segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Feliz Noite de Ano Novo







Sim, este é também - como não? - um clique de 2018, o último, tanto que é de hoje. Sim, os filtros que tenho à disposição falseiam o meu aspecto em mais que muito, fico lisa, luzidia e até maquilhada, coisa que não sou nem estou. Contudo, e neste caso, foi exactamente por ser tão irreal que resolvi publicar, ainda assim, esta foto. Reparem nos olhos que o filtro tem em si, não coincidem com os meus, que olhava para o lado, e o filtro não tem essa brecagem. Logo: não me acompanhou e assim percebe-se à distância que esta foto é uma macacada do caraças e é aí que ponho o seu valor.



Tenham um feliz ano de 2019.


Post vulgar

A populaça das netes, vulgo bloggers, youtubers, instagramers and some other people, anda neste dia, que é o último do ano, compilando fotos que, de algum modo e segundo critérios pessoais, demonstra como foi 2018. Eu, não querendo parecer diferente dos demais mas, contudo e todavia, sendo-o, vou despejar as fotos que por aqui me andam - não, não sobram, andam - e que quero ver publicadas no ano a que pertencem.

As primeiras fazem parte de um conjunto, ou momento, em que me propus captar a beleza interior, isto no caso de o leitor querer vê-la, é que essa parte é mesmo! convosco, eu não mando nas vossas cabeças. E, se habitualmente, chamo ao post onde apresento fotos deste tipo, pura e simplesmente de 'beleza interior', hoje resolvi abrir este precedente. É que ninguém tinha percebido que, as fotos sendo uma merda, só me resta esperar que o leitor desfrute da minha beleza interior.











A segunda é uma simples montagem barra filtro de um mesmo clique que o móves faz e que se chama Arte Pop. Num repente, considero que se chama pop a tudo o que seja colorido, alegre, intenso, exagerado. É um pouco, talvez, não sei, como ser pindérico, infantil, poucochinho. Digo poucochinho no sentido do facilitismo, isto porque, também num repente, parece longe da originalidade agarrar numa imagem, colori-la e quadruplicá-la.







A terceira, e última, é eu mais bicho-cão no dia em que comprámos a peça de carne de vaca que nos proporcionaria parte da Ceia de Natal. Lembrámo-nos de fazer Bife Wellington e fizemos. A peça era enorme, de modo que hoje à noite cearemos o pedaço que entretanto pusemos a congelar. Já está ali assim em cima do fogão, embrulhado em massa folhada, que não fui eu que fiz, esperando. Presumo que em ânsias seja a espera, é que um bife é uma existência cheia de sentimentos, como se sabe. E agora o bicho-cão, que eu quero crer que tem sentimentos. Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, a minha cadela é preta, de maneiras que mal se vê, coitadita, e foi por isso que travei a publicação desta foto, mas deste ano não passa, ó:








ano velho; calçado velho

Vem aí o Verão 💛👙🌊🍉🌡🌞




(é esperar quê, cinco meses, e pronto)

Doces

Estão os sonhos feitos mas não por mim. O Luís é que embarcou nessa demanda. Para tal foi buscar um calhamaço* que a gente tem ali há que anos! e escolheu uma receita que lhe pareceu bem. Tem ingredientes um tanto ou quanto diferentes, é uma variante da básica receita de sonhos, uma vez que leva duas farinhas, a de trigo e amido de milho, leva água que se farta, se considerar o pequeno monte de farinha, já de manteiga é que se assemelha ao usual. A coisa não correu lá muito bem, o amido de milho tem outras propriedades, empolou, as bolinhas, vulgo grumos, não desapareceram totalmente e a tão característica bola no fundo da panela não se conseguiu alcançar. Ainda assim os sonhos foram fritos. Contudo, mesmo os sonhos empolando ao serem fritos, não se viravam sozinhos, como é costume nos sonhos, devido ao diferente teor de farinhas, presumo, e, também por isso, presumo também, os sonhos achataram. Lá saborosos estão eles, e no fundo é o que importa. E fofinhos.

*Mestre Cozinheiro, Coleção Laura Santos. Foi-nos oferecido, juntamente com uma catrefada de calhamaços, por uma cliente que se estava a desfazer do espólio barra herança da irmã. 

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Fiz um bolo-rei todo catita, receita daqui. Acabei o peso de frutos secos com sementes de girassol. Faço sempre alterações. Às vezes penso para comigo que sou uma seguidora fiel de receitas e ideias, sei, ou ouço dizer, que as receitas doces são para serem respeitadas religiosamente, qualquer coisinha que saia fora da lista de ingredientes ou do modo de preparar dá mau resultado, só que eu, eh pá, pronto. Tenho a mania. Mais: tenho a mania que tenho a mania. Já me disseram eu não tenho nada a mania que sei fazer doces, o que tenho é vergonha de dar nas vistas e portanto protejo-me com a capa do eu-sei! como se faz e mais não sei o quê. Enfim, uma pessoa quer brilhar e ópois é isto, simplesmente não deixam, é o que é.


domingo, 30 de dezembro de 2018

amanhã é 31 de Dezembro?!
2018 está no fim!
ai ó pá, o que é que ainda não fiz este ano?!









Doces


Este fim-de-semana estive pouco dada à feitura de doces. Sei lá, não me apetecia. 

Ontem, por via de querer comer um docinho, que tenho o corpo habituado a isto de o adoçar ao fim-de-semana, obriguei-me a fazer um crumble de maçã, pois que, para além de ser o meu doce preferido, é também muito fácil e ademais sei-o de cor, é que nem é preciso ir buscar os óculos para ler a receita, posso portanto fazê-lo de cabeça erguida, armada em boa. Que até sou, nisto de fazer doces, ai sou, sou. Mas deixei o crumble queimar. É. Não todo mas às bordas, podendo ainda aproveitar o meio, que não estava tão bom como é meu hábito conseguir. Sei lá. Isto vem provar o não-sei-quê, aquele dito de quando a gente não lhe apetece fazer algo, não faça. Isso é um não-sei-quê.

Hoje fiz um doce acerca do qual conheço o paradeiro (frigorífico), mas desconheço o sabor (ainda não provei). Passava do meio-dia, a sirene dos Bombeiros já tinha alarmado os visitantes (que os moradores estão habituados ao toque, é meio-dia e pronto, se a sirene toca a desoras e longamente é que há fogo ou assim, que de resto, pronto, já se percebeu, né?) e eu ainda não tinha levantado a mesa do pequeno-almoço e do jantar, quer isto dizer que a mesa da cozinha e as bancadas estavam apinhadas de louça suja e pedaços de comidas várias e também de toda a parafernália que convém existir numa cozinha… E vai que mesmo assim, mesmo a mesa cheia de coisas, me pus a fazer um doce com o que havia. Havia quatro claras, havia uma lata de leite condensado e cozido, havia um pacote de natas encetado, havia bolachas de chocolate, havia leite e havia chocolate em pó. Ora e o que é que eu fiz? Preparei, por entre toda a espécie de coisas que já mencionei acima, um caos do caraças, mas dizia eu,  fiz um doce tipo assim às camadas.
Bati as claras em castelo
Bati o leite condensado e cozido
Juntei duas colheronas de natas
Bati
Juntei as claras
Envolvi
Amornei o leite
Diluí o chocolate em pó no leite
Embebi as bolachas no leite
Dispu-las no fundo de uma taça
Joguei-lhes o creme de leite condensado
E procedi como está descrito nos três últimos itens até se me acabar as bolachas e o creme. Rendeu três camadas. Será que está bom? Presumo que sim, afinal o conteúdo do que está naquela taça tem tudo para maravilhar qualquer um, e eu não sou lá muito esquisita em matéria de doces.

Posta-restante
Ou às tantas sou uma esquisitinha do caraças, que já provei o doce e não está assim tão bom. As bolachas são rijas que se farta, portanto o tempo de repouso no leite morno foi aquém, o sabor das ditas é um tanto ou quanto antiquado, estão a ver o cheiro do guarda-fatos da vossa tia já muito velhinha?, pois é um cheiro desses mas em sabor, que vai-se a ver e é a mesma coisa, boca, nariz, tudo, é tudo igual em sensações. Não é nada, mas vá. As bolachas que usei são as shortcake (acho que é este o nome do tipo delas) de chocolate. São uma bolachas rectagulares, com as bordas riscadas e, quando são de manteiga, as originais, são amanteigadas, lá está, portanto crocantes. Pá, só por dizer que estas que escolhi, e comprei, são para lá de crocantes, de modo que o tempo de repouso no leitinho achocolatado foi aquém, como já disse. E acresce o não muito bom sabor, como também já disse mas reforço agora porque me apetece. Aquilo usam baunilha que não é baunilha mas sim aquele composto que a faz lembrar, se levado a processos não-sei-quê. Não consigo lembrar-me do nome da substância que é usada para substituir a baunilha, isto por conta de se lhe assemelhar depois dos tais processos. Sério que não me lembro, já pesquisei e tudo. Mas pronto, aquelas bolachinhas, as minhas, que são de marca branca, são ruins de sabor e rijas que eu sei lá. E não, crocância não é sinónimo de rijeza. Crocância é um clique especial que uma massa cozida em forno faz, ao ser trincada com os dentes da frente. Rijeza é um estalo que a gente leva nos maxilares ao trincar, porque é com os dentes de trás que o fazemos, que com os da frente não conseguiríamos. 

Coisinha gira do Windows 10


A coisinha gira é que a gente seleciona um texto e pode ouvi-lo. Escolhi um e a parte que mais gostei foi a entoação dada à palavra 'bicho'.






Notazinha:
Desculpem-me pela má qualidade de imagem, a par com a tremura. É que o editor que uso actualmente não tem estabilizador, ou, se tem, ainda não o descobri.

Do quartinho de dormir

Ontem esqueci um dos passos que também dei. Foi assim: pensei colocar uma das mesinhas-de-cabeceira, a cabeceira e a cómoda, tudo numa só parede. Claro que isso eliminaria uma das mesinhas-de-cabeceira, mas isso já ontem tinha ficado assente, só não malembra se pus este facto no post. Pá, pronto, tenha eu masquecido ou então não, vocês gostam de mim na mesma. Mas olhem: não deu. E não deu à conta da porra das tomadas. Ca raio, pá, quem inventou a electricidade, hã?

Nestes entretantos todos, o de hoje e o de ontem, andei às malucas com a porra da cómoda, a maldita percorreu todo o quarto, pus-lhe um tapete debaixo de um dos lados e ala moço. Ai.

Fiquem então sabendo que a estrutura já está no lixo. Ainda pensei que o Luís oferecesse uma resistênciazinha, 'ah e tal queres mesmo deitar fora e coiso?', mas não, e foi ele que alancou com ela o percurso quase todo. Notem bem: quase. Aliás, é até justo, porra pá que fiz o que fiz e fiz tudo sozinha. Agora falta as gavetas tomarem o mesmo destino. Só por dizer que por ora tenho mais que fazer. Tipo lavar o chão e as bancadas da cozinha. Também tenho que ir estender a roupa, a máquina já me chamou. 
Terlão, terlão... tararan!
Faz ela, o que traduzido é: 
Ó Gina! já terminei! agora vem fazer a tua cena! 
E eu vou.

Sim, andei a brincar com os filtros do Snapchat



Ópois também temos assim…






E assim…






Ou, ainda, assim…




Sim, andei a brincar com os filtros do Snapchat







… E se este post fosse um jogo do Tetris que eu teria forçosamente que ganhar, estava lixada. Mas pronto, é a tal coisa, de certeza que vocês continuam a gostar de mim. Na mesma. Pouco importa que as fotos não formem um rectângulo. Presumo.



Bom dia!




sim, andei a brincar com os filtros do Snapchat


sábado, 29 de dezembro de 2018

Boa noite




sim, andei a brincar com os filtros do Snapchat

Ponho-me a fazer a cama de lavado e depois é isto...





Ocupei a manhã toda com a tentativa de melhorar a funcionalidade do meu quarto. Tal como contei no blogue, há tempo fui forçada a mudar a cabeceira da cama por conta do frio que chegou. Contei também que aos mais anos não me dera grande abalo ter a cabeceira encostada à janela, mas este ano a coisa estava do piorio. Posto isto, rodar a cama fez exceder uma das cómodas, que tem estado num lugar estranho, cortando parcialmente o acesso à sua congénere. E isto era um problema a resolver. Ideias não me faltavam, embora as paredes livres fossem (e são) duas.
Pensei pôr a cómoda incomodativa a fazer de mesinha-de-cabeceira, rodando a cabeceira para o oposto, ainda que eu saiba a loucura que é mudar de lado de cama. Sério, uma vez deu-nos para isso e tivemos que voltar ao costume, mas pronto, eu estava disposta a tentar novamente. Mas não deu. A cabeceira impedia o acesso à tomada.
Pensei voltar a pôr a cabeceira de encontro à janela, mas afastada, de modo a não me chegar o frio à tola, e encostar aí a cómoda, semelhantemente ao passado, vá, pois que dantes a dita cómoda acomodava-se aos pés da cama. Não deu. A abertura das gavetas ficava pela metade e o espaço a fazer de corredor para os convivas revelou-se minúsculo e agente mover-se ali seria um desconforto desnecessário.
Entretanto tomei uma decisão montes de importante: deitar a cómoda no lixo. Afinal eu nem preciso dela. Ademais está velha que se farta, toda riscada, cantos roídos (pelo tempo, não pelo bicho-cão). Tem trinta anos, é o que é, para mobília está caquética. Já está prontíssima a sair à rua, por mim esquartejada, ele é gavetas empilhadas na sala e ele é estrutura no corredor.

Foi muito bom

Ri-me com gosto e Laurent comentou 'adoro a sua gargalhada, é tão bom de ouvir'. Bom, fiquei contente, é sempre bom ser notada em bom.

I care about the presents underneath the Christmas Tree





o título deste post é uma brincadeirazinha com este, digamos que sou eu a meter-me comigo própria

Bom dia!

Mãe, podes fazer sumo também para mim, astag... - Astag sei lá eu, que já não malembra.

#sumodelaranja
#sermãepodeserfantástico
#sermãeatééfixe
#grupetamãesporreiraças
#bomdia

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Por conta de uma pesquisa que andei a fazer num dos meus blogues, encontrei um post que tem a ver com o post anterior. Ou então estou pitosga ou lerda. Mas que neste momento vejo relação, lá isso vejo. Chamei-lhe: 'Post nas horas' e escrevi-o em 22 de Fevereiro de 2010.

10:11
Vim de transporte público, o que até pode ser fantástico. E foi. Pior é ter-se acabado o caminho...

10:43
Estou desejando que chegue alguém para eu assumir a seguinte forma de egoísmo: focar a atenção nas questões doutra pessoa de modo a esquecer o que me atormenta.

11:04
O homem do gás pregou com todo o meu stock de alguidares e floreiras no chão. Ele chateou-se mas eu cá não, eu cá consegui sentir atempadamente que não valia a pena chatear-me.

11:38
Uma senhora queixou-se de falta de ar que a asma lhe provoca e do ar a mais que tem na carteira devido à escassez de numerário.

11:56
O cesto e o mini-tanque por obra do acaso, ou assim, caíram ao lado do Sô Ventura. 'Fui eu?' perguntou ele preocupado.
Não, Sô Ventura. É isto que é mesmo assim... Deixe estar, eu arrumo. Ele não fez caso e arrumou.

12:23
Devia distrair-me. Tenho de distrair-me, aliás.
Ontem, o passeio prolongou-se um pouco mais do descrito ontem.
A meio da rua começa o descampado. Ali não há casas, há hortas e uma fábrica que em tempos foi próspera. Digo foi porque não sei se continua a sê-lo.
Dentro do recinto que pertence à fábrica estava um cão preso, suponho que de guarda. Viu-me e permaneceu calado. Não ladrou como os outros. Não atentei nele, a não ser quando lhe vi uma tristeza no olhar de dar dó. Desisti das minhas fotografias e chamei-o, incentivei-o a vir ter comigo. Tudo em vão, não consegui mais que um rodar de pescoço que captei com um clique.
Pobrezinho, queria sair dali. Queria a liberdade, justamente. Depressa percebeu que eu não estava ali para o libertar. Aquele olhar transmitia um desengano e uma tristeza tal que, pareceu-me, desistira da vida.
Poucas coisas serão tão boas e tão belas como a liberdade.

12:41
Estou aqui estou ali mas conto voltar assim que se me acabe o tempo.

14:40
Custo a suster os pés fincados no chão, tal a força do vento. Não chove nem o raio a ver se isto pára!

16:26
Entrou um senhor. De notar serão talvez os óculos escuros. Notou-se porque não está sol.
Queria cola-vedante. Tenho cola, não tenho vedante e depois de inspecionar descobri que tenho cola-vedante.

16:31
Coitadas das pessoas na e da Madeira. As vivas, claro. As mortas não são coitadas porque já não são nada para além disso.

16:32
O Pedro Abrunhosa tem um novo disco.
Sim, é verdade, e também caiu noutro dia em directo nos Ídolos e deixou escapar um 'foda-se!' e o João Manzarra saltou graciosamente direito a ele e já agora acrescento que acho que se safaram ambos muito bem, dada a circunstância. Eu não teria feito melhor figura, a cair e a praguejar ou a saltar graciosamente. Não teria, não.
Mas dizia eu, o Pedro Abrunhosa tem um novo disco. Está a dar na radio. Acho que não é grande coisa, o disco. Não sei, digo eu. Continue a cair, senhor Pedro Abrunhosa. É muito mais criativo assim e impulsiona outros a sê-lo também.

17:12
Agora entrou um galifão de t-shirt justinha evidenciando o peito inchado.
Esta gente anda toda doida! Mas está algum calor?!

17:28
Tirar os restos de verniz das unhas devia fazer bem a qualquer coisa mas não faz.

17:41
Eu tenho tiques. Muitos. Mas aquele de assoprar pelo nariz como tem o senhor que acabou de sair daqui, esse tique não tenho eu. É assim como se estivesse a assoar-se mas sem mãos e sem lenço, ou o dos mocados da cocaína, esse mesmo. Esse não tenho.

18:42
As pessoas irritam-me e fascinam-me. É uma coisa incrível, esta.
A escrita é um processo solitário. Pergunto-me se não devia acabar com isto de escrever. Escrever transforma-me em algo não necessariamente bom e coloca-me num mundo à parte, estou sempre sozinha. A ideia é partilhar mas estou sempre sozinha.
As pessoas irritam-me, vivo num mundo à parte delas e possuo um interesse desmesurado por tudo isso.

19:01
Será que o motorista consegue ouvir as notícias? Com este burburinho parece-me que não. Por que raio terá ele o radio ligado se não se ouve?
Há crianças aqui aos montes. Que me lembre nunca tinha viajado numa camioneta que tivesse tanto miúdo. Vinham ao despique a ver quem sabia mais de contas de somar números redondos ao milhar.
Cheira a pó de talco. Hum...

19:32
O senhor doutor ficou chocado com a minha nódoa negra. Quando soube que quem a provocou, de certo modo, foi o meu marido, o senhor doutor ficou doente. Foi o que ele disse...

...
Daqui para a frente, é por pouco que o meu dia não merece ser revelado. Tenho uma vida cheia de coisas tão diferentes que me sinto um bocado embaraçada. Chego sempre muito tarde, janto a altas horas da noite e depois venho aqui escrever umas coisas. A ideia é partilhar mas eu estou sempre sozinha porque as pessoas me irritam. É capaz de ser isso.

Queixinhas

Dona Arminda apresentou um discurso com duas nuances, a despachada e a queixosa.
A primeira foi que enterrou a irmã ontesdontem, coitadinha estava num Lar e já tinha mais de noventa anos.
A segunda foi que a seguir ia ao médico, para ele ver a crosca da cabeça, que não havia meio de lhe cair.

Netes afora, dou por vezes com desafios disto e daquilo e no outro dia vi um que constava de estar precisamente trinta dias sem nos queixarmos. Hum, ok, vá, muitas vezes a gente queixa-se sem necessidade, conseguindo apenas ficar tristes e sós - mais tristes e sós, quero eu dizer. Mas pronto, eu cá gosto de deixar as pessoas serem coisas, porque o que é preciso é não pedirmos para ser coisas – eh! pá! porra! deixem-me! ser! pessoa! -, creio convictamente que o desabafo pode ser salutar e até terapêutico, mas por vezes exageramos e blás, já se percebeu. Ora bem... Encontrar aquele desafio fez-me lembrar dos anos que passei sem me queixar, fazendo o supostamente bom e bem. Só por dizer que deu merda. Pois.

Prendas de Natal

As prendas de Natal que mais gosto de oferecer são as que faço com as mãos, as que exigem esforço e principalmente dedicação. Posto isto, há dias tive uma ideia muito boa...
Só que não.
A ideia consistia em agrupar todos os textos que escrevi até hoje acerca dos bichos-gato e mostrá-los à sua dona.
Eh pá, que ideia espectacular!
Mas ao pesquisar notei:
um post onde refiro a senhora dona como estando num sonho meu – notem bem, num sonho! - com cara de gozo a pedir-me que pusesse comida no pratinho dos bichos
um post onde digo que espero encontrar braços e pernas de pessoas dentro da banheira dela, e isto todas! as vezes que lá vou, e isto não! é sonho nenhum
Hum, ok, vá, é eliminar esses posts e pronto, né? É. Contudo... quando revi estes posts um tanto ou quanto parvos já fiquei receosa, afinal pretendo (ou pretendia) divulgar o endereço do meu blogue, pois, quando não, ficaria uma prenda assim meio dada, a pessoa que escreve mostra onde faz os seus depósitos literários. Lá se é despretensiosamente que o mostra, é uma coisa, agora que é despudoradamente, ai isso é. Ou devia, vá.
Mas, com tudo e por tanto, concluo que não sou uma pessoa que escreve, sou uma pessoa que tem um blogue.

Lisboa

Eu e o meu colega íamos para a Rua da B... ai ó pá, olha aí aquela coisa dos dados pessoais. Mas digo, isso digo, que na Praceta António Sardinha havia uma daquelas Árvores de Natal armadas de ferro em forma cónica e luzes, todas azuis. O brilho das lâmpadas confere brancura à luz, acho eu. E na Rua dos Sapadores havia enfeites (talvez) banais porquanto brilhavam luzinhas azuis em cima de uma estrutura metálica. E redonda.

Esta é aquela altura do ano em que os votos são 'continuação de boas festas!'

Resolução

Esta é uma resolução de fim de ano e não de início, trata-se de acabar a leitura do livro do momento, - 'Assobiar em Público', Jacinto Lucas Pires – e depois arranjar maneira de acabar com a sua existência na minha vida, contando eu, para isso, deixá-lo à sua mercê num banco da rua mais bonita de Lisboa.


Adenda:
Trouxe o livro para casa. É que segunda-feira não há estaminé para mim, de modo que será cá em casa que o terminarei - prevejo - afinal falta-me um único conto.

Pessoas, nada temeis, qualquer dúvida é pesquisar o Pinterest, que está lá tudo. Mas é que tudo.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O senhor doutor

O senhor doutor passou uma parte da manhã a lixar as letras que dizem 'consultório' por cima da janela – e os números por cima da porta – e, numa outra parte da manhã, pintou estes dizeres de verde escuro.
O velho estaminé apresenta agora a porta e as grades num verde tão escuro como as letras do 'consultório' do senhor doutor. Lá dentro há dois espelhos com floreados em relevo e uma planta que me pareceu pender do tecto. Se está ou então não, um dia alcançarei saber.


A rua está muito mais bonita.

Está o ano


Está o ano a acabar e já tenho o plano executado. Deixei o bloquinho pequerrucho junto da árvore amarela.





Entretanto tirei fotos à árvore arredondada, que na próxima primavera já não conseguirá a forma redonda porque lhe cortaram ramos. Tudo bem, é preciso, essa árvore estava já muito pesada aos lados, quase pedia que lhe retirassem os ramos... E eu estou com a sensação que já contei isto no blogue. Recentemente, quero eu dizer, que ao longo dos anos o que mais há neste blogue são posts acerca das árvores que amiúde avisto e sinto e observo. Dos ramos cortados à árvore amarela, bem sei que já anunciei no blogue, agora da arredondada estou na dúvida e quando a ideia persiste no 'sim' parece que em simultâneo esse 'sim' vai para pensamentos que já tive e não ideias que tenha realmente posto no blogue. Sabem o que é? é que eu passo a vida a escrever cá por dentro e depois confundo-me. Ah, pois, está bem, a realidade é uma coisa, o pensamento é outra e se eu falasse com mais pessoas acerca das minhas vivências não era preciso escrevê-las e mais não sei o quê. Tenho foto da árvore arredondada.






Sim, no blogue esta será a árvore arredondada para sempre. Afinal um nome ou cognome existe para haver distinção entre iguais.



Lisboa, 26 de Dezembro de 2018


Olá a todos!

E é o Natal passado! Ontem vi um documentário a explorar o ponto de exclamação! E às vezes venho para aqui dar vazão ao espanto! Com as mais diversas coisas! Ah! Oh!
Do que vi recordo que os espanhóis inverteram o ponto de exclamação e ainda se atreveram a colocá-lo também no início da frase que queriam ver ao rubro; um outro povo que já não recordo juntou-lhe graciosamente o ponto de interrogação, algo do tipo dois-em-um, resultando numa figura interessante; houve ainda quem juntasse duas e três linhas para um só ponto, o que se revelou uma figurinha risível, mas também não registei de que ponto do planeta se lembraram disto.
O ponto de exclamação é uma existência mal-amada no meio literário, parece um bocado pimbalhão, uma vez que serve para intensificar e demonstrar sentimentos, o que acaba por ser especial, afinal é o único com essa função, os demais mostram paragens, mudanças de rumo e entoações. São assim mais sérios e sábios. Contidos. Cá agora animarem-se. Ná!
Eu gosto do ponto de exclamação, tento não abusar porque me parece deveras meloso, fofinho, quiçá acriançado. E gostei muito deste documentário. Tudo o que tenha a ver com Línguas, gosto muito. E não gosto de vírgulas. Ah... Nem de reticências.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Foi ontem à noite

Num filme, dois cavalos que se tinham tornado amigos foram separados. Um deles, o mais bonito, olhou de lado para o outro, viu-se o branco dos olhos e tudo, tal a virada.
Ontem foi a noite mais silenciosa do ano. Na noite de Natal o recolhimento é de percentagem elevada, não só de pessoas como de carros, e é daí que vem o maior silêncio.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Boa Noite de Natal






Feliz Natal
Boa noite



Não é um tronco

O Tronco de Natal não passou de torta de chocolate recheada com queijo fresco (que devia ser mascarpone mas cá em casa não havia…) e açúcar em pó e natas e raspas de chocolate e pedaços de avelãs torradas. A ideia primária era a malta pôr-se a cortar a torta na diagonal e juntar as duas partes de modo a fingir que compunha um tronco muito lindo, tão lindo principalmente por conta do creme de chocolate e toffee, no qual desenharia linhas onduladas a imitar os seus veios, não esquecendo, claro está, de aparar as pontas para se ver muito bem o interior da torta, que, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, é uma espiral. Mas não. Saltei essa parte. Contudo, como intencionara completar a receita, o toffee já eu tinha preparado e agora está-me ali. Bem que podia tê-lo despejado no recheio mas esqueci-me. 

Vez em que sim

Acho que já em tempo pus no blogue a vez sim vez não em que calha bem a maionese. Pois hoje foi uma vez sim. Agora nem quero fazer outra vez, não tão depressa, porque ainda me lembro da vez sim. Fiz com a varinha mágica (terei sido bafejada pela magia da varinha?), adicionando o fio de azeite ao ovo inteiro e ao alho sem o veio. A sério que engrossou e ficou maravilhosa. Nem pus mais nada senão sal daquele cor-de-rosa, sabem?, o dos Himalaias, esse mesmo, que salga poucochinho, e hortelã, mas tudo após o engrossar da coisa. E olhem, depois desta demanda, foi posto nas gemas cozidas e esmagadas e atum e mais hortelã e poejos aos pedacinhos. Uma maravilha.

Ligações

O supermecado onde me abasteço deve saber que falo dele pra caraças, acabou de me enviar uma SMS com votos de um feliz Natal

(é assim, pois é? o feliz minúsculo e o Natal sempre em grande? ou o Natal também pode aparecer em pequeno? neste caso será natal? e as Festas Felizes? é com grandes só quando não se fazem acompanhar de texto? que se inseridas no mesmo é mantê-las pianinho, né? eu tenho tanto medo de escrever, 'migos, tanto medo...)

e mais a sugestão de eu reenviar a mesma e tal. Ca xiru. Só que é uma SMS assim meio coisa, destemperada, vou lá eu agora usar as palavras de outros a fazer de minhas.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Medida

Se os enfeites de Natal que se se colocam às portas de casa se medissem aos bonecos, vamos então supor que o meu enfeite media boneco e meio para zero vírgula três de boneco da minha vizinha da frente. Para aí. Coisa assim.

ó:

No post anterior

No post anterior esqueci-me de mencionar que os segundos docinhos serão rebolados em cacau em pó e que os gramas para perfazer as 'partes' dos ingredientes são, neste caso, de 250 de tâmaras para 125 de oleaginosos. Está tudo entendido então, não é verdade? Pois claro que está.

Doces

Fiz três tipos de docinhos. Digo docinhos porque são realmente pequeninos. Um, levou bolacha maria, chocolate em pó, gemas e um licor que eu tinha, e tenho, para ali. A receita pedia whiskey, mas eu não me apeteceu esse, então...pronto. Ah, e levou também manteiga, para ligar tudo, se não totalmente, e pois que não, ao menos parcialmente. E porra para as vírgulas. Dois, levou tâmaras e uma mistura de frutos secos e oleaginosos. Bom, a bem dizer, a mistura trazia já, também, passas, o que não foi motivo para andar à escolha, quis lá saber, fiz as contas à maluca e siga! A receita manda duas partes de tâmaras e uma de oleaginosos, mais duas colheres de sopa de flocos de aveia, uma de cacau e meia de canela, ambos em pó. Estas duas receitas foram feitas no processador. A primeira foi porque me apeteceu, olhei para o descritivo e pumba e coiso, toca de mandar tudo lá para dentro, que iria parar ao mesmo resultado. Só que deu um bocado de trabalho a lá chegar, possivelmente por conta de ter de fazer o esmigalhamento por fases, primeiro a bolacha e depois a manteiga e as gemas e depois o licor e depois o chocolate. Assim, sim, talvez o processo fosse mais rápido. A segunda é porque é mesmo para fazer assim. É também processo para demorar, a gente chega a esmorecer, oh que caraças atão mas isto não aglomera? Mas aglomera, garanto eu. Três, levou leite de coco condensado. Não sei se está a dar para perceber… leite de coco, ok, tudo bem, avança, mas condensado? A sério?! Leite de coco mas conden… Sim. Estava-me na prateleira da despensa há meses, creio até que fiz post a contar a novidade, creio, também, num registo de espanto imenso. Usei-o para fazer brigadeiros. É que nem me pus à cata de receitas nas netes nem nada disso, pus ao lume as coisinhas do costume e vá. As coisinhas são uma colher de manteiga e duas de cacau em pó, é levar ao lume até fazer estada no fundo do tacho e pronto. Ficou bem. E bom. É de fazer um bocadinho mais de fio quando a gente puxa a mistura arrefecida, o que, não sendo por mim esperável, por desconhecer o produto, acredito que leite de coco não é leite de vaca, logo: usando o mesmo método, tem diferenças no resultado. Bom, para já, para já, estes são os meus docinhos, os meus bombons. Ah, então e as coberturas? Nos primeiros, usei açúcar branco, nos segundos… ainda não os enrolei, ah ah, e nos terceiros usei granulado de chocolate branco.

I need a soldier That ain't scared stand up for me
Known to carry big things if you know what I mean


pá de porco
couves-de-bruxelas
batatas-doces
raiz de aipo
beterraba
beringelas
cogumelos parisienses
flocos de aveia
chocolate em pó
chocolate em barra
ovos
queijo da ilha
queijo flamengo
vinho tinto alentejano

Acima está exposto algumas das comprinhas que fiz hoje no supermercado. Agora, a caminho do mesmo, ouço Destiny's Child, sim senhoras e senhores, mas o Soldier, pois entretanto cansei-me do stand up for love and for life e o caneco. Vou-me embora, mas não sem antes deixar uma notazinha sumamente importante: clicando no título deste post vai-se ter a algum lado que não o dito post. É.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Cores de sofá

Este post era para ser um antes&depois, e de certa forma é, e é, isso sem dúvida, um post acerca do meu sofá.
Pois que já chegou!
Já cá está!
Já tenho sofá!
E é azul!
E veio antes do Natal e tudo!
Tal como tinham prometido!
Entretanto tinha tirado fotos àquela espécie de antes, àquele estado tolo em que a minha sala se manteve durante algumas semanas. Escolhi uma e pus-lhe um filtrozinho para me dar alegria:





E depois de o sofá montado e a sala aparentar normalidade, tirei outras fotos, das quais escolhi duas e pus também filtrozinhos com o mesmíssimo intuito, o de me alegrar. Só que, aquando dos primeiros cliques, não me apercebera que a máquina fotográfica (que ainda é montes de espectacular) retinha o amarelo e não o azul, que era a cor que eu queria, uma vez que o sofá é azul, e já em outro post eu me pus com estas macacadas e mais não sei o quê. Ora bem, já que gosto das fotos em que me 'enganei', publico também uma, descrente que estou em que venha mal ao mundo à conta disso. Eis então a foto da espécie-de-depois, em azul, e a foto em que parece-que-me-enganei, em amarelo:


Éramos seis

No outro dia éramos seis, encostadinhos uns aos outros, na enga de descobrir o Wally. Sim, o Wally, aquele boneco minúsculo e dissimulado que só visto… Quer dizer, é mas é que não se vê, oh demanda do caneco, encontrar aquele homenzinho. O livro em questão é da rica filha e foi ela que se lembrou de o ir buscar. Então, perante a fixação que 'procurar o Wally' pode fazer descer em nós - e fez! - a dada altura, como já referi, éramos seis a fazer um semicírculo à pala da procura. Eu, que sou pessoa para me ausentar da vida, num repente apercebi-me que há anos que não estava fisicamente tão perto dos ricos filhos, e foi também num repente que vocalizei este pensamento. Sorriram todos os cinco e um deles, creio que a rica filha, à laia de gozo perguntou: - E estás a gostar? E eu que sim, estava, e foi de tal modo prazeroso que ainda hoje tenho o papinho cheio.

Telemóvel

A rica filha mandou vir das netes uma capa toda maricas para eu pôr no telemóvel. É para pôr na parte de trás do dito, quando não, como é que eu via e lia as coisas? Nesse caso era que não. Mas a capa. É transparente mas depois tem uns arabescos a imitar renda que por sua vez imita floreados. É todo um trabalho de conjunto, malta. A malta foca-se na cena e. Mas então a capa. Eu disse que era para eu! pôr no telemóvel, né? Pois que não fui que eu pus, foi a rica filha. Sinceramente, o que me é dado a ver é que ela tem saudades do seu antigo telemóvel, o qual, como presumo que saibam, é este que agora me pertence. É que ela encarregou-se de encomendar, mediante as minhas preferências, claro, e, quando a encomenda chegou, tratou logo de lhe colocar a dita capa, não sem antes limpar muito bem toda a superfície do aparelho. Com álcool. E com um carinho enorme. É apegada a coisas, como eu, a rica filha. Ai, sabem o que é, é que ser mãe de filhos que se estão a tornar Ginas é duro, principalmente se aquilo em que se estão a tornar é algo que faz sofrer. Já o rico filho tem cada característica minha mais vincada, pá… Ai.

Guardanapos


Para cor de guardanapos a exibir na mesa de Natal, quais senão o vermelho e o verde?

Vermelho é cor de Natal e, já agora, ai a porra das vírgulas, o cor-de-rosa e o amarelo também.

Toda uma caterefada de bichos maus

Ouvi dizer, sei lá onde, que, ao comer massa de bolo crua, ai a porra das vírgulas, se pode encontrar bactérias más e salmonelas e mais toda uma catrefada de bichos que o organismo humano não quer para si nem consigo. Bom, eu cá, o que tenho a dizer, ai a porra das vírgulas, é que não farei caso deste aviso barra notícia barra medida barra conselho (eis as barras por extenso a salvarem-me das vírgulas, iei!). Ah, e tenho uma foto, que não ilustra o que comi, mas que pode muito bem ser imaginado, ó: