segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Previsão

Logo vou ao Ginásio. (mudo o tom e repito que) Logo vou ao Ginásio. Logo vou comer sopa. (mudo o tom de voz e repito que) Logo vou comer sopa. Logo vou dormir. (mudo o tom de voz e prevejo que) Mal. Presumo. Liberto o tom de voz dos parênteses e deixo-me mas é de prever a noite. Não quero escrever. Mas quero, e tanto. Para quê o blogue, então?
Estive, portanto, numa conversa comigo só. Este só não é de solidão, é de somente. Ah, e é monólogo, já que conversa implica duas cabeças.

sábado, 28 de setembro de 2019

Protagonista

Ainda não vi a menina sorrir. Tem o olhar carregado de curiosidade e expectativa… Que quase são a mesma coisa, é verdade. Ou são mesmo, dada a pouca idade da protagonista deste post. Pousa os olhos em mim, do modo que já expliquei, acho que me espera, só que eu tenho o aparelho vocal enferrujado. Temos que esperar, 'miga. Ambas.

De quando foi (caderno) diário

Olha a preguiça de manuscrever. Olha a caligrafia. Agora ando numa de comer letras, quero eu dizer dispensá-las. Hedionda, a caligrafia. Sim, exagero, que às vezes é tão bem bom. Ai. Desconforta bastante rascunhar na última linha do caderno, a mão deixa de ter apoio, ou o braço.

A propósito da

A propósito da condução que está no post anterior, há dias andei ocupada em tarefas invulgares. O rico filho precisava de boleias porque o carro dele ia ter que ficar algures e, num outro dia, actuaríamos no inverso caminho, que é o de casa. Dele. Quer então isto dizer que, tanto na ida como na vinda, eu seguia atrás, e foi giro, ó pá foi tóin xiru! O rico filho é um condutor do caraças. Mesmo. Rápido quando pode sê-lo, perspicaz, certeiro. És fantástico, puto. Se eu não fosse tua mãe ia achar-te diferente, e para menos bom, pois claro, é que as mães exploram demais as coisas dos seus ricos filhos.

Condução em post 2 em 1

A relação com o meu
automóvel de matrícula portuguesa é tipicamente feminina:

Gosto aos bués de velocidade
(Tenho a mania que) Sei conduzir muita bem
Sou uma naba do caraças a estacionar
Nunca deixo o automóvel engatado





Ida
Loures ➡ Mértola, 241 kms
Algodonales ➡ Las Chapas, 109 kms
Igual a 350 kms
Total kms até Las Chapas: 621

Vinda
N 433, Espanha, 80 kms
Albernoa ➡ Loures, 227 kms
Igual a 307 kms
Total kms até Loures: 705

O total dos kms da viagem: são 1370,
mas retiro 44 por conta de uma viagem
Albernoa ➡ Beja ➡ Albernoa
que se fez entretanto, resultando daí 1326 kms


6667

Lá fui ao supermercado, com a canção do momento a martelar em dois interiores: a minha cabeça e o meu automóvel de matrícula portuguesa.
Comprei massas apaneleiradas.
Não comprei os óleos apaneleirados.
A saber:
De massas, foi umas com fibra de bambu, umas cujos cereais são o milho e o arroz, umas com... Não sei de cor, vou ver. Já fui, é de amaranto, teff e quinoa. Está bom de perceber, né? Por que raio é que eu ia saber de cor que o pacote de massas diz que as massas são de coisas com estes nomes, né?
De óleos, seria um de sésamo, um de abacate, um de grainhas de uva. E há coisas que eu não entendo na Língua Portuguesa, por que é que grainha não tem acento no i se a gente mete lá toda a entoação, intenção, exaltação?!
Foi fixe ir ao supermercado, comprei o necessário, o desnecessário e até o supérfluo, mas tinha a cabeça zonza e os olhos quentes. Pronto, são coisas que me acontecem, já sabem que sou uma pessoa especial, cheia de questões interessantes. E até originais.

6666


6666 posts

de nada, ora essa
é prazer puro e só
somente

A cores

Esta foto é um daqueles casos em que me esforço imenso para não a publicar de rompante; para ter um assunto, mas não lho encontro, ademais já publiquei o clique, embora com outro filtro e tal e tal. Portanto vai mas é parar ao blogue já a seguir, falo das cores que tem, que são de filtro também, do qual gosto muito, mas sem assunto nenhum.
– e nem estou a falar de assuntos cheios de sabedoria, mas dos que são assuntos e pronto, pois, se eu publicasse somente sábios assuntos, presumo que nada publicaria -
Deixo então a foto em questão, que já se me acabou a conversa. O assunto.





Zodíaco

Não creio nem descreio nos desígnios de quem crê nos astros, ou na posição deles para orientar a vida. Dizem, ainda, que quem nasce numa data é assim e quem nasce noutra é assim e quem nasce e quem nasce e é assim e assim. Sei lá, estou ali naquele lugar super confortável, nem pão nem bolo, nem assado de borrego nem cozido de grão, não enjoo, não destoo e tal e tal. Pá, a gente sabe lá, né? É. Bom, exposição feita, venho contar de quando fui notificada via Facebook acerca do aniversário de um conhecido, coisa acontecida em Julho, que é também o meu mês de aniversário. Juntei o Julho ao Caranguejo (sou tão boa no zodíaco que tive que ir ver como se escreve Caranguejo, indecisa que estava com a presença ou a ausência do i no seguimento do é) e lembrei a postura do dito senhor (que é alguém que não conheço assim tããããão bem), querendo descortinar se ele é dramático e chorão. Como eu. Hum. Lembrei que é uma pessoa emocional, tem um jeito especial para conhecer as pessoas em profundidade, lida com elas mediante os seus feitios, quero eu dizer que se adapta. Pois. É isso. Hum-hum. Logo eu, que nem ligo nada ao zodíaco, ao sol e à lua, ou coisa assim.

Hoje é sábado

Hoje é Sábado e o texto abaixo foi escrito ontem e devia ter sido publicado ontem. Sobre o motivo de não, olhem, são as circunstâncias da vida e, ademais, não tem pilhéria nenhuma por que não foi publicado na data de escrito, por isso omito. Eis o:


Hoje é dia, acho eu, de desejar um muito bom fim-de-semana às pessoas. Contudo, na Radio disseram que é dia de decidir (ou partilhar, não tenho como ser precisa, e não lamento) o que se vai fazer no fim-de-semana. Ora bem, eu, vou fazer compras várias, meter a cabeleira na mão da cabeleireira, fazer um bolo de queijo mascarpone e creme de limão, arrumar e limpar a casa, conversar largamente com a rica filha e afagar e passear o cão.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Vestido verde

É claro que a mulher de vestido verde espampanante que atravessou o posto de abastecimento tinha que entrar naquele Mini com lista no capô.
É claro que vim até casa com esta preciosa informação ebulindo na minha cabeça porque naquele momento era impossível apontá-la em algum outro lugar.

Abraço

O meu colega mandou-me ir passear porque um fornecedor lhe anunciou telefonicamente que estava mesmo a chegar só para lhe dar um abraço e ele não queria nada que eu os visse nesses preparos. Não tenho a certeza de conseguir transmitir ironia na ordem do meu colega, afianço agora: há ironia, pois. E, para que conste, o segundo cavalheiro deste post levou mais de duas horas a chegar ao estaminé, e chegou esbaforido e queixoso do trânsito em Lisboa. Com esta disposição acabram por não dar abraço nenhum, acontecendo, também e porém, que o meu passeio não demorara tanto tempo assim. Na frase que acabastes de ler, pouco me importa se não haveis encontrado ironia.

Não lhes

Há pessoas naturalmente simpáticas, há pessoas que sorriem só por isso, sai-lhes, e há pessoas que me sorriem e eu não lhes sorrio de volta. Isto, se for na rua e não as conhecer, calha portanto de nunca as ter visto, vá, e se sorriem e a gente não se conhece eu parto do princípio que o sorriso não é para mim. Há dias, ali para os lados da árvore amarela, passei por duas jovens que estavam sentadas na soleira de uma porta, aparentemente descansando da marcha ou então de algum trabalho. Ambas me sorriram, mas mais uma do que a outra. Era mesmo para mim, o sorriso, uma vez que a mais sorridente tinha a cabeça levantada na minha direção. Não sorri. Nada. E vou deixar-me disto, foi por conta do sorriso despretensioso daquela jovem que decidi mudar.

Premência

A pessoa sente uma premência, a de ter as mãos bonitas, e, para isso, toca de ligar para a Carminho 'olhe lá, tem vaga para mim?' e mais não sei o quê, e ela salta de lá com a resposta 'ah, é que estou de férias e tal...'
Eh pá, a sério, já me viram isto?

Post monetário

Caso:
Tenho um porta-moedas novo
Ação:
Retirei as moedas do porta-moedas velho
Resolução:
Encher aquele de moedas

Gina, a (ainda assim...) recentemente chegada ao maravilhoso mundo das magras

O mundo das magras é deveras maravilhoso, mas depois ocorre uma drástica diminuição no número de peças de roupa capazes de fazer boa figura no corpo desta que escreve. Vai daí, durante o Verão, tive ideias fantásticas. Abro então o leque e...


Começo com o apurado e todavia corriqueiro sentido prático:





Continuo com o modo tolo e portanto impróprio:





Finalizo com o modo romântico mas com o porém de ser considerado fora de moda:


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Latim

Ia ver o latim, ia. Chegava lá e perguntava então 'migo, que tal vai isso, e ele respondia de acordo com o que espero, que vai bem e que saudades minhas. Mas, avistando de longe, vi o redor cheio de pessoas a fingir de eufóricas mas participativas, quiçá militantes, vulgos praxes e batinas, vá, e desisti da visita. O bom destes meus amigos é que estão sempre lá para mim, portanto fica para uma próxima vontade.

Escrito no wc público, lugar de temores vários

O pingo cai do nariz, se não cair dos olhos. A grande questão é se será o mesmo pingo.

Fazer

Não é fazer mais do que se está à espera , é fazer o que não se está à espera. É difícil, é, porque é contar com o outro e, a bem dizer, que graça é que isso tem?

Não gostas

É por isso, então, que escrevo.

Coisas boas

Era o que faltava
Era as coisas boas
Serem uma coisa só de
Sentir no, e porque, é Verão
Não
É no Outono, quando o sol ainda aquece
É no Inverno, quando o sol aparece
É na Primavera, quando o sol já aquece

Manhã,
Outono

Está cada vez mais escuro,
à mesma hora.

bom dia

é olhos
é lábios
é dentes
é filtro

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Dias de um Ginásio

Ao começo da aula de Stretching, na hora de escolher o lugar, e cá por coisas, escolhi um na parte mais afastada do espelho. Um colega de sala, vendo que por causa desta minha escolha ia ter que se pôr mais lá para a frente, onde se veria ao espelho, onde se queria ver ignorado pela professora, onde, sobretudo, não desejava sentar-se, mas é que nem mais nem ontem.
- Não quer ficar aqui à frente? É que é melhor do que eu!
Convidou barra elogiou ele. E eu que não, com sorrisos cúmplices, hoje não.
- Então não me copie!
Lembrou ele, continuando a brincadeira. E eu que não, com sorrisos cúmplices porque não arranjo uns num outro género, ah pois não. Ora bem - aclarar de garganta - eu - pigarreio levemente - sou boa - pigarreio ainda um pouco - nos alongamentos. E desmancho tudo já a seguir: não é preciso ser grande coisa no estiraçar dos músculos para ser melhor do que aquele meu colega de sala. Ah pois não.

Bloquinho rudimentar

Ontem havia esquecido o meu adorado bloquinho rudimentar lá em casa. Chegou a sexta-feira e retirei algumas inutilidades de fim-de-semana, em qual lista se insere o personagem principal deste post, sendo que, para suprir a falta, fui usando um dos rolos que me andam pela secretária, e acerca dos quais já falei aqui. Obviamente que, para retirar um, vai que escolhi o de cima, ai que espanto, né?, e descobri as folhas de que falo no supra hiperligado post, que estão secas e bonitas. A ver se amanhã malembra de fazer prova do que digo com pixéis.

Lanchinho

De lanchinho: duas pêras. Duas. Porra, estou cá uma lambona!

Ah-rrá!

Gancho

Lisboa, Lisboa


Esta é a minha canção triste do momento. O videoclip surpreendeu-me pela positiva, para já: é Lisboa - Lisboa, Lisboa, a minha - linda, colorida, usada, para depois: a cantora dista dos padrões de beleza que quase esperamos das cantoras pop. É simplesmente uma jovem a cantar uma canção triste e a andar pelas ruas de Lisboa.

Fan tás ti co.



segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O último, que foi ontem, e o primeiro, que é hoje. E podia intitular este post de 'Segunda-feira' para seguir a linha de montagem dos últimos dias mas nã mapeteceu. E o último e o primeiro com que comecei esta conversa é precisamente ontem ter sido o último dia de Verão e hoje ser o primeiro dia de Outono. De nada, ora essa.




A foto de cima, apresento-a a preto e branco porque já é Outono e. E declaro que ainda pensei apresentá-la toda colorida e mais não sei o quê, mas, como é Outono e. E ademais, combina com a foto de baixo, que é como que contraditória porque era Verão - Verão, Verão - e praia e Mediterrâneo e. E apliquei-lhe aquele tal filtro de que gosto tanto, o Impacto, o que destrói, então, o Verão e. E é Outono e. E estou a contrariar-me o discurso, o post, a ideia, a história e.



domingo, 22 de setembro de 2019

Domingo


Domingo, domingo, não diria, que são afinal vários, mas pronto, é para ir de ovelha branca em rebanho bem comportado. Ora bem: nos dias 1, 15 e 22 (hoje), desbastei a minha abóbora-manteiga. Ainda ali tenho para futuras utilizações. Sopas, quero eu dizer. É claro que podia ser crumble, mas não, é sopas.

Domingo


É domingo e vem aí o Natal. E, por ser domingo, estive na arrecadação a tratar de umas coisas e, eis senão quando e decerto, avistei o tapete de pôr debaixo da Árvore de Natal. Trouxe para cima, claro, pois eis que vem aí o Natal. Decerto.

Domingo


Quase pareço o meu colega, com os clientes a telefonarem-me ao domingo. Tem montes de piada, admito, tanto o parecer como o telefonar.

sábado, 21 de setembro de 2019

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Lisboa, Lisboa


Praça Pasteur, cheira a favas. Pode não sê-las, mas é ao que cheira. Pode estar mal escrito, mas nunca disse que sei escrever.

Telefone antigo

No Instagram tenho vindo a ler os posts das obras que por ora acontecem na praça mai linda de Lisboa, sendo que as pessoas que tratam da Cabine de Leitura têm vindo a anunciar que a mesma não disponibiliza livros, tampouco os tem lá dentro, que isto tudo é para o bem da cidade, que esperam que não haja demoras, que não tarda levam a Cabine para algures mas que a recolocarão logo que concluídas as obras. No último post que visualizei, a Cabine estava sem nada e as pessoas que nela mandam cheias de pesar no texto, 'sabemos lá quando, quanto e se'. Pronto, era isto, e eu acho que é muito, e, bem.

A frase

Uma cliente notou a frase que escrevi num dos cimos do estaminé. Aquela da 'memória' e mais não sei o quê, aquela que, de há dois anos para cá me chateia ver e ler e saber que está ali, caraças pá, mas por que raio é que me fui lembrar de pôr aquela merda ali e tal e tal, já não me bastava escrever tolos desinteresses aos montes e pô-los ao fresco no lbogue... ai perdão, blogue, que é um lugar onde toda a gente pode pousar? Bom, quando pus, pus porque queria prolongar-lhe a vida, queria espalhar o meu pensar, o que seria fácil se escrevesse a frase num sítio onde, supostamente, as pessoas a vissem. De cada vez que alguém nota, então, a dita frase e a entende de modo não a definhar, fico contente. Pois foi o caso. E, de cada vez que acontece algo positivo com a presença desta frase no meu estaminé, registo no blogue como foi. A senhora disse que gostou muito e que era uma frase muito bonita, até ma repetiu, e nem estava a vê-la nesse momento, sabia-a de cor. Pode pensar-se que registar um assunto destes no blogue é vaidade, e é, mas não principalmente, é também para construir a história da frase.

Peso em contra

O meu colega tomou o peso da minha mochila e comentou que ainda bem que eu ando muito carregada porque assim, quando as rabanadas de vento se fizerem chegadas, já não vou pelos ares, de tão pouco pesada que me encontro. Chamou até contra-peso à mochila. A minha vida é um problema. Agora é que não vou conseguir manter as amizades, de magrinha que estou. Sabem como é, né?, aquilo da inveja das magras e isso. No outro dia até aconteceu uma amiga do estaminé entrar aqui e dizer que, desde que estou neste estado, a palavra inveja passou a fazer parte do seu vocabulário. Bem digo eu que a minha vida é um problema.

Almoço

Xano deteve-se na minha mesa e, atentando na minha refeição, perguntou se agora sou vésgane. Pronto, isto do vésgane é uma gracinha à qual decerto acho graça, não é que muita, mas acho. Não vos vou maçar com a totalidade do conteúdo do meu prato naquele momento, mas asseguro-vos que o mais que por lá se via era alface.

Canetas americanas

Se já veio a minha caneta americana? Já pois! E duas! Duas! Têm o logotipo The Salvation Army, pois que pronto, aqueles amigos são oficiais destas lides religiosas. Olhe, têm então o tal logotipo, são vermelhas e brancas e escrevem a azul. Elas escrevem a azul. Ah ah. São também confortáveis, não vão até à ergonomia mas têm um desenho adaptável às curvaturas que a pessoa, neste caso eu, tem na mãozinha. Um dia destes ponho aqui uma foto, ou, quem sabe, faço um vídeo. Nada como fazer um vídeo anunciando a chegada das canetas americanas mais a mostra das mesmas, né? Claro que é. E também é que as canetas andam pelo estaminé.

Carvão e, ou, madeira

Retomar um gesto antigo pode ser, por exemplo, afiar um lápis. O carvão é giro de gastar, gasta-se, a gente desbasta a madeira, gasta-se, desbasta-se. Eu, neste post, amiguei-me com as vírgulas.






Ah, e sim, andei a brincar com os filtros, ó pá tóin xiru!

Lanchinho

Antes de lanchar andei às malucas com pacotes de frutos secos porque era o que o meu colega queria de lanche e eu, como não tenho ideias nenhumas, aproveitei o ensejo. Ora pousava os olhos no que dizia tex, ora no activ. Como ainda não me havia mexido nadinha nadinha nadinha, decidi-me então pelo activ. O pacote tem lá dentro passas de uva branca, bagas de goji, amêndoas com pele e cajus torrados. Pronto, não é nada de especial, ainda por cima diz o pacote que pode – atenção: pode! - conter vestígios – atenção: vestígios! - de amendoins e de frutos de casca grossa. Ou seja, metem para ali uns pózinhos do baratinho deste grupo alimentar, faz um tudo-nada de peso, que em milhões de saquinhos perfaz um tudo-em-muito. É lucro. É negócio. É logística. Ah, há também o mediterrâneo, que o meu colega diz ser o melhor e disse que pena não haver desses.

Salões

Tenho ainda o costume de levantar o olhar até à janela onde dantes assomava a Carminho, isto aquando do bom tempo, pois claro, que, aparecendo, a tempestade ou a mera chuva, era tudo recolhido. Ela mudou de salão, felizmente para melhores lides e questões, o lugar é até maior e melhor e tudo e tudo, de maneiras que não é que entristeça toda eu só porque a Carminho não assoma, até porque, no mais, a gente as duas continua iguais no trato. Gosto de ver a Carminho feliz no seu novo lugar, na primeira vez que lá fui vi-a toda satisfeita, apresentando-me o seu cantinho, e entretanto fui notando que se dá bem com as gentes de lá. Tem até novos produtos para satisfazer os clientes, um creme gelatinoso que me coloca nos pés antes de eu os mergulhar na água quente, bem como um creme esfoliante para depois de tudo o que me sobra em unhas e peles ter sido retirado. Adentrando: o primeiro amacia o que supostamente está a mais, facilitando a saída; o segundo retira o que lá queria lá ficar na mesma. E os pés ficam melhores, tão melhores, olarila.

Lembrete pelo eventual e certo

Tenho que apontar no livro dos gelados que o de lima dispensa o passador para reter as raspas. Inicialmente pensei que a recomendação se devia à eventualidade de as raspas conferirem um certo amargor ao gelado, mas não, não conferem. Pode ainda a recomendação advir da eventualidade de algumas pessoas sentirem um certo desconforto com as raspas de um lado para o outro dentro da boca.

O livro de que falo neste post é 'A Vida Secreta dos Gelados Caseiros', Rita Nascimento

De visita

A propósito de árvores, visitei a árvore amarela há dois dias, 18 de setembro. Usando o muro do túnel, apontei no caderno que eram 10 e tal da manhã e que estava debaixo da árvore ex-arredondada, tendo a árvore amarela do meu lado direito, mas assim um bocado afastada.

Bom dia!
No dia da árvore holandesa
estava um dia destes,
névoa, chuvinha e frescor.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Abacate

Quando me viu torcer o nariz à idade dos abacates, o nepalês da frutaria sorriu e, com malícia, argumentou:
Velho é bom.
E eu, de ensejo, esclareci:
Sim, velho é melhor do que novo, mas muuuuito velho não é bom.

Estilhaços

Disse à senhora que lá estaria no dia tal e lá estava eu, tal e qual dissera. Podia até ter-lhe assegurado essa informação, que não estilhaçaria a minha reputação. Eiche! Ficou mesmo bem, esta poesia. Estilhaçaríeis e estilhaçásseis é que são formas quase inúteis, por isso as vejo tão belas, mas eu fazer poesia com essas já não vai dar, não sou assim tão boa.

Folhas

No domingo, quando aos figos, arranquei três folhas de um arbusto, que são verdes e cor-de-rosa. Uma está amarelecida, o envelhecimento chegou-lhe antes das outras duas. Ao trazê-las, a ideia era fotografá-las, sei lá, junto aos figos, por serem do mesmo momento, ou coisa assim e, para as manter lisas, logo ali, ao pé da figueira, coloquei-as entre as folhas do bloquinho rudimentar. Mas esqueci-me do intento durante todo esse domingo. Quando me lembrei retirei-as então de lá. Estavam mais ou menos direitas, quando as apoiei no teclado. Considerei que ficavam bem aí, contrastantes e tal, se, para mais, em retrato. Mas vai que desisti. De tudo. Neste momento repousam, encavalitadas, por entre dois rolos da impressora POS, os quais encavalitei também, um meio gasto, e o outro gasto um poucochinho, oferecendo-me assim dois diâmetros diferentes.

Sulco

No fundo das caixas de parafusos está sulcado um desenho igualzinho ao símbolo que aparece nos vídeos, onde clico, se quero minimizar a imagem.

Monitor

Estive a limpar o monitor do computador do estaminé, aquele onde escrevo a maioria dos posts absurdamente lindos que habitam o meu blogue. Já lindo sem absurdez seria o filme que eu queria fazer, mas não fiz, e que faria com aquela situação do lapso de tempo a 16 por 1, enquanto o limpava, só que me aconteceu a verdadeira tragédia de não haver pouso para o telefone enquanto captava a limpeza propriamente dita. É, a vida de uma youtuber é deveras difícil de gerir.
Entretanto, olhem, fica aqui a novidade: tinha deixado cá a minha pen com todos os meus rascunhos pré-blogue. Este esquecimento, em tempo idos, teria sido um verdadeiro descalabro, uma tragédia, mas em grego, que é para ser maior que a supra referida. Teria. Dos posts que estavam lá dentro, nenhum era para publicar no blogue ontem à noite, afinal fui fazendo a minha contribuição ao longo do dia através do meu amado telefone, Mas, reforço, isto, noutros tempos, era o descabelar, o arranhar.

Post com título

Hoje dormi mesmo bem e tudo tudo e tudo. Ca prazer. Bom dia para vós, voto. Pronto, gosto de palavras parecidas em voz e corpo, a aparecerem de seguida. Não é bonito nem esperado. Bem, cá pra mim dormir bem fez-me bem.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Incrível história sem vírgulas

Eu procurava uma saia no meio de muitas numa loja de pronto-a-vestir mas o expositor estava tão cheio que uma t-shirt resvalou do cabide e  foi até ao chão.

Bacon, ou coisa no género


Eu, agora, tudo quanto vá da entremeada às demais grossuras (pode ler-se gorduras, em querendo) suínas, não está a descer.
Ontem, de jantar, comi cinco fiapos de peito de frango e hoje, de almoço, outros cinco fiapos desceram, mas de pato.
Estou aqui cheia que nem um ovo.
De porco, claro.
Ah, e ai a porra das vírgulas.


O foco

Conselho do senhor doutor: Foque-se nas coisas boas. Foca-te, ó Gina, mas é, digo-me eu. Tenho tentado. Tentado não chega, e nem foi o senhor doutor que disse isto. Tenho feito. Não é para fazer, também é pensamento meu, este. Tenho-me focado em focar-me em coisas boas. Não posso desistir, mas. Porra.


Teclado

O SwiftKey poupou-me 100,000 batimentos de teclas!

O meu amado telefone faz concorde com as netes e depois recebo notícias de poupanças que me acontecem em números de batimentos de teclas. Isto talvez tenha acontecido porque ultimamente escrevi aos bués através do telefone. Quero eu dizer nas férias e isso. Ah. Ah, eu li aquele número como sendo cem, que não mapeteceu tirar o que está à direita da vírgula e a vírgula. Pá, e convenhamos que cem mil... Grafómana, sou sim, mas pronto, né?

Instagram

No feed do Instagram apareceu-me sugestão de seguir o Hospital de Santa Marta. Hum, ok, vá. É o algoritmo. As hostes que lideram os virtuais que uso ligaram-se, sei lá como, com as que estão na realidade da minha vida. É que o meu pai fez recentemente a troca de pacemaker, uma espécie de actualização, vá. A internet nada sabia destas lides mas, vai-se a ver, o algoritmo usa a mesma ciência que a vida.

Post com título



terça-feira, 17 de setembro de 2019

Ao começo

Fica então o começo de época registado assim:
O aspirador do senhor é do tipo gemente. Dá até pena. Calhando está mas é de saco cheio.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Segunda-feira

Deixo uma imagem que captei na sexta-feira, 13, que é aquele dia do azar e mais não sei o quê. E não, não ligo a essas coisas, ligo é a paneleirices como, por exemplo, o Snapchat, que nesse dia disponibilizava um filtro que me fez assim:





Pá, pronto, a pessoa tinha que vir para aqui pôr uma macacada qualquer, né? Não tinha nada, ora essa, mas ponho. Além da macacada, há também o corte 1x1, há o efeito espelho porque o Snapchat capta as selfies em espelho e, vai daí, contrariei isso, depois apliquei o filtro Mercado com a aplicação do Google e a Auréola com a aplicação do telefone. Entretanto, nesse dia 13, li algures uma piadinha que constava de alguém que não teme quando a sexta-feira calha no dia 13, nada disso, antes fica assustadíssimo porque isso significa que na segunda-feira é 16 e esse sim, é que é um dia a temer. E eu, olha!, que giro!, eu regresso ao trabalho num dia desses!, será de temer? Claro que não. Cá estou. Saudades? Pá, não, mas há sempre coisas giras de rever, e até desenrolava uma data delas, mas hoje estou dura no escrevinhar.

domingo, 15 de setembro de 2019

Domingo

Já fui aos figos. Trouxe dois sacos, um com uns sete ou oito, da árvore à beira da estrada, outro cheio, da árvore escondida. Esta rendeu mais precisamente por estar escondida, poucos darão por ela, se ademais há declive até lhe chegar.
Já me lembrei qual o creme que também terminei nas férias, foi o óleo, portanto não foi um creme. Havia-mo dado a rica filha, numa de não sei quê, já foi há que tempos. Sei lá, às tantas não o curtia ou coisa assim. Ou então deu-mo porque é uma fofa, que bem me lembro de ela dizer que era mesmo bom para levar para o Ginásio, que era de spray e tanto dava para corpo como para cabelo. E até era, mas o dedo escorregava-se-me na pipeta, portanto era também aborrecido. Tanto que os últimos mililitros não foram sprayados, foram despejados. Desenrosquei a pipeta e toca de despejar.
Fiz pizza, de almoço. Bem disse eu ontem que usava o resto da salada para cobrir a massa, acrescentava tomatinhos cherry e ainda lhe punha queijo ralado e presunto. Sei lá se disse isto tudo ontem, mas da salada de véspera, disse.
Já tratei de muita louça e roupa suja, isto no sentido de a dispor nas máquinas e mais tudo o resto que convém fazer, se quero as coisa lavadas e arrumadas. Já lavei a merda das casas-de-banho. Já lavei a varanda. Não lavei nada.
Já lavei a varanda. A cozinha.
Editei dois vídeos. O primeiro é do dia 5 de Junho último, um dos primeiros dias do primeiro grupo de férias. Estou atrasada aos bués. Ando a intervalar com outros géneros de vídeos, de filtróides, de impressões das férias ao depois de já decorridas, compras, ideias, prespectivas, alojamentos. Tudo. Depois acontecem imprevistos, como por exemplo o telefone perguntar se eu quero arranjar espaço, eu dizer quero pois e os vídeos, ainda não editados, irem parar a outro local e porem-se lá tão longe que não se deixam descarregar. Só que malembrei de uma trapaça montes de espectacular para contornar esse obstáculo, carrego cada um no Youtube, deixo privado, chamo-lhe um nome que rapidamente identifique e toca de o deixar ali, esperando, até um dia.
Fiz bolo de figos. Fiz sopa com legumes. Algo com que sempre antipatizei é ouvir dizer que a sopa é de legumes. Ok, legumes, mas porra, então há-de ser de quê, né? Ok, é legumes a lembrar a horta, couves. Couves tipo lombarda ou portuguesa ou coração ou sei lá. Mas vai-se a ver e a sopa é sempre de legumes. Mas uma beterraba não é um legume?! Às tantas não, é raiz. tudo o que seja raiz não é legume, batatas, aipo, cenouras, as tais beterrabas, nabos, rábanos, rabanetes, cebolas, alhos. Sei lá.
O dia está no fim. Até o ano está no fim, quanto mais, que nos está mais de três quartos, com os dias agora a serem de noite às oito. Da noite. Ah ah. Por falar em noite e escuridão, há fotos das férias que me lembrei de escurecer. Gosto do filtro Impacto, refere o branco e o preto com muita intensidade. Já se sabe que o impactante é intenso. Impactância - faz de conta que a palavra existe, vá - e intensidade, que são coisas de corpo. Numa dessas fotos que transformei, e na altura do clique, notei as cordas em volta da boia, ao fundo os cabos dos enormes chapéus-de-sol e também o topo, tudo branquinho, e, entre todos, o chão alvíssimo. Tudo isto sobressaía e não era pouco e, quando pus o filtro, o branco não esmoreceu, embora note que o facto de o preto escurecer fortemente dá a ilusão de que o branco se expande tanto que brilha.
Gosto de empilhar forminhas de queques. Foi o que fiz às que lavei há bocado. Primeiro quatro emborcadas, depois três nos meios de uma e outra, depois duas igualmente, e uma a encimar. Gosto muito da palavra encimar. Uma vez, e isto não tem nada a ver, li algures um conselho a quem queria escrever um romance ou quisesse vir a escrever bem - ai pá, esta expressão dá-me arrepios!... escrever bem…? hum, é que escrever bem, quanto a mim, é sobretudo não errar ortograficamente - mas vá, se alguém quisesse, ou queira, escrever bem - ai que arrepio - é barrar as palavras muito e bastante. Não usar. Nicles. Sai daqui muito. Sai daqui bastante. Ah, e também coisa. Isso, coisa. É não usar. Olá, muitas coisas! Há bastante tempo que não vos via.

sábado, 14 de setembro de 2019

Sábado

Cheio de coisas, este sábado, caracteristicamente desarrumado como é um regresso a casa, quando das férias. Fui ao supermercado e comprei coisas montes de interessantes, pepino, gel para o banho e vinho rosé para as visitas de um futuro. Comprei mais coisas mas agora fico aqui. O pepino, aprendi há tempo, quer-se descascado às tiras, tipo assim a fazer riscas verticais no bicho… ai perdão, legume. É que fica giro. Depois há que cortar em dois longitudinalmente (gosto mais de escrever esta palavra do que a dizer [gosto mais de escrever do que de falar]) e passar uma colher de chá pelas sementes como quem as quer dali para fora, vulgo raspar. Não é que não se possam comer, é evidente, mas trazem muito líquido à salada. Eu tiro. Depois corto em finas fatias. O ideal seria usar o processador, mas onde há paciência?, não sei. Às vezes há, ainda no outro dia laminei o mais finamente que o processador consegue, dois talos de alho francês e um quarto de couve roxa. Depois congelei tudo junto. Pensei assim: ora se vou misturar as coisas já no processador, melhor será continuar a união para todo o sempre. Já ontem pus um tiquinho no arroz e hoje ou amanhã porei outros tiquinhos na sopa.
Ando a limpar a sala, que a pobre não é limpa desde o Natal. Pensei assim: olha, daqui por dois meses faço a árvore de Natal, vai daí, melhor será limpar já isto, visto que depois só volto a mexer nos arranjos desta divisão quando desfizer a árvore. É assim, ponho-me a ganhar a vida a limpar a casa da outra gente, mais o meu estaminé, e depois não há paciência para o meu faustoso lar.
Também fiz bolo. Bolo e queques com a mesma massa e mais ou menos a mesma fornada. Queria usar a forma que deixara forrada de papel vegetal, num dia aí em que forrei a forma errada e depois, para não jogar no lixo o que trabalho e gasto já dera, guardei na despensa, deixando a forma no mesmíssimo lugar que ocupa mesmo que não esteja forrada. Mas, como já disse, a forma forrada há semanas era a mais pequena que tenho e, fazendo o comum bolo dos últimos tempos seria demasiado, e foi, então tive a poupada ideia de forrar forminhas de queque, que encheria e blás. Aconteceu foi que os queques cozeram antes do bolo, mas sem que eu tivesse dado por isso, de maneiras que, quando vi, tratei dos queques e voltei a pôr o resto no forno para acabar a cozedura. Depois de tudo cozido, empratado e arrefecido, percebi que todos os bolinhos ficaram côncavos. Mas afinal de contas ter-lhes-á acontecido o quê? Cá para mim é a farinha já com fermento que usei. Eu bem digo, e considero, que aquela porra não presta, eu cá gosto de ser eu a pôr o fermento, mas é que no dia que a comprei era esse o único tipo que havia na prateleira do supermercado, e eu precisava mesmo! de ter farinha em casa, de maneiras que cá está. Mas não gosto nada, mesmo nada, de farinha com fermento. Para ser fofinha, confiando no fabricante e não adicionar fermento, resolvi pôr bicarbonato de sódio, numa de equilibrar a subida do bolo e mais não sei o quê, se ainda por cima ouvi (há montes de tempo) que este químico actua muito bem com o iogurte. Então não sei o que se passou para a cova que cada uma das minhas criações apresenta. Sim, sabem bem, os meus bolos. Já provei um queque e, do bolo, comi as sobras, pois quando foi a desenformar a coisa não correu bonita. Sim, comem-se nas mesma, os meus bolos. Para que é que importa o aspecto que as pessoas… Os bolos (não, não me enganei, foi de propósito) têm, né?
Tenho a sala limpa e até o corredor, oh vejam lá. Móveis, enfeites, quadros, molduras, chãos. No corredor limpei uma manchinha de sangue daquela minha queda cinematográfica. Por falar em cabeça, nela não há precisão acerca de já ter passado a esfregona (ou o pano, que eu sou mulher para viver temporadas de puro desprezo à esfregona) e, porventura, não tenha sido eficiente o suficiente para estar ciente de ter lavado o chão do corredor. E passaram quase dois meses. Também tenho teias de aranha no quarto. Estão não só aos cantos como numa das paredes.
Ah, tenho que falar dos cremes. Pois bem, terminei alguns durante as férias, o after sun ou après soleil, vulgo portuguesismo se eu disser que é um creme feito com o propósito de ser passado no corpo após a exposição solar, mas com o banho de entremeio, caso haja intenção de asseio. Eu bem tinha na ideia que era mais do que um creme terminado, mas é que não malembra que outro ou outros terminei, de maneiras que fica só assim.
Amanhã vou aos figos. Não sei se é anúncio ou previsão. Descobri agora mesmo que anúncio pode ser também algo pertencente ao porvir. Prevejo que amanhã irei aos figos. Amanhã irei aos figos, é também anúncio. Diz que amanhã chove. Alguém previu, porque estudou onde está o vento e para que lado se move, nascendo um saber. Nada se assegura, porém, que às vezes a Natureza faz diferente, só para a gente não ter a mania. Que prevê. Pois. Ah, pois.
O meu jantar foi arroz de legumes. De nada, ora essa. De almoço, amanhã, faço pizza. Está previsto, quero eu dizer. Quero dizer, não faço a pizza, antes abro uma embalagem de massa pronta e, mas, crua, e toca de lhe pôr coisas em cima. Prevejo que lhe ponha o resto da salada do almoço. De há uns tempos para cá percebi que a salada não se estraga, depois de temperada e tal, se ficar algumas horas no frigorífico. Nada disso. Até se apura toda ela. Claro que não pode ser dias de permanência, pois quando não, recoze e azeda.
Pá, assim de resto, também tratei de montes de roupa e louça suja e, numa segunda instância, tratei da mesma roupa e louça, contudo, lavada.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Olá, bem vindos a mais um post.

O Alentejo tem mais encanto na hora da chegada, mas era de noite e via-se poucochinho. De manhã, não supus que pentear-me e passar o creme à ainda fraca luz solar fosse tão poético, mas foi. Desta vez não tirei nenhuma foto. Nem uma. Nem alguma que tivesse depois deitado fora por não gostar. Zero cliques na aldeia branca. Nem fui ver o incrível lugar onde o meu pai guarda as coisas dele, as ferramentas e todo o tipo de desutensílios. Sim, desutensílios, são aqueles pertences que aguardam oportunidade de serem utilizados, só por dizer que nunca mais chega a hora e por isso é que são então os tais desutensílios, termo que inventei agora mesmo. Mas bom, não deixa de ser um lugar onde sinto fortemente a presença do meu pai, sei lá, ele está no modo como arruma as coisas, parecendo a mim que as põe de sobreaviso.


6607




N 433, 80 quilómetros
AlbernoaLoures, 227 quilómetros

Olá, bem vindos a mais um blogue.

A areia apresenta vestígios de pingos de chuva, esparsos, e apenas uma fina camada de areia está quente, logo que os pés afundam, sinto o fresco.
O tractor passou. Na bisga. Isto: se é que é possível bisga num tractor, mas a sensação que tenho é essa.
Entretanto pus-me a ver derrocadas ao milímetro. Os grãos de areia, ao receberem o calor do sol, escorregam. Se bem entendi esta ciência, foi isso o que aconteceu, o calor seca e a humidade é o que os mantém unidos.
A praia está deserta, há uma pessoa ou outra que passa mas, de ficar na praia, não está cá mais ninguém.
Tenho feito vários filmes em lapso de tempo, a 16 por 1. Quer isto dizer que em cada 16 segundos só 1 é visível no filme. Agora já não me ponho com gestos rápidos, mas até aqui era esse o impulso que sentia. Mas não, é precisamente o contrário, quanto mais lentamente me mover mais pedaços desses movimentos são captados e mais nítida e presente será a mensagem. As tais derrocadas ao milímetro também ficavam bem num filme com lapsos de tempo, mas quedar (ui, estou a ficar tão espanhola...) o telefone num pedaço de areia revolta seria difícil.


Há três quadros na parede. Nada de obras primas, ou outras obras, são meros desenhos fotocopiados à descarada, com o único propósito de preencher, avivar.
Um é de papoilas, tem três inteiras e três cabecinhas. A mim parece mesmo cabecinhas, às quais já cairam as pétalas, e não botões por desabrochar.
Outro é girassóis... Não sendo uma informação transparente, aposto nos girassóis, enormíssimo meio para pétalas estreitas, comum disparidade nos girassóis.
O outro é nãosseis, pues que no lo sei, sei lá, para mim pode ser qualquer flor das por mim desconhecidas.


Hasta la vista, sereno e cálido Mediterrâneo. Um dia torno.





Algures, mais precisamente en la carretera Sevilla - Costa del Sol, ao quilómetro 62, bebi um café que fez um montão de coisas boas na minha vida.
Algures, mais precisamente em Cortegana, entrei num supermercado. Era espaçoso, limpo e apetrechado como tenho visto poucos nas minhas deambulações mundo afora. Comprei presunto não sei quê, queijo não sei de onde, sumo de laranja natural, tarte de frango e coisas, pão espanhol já fatiado e bolos típicos da zona, aqueles de anis.
Algures, na fronteira - Rosal de la Frontera, lado de nuestros hermanos, Vila Verde de Ficalho, lado destes que são manos daqueles - notei uma vez mais que a avenida principal se chama de Portugal, o que é giro, já que temos Portugal ali tão perto, embora estejamos ainda em Espanha, e fiquei outra vez curiosa de saber se Vila Verde de Ficalho terá pago a atenção na mesma moeda, Avenida de Espanha existirá por lá? Google Maps, bem sei, lá está decerto a resposta. Ou acessar o centro da vila por mim mesma, já que a estrada principal não segue por lá.
Algures, antes disto tudo, num posto de abastecimento, saquei do telefone para tirar uma fotografia a uma série de postes com bandeiras, onde estava a de Portugal. Com o meu giríssimo - ó pá tóin xiru! - a gritar cá por dentro. Desloquei-me até ao ponto que considerei ser o melhor para apanhar o que queria e ouvi um engraçadinho dizer-me em inglês:
Pensei que ia tirar uma fotografia ao meu carro!
Respondi só que não e prossegui a minha vidinha de
blógâróiutubéróinstâgrâmére
Entretanto olhei para o carro dele, era um Ferrari não sei das quantas, que, para mim, seria imprestável, mas por que raio é que eu quereria take a picture àquilo? Olha mas é a bandeira, 'migo, vem cá ver:





quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Gina acha que pode brincar com a chave do carro. E pode.

O papagaio perdeu a pena.
As molas compõem o tamanhinho da pena.
Ou por outra: conseguem-no.

Ó pá tóin xiru!

As horas que eram

Tal como nos outros dias, já estava acordada há tempo quando me dispus a ver as horas, e eram... Tcharan!

7:44

Iei! Iei, iei, iei!

Fiz portanto um dia de intervalo neste joguinho. Pá, por ora é assim a minha vida: estou de férias, desocupada, gosto tanto de escrever que sou grafómana, vai daí coiso.
Deixo foto tirada quatro minutos depois do acordanço
dois pontos





Já agora, antes que esta vida se me acabe, deixo outra, tirada ontem à tardinha, às 20:41
dois pontos





E uma de agora mesmo, com pedacitos de tijóis (calma, eu sei que o plural de tijolo é tijolos) que recolhi da beirinha da água. Acho um piadão a estes pedacitos, pelos rebolões que dão são mais vividos do que eu
dois pontos





Nota querida e amiga da naturalidade da Terra
dois pontos
Nenhuma destas três fotos tem filtros

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Casaquinho

Tenho frio, tenho frio. Estes dias tenho tido frio. É provavelmente da água em abundância. Água do mar. Água da piscina. Água do banho. Água do creme. Água, água. E frio. Pode o frio vir da temperatura, claro, não está um calor assim tão grande. Não está calor. E eu tenho frio. Agora, só para exemplificar, estou a controlar a vontade de ir buscar o casaquinho. Ia saber-me bem tê-lo vestido.

O prego





Eu cá, nadar nadar , nado, se tiver em conta que nadar é puramente conseguir manter-me ao cimo da água e deslocar-me seja lá a que velocidade for. Sim, nado, e nado melhor do que o prego. Digo isto porque me estou a lembrar do que se diz do prego, que se atirado à água afunda logo, qual flutuar qual quê. Mas, por falar em prego, martelo melhor do que nado. Pois.


Saca-rolhas

Quando eu era criança a minha mãe fazia-me um penteado a que chamava saca-rolhas. Separava pequenas mechas de cabelo, molhava-as e passava-lhes o pente repetidas vezes - demasiadas para o meu gosto -, depois enrolava-as no indicador, deixava repousar um pouco de tempo e retirava o dedo sem desmanchar o enrolado. Desconheço quanto tempo é que o processo durava ou se era posto algum produto no cabelo, mas tenho para mim que não, dado o pouco tempo que o lindo penteado durava. De há uns tempos para cá tenho algumas mechas de cabelo que me lembram esses saca-rolhas, mas estes são naturais, tanto que nem todos os dias os posso ostentar, é só quando eles querem. Presumo que por estes dias, tenho convivido com tanta humidade que ditos não têm abalado da cabeleira.


Reclame

O George Clooney é desastrado ao ponto de deixar cair uma gota de café na orla branca do manto de uma Majestade qualquer, que lhe amanda um ralhete 'really George?', não por conta da mácula na brancura mas pelo desperdício de café. Que é do melhor, aquele do reclame. Os outros todos também, tenham reclame ou então não, mas pronto. Depois do ralhete de sangue azul seguem-se mais uns quantos, desde o produtor de café à pessoa que o colhe. Hei-de ver este reclame mais vezes e decorar as profissões dos outros, ou o tipo de pessoa que são e isso. A expressão do George é gira que se farta, parece um puto num corpo grandalhão, uma criança que fez alguma asneira e está na iminência de levar um açoite no rabinho mas sabe de antemão já estar desculpada. Os homens são peritos nesta expressão, lá isso é verdade.

Post de merda, como tantos, mas este é mais, que lhe alude.

O papel higiénico tem sulcados desenhos de balões de ar brincalhões, nuvens fofinhas, florzinhas mimosas, sóis - sem adjectivos, que não lhos encontro -, papagaios de papel sem cordel - também não lhes acho adjectivos mas ao menos rima o papel com o cordel - uns arabescos indecifráveis e umas curvas em pontinhos que, me quer cá parecer, serem as formas que três montanhas desenham num horizonte imaginado. Agora os arabescos, o que eu gostava mesmo era que fossem três semínimas, mas não são porque vai uma para o lado contrário das outras duas, ou então cabos de chapéus-de-chuva. Pode ainda ser aqueles folículos das flores, os que espreitam do seu interior e que deve ser onde está toda a história das pétalas, do caule, das folhas, da raiz. Pode ser mais coisas. Pode ser. Ainda.

Férias 2019

Escrevo mais por mim do que para mim, seja lá o que isso for, mas sinto assim, e venho registar, neste caso para mim, ainda que também por mim, que nestes dias tenho publicado alguns posts que nada têm a ver com as férias, contudo, enfeito-os com a etiqueta 'Férias 2019' na mesma, isto por conta de terem sido pensados neste espaço de tempo.

Pelar

As minhas peles estão quase maduras. Mais uns mergulhos de sal e de cloro e embrandecem de modo a podê-las arrancar. Por outro lado, a pele do corno esquerdo está parva de dorida. Atão mas não era já para a porra da cicatriz me dar descanso? Era. Mas. É capaz de, neste caso, e contrariamente às outras peles, precisar de estar mais longe da água do que tenho estado. Só que agora a minha vida é esta, e eu bem digo que a minha vida é cheia de problemas.

Sem roupa e sem filtros

Nem só de caras vive o Snapchat

Youtube

Aqui os anúncios que aparecem nos vídeos são espanhóis. Há bocado vi um de leite, via-se as vacas à hora de deitar, apagavam-se as luzes e elas deitavam-se. Mesmo. As vacas dormem? Ok, dormem, mas deitam-se? Tinha o som tão baixo que não percebi a narração mas pareceu-me que o anúncio era a querer parecer que as vacas que fornecem aquele leite são tão bem tratadas que até se deitam para descansar, e toda a gente sabe que, às vacas, o descanso as põe mui felices e tiernas.

Boniteza de chorar por mais

Ai uma menina tão bonita a chorar... Ouve-se vulgarmente. Se nenhuma menina bonita chorasse o mundo era mais seco, de certeza que ninguém ainda havia pensado nisto.

Vento

O vento é lobo, uiva. É cão com ares de lobo, uiva.

Feed

No feed do Instagram apareceu um post da cabine de leitura que se encontra na praça mai linda de Lisboa. Dizia lá que:
'Ontem, terça-feira, em final de tarde...'
E tal e tal. Pensei:
Olha! E eu tão longe! E a vida acontece! E é na mesma! E olha! E mas olha! E é sem mim! E nem precisa de mim! (e já chega)

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Minudências

Tenho um pacote de quinoa, que comprei cá. Está ali assim em cima do aparador, à vista, só porque sim. Às tantas levo-o para casa, ainda por encetar. O giro, estou agora a lembrar-me, é que: beterraba, pepino, cebola nova, batata-doce, pimento amarelo e verde, pêras e atum, foram géneros que trouxe de casa. As pêras vieram inclusive da zona das Caldas. Vieram portanto de mais longe do que eu. O resto trouxe porque ia estragar-se.
No outro dia fiz uma salada com a beterraba, que ralei, a cebola, que laminei, a batata-doce cozida que havia sobrado de uma refeição anterior, que cortei em pedaços, juntei cenoura ralada, essa comprada cá, e pumba, refeição apaneleirada em cima da mesa. Complementei com um vinho frizante, que também havia trazido de casa... Ná... Nada disso, comprei ali à frente, é bom que se farta, escorrega que é um mimo, é, em suma, aquilo que se diz: uma verdadeira bebida de gaja. Pá, e eu, nisso de vinhaças e derivados, sou mesmo gaja. Mesmo. Sabia a framboesa e eu adoro framboesas, que é um fruto fofinho e isso. Apaneleirado, pronto.
Também comprei alhos, aqui, que em casa já mal havia, de maneiras que olhem, levo daqui os que vão parecer de sobra, só por dizer que não são. Trouxe um potinho com sal, que deixo cá o sobrante. Acho eu, se calhar dá-me pena e torna a casa. De azeite tenho estado a usar o que sobra, por assim dizer, das latas de atum, é que me esqueci de trazer e chateou-me comprá-lo, sei lá, não é tão bom.
Tenho vindo a comprar uns saquinhos com frutos secos, onde consta: mirtilos, fisális, cajus neutros e amêndoas com pele. Os primeiroas dois da lista que compus são mesmo saciantes e bons, secos mas maleáveis, e ácidos no ponto. Ando a comprar à bruta, que quero levar pelo menos dois pacotes para fazer um bolo. De resto tenho comido pizzas malucas, quero eu dizer com o tomate picado e mas cru, canja instantânea, que não é o melhor do mundo, ai ca sódades da minha sopa. E ca sódades também de sumo de laranja, oh porra. E saudades de escrever. Até parece, eh pá, ora, hoje escrevi aos bués, às oito e picos já tinha um post no ar. E este post, enorme que está?

Notícias de quem se empiscinou
dois pontos

Indumentária
dois pontos

Ó pá tóin xiru!




Acima é o momento em estado puro, é belas cores, é sem filtros porque é (seria) traição não publicar o bicho com as suas cores naturais.
Abaixo são as quatro cores que me apeteceu sobressair, sendo que, a primeira, não é pertença do bicho, é uma florzinha que calhou de estar aos seus pés.




Com filtros




Foto de cima:
Pode parecer que um Pai Natal se deu ares de unicórnio fofinho e se usou desta que escreve, assim como pode não parecer que a mesma se esforçou aos bués para se pentear benzinho até parecer uma queriduxa, mas é claro que não se esforçou.
Foto de baixo:
Não tentem fazer isto em casa, dói pra caraças e não se fica com bom aspecto, deitando por terra a velha máxima: para ficarmos bonitas há que sofrer.





Foto de baixo:
E tipo assim para continuar na senda da beleza, quando se dá de caras - e é o termo - com uma cara - pois... - destas, pensa-se logo que a beleza está no interior. Isto para salvar a pessoa da desgraçada feiura que nos mostra. Desgraçada porque obviamente o mundo é dos bonitos e a beleza é afinal o que mais importa.
Foto debaixo da de baixo:
Nesta junto um cliché que resume tudo: ^^às crianças qualquer trapinho fica bem^^




Quase cruzamentos




Marcas de pneus são sempre giras de ver num areal. Estas deram-me a ideia de um quase cruzamento. Mas mais giro foi ter visto (ontem) o próprio veículo, que é um tractor com reboque, cujo condutor tem que ser um perito em orientação de espaços, que o areal é estreito em certos pontos e ainda há que contar com a imprevisibilidade das ondas, por muito calminho que o Mediterrâneo estivesse (ontem) eh pá, prontus, a Natureza é soberana.