sábado, 31 de dezembro de 2016

A vós: votos dum 2017 cheio de festa

A pessoa que escreve neste tão-somente blogue vem então desejar um 2017 cheio de festa, ou parcialmente preenchido pela festa, vá, e é óbvio que a pessoa que escreve neste blogue prefere e espera que escolheis o género de festa que mais gostardes.

E, por junto, deixo um vídeo com um mês de gravado e editado e só hoje vai para o ar. Gravei-o com o intuito de o partilhar também no blogue mas entretanto foi-se-me a coragem. Sim, agora o vídeo está aí para toda a gente ver, em querendo, afinal é só um clique, afinal este blogue é um tão-somente blogue, o canal idem, e afinal as pessoas são só pessoas que leem blogues e veem vídeos que são somente isso. É tão somente. O vídeo é um resumo da relação contraditória por entre a minha criatividade e o estaminé.






Primeiro

Boa tarde. São dezasseis e trinta e três. O tuíter mandou mensagem tu mai selfe a dizer: Hey, Gina Guê, here are some people we think you might like to follow: (hum, ok, vá, mas não vou)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

As horas que são

São dezoito e dezasseis. Não tarda digo adeus e até para o ano ao estaminé. O adeus digo também ao 2016, mas mais tarde. Tenho pensando nele, se dói estar no fim, como é isso de acabar, de deixar de ser e permanecer e tal. Enfim, meras questões, mas o ano não tem boca, portanto as perguntas seriam inúteis. O estaminé também não tem boca, mas estou certa que sente a minha falta. À conta das saudades minhas, gemerá e chorará sem contenção alguma. Ao estaminé só falta mesmo é falar.

Dos (meus) cabelos

Depois de me inspecionar toda eu muito bem... não, não toda eu, naquele momento foi apenas o escalpe na zona do cocuruto, por modo a ver-me desgraçada ao nível da beleza, eis que vi a desgraça, sim senhores, e agendei as melhoras disto tudo. É que persiste a esperança de a cabeça melhorar também por dentro, ao depois duma visita ao cabeleireiro. Falando agora de tamanho, no outro dia caiu-se-me um fio de cabelo, sei lá, mexi-lhe ou assim e veio um agarrado aos dedos. Fiquei horrorizada com o comprimento do fio. Sério. E achei que quanto mais comprido está o cabelo, tão mais cabelo se me cai, mesmo sendo apenas um fio.

Coisa

Durante este ano aprendi indubitavelmente muitas coisas, mas há uma tão recente que ainda escalda e que me repito já, dizendo que é uma coisa de repetições. Pois. Dum modo geral é difícil as pessoas não repetirem os seus gestos e as suas expressões. Tempos houve em que isso me incomodava muito (falo agora das minhas repetições, apenas, e principalmente das que apresento nos posts e nos vídeos) mas entretanto fui descontraindo por me saber incapaz de ser original a toda a hora, bem como aprendi que quanto mais se busca o não-ouvido e/ou o não-falado, mais igual se fica. Entretanto, oh glória terrestre!, aqui há dias, oh!, dei por mim pensando na procurada repetição quando jogamos dominó. É que ao menos aí o repetir é desejado e não desdenhado, portanto uma repetição pode significar vitória e não corriqueirice ou redundância.

Expressõs
Ó pá tóin xiru!
, não é. É.
, não é. Não.
, não é. Não sei.
, está bem. Está.
Oh céus!
, iei!,
'migo/a/os/as
Olhem:
, sei lá,
Ó pá, atão
Eh pá,
, ora essa,
Ah ah.
, au eva,
, vai daí, pumba e coiso.
e acabou a conversa.
, então que é lá isso,
mesmomesmomesmo
bembembem
Assuntos
Lugar (que também pode ser) da musa
Septuagenárias
Árvore amarela
Árvore arredondada
Rua mais bonita de Lisboa
Banco hater
Muro de pedra

(Terei esquecido algum?)

Primeiro

Bom dia. São onze e quarenta e sete. Eia, lá vem esta com o assunto de sempre. Gastei 69 émebês de tempo a usar nas netes através do telemóvel. Descansem, isto está quase a acabar. O ano passado, por esta altura, era o estado do tempo o que registava diariamente, levada pelo desejo de não dar somente os bons-dias aos leitores e por junto as horas que eram, sei lá, achava, como acho, que ficava, como fica, pobre. Foi inclusive por essa altura que dei início a este papaguear, contudo, nos meses anteriores, nuns dias sim, noutros não. Não vou abandonar os posts 'Primeiro', não para já, gosto, ainda, de sublinhar o momento em que dou início a mais um dia de escrita. E continuarei a colar aos factos do costume aquilo que me apetecer dizer, sem que nada tenham a ver com os bons-dias ou as horas que são, mas passarei a usar a quebra de linha.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

hey, two thousand seventeen:

...trying not to be shy...

A mulher é

Sou mulher para contar as folhinhazinhas que deixo no bloquinho rudimentar para os dias vindouros, mas é que, já no outro dia disse, prefiro escrever, ainda que hoje já pouco mais que isto escreva, é que há que pôr a roupa em sabão e apanhar as limalhas do chão do estaminé.

Lugar (que também pode ser) da musa

Fiz tipo assim uma gincana para aterrar numa mesa, aquilo é pilares por todo o lado. Fui entalar-me entre o senhor que lê o jornal - e que, curioso, levantou o olhar para mim, mas rapidamente o desprendeu, que o jornal é tão mais interessante – e um outro que eu nunca antes vira e que simplesmente bebia o seu café, não sem dirigir o seu olhar curioso para mim, só por dizer que lhe saí do campo de visão, de maneiras que.
Quero as minhas septuagenárias.
Minhas, ide est: no sentido de o serem, sim senhores, mas apenas no modo como as descrevo.
O senhor que lia o jornal levantou-se. Ena, que alto, isso é tudo seu, 'migo?
Olha, lá vêm as septuagenárias. Chegam juntas, e as três. Oh céus, que alegria sinto.

Bloquinho rudimentar

Antes de mais, anuncio que deixou de haver armazenamento de folhas a serem transformadas em folhinhazinhas. Détse de ende, pois é. Portanto, em gastando as que formam o bloquinho rudimentar, détse de ende for choure.
Tem sido um problema escrever nessas folhinhazinhas, a bem dizer tenho feito esforço para lhes escrever por cima, é que o verso do papel autocopiativo não se dá com canetas.
Quase nenhumas.
Há umas que dá.
Aliás: encontrei uma que tem dado e me faz a mulher mais feliz do mundo.

No primeiro dia de trabalho em 2017, deito fora as coisinhas que estão no estojo metálico. E quiçá por junto vá o estojo. Alguns pertences deixam de fazer sentido nessa data.

Cliente

Vendi um sabão azul e branco, uma esfregona de tiras e uma dúzia de molas para a roupa - em madeira - a uma senhora queixosa de zona na cara. Então, a vida é cheia de imprevistos, vamos portanto recebê-los todos, encostando as faces e repenicando os beijos. E força nesses abraços, vá.

Já sei ler

Olá,
o meu nome é Gina,
e se olharem para a foto abaixo vão ver uma pessoa que sabe ler há quarenta e dois anos. A vassoura é que não sei se sabe, mas é questão de me lembrar de falar com ela.






Há mais interesse no ler do que no escrever.
Há mais opinião no ler do que no escrever.
Há mais sabedoria no ler do que no escrever.
Talvez sejam só aparências, mas, dum modo geral, penso que. Resta dizer: o escrever isola, o ler acompanha.



Posta-restante:
Há quarenta e dois anos que sei escrever. Também, pois, e nessa época sabia escrever ao menos isto:




E, provavelmente, conseguia algo semelhante a isto:



Não cheguei a contar como é que o livro do momento chegou à minha vida! Oh céus!

É da rica filha, esse livro, e é 'Romance de Cordélia', de Rosa Lobato de Faria. Chegou à sua biblioteca por via duma Feira do Livro, em Lisboa, para aí em 2002/2003, quando ela não era sequer adolescente, ou os blogues tinham chegado às nossas vidas. É estranho pensar nisto. O livro em questão é duro demais para uma menina ler e, espantando-me eu com essa questão, perguntei-lhe em que circunstâncias tinha sido a aquisição. Ela respondeu que havia achado a capa gira e entretanto requisitara anteriormente um livro da autora lá na biblioteca da Escola, de maneiras que pumba, os pais da rica filha compraram-lhe este livro. É estranho pensar nisto, se ademais não recordo nem sombra dessas circunstâncias, mas, para me desculpar da compra dum livro duro para a minha menina ler, posso pensar que lhe foi comprado com a ideia de ela um dia mais tarde, na idade adulta, o ler. Assim a história já fica bonita, não é? Bom, seja lá como for, ando a ler um livro retirado da biblioteca da rica filha, do qual estou a gostar muito.

Ah, e sim, nos últimos dias tenho lido.

Falar

Enfrentei o espelho e falei com ele julgando ter uma câmara lá atrás, tipo assim o bigue brádar e coiso. Mas não. Nada nas costas do espelho, nada na parede escondida pelo espelho. Nada. Falei para o espelho e pronto.

Assuntos do exterior

Ando a esquecer os posts da Palavra do Dia e do Dia de. Nuns dias até ouço as rubricas na Radio Comercial, noutros não, mas ando esquecida de registar as que ouço. No caso do Dia de, é um facto que a Vanda Miranda lhe dava um destaque do caraças, mas já não há Vanda Miranda na Radio Comercial.

De como o sol é fugaz

às dez e vinte e um, a primeira foto, às dez e trinta e cinco, a segunda

Primeiro

Bom dia. São onze e trinta e nove. Ó pá!, iei!, iei!, iei!, oh hora feliz! Gastos uns 68 émebês em navegações pelas netes através do telemóvel. Ao menos o 68 tem muito que ver comigozinha, a pessoazinha fofinha que gosta, também, de fazer postzinhos com os numerozinhos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

hey, two thousand seventeen:


If you're not the one for me
Then I'll come back
And bring you to your knees


Adéle, Water Under The Bridge

em 2017, continuarei a ter o sipipu como amigo

As horas que são

São dezoito e cinco. Fui à frutaria do nepalês. Ou fui ao nepalês da fruta? Tanto-faz; mais-ou-menos. Fui a frutaria que é do nepalês. Trouxe:
mil e quatrocentos gramas de laranjas
mil cento e cinquenta gramas de bananas
trezentos e sessenta e cinco gramas de maçãs

Lugar (que também pode ser) da musa

As septuagenárias ali estão. Atenção, notem bem: não é para ali estão, é que estão, e não é questão, é estão. São autossuficientes o suficiente
– repetições tolas, bem sei, e marimbo, é que descobri recentemente que no dominó são desejadas para progredir no jogo, alcançar a vitória e então festejar animadamente –
portanto: estão. É a da novela e a da cicatriz. A da novela, notei há pouco que se põe em bicos dos pés e quase se empoleira no balcão
– é alto –
aquando do pedido. Não foi vez primeira, já noutras dei pelo gesto, ficando porém o registo hoje.

Em 2017, quem sabe haja uns quantos...

Afazer

Tenho 1 retificação a fazer.
Há dias publiquei um post onde anunciava como entrou o polvo-íman na minha vida, dizia eu que havia vindo de Roma, mas qual quê, é que nem pensar, contudo tem que ver com italianices, sim senhores, que chegou lá a casa como brinde de um batizado a que o rico filho foi aquando da nossa viagem a Itália, a qual, como julgo que não se sabe, foi empreendida sem a sua presença, daí a relação imediata que fiz:
rico filho → Roma → polvo-íman
Mas não. Veio do batizado. E já não tem um ou outro tentáculo. Olha, isto já não tem tentáculos, exclamou o rico filho quando esmiucei o caso. Está então esmiuçado.

Cliente

Procurava tintas para tingir, artigo disponível, sim senhores, quis ver o catálogo mas informou-me de antemão que as cores primárias ia, claramente, querê-las.
Pá, pronto, tintas que tingem só tingem a escurecer, e ela, claramente...

Planos comelícios, o efetivamente

Olá, cá estou eu!
Bem vindos a mais um post!
E a mais um blogue!
Nos planos comelícios estava a verdade, lá isso é verdade, verdade essa que vou verdadeiramente efetivar com palavras e imagens para tornar verdadeira.

Houve Pães Doces
Calhou-me tão bem. A última vez que fiz, creio até que registei no blogue, calhou-me tão mal, que não tinha papel vegetal e este é um pão-bolo que não dispensa o papel vegetal forrando a forma porque o açúcar que o recheia carameliza com o calor. Mas estava mesmo bom, tirando esta vez, só se a primeira em que o fiz estivesse melhor. Acontece-me frequentemente a vez primeira calhar mesmo bem, o que me leva a colocar a receita no meu dossiê especial, e portanto querer repeti-la, e em vezes seguintes já não ser tão bom, talvez porque elevei as expetativas ao mais alto grau. Mas fica assim: estes pães-doces estavam mesmomesmomesmo bons.






Houve Queijos de Figo
Não é queijo, mas é figo, não sei porque se chama queijos, devia mas era ser Bolas de Figo, mas adiante. Começa-se com uma calda, é necessário uma picadora por modo a picar os figos e as amêndoas, é ligar tudo com a calda e moldar as bolas com as mãos molhadas. Um dia ponho aqui a receita, creio que não demorará muito, é que vale a pena aumentar o número de receitas no meu dossiê especial. Olhem: pensando bem, ponho mas é já hoje. Está logo a seguir à foto, mas antes digo já que a copiei do programa televisivo 'Prato do Dia', que passa no canal 24 Kitchen e é apresentado pela Filipa Gomes.




Ingredientes para a calda:
2 colheres de sopa de chocolate em pó
1 colher de sopa de erva-doce em pó
1 colher de sobremesa de canela em pó
2/3 cup de açúcar
1 cálice de aguardente
Ingredientes:
250+50 gramas de amêndoas ao natural
500 gramas de figos secos
Confeção:
Prepara-se a calda levando todos os ingredientes ao lume. Deixar ferver durante uns dez minutos, ou até se notar reduzida e consistente.
Pica-se as amêndoas e os figos separadamente. Aquando de picar as amêndoas reserva-se 50 gramas.
Quando a calda arrefecer um pouco deita-se por cima das amêndoas e dos figos, mistura-se tudo e, com as mãos molhadas, moldam-se bolinhas, que se envolvem na amêndoa que se reservou.






Houve Pudim de Marmelo
Tinha no congelador uma compota de marmelo. Sim, compota, não marmelada, é que quando a fiz, fi-la com pouco açúcar, portanto a dita não atingiu a solidez duma marmelada. Achei boa ideia colocar na mesa um pudim semelhante ao de ovos, mas com a compota, uma espécie da minha receita de Pudim de Outono, vá, mas ao invés de ser com peras, pois que era com marmelos. Digo espécie porque coloquei muito menos ovos do que a receita original. Contudo não saiu bem, contudo partiu-se ao desenformar, contudo não me preocupei com isso, contudo quero lá eu saber, contudo ninguém me ralha, contudo ninguém deixa de comer um pudim rachado, contudo fotografei somente a parte bonita. Pois.






Houve Broas de Batata-Doce
Hum, nhé, não curti a cena. Retirei a receita dum prospeto da Sidu que recolhi no corredor do supermercado que mantém tudo quanto é gorduroso – manteigas, margarinas, natas, iogurtes, sobremesas mascaradas de iogurtes. Esta receita não me agradou. Em casa houve pessoas que curtiram a cena, mas eu não, achei que lhe faltava tempero, algo como canela, erva-doce, coco, raspas dum qualquer citrino, não sei bem, mas falta coisas àquela receita. Não repetirei, muito menos acrescentarei folha alguma ao meu dossiê especial à conta da dita. Mas há foto.






Houve Arroz-Doce
Então, ora essa, o rico filho adora, ademais o arroz-doce é do Natal. Fi-lo como faço sempre.





Houve Cheesecake
Então, ora essa, a rica filha adora, ainda que o cheesecake não seja do Natal. A foto contém apenas a compota que fiz, usando as tais framboesas que tenho no congelador, e também uns quantos morangos congelados e também açúcar e também canela e também casca de limão. É meu costume apresentar na mesa a compota e o cake separadamente, isto ocorre por conta de os ricos filhos não serem apreciadores de compotas, então deixo ao critério dos comensais, quem quer põe por cima da sua fatia, quem não quer obviamente não põe. Devido a esta questão, nas últimas vezes que tenho feito cheesecake, adiciono à parte alva da iguaria um pouco de canela em pó e de raspas de limão. Fica tão melhor.





Não houve bombons ou trufas
Na azáfama das compras de Natal, fiz mal as contas e acabei por comprar bombons a mais, os quais coloquei então na mesa e de certo modo me fez dispensar de preparar os meus. Isto assim soa a desculpa.
«Eh pá, ó Gina, ora essa, não querias era fazê-los.»
Bom, os bombons, na verdade, eu não queria fazê-los porque conclui recentemente que dificilmente os conseguirei fazer, mas ia fazer trufas, tão mais fáceis de se lhe chegar à consistência desejada. Mas não, e pronto.






Depois houve coisas como Bacalhau com Batata-Doce e Feijoada à Luís, das quais não tenho foto porque era noite e não iam ficar bem o suficiente. Mas estava tudo muito bom, e isto disse quem comeu. Eu.

Marcador

Nada como fazer de três folhas o marcador de livro do momento*, que foram recolhidas do passeio junto ao muro de pedra.




Foi assim:
Enquanto as páginas lidas eram poucas eu punha aquela badana a marcar. Quando aconteceu serem muitas tive uma necessidade premente - ai o que sofri, foi horrores, nem queiram saber, a vida toda desfeitinha e o caneco – de encontrar algo que marcasse a página do livro onde ia. E foi num soalheiro dia do fim do outono que encontrei estas três. Confesso que comecei por apanhá-las por conta da beleza especial - e igual e diferente em simultâneo, por isso especial - entretanto, chegada ao estaminé, tive a ideia absolutamente genial de fazer delas o meu marcador. A bem dizer uma chegava, mas.

*Romance de Cordélia, Rosa Lobato de Faria

Primeiro

Bom dia. São dez e trinta e seis. Haviam também folhas no chão do lugar escondido. Estarão lá sempre, umas ou outras, umas despegadas da terra, dos ramos, dos caules, outras no chão, mortas e espapaçadas. A vida não muda tanto assim, pois não?
A contagem do costume: vai em 65, os émebês gastos a ver as netes através do telemóvel.
Adiciono ainda questão importantíssima: enfiar uma balaclava (em português: passa-montanhas) nos cornos e ao depois um capacete faz-me conseguir um penteado de tal ordem que o melhor é não me encarar num espelho ou ainda desisto de permanecer atrás do balcão.

De nada, ora essa, então que é lá isso, há que viver, um dia vamos ser todos muito felizes.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

(?)

O Natal foi (muito) bom?
Muito.

ai que giro que isto é!
aia graça queu tacho, ó vida...

pá,
fazia de conta que eu ia hoje de viagem,
passar dum ano para o outro,
tipo assim ao Brasil e coiso,
lugar quintinho,
ui que bom,
sim,
eu quis escrever quintinho,
e deixava já,
como deixo,
os meus votos:
tende 1 bom 2017,

Mangas

Pode o buraco da manga estar para baixo, se os braços estiverem para baixo. Pode o buraco da manga estar ao lado, se os braços estiverem à cristo-rei. Ressalvo que o buraco da manga de que mais falo na minha vida está de lado, como se a manga fosse então um cristo-rei, e que estando em baixo, a manga ia estar na horizontal, mas não tal e qual como o cristo-rei. Inexplicável, isto, pois, e ora bem: a manga de que mais falo na minha vida está na vertical e tem o buraco como se fosse um dos braços do cristo-rei, que, como se sabe são braços para abraçar a horizontalidade da (quase) estratosfera. É que antes, estive eu a pesquisar, é a troposfera, lugar onde a gente vive, de maneiras que, querendo eu fazer parecer uma altitude do caraças, me lancei na esfera seguinte que é a estratosfera, também eu aprendi agorinha mesmo.

Aos vinte e sete de dezembro de dois mil e dezasseis...

… A aia Graça Queu Tacho chegou ao blogue. Mas antes veio-me à cabeça,
aia Graça Queu Tacho,
quando percorria a praça lisboeta cheia de ar que não suporto e de bancos de pedra que cognominei.
Só o ar.
Vá, é só mesmo o ar.

Lugar (que também pode ser) da musa

Estou sem telemóvel, que o me colega levou-mo por conta de se ter esquecido do seu em casa. Nestas circunstâncias, um telemóvel é mais precioso para o meu colega do que para mim. Vai daí, não conseguirei estar certa das horas que são, apenas me apercebo mais ou menos das que realmente são... ou então não. Vi as horas no placar da praça e desde aí venho usando o instinto. Hum, deixa cá ver, devem ser umas treze e cinquenta e cinco, aia Graça Queu Tacho. Mas como hoje as putas estão no lugar (que também pode ser) da musa, eis que, assim que se levantarem, acabo o parágrafo, de escrita ou de leitura, e abalo também eu daqui. Decidi-me assim porque dantes, no tempo do lugar da musa do antigamente, as putas saíam mais ou menos aquando de eu também.
Agora me lembro que as putas é uma extensão da puta invejosa.
Saudades...?
Não.
Nada de septuagenárias, hoje.

Adenda (ou momento ulterior, aia Graça Queu Tacho):
Ao escrever o texto acima, eis que a memória se me clarifica e noto que as putas continuavam no lugar da musa do antigamente depois de me levantar. Era assim na maioria dos dias, portanto: vou bazar daqui antes delas.
Mentira, levantaram-se agorinha. Oh. E uma septuagnária neste lugar, conto eu também agorinha mesmo, que chegou enquanto eu escrevia estas linhas carregadas de saber e glória.

No ano que vem

Em 2017 continuarei a ter menos saber no relacionamento com pessoas do que.





Com folhas.



A almeida

Aquando da permanência duma Árvore de Natal à porta do estaminé, uma almeida apontou-lhe o dedo e comentou que depois do Dia de Reis hão de ver-se muitas Árvores daquelas, jogadas ao lixo ou abandonadas pelas ruas. Portanto esta ideia traz outro material às Árvores mandadas para as lixeiras, o plástico, é que até aqui eram só os pinheirinhos de Natal que se arrancavam impiedosamente das matas.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e sete. Já se vê que o melhor deste dia, 27/12/2016, é recordar alguns rascunhos que decidi manter em privado, aguardando um clique qualquer dentro da minha cabeça, tipo assim:

Ó Gina, olha que está na hora de publicares aquele post do 'leres'.
E não te esqueças de desenvolver o marcador de livro que agora usas.
Ah, já agora, lembra-te que ainda não explicaste ao mundo o livro que andas a ler, muito embora tenhas anunciado qual é.

É mesmo o melhor do dia, e é preciso uns linquezinhos em cada parágrafo para provar que estes posts existem. Mas não. Era preciso. É que os posts ainda não existem, são futuro, ideias incipientes, sei lá eu se os vou efetivamete publicar hoje. Mas seja como for, pôr linquezinhos nos parágrafos seria pôr adendas a posteriori. Ah, ok, uma adenda é sempre posterior. E ulterior.

Os émebês no tempo disponível a usar nas netes através do telemóvel são 736. Até hoje gastei 64. Não tenho emenda, sei lá eu gastar émebês, pá. Ou então preciso dum telemóvel capaz de me deixar:
ver o blogue,
ver o canal,
publicar posts no blogue,
editar vídeos no canal,
ver vídeos no Youtube.

sábado, 24 de dezembro de 2016

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Fiquemos assim

Presumo que encontre tempo




para vir pôr umas patacoadas no lbogue... ai perdão, blogue durante o dia de amanhã.




Mas, não encontrando, deixo já um




Feliz Natal aos leitores deste blogue




Que obviamente estendo a algum poiso de circunstância.

Espalmar

Espalmei um grão de arroz com o polegar, por entre duas partes do toalhete de mesa. Ficou uma nódoa, ou, se quiser ser poética, ficou não-sei-quê, porque não me chega nenhuma palavra bonita para pôr aqui e agora. Teatralizei uma cena, anunciando solenemente:
Isto é um grão de arroz cozido, por mim espalmado.
E lembrei-me imediatamente da rica filha, revi-me nela, porque é também este o seu tipo de humor.

Acertar agulhas

Vai para muito tempo que as agulhas da impressora do estaminé – faz de conta que é d' agulhas – não se acertavam com o 'sabonete ach brito coco' ou a 'tesoura multi usos'.

Pronto, eu tinha

Pronto, eu tinha pedido que o Ano Novo me trouxesse uma caneta verde e outra vermelha, mas o Natal adiantou-se, trazendo duas azuis, por dentro, e uma preta e outra vermelha, por fora. Há que ficar agradecida por conta daquilo da boa-vontade e isso.


Retribuições

Estou a dar conta de retribuir todos os votos de Boas Festas que recebo por imeile. Suponho que, sendo muitos, jamais conseguiria dar conta deste recado, au eva, isto revela não só boa educação, como quão introvertida é a pessoa que escreve neste blogue.

Aos vinte e três de dezembro

Tinha pensado dedicar o caderno adorado às viagens, há anos que manuscrevo quase exclusivamente aquando das férias – grandes/pequenas/ou-viagens-ali-assim – mas hoje decidi que o vou usar assim que findar o caderno azul que a rica filha me deu. É isso! Estou contente com a decisão, é que assim uso o caderno adorado já a seguir, uma vez que, no caderno azul, a parte que dediquei aos planos para vídeos está por uma ou duas páginas.

Cliente

Era uma vez um placar publicitário antiquíssimo que se manteve preso à parede deste prédio por meio século. Esse placar, em dias de vendaval, gemia pra caraças, tanto que o Antunes se queixou de não o deixar dormir numa noite ou noutra, dada a proximidade da janela do seu quarto. Então e quantas vezes foi pelo gemido do placar que percebi os vendavais na rua? Para aí umas noventa e duas. Ou mil e quinze, vá. É óbvio que não sei quantas. No dia em que o meu colega se pendurou no escadote mais alto de todos para retirar o placar, passou o Antunes e ironizou:
Ó juventude, tu não tires isso daí, meu!
Dias depois, o olhar do americano pousou no placar, que esperava, já fora da parede, outro poiso, e se encantou com a longevidade que aparentava o enferrujado pedaço de metal. Qui-lo para si. Disse que era para pôr in is barn, lá nos eu-as, um dia destes.
Era efetivamente muito bonito, o placar, dizia robbialac em letras brancas, num fundo azul escuro, a forma era demodè, portanto: vintage, e ainda me deu tempo para registar mentalmente que o ó de robbialac era oblíquo, ou talvez num exagerado itálico. Queria tirar uma foto antes do last goodbye but fui adiando o clique e o tempo esgotou. No momento em que vi o americano à porta do estaminé, segurando o placar, ainda pensei pedir-lhe para tirar uma foto. Mas não. Agora só resta esperar o dia de o placar fazer de estandarte lá no barn que fica very, very far away from here, portanto in another place of the earth, e arranjar coragem para pedir ao americano: can you take a picture for me, please?

So long, good fellow, i'll be missing you. Lamento o ó inclinado, que não o conheci o tempo suficiente, foi preciso ter o placar aos meus pés para notá-lo.

Estes dias

Estes são os dias em que desenroscar uma garrafa ou cortar uma laranja me lembram que tenho as mãos queimadas pelo frio.


Bater nas teclas também é custoso, mas.



Estóica, eu.





Depois

Uma cliente desejou-me uma Páscoa feliz
e depois pôs a mão na cabeça
e depois riu-se de si
e depois pediu desculpa
e depois eu disse 'ora essa, minha senhora, então'
e depois foi a vez do feliz Natal da gente as duas,
eu depois dela.

Próxima tentativa

Querem ver que o espírito natalício amaldiçoou as máquinas que se encontram do lado de lá a tratar do meu têpêá? É que o lado de cá cuspiu mais um papelinho, diz que picou o ponto esta madrugada, às 02:01:09, e que a próxima tentativa será à 01:52:00, em 2016/12/05. Grandes mistérios encerram a vida de todos nós.

Pequenez

Eu dizer que estou num planeta é coisa em grande, só por dizer que quanto maior a área, mais pequena me julgo.

Planos natalícios
ou então
Planos comelícios

(é melhor tratar já do post comelício, ainda que com as indecisões escarrapachadas)

Em salgados, a fazer, é:
Bacalhau com Batata-Doce
Leva também camarão e há de ser regado com molho branco e receber queijo da ilha como toque final
Em salgados, a (não sei se vou) fazer, é:
Feijoada à Luís
Acompanhada de penas de porco grelhadas, ou então pernas de frango assadas, e um simples arroz basmati. Cozido, rá-á.
Em doces, a fazer, é:
Arroz-Doce
Que o rico filho adora, de maneiras que, sendo convidado...
Cheesecake
Que a rica filha adora, de maneiras que, pronto...
Pudim de Fruta
E no caso a fruta é marmelo porque tenho no congelador uma tigela de marmelada armada em compota pouco doce.
Pães Doces
Este bolo armado em flor, rá-á, substituirá o bolo-rei
Queijos de Figo
Vai o figo seco e vai a amêndoa e vai a aguardente e vai o cacau e a canela e mais que vai já não malembra
Broas de Batata-Doce
Vi no prospeto da Sidul que retirei dum corredor do supermercado onde habitualmente me reabasteço. Parecem fáceis de fazer, nem tem aquela forma de canoa nem nada, é um monte de massa atirada para o tabuleiro e acabou a conversa. Não acabou nada, pronto, sempre posso fazê-las bonitinhas e bicudinhas.
Em doces, a (não sei se vou) fazer, é:
Bombons
Porque os bombons, a ser bem-feitos, quer isto dizer: crocantes, há que temperar o chocolate, o que consiste em estendê-lo na bancada com uma espátula até ter a temperatura certa, e este 'certa' é do caraças. Vai daí, faço mas é...
Trufas
… Por ser muitíssimo mais fácil alcançar a precisão, por não ser lá muito precisa. As trufas tampouco precisam, rá-á, de primor na forma que se lhes dá, existem com esse nome por lembrarem as trufas que nascem desordenadamente no solo dalguns lugares especiais deste planeta

Post mais ou menos natalício

então temos:
biberón café bombón
ristretto
café americano
macchiatto
(aparentemente: uns são café, outros não)

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e quatro. De manhãzinha vi raios de sol furando o nevoeiro, de maneiras que tirei fotos e assim e publico uma.




Ah, e já gastei 62 émebês de netes a usar através do telemóvel.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Permanência

Já toda a gente percebeu que não suporto este lugar. Este aqui, o estaminé, o lugar onde teclo neste preciso momento, é-me insuportável. E não estou a exagerar ou a ser a coitadinha, antes puramente bruta e portanto sincera. Mas... é graças à minha permanência neste balcão que ouço coisas como:

'olhe, obrigada por me fazer rir, bem haja por ser assim e gostei muito de a conhecer, sempre que voltar a passar nesta rua venho visitá-la'

Momento este que acabou de acontecer. Depois (também) acontece que no estaminé posso (quase sempre) vir logo a correr registar o que acaba de acontecer, posso vir registar o que já aconteceu, posso vir registar o que penso que vai acontecer e posso vir registar o que queria e gostava que acontecesse. Caramba, até entonteci com a declaração da senhora. Fi-la rir por conta duma exclamação espontânea, uma referência a um certo tipo de ambientador que classifiquei como banal, porque nos últimos dias essa palavrita, bem como os seus derivados, tem andado na minha cabeça. É que a senhora queria um neutralizador de odores, não um ambientador, sendo que um ambientador é aquilo que toda a gente quer, daí eu ter usado a palavra banal, e ela desatou a rir. Às tantas, para vocês, leitores, é só isto, ou então pode ser tudo isto, como é para mim, porque (também) já toda a gente percebeu que retiramos do que lemos o que queremos retirar.

Limões

O rico filho mora numa casa que tem um quintal que tem um limoeiro e uma outra árvore que tem laranjas e que portanto se deve chamar laranjeira. Está previsto deixar-me um saco cheio de limões lá em casa, mais logo, ao sair do seu trabalho. Sei até, não pela sua boca, que andou cheio duma boa-vontade que lhe assiste todo o ano, empoleirado no limoeiro, colhendo limões para a minha fruteira.

Ancas

Dialogava com a rica filha acerca da disposição em que pus os móveis da sala, que não estava a curtir a cena, ainda punha tudo como estava e metia mas era a Árvore no sítio que ficou vago e acabava-se a conversa.
Ah, fazes bem mudar a Árvore, mãe, concluiu ela, quase a deitamos abaixo com as ancas largas de cada vez que passamos ali.
Brincando, apoiei as mãos na cintura e reclamei:
Ora essa, hás de dizer-me quem daqui tem as ancas largas!
Foi a vez de ela refletir e responder ironicamente:
O pai!

Verificar para certificar

Não cortaram nada ramo nenhum à árvore amarela, mas é que nada disso, os nós que se lhe veem estão escuros, não foram portanto ramos cortados recentemente. O estranho é não terem desbastado a árvore arredondada, também disso me certifiquei hoje, afinal é a maior, a que incomoda, ressalvo que não a mim, sério, não me incomoda mesmomesmomesmo nada, gosto de passar lá debaixo, desafiando a questão parva. Mas os homens ainda andam no terreno, os melhoramentos das ruas dali assim não findaram já, se calhar amanhã passo lá e.

Farinhas Tê isto; Tê aquilo

Tenho andado enganada com as moagens das farinhas.
Note bem: a farinha para pão é a T65 e a farinha para bolos é a T55.
Dei por mim a pensar que os números das moagens se mediam como as linhas de croché ou as lixas, quanto mais alto o número, mais finas são. Mas não. Para já, esclareço que ainda que tenha trocado as farinhas um dia ou outro, intencionalmente
(sim, intencionalmente, ah!, quantas vezes fiz pão com a farinha dos bolos! isso de eu – tentar - fazer o pão e os bolos com as farinhas devidas tem poucos meses)
, nunca notei que os bolos ficassem duros e o pão fofo, que é lá isso, daí a minha leviandade: oh quero lá saber!
Até um dia.
Eu inteirar-me dos Tês da farinha, inteirei-me, mas não os fixei, como se pode deduzir lendo este texto fantástico que estou a pôr de pé, não é?, vai daí realizei para comigo aquilo das linhas e lixas e por aí fiquei e por aí fui fazendo pão e bolos levianamente.
Entretanto, ó pá, pesquisei uma vez mais, foi cá por coisas, um dia senti uma campainha na cabeça, cujo toque gritava: Gina, vai ver os Tês das farinhas, mulher! Olha que andas enganada, ó mulher!
Fui.
E andava.
Tau!, misseteique. Oh.
De maneiras que, pois é, as farinhas, ah..., são tão mais finas quanto menor o número indicado na embalagem.

Pão de Couve Kale, Queijo Feta e Bacon
Queques de Framboesa e Chocolate Branco
Tarte de Maçã
(afazer e/ou a fazer)

O pão
parece sei lá o quê, isto lendo a receita. É para cozer numa forma de bolo inglês, qual a novidade, ora essa, ainda no outro dia fiz um pão assim, mas leva couve pá, couve. Diz que é a kale, mas eu uso acelga ou assim, primeiro porque não sei onde param as couves kale, segundo porque a acelga é uma couve tenra, de sabor suave, não colidirá com nenhum dos outros sabores, antes se encontrará com eles e os apaziguará.
Os queques
parecem bons, ademais há lá por casa uma boa meia dúzia de caixinhas com framboesas, há também chocolate branco, ademais em cima do ademais anterior, pois que o dito fruto e o dito doce são um casal que se dá bem e coiso.
A tarte
de maçã chamou-me a atenção pelos pingos de gema e açúcar que recebe antes de ir ao forno. Já se aperceberam bem do que é preparar toda uma tarte, toda, quero eu dizer de raiz, a massa, o recheio bem temperado e tal e coiso, e depois pingarem uma espécie de gemada antes de? Não, pois não? Ora bem, então é isso.

Explanei hoje as receitas que constam na bolsa do caderno azul porque o post estava grande, o que normalmente não me demove, mas queria dar destaque às minhas considerações acerca destas receitas. De maneiras que olhem, era isto.

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e quatro. Já gastei 61 émebês de tempo a usar as netes através do telemóvel.

Ó Gina, atan nan tenj mai nada a dzér?
Não.

Os 'rabiscos' acima, os inquiridores, é eu a ser algarvia. Os 'rabiscos', está bem?, os 'rasbiscos', que no resto é eu a ser eu.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

tradução

im =
sim

ão =
não

ois =
pois

pra case =
por acaso

de nada, ora essa =
ó pá, é tóin xiru o que acabaste de ler neste lbogue... ai perdão, blogue, não é?

Reabastecimento

O dia em que reabasteci o bloquinho rudimentar foi hoje. Vou registar quantos papelinhos ficam no depósito onde geralmente me abasteço...

40

Contudo, o reabastecimento conta com muito mais que 40, rasguei ao meio muitas e muitas folhas às cores. Quando isto acabar vou ter 800 tópicos criados. E mesmo assim nem estou a contar com os papelinhos onde registo mais do que 1 tópico.

De nada, ora essa.

No ano que vem

Em 2017 continuarei a sentir o cansaço dos que não falam, dos que procuram, dos que escrevem.

Repetição

Na foto abaixo a Árvore de Natal repete. E repetições é a parte que dá continuidade ao dominó e nos faz prosperar. Deixei ficar a repetição, afinal estamos na quadra.


Da praça

Hoje considerei elevar-me a mãe do banco hater, afinal há na maternidade uma coragem capaz de defender a prole de toda a classe de perigos. Vai daí, considerando-me mãe do banco hater, o ar da praça não mais me seria nefasto.

Das árvores

Pois é, bem me parecia que as árvores da rua mais bonita de Lisboa iam sofrer cortes nos ramos, mais dia menos dia. Nem sei como ainda não puseram a mão na árvore arredondada, que é aquela que encontra do seu lado esquerdo quem desce a dita rua. À oitava, aquela que encontra do lado direito de quem desce, cortaram, agora já não vigora o ramo onde prendi um recado com uma mola há mais de três anos. Na altura fiz toda uma novela ao redor do ato. Durou seis meses, até ao outono, para ser mais precisa. Mais precisão ainda: prendi o recado em abril de 2013, o papelinho foi arrancado não muitos dias depois, sei-o porque o encontrei no chão, e no outono soltou-se a mola. No entretanto, lá ia eu esmiuçando o assunto, assim como se fosse muito importante, vá, que eu, escreva o que escrever, faço-o sempre como se fosse muito importante.
Já a árvore amarela, pois que não consegui perceber se lhe foi retirado algum ramo, num repente pareceu-me que sim, mas se insistisse em olhar para ela tinha o sol como inimigo, não quis aproximar-me por conta do pouco tempo que hoje tinha para deambulações.

Do momento

Mulher passa mão fria em cabeça quente de homem. Homem conclui 'é fixe'. Mulher conclui: 'está um frio que não se pode mas é fixe'. Mulher ri: 'rá-á!'

Próxima tentativa

É do tê-pê-á que venho falar agora. Acontece que lá expleliu ele o papelinho do costume às duas(h) e um(m) e doze(s) deste dia incrível que acontece aos vinte e um de dezembro de dois mil e dezasseis. Acontece que lá expeliu ele o papelinho também com o anúncio da próxima tentativa deste género, que consiste em saber se a gente anda a passarinhar pelo estaminé de madrugada... Não é nada, ora essa, é para ver se o tê-pê-á está vivo e de saúde. E está. Ou tem estado. Pois. Obrigadinha 'migos. Mas a próxima tentativa, dizia eu, é que o papelinho revela vir a ser à uma(h) e cinquenta e dois(m) e zero(s), aos cinco de dezembro de dois mil e dezasseis, data essa que é passado e que portanto jamais voltará. Ao que parece, é o lado de lá que não se encontra em condições e precisa de tratar da saúde...

Caderno azul - aquele que a rica filha me deu - Atualização

Presentemente, tenho-o dividido em cinco partes.
Na primeira parte,
comecei logo por apontar as medidas de certas janelas de casa, com vista a futuras cortinas. E depois mais nada, rá-á!
Na segunda parte
registo tópicos para o blogue. Assim logo de princípio comecei por registar também faltas de supermercado e lembretes como o sacudir do frasquinho onde preparei a minha essência de baunilha, ou pintar as canetas santas de azul, o que afinal ainda não aconteceu. Mas pus estes lembretes no blogue, lá isso pus. Esta parte é a que menos preencho por estar muito habituada a apontar as coisinhas nos papelinhos e afins, eh pá, pronto, não me dá jeito escrever 'bem'. O caderno findando, é certo que o guardarei, logo: acho melhor apontar os meus tópicos 'bem'. E nos papelinhos escrevo parvamente, para ali lanço palavras que depois junto e formo textos montes de inteligentes.
Na terceira parte
decidi colocar locais/restaurantes a visitar. Há anos que quero ter um cantinho que apare lembretes de lugares que parecem fenomenais em fotos ou nas netes, ou ainda de passagem, sítios que se avistem da beira da estrada e assim. Pronto, ponho-os no caderno azul que me deu a rica filha. Essa parte ainda só contém um lugar...
Na quarta parte
(e esta parte é uma bolsa que o avesso da contracapa tem...)
ponho as faltas de supermercado, frutaria e talho. Tenho essa parte toda apaneleirada, mas como sou mulher não faz mal nenhum, que as gajas podem exercer a paneleirice à vontade. As paneleirices com que trato esta parte é colori-la como me apraz ou convém ou quero ou julgo, geralmente é com lápis de cor, que passo por cima das datas ou do que tem que ver essencialmente com a próxima mesa de Natal. Faço assim: divido a página ao meio no sentido longitudinal e vou apontando as faltas ao ritmo de surgirem na minha vida, risco conforme as vou adquirindo. Acabada a semana sobram sempre faltas, que copio para a metade seguinte, não sem datar, jamais sem datar e sem pintar por cima e, jamais, com a mesma cor da metade anterior ou, ainda, da página anterior. É para não cansar a vista. Ultimamente tenho até registado o dia em que visito o supermercado.
Na quinta parte
tenho dois prospetos que recolhi do supermercado, um da Sidul, outro da Vaqueiro; tenho a caderneta dos selinhos para aquisição de copos; tenho cupões de desconto de variadas ordens, tipo assim os que vêm na revista Continente Magazine e os que recebo através do correio tradicional, tenho receitas que recortei da dita revista, isto por modo a não as esquecer, bem como não ocuparem espaço na secretária. Ó pá, digamos que dispenso ter uma página com dizeres dispensáveis, então recortei o que me interessa e guardei ali. Acrescento ainda que, à data corrente, tenho apenas três receitas recortadas e que quero mesmo experimentar:
pão de couve kale, queijo feta e bacon
queques de framboesa e chocolate branco
tarte de maçã

Sim, fiz as curgetes!

Ora essa, claro que fiz. Tinha registado no blogue que as faria e fi-las. Ai credo, tanta forma do verbo fazer...
Bom.
Foi agarrar na curgete, cortá-la na vertical, raspar-lhe o meio, reservá-lo.
Foi fazer um refogado, juntar atum, o meio da curgete, temperos, dentre eles: caril - poucochinho.
Foi ir buscar o leite de coco porque tinha um pacote encetado e foi ir buscá-lo porque tinha juntado o caril e tinha juntado o caril porque me tinha lembrado do pacote encetado.
Foi encontrar um sabor agradável para o meu palato aquando do  resultado final deste preparado.
Foi colocar as metades da curgete num tabuleiro untado, recheá-las, cobri-las de queijo ralado
Foi levar uma meia hora, creio, a cozer no forno.

É muito bom.

Bolo de Manteiga de Amendoim

Já fiz, iei, sempre fiz, iei, correu mais ou menos bem, iei na mesma, e para fazê-lo, retirei a receita da revista Continente Magazine/novembro 2016. Não é um bolo extraordinário mas é um bolo bom, com gosto de manteiga de amendoim, pronto, que se há de fazer, a dita é intensa e impera em sabores. De resto, o resto da família adorou o bolo, de maneiras que, sendo assim, vou mas é fazer o registozinho bonitinho no bloguezinho e vai daí, pumba e coiso. Vou só acrescentar nesta partezinha que a receita está em cups mas eu dei-me ao trabalho de pesar as quantidades ao depois de medidas em cups, isto porque as chávenas de chá que vêm nas receitas publicadas seja lá onde for, não correspondem aos cups americanos. Ora eu usei os meus cups americanos para medir as porções em chávenas de chá, esperando que a diferença entre elas desse num bolo capaz. E deu. A receita está construída de acordo com a feitura de três bolos, ou seja: toda a massa ser dividida em três formas pequenas, logo, este é um bolo grande, logo, achei melhor colocá-lo na forma maior, com vinte seis centímetros de diâmetro, mas devia ter usado a forma de buraco, porque o bolo teve dificuldade em cozer. Claro que podia tê-lo deixado lá mais tempo e tal, só que não, mas, seja lá como for, a verdade é que aquele meio húmido até que não ficou mal... Mas o bolo é bom, é sim senhores, usei manteiga de amendoim com pedacinhos de amendoim e pensei que se iam sentir aquando das trincadelas, mas não. Vamos à receita, convertida em gramas que medi nos meus cupas, e sem três formas. Ah-á, espera lá, a receita contém um/a recheio/cobertura que não usei e que não vou registar no bloguezinho. Não vai haver fotozinha porque enquanto houve bolo em cima do prato ia pensando que não valia a pena colocá-lo no bloguezinho ou no dossiêzinho que só contém o que acho montes de especial, de maneiras que, olhem, não há foto. Zinha. Do bolinhozinho.

Bolo de Manteiga de Amendoim

Ingredientes:
150 mililitros de óleo
200 gramas de manteiga de amendoim
150 gramas de açúcar mascavado
150 gramas de açúcar branco
4 ovos L
400 gramas de farinha
2 colheres de chá de fermento em pó
100 mililitros de leite
Confeção:
Numa taça, misture com a ajuda da batedeira o óleo, a manteiga de amendoim e os açúcares. Quando estiver bem envolvido, adicione os ovos, mexendo bem entre cada um. Por fim, junte a farinha, o fermento e o leite. Deite a massa numa forma untada e enfarinhada e leve a meio do forno a 180º durante 45 minutos.

Novidade

Tudo pode ser novidade, portanto: hoje e agora não chove em Lisboa.

Cahecol (porque hoje é o primeiro dia de inverno)

Dias dum Ginásio

Ó pá, ontem foi tãobomtãobomtãobom quando, depois do treino, agarrei na minha roupa na disposição de me vestir e... verifiquei que estava quentinha. Ó pá, foi tãobomtãobomtãobom. É que o cacifro calhado a esta que escreve fica juntinho da caldeira. Ó pá, foi tãobomtãobomtãobom.

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e cinco. Já gastei 59 émebês do tempo disponível para andar nas nestes através do telemóvel.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Planos natalícios
ou então
Planos comelícios

Ao momento já sei que na Consoada-24 vou fazer:
Bacalhau em cama de Batata-Doce, com Camarão (receita imaginada e nomeada pelo Luís)
Bolo de Chocolate com Merengue (receita retirada da revista Continente Magazine/dezembro 2016)
Broas de Batata-Doce (receita retirada dum prospeto da Sidul que recolhi no supermercado)
Gressinos Com Tomate Desidratado em Azeite (receita retirada da revista Continente Magazine/novembro 2016)
Trufas de Chocolate de Leite (receita retirada do Canal do Youtube La Dolce Rita)
Trufas de Chocolate Branco (receita adaptada por mim, com base na fonte do item acima deste)

Banal

Sim, às vezes penso assim: 'porra, sou mesmo boa nisto de escrever'. Contudo, na maioria das vezes em que escrevo, abstenho-me de inchar o peito, prefirindo inchar as banalidades. Serei banal? Geralmente considero que sim, mas isso é porque não me aguentaria viva doutra maneira. E se eu não soubesse escrever banalidades, como desejaria as Boas Festas aos leitores?

A mulher exagerada

Verifico, com enorme prazer, que ainda este ano reabastecerei o meu bloquinho rudimentar com folhinhazinhas profissionais e/mas obsoletas.

Canequinha & Polvo

Cairam os ímanes do frigorífico. Da canequinha, o íman soltou-se com a queda, do polvo, um tentáculo partiu-se com a queda. Oh. A canequinha veio de Ponta Delgada, o polvo de Roma. A canequinha foi o Gualter que ofereceu à família a que pertence esta que escreve, o polvo foi o rico filho que ofereceu com o intuito de haver mais um tira-caricas em casa. É que o polvo tem na tola um abre-garrafas, que é a mesma coisa que um tira-caricas, pelo menos neste post, é.

O (nem sempre) fantástico ouvido do rico filho

Esta música está mal produzida.
Hum, porquê?
Porque se ouve muito os instrumentos e quase não se ouve o rapper.

Está uma torneira a pingar.
Hum, eh pá tens cá um ouvido!
Não, só não sou surdo.

O rico filho veio cá ter com a gente. Quando o avistei do outro lado da rua já eu sabia da sua visita, de maneiras que me pus a falar de longe:
«Vim por aqui só para te ver! Vê lá tu a importância que tens na minha vida!»
«Não ouvi nada do que disseste, mãe.»
Repeti mas não repito no texto.
«Ah, muito obrigado.»

Programação televisiva

No programa Alta Definição da SIC, em certa altura da entrevista a Salvador Martinha, comediante de topo ao momento deste post, diz que todas as pessoas são material do bom para fazer comédia, que todos somos ridículos. Olha, pensei eu, que porreiro, então não é que eu concordo plenamente com esta ideia, ó pá que fixe. Vá, agora a sério, concluí isso há qu' anos, eu própria caio regularmente no ridículo, isto para não chamar aqui ninguém. Alguém querendo descrever comicamente a minha postura no lugar da musa - o livro aberto, o olhar absorto no fim do fundo de mim mesma, o bloquinho rudimentar a ser preenchido apressadamente – faça favor de entrar por aí.

Lugar (que também pode ser) da musa

Hoje, nada de septuagenárias, antes um casal na mesma faixa etária. A mulher pediu uma favorzinho à menina, que, solícita, lho fez. Era um chocolate que ela havia comprado para o 'garoto' e colocara apressadamente no bolso do casaco, o que o fez derreter. Comentou com o homem a estranheza daquilo, uma vez que está tanto frio. Foi difícil não pensar cá para comigo 'que mulher quente'. Sucumbi ao pensamento, na verdade.

Os meus pais

Os meus pais vêm passar a Noite-25 connosco. A minha mãe já me telefonou a explicar tudinho.
Olha filha, a gente vai aí, dormimos, e depois vamos para casa. Vais levar a gente?
Vou, mãe, podem descansar.
Ai filha, este ano é o último...
Mau, já começa o raio da conversa...?

Ironia

Na rua, frente a uma dessas casas que vendem sorte, um jovem raspava um cartão sofregamente. A piada está na expressão que ostentava na sua camisola: not lucky.

Tempo

Notícias do tempo disponível para gastar nas netes. Ou por outra: do tempo gasto. São 53 os émebês que gastei até hoje.

Medicamento

Acabei de tomar um grama de paracetamol. Ambiciono portanto melhoras em breve.

As horas que eram

Eram dezanove e trinta no Atrium Saldanha, quando notei que a gigantesca Árvore de Natal tinha uma saia até aos pés. Sério. Não se lhe via o tronco. Hum, ok, vá, era uma árvore artificial, pra quê construírem-lhe um tronco?, mas é que não se via se tinha ou então não, por conta da saia que não era saia nenhuma, ora essa, era mas era os ramos. Artificiais.

Almoço d' ontem

Ó pá, tenho de registar o almoço d' ontem por conta de ser tão especial.
1 codorniz frita
1 puré de cenoura
1 laranja natural
3 figos secos
1 café amargo

Leitura d' ontem

Fui uma leitora francamente boa quando me pus a ler o livro em pleno Centro de Saúde, iei, lendo avidamente enquanto aguardava a chamada para a consulta, iei, eu que nunca conseguia ler em esperas do género, iei, pois que pumba e coiso, iei.

Livro do momento: 'Romance de Cordélia', Rosa Lobato de Faria

Pilhas

Para além dos papelinhos com lembrete a dizer 'pilhas ruins' e 'pilhas boas', pois que agora tenho mais um patamar, que é o das 'pilhas mais ou menos boas'.
As primeiras é quando a máquina fotográfica – que por acaso também filma - montes de espectacular se recusam a filmar, mas contudo conseguem ser fixes no sentido de tirar fotos ou deixar-me ver os filmes através dela.
As segundas acontecem quando recoloco as pilhas ruins na máquina para - lá está - tirar fotos ou ver os filmes.
As terceiras foram necessárias por conta de, às tantas, haver necessidade de retirar umas pilhas que já tinham dito que não queria filmar mais, mas perante as quais eu ainda não havia insitido que filmassem, daí o 'mais ou menos boas', é que nem ruins nem boas.

Aos vinte de dezembro de 2016

Esta é aquela altura da minha vida em que posso dizer que tenho quarenta e oito de duas maneiras:
em anos de vida - 48
em subscritores no canal – 48
Um dia tudo mudará...

Ó Gina, já compraste as calças? (já)
Ó Gina, já compraste o porta-canetas? (já)





Primeiro

Bom dia. São onze e vinte e dois. Quem tinha saudades dos meus bons-dias ponha o dedo no ar.