, isso é lá para mais tarde.

Ah...

Olhem, é assim, ontem escrevi este post e hoje tenho vindo a reparar que também eu peço licença antes de agarrar no dinheiro dos clientes. Sou também eu uma temente das gentes em forma de cliente, vejam lá bem isto, eu toda coisa que o senhor do Banco isto e aquilo, ando há qu' anos de roda de dinheiros alheios e afinal ainda não me habituei.

Cliente

Expus uma solução muito prática à cliente: não sendo suficiente os quinhentos gramas de soda cáustica para acabar com o entupimento que tinha lá em casa, saberia onde encontrar mais. Ela por sua vez e por entre risos expôs o seu pensamento prático: não lhe desejo mal ao negócio, mas não quero comprar mais. Eu respondi (cheia nem sei de quê, quiçá de risos, tenho esperança disso): está bem, e olhe que eu também lhe desejo sucesso no desentupimento.

Este episódio fez-me lembrar que a senhora oculista me viu na rua e me perguntou se os meus óculos ainda estavam inteiros. E estão. Esta tem sido uma questão do foro particular (como todas as que ponho no blogue, mas ok), é que não sei que faça,
caso deixe a haste partir, vai acontecer ter de andar vários dias sem óculos e da maneira que isto anda...
caso não deixe a haste partir, vai acontecer ir atempadamente à senhora doutora oculista, a ver da mudança de lentes e depois acontece a escolha da armação e depois espero os óculos novos com óculos velhos em cima do nariz, portanto: sem sofrimento, é que da maneira que isto anda...

Cumprimento

Le monsieur:
Bom dia, madame!
La madame:
Olá, está bom?
Le monsieur:
A fazer por isso!
La madame:
Ah.

Primeiro

Bom dia. São dez e cinquenta e um.
Aqui há horas aconteceram fotos no caminho e aqui há minutos foi no lugar escondido.
Primeiro, as primeiras, que são fotos de brincar com cores. A que está acima da que está abaixo é a extrair a cor azul. A que está abaixo da que está acima é a extrair a cor verde. Ficam lindas, não ficam?





Segundo, as segundas, que são fotos... tcharan!... D' a rosa. A rosa isto e aquilo, a rosa assim e a rosa coiso.



A rosa entre letras...






A rosa ao sol...





A rosa espreitando...





Terceiro, a terceira, que é de um avistamento/apontamento de cor sobressaindo por entre muros. Lembrei-me que no outro dia disse:
«vivemos em coisas retas, prédios, não vivemos as coisas certas, atalhos»



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Ó Gina, tu leste?

Não.

Porque deixei o livro em casa. A ver se dou mas é importância ao esquecimento para não pensar que se tivesse efetivamente trazido o livro, o teria lido. Se o tivesse trazido. Suposições, ideias, esperanças. Tipo assim aquela mulher que não sabe o que lhe teria acontecido se tem tido o desplante de abraçar a outra profissão. É. A mulher sabe lá se seria assim tão infeliz na outra profissão. A mulher nunca vai saber. A mulher teria de ter experienciado a outra profissão, a ver se era assim tão boa vida, essa. A mulher teria de viver para saber.
Ainda é cedo, não li. Que tal abandonar isto tudo e deter-me no banco hater o tempo restante?
Registo atempado e cheio de razão de existir: este post foi totalmente criado no lugar (que também pode ser) da musa.
A senhora que se entretém com o tablet move os lábios à medida da leitura. Sussurra o que lê, quero eu dizer, o que portanto me leva a concluir que ler em voz alta não é a mesma coisa. Todos os dias uma coisa nova?, uma aprendizagem qualquer?, mesmo pequerrucha e patética...? Então pronto, por hoje está.
As septuagenárias atrasaram-se, hoje. Fica esquisito, dito assim, afinal para mim é cedo e as septuagenárias atrasaram-se. Caramba, isto não tem jeito absolutamente nenhum, é necessária uma questão plausível, reta, matemática, que não encontro. Não sei escrever, de todas as vezes que me ponho a fazê-lo. Isto está a ser só pôr no papel, só pôr no papel, só pôr no papel.
Ó Gina, em que medida te é benéfico escrever?
Na medida em que me dedico a regressar ao estaminé quando grandes forças me prendem à apatia e à desistência.

Um rumo

Não tarda rumarei direita ao Sul de França. Direita, não, ziguezagueando, isso sim, e a bem dizer tarda ainda um pouco. Por ora há que traçar o percurso, com a ressalva 'desvios constantes' em todas as vontades de desviar. Nenhum de nós é focado seja lá no que for, o melhor é a aventura de não saber, a surpresa, em suma: a viagem, bastando-nos o destino como a coisa certa e esperada. Dizem até que o melhor é a viagem, não o destino, se comparada à vida, e é.

Post principalmente verde

A caneta verde é a que anda comigo todos os dias, a que assiste às cenas do lugar (que também pode ser) da musa, a que escreve no caderno azul, a que escreve nas folhinhazinhas que compõem o bloquinho rudimentar. Escolhi a verde basicamente porque sim, afinal não tem de existir um motivo, a menos que precise de um, o que não ocorre por ora. Num dia em que precisei de apontar uma coisinhazinha aqui no estaminé, quando retirei a tampa da caneta verde eis que se me escorregou das mãos e aterrou no chão, porque do chão não passa, ok, vá, só por dizer que ainda assim não encontrei a porra da tampa por muito que a tenha procurado. Estar no chão, estava, tudo bem, mas onde?, sei lá! Entretanto, por modo a que a caneta verde viajasse comigo de bico tapado, não fosse vazar, roubei a tampa da caneta preta e safei-me assim. Isso fez com que as restantes canetas para ali ficassem, como sempre e no lugar de sempre, a azul e a vermelha tapadinhas, sim senhores, mas a preta... pois que não. Há já uns dias que venho notando a caneta verde com menos tinta, o que me leva a rejubilar 'ena, escrevo pra caraças, sou mesmomesmomesmo grafómana', e hoje fui dar com a caneta preta, a qual ainda só rabiscou coisa pouca, tal como a azul ou a vermelha, mas com o indicador de tinta abaixo do das outras duas, embora, como já referi, mal tenha rabiscado com ela. O que acontece é que a tinta escorre, se a caneta não estiver tapada. É. Ai tantas letras desperdiçadas... Mas há mais: hoje procurei novamente a tampa verde por todo o chão... e pumba e coiso, já tapei a caneta preta. É só mais uma coisinhazinha, por favor fiquem, obrigadinha, é o gráfico das canetas em foto, ó:


Senhor do Banco

Ah, pois é, agora há um senhor do Banco. Muito jovem, simpático também em muito, que pede licença antes de agarrar no montante, o que me comove. Hoje pensei até numa gracinha mas calei-a, ia dizer-lhe que se lhe nota a inexperiência, o medo e o pudor de um gesto que faz parte das suas funções e portanto deveria agarrar nas notas destemidamente. Calei a gracinha, muito embora considere que este senhor do Banco a aguentaria, também movido pela inexperiência, sim senhores, mas principalmente pela juventude.

Façam gratinado de uvas, castanhas e chalotas

Façam gratinado de uvas, castanhas e chalotas. Aos vegetarianos e tal, pois que lhes chegará como refeição, ao pessoal que gosta de chicha, é um acompanhamento do caraças. A ideia é colocar num recepiente alto e que possa ir ao forno as quantidades que ditar o instinto de quem preparar esta iguaria, envolver tudo com azeite, sal e pimenta, podendo também, e preferencialmente, acrescentar ervas aromáticas como alecrim ou tomilho. Pode ainda espevitar-se o paladar com malagueta, mas eu cá não, considero ser um prato quente e reconfortante o suficiente para descartar esse temperozinho...

Qual chá verde, qual quê

Fiz o tal bolo de chocolate branco, aquele que leva chá verde, só por dizer que afinal não lhe coloquei chá de qualquer espécie. Não é que o tenha dispensado, nada disso, é que masqueceu. Sério. Ia ser giro perceber o sabor acre do chá verde por entre o doce excessivo do chocolate branco, bem como o contrário, mas olhem, é que masqueceu. E assim termina uma intenção das mais velhas que tinha, das mais lembradas desde o início, a de fazer um bolo de chá verde e chocolate branco, isto em semelhança ao que vi fazer no programa 'Doces Iguarias de Rudolph', do canal televisivo 24 Kitchen. Olhem, fiz assim:


Bolo de Chocolate Branco
Ingredientes
4 ovos
200 gramas de açúcar
150 gramas de chocolate branco
100 gramas de manteiga
100 mililitros de natas
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 limão, raspa
150 gramas de farinha
50 gramas de amêndoa moída
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
Preparação
Bater os ovos e o açúcar. Entretanto derreter em banho-maria o chocolate e a manteiga, quando derretidos juntar as natas e mexer. Adicionar esta mistura à massa de ovos e açúcar e mexer. Juntar a raspa de limão e a baunilha. Deitar por fim a farinha, a amêndoa e o bicarbonato. Misturar tudo e levar ao forno em forma untada e enfarinhada durante aproximadamente 40 minutos.






É um bolo com uma certa pegagice, que abate facilmente, afinal o chocolate e as natas são ingredientes pesados. E não estou a falar da gorda, nada disso, é dos ingredientes em si que falo, que abafam toda e qualquer fofura. Mas consegui um sabor encantador, sério, o chocolate branco é diferente de tudo, e eu nunca o tinha colocado em bolo algum, a não ser em coberturas e assim. É a repetir, 'migos, é a repetir, daí constar no blogue.

Segunda-feira

É segunda-feira e logo de manhãzinha reencontrei os dois quilos de limpa-metais num canto da minha secretária. É líquido, é, mas os doze frasquinhos dizem que são dois quilos e como nunca ouvi falar de frasquinho algum ter enganado ser humano algum, vai que alguns é, ainda assim, um número incerto. A gente sabe lá se isso não aconteceu mesmo! O que não falta nesta vida é coisas esquisitas acontecendo! Pois!

Palavra do dia (disseram na Radio)
e também
Dia de (disseram na Radio)

É tarte, a palavrita do dia, hoje. Não vou fazer o meu joguinho do costume, se pesquisasse 'tarte' nos blogues deparar-me-ia com uma escolha trabalhosa e chata, é que devo ter esse registo dezenas de vezes. Au eva, olha aqui duas fotos da última tarte que preparei:





Foi uma tarte especial porquanto me levou a inventar um bocado, tinha massa filo a findar-se-lhe o prazo e havia que usá-la, mas vai daí nunca tinha feito uma tarte com essa massa na base, e ai se não dá e ai se fica empapada e ai se fica toda desfeitinha... Mas não. Ficou mas foi estaladiça e saborosa. Pois.

Já o 'Dia de' é dedicado à tarte... Ah! Ok! Pois! Mas não só, é também o dia de escrever à mão. Ora bem, é coisa que faço diariamente, não só profissionalmente como pessoalmente. Mas, tanto numa como noutra situação, a verdade é que não manuscrevo lá muito, não. Ultimamente, por conta de uns dói-dóis nos dedos, é-me difícil e a bem dizer há vezes, nas vezes do pessoalmente manuscrevendo, que tenho desistido da parte diáriómanuscrevente, mas nunca da parte resumida, aquela dos tópicos que aponto nas folhinhazinhas e coiso e tal. Essa. Essa, não.



Cliente

A jovem gingava alegremente ao som dos Maroon 5:


I don't wanna know, know, know, know
Who's taking you home, home, home, home
And loving you so, so, so, so
The way I used to love you, no


É ganda som, não é?, perguntei. É, respondeu ela, dá mesmo vontade de dançar. E continuou. Era eu preenchendo dados no computador e ela a dançar, toda muito expressiva, livre, pura. Quiçá alguém discorde desta postura, afinal não é a ideal para estar num espaço público, mas eu não, eu deixo estar as pessoas, que vivam é o meu desejo, se ademais era coisa boa.


fonte: vagalume.br

Primeiro

Bom dia. São dez e trinta e oito.
O que acontece é que vi há pouco que tenho um comentário para aprovar no blogue. Então porque não aprovo? Porque o meu telemóvel (sou ôlde féchóne – tememóveltelemóveltelemóvel) é não-esperto o suficiente para me deixar andar dentro do blogue a fazer-lhe coisas, vai daí deixo para a noitinha, em casa trato de tudo o que diz respeito a. Mas há mais: o comentário em questão foi feito num post lá atrás, não que tenha muitos dias de publicado mas tem muitos posts à frente e a bem dizer já masqueceu do que realmente pus nesse post, então acontece que vou ter de esperar a noitinha para me inteirar disto tudo, oh céus, que vida imensamente coisa que eu tenho.
Outra temática que cabe incondicionalmente neste post é a viagem que proporcionei a um certo carrinho de linhas. Na sexta-feira abalei do estaminé com uma missão, a de lhe oferecer um carrinho de linhas de uma cor para o escurinho, que a findada era amarela, e nos últimos tempos andei a gastá-la nas calças, aquando de algum botão soltar-se, mesmo sendo a linha amarela, já antes disse, e eis que agora tenho ali assim um carrinho de linhas... cinzento claro. Pronto, ok, vá, não é o desejável, o apropriado, a escolha comum, mas olhem, é o qu' há cá, é que não tinha lá em casa uma linha assim para o escurinho e quem cose a amarelo roupas pretas não se mostra esquisito a coser com cinzento claro, ao menos é cor neutra.
Não vão ainda eborts... ai perdão, embora, há mais, há a rosa. Dei com ela um tudo-nada abaixo do seu costume, quiçá alguma força de vento tenha entrado pelas frestas da porta e a tenha deslocado. Deve ter sido isso. Pois hoje, para a fotografar, pu-la por sobre uma dúzia de lâmpadas, ficando com treze coisas dentro da tal caixa de madeira montes de gira, quem lembra?, e tirei uma foto acerca da qual se pode dizer todo o mal. E como a nomearia no lbogue... ai perdão, blogue? Sei lá...
A rosa iluminada...? (é que as lâmpadas não estão enroscadas a casquilho algum, vai daí iluminar não é com elas...)
A rosa às escuras...? (mas se a foto tem tanta luz!)
Ó: