sábado, 30 de janeiro de 2016

Ó pá tóin xirú!

Era para ser munto xirú, era, mas não deu para. A imagem é muito estreita, e agora não tenho pc com programa para a alterar, alargá-la e isso, portanto fica para depois. Seja lá como for, fica o registo do vídeo...





E da imagem em questão.


Qual quê...?

Bolo- Rei... Qual quê...? Sei lá se pode chamar-se tão ditoso nome àquilo que tenho dentro do forno neste momento. Pois, é que o gajo nem cresceu nem nada, era para aquela bola que eu depositei na taça crescer e ficar uma bola, ou um bolo?, agora estou confusa... Olha, era para ficar uma bola, pronto, com o dobro do tamanho, mas qual quê, cresceu uma coisita de nada. Agora lá está, no forno, ao calor. É que nem é uma argola nem nada, que a massa de tão rija, não permitiu grandes massagens, sério, ó, maleabilidade: zero. Fiz um rolo e olha, paciência. Será falta d' ovos? É que os ovos afofam as massas, não é. É. Eu às vezes finjo que percebo à brava da confeção de bolos e doces, mas a verdade é que me acontecem estas coisas que estou em crer que acontecem para me baixar os cornos. O forno há-de estar quase a apitar, quero dizer, a campainha do forno, trrrrrim, é isso, o forno é mudo, o exaustor não, estou a ouvi-lo daqui, quero dizer, o forno não é mudo, o forno faz barulho, o gás a ser queimado e isso assim, quero dizer, então assim o que faz barulho é o lume. Mau. Bom, ao menos que o bolo... quero dizer, eu já sei que o bolo é denso, pois, deu para perceber só com o segundo amasso, não é. É. Ao menos que dê para comer, vá lá, mesmo que só com um niquinho de prazer, hum.

Fui
Fiz
Pus

Fui ao supermercado e
Fui fazer filmes.
Fiz um para lá e
Fiz um para cá.
Pus um no lixo do pc e
Pus outro no lixo do pc.

Primeiro

Boa noite. São dezanove e doze.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

verbo tar

eu sou uma pessoa realista mas quando
tou com ele
tou nas nuvens

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Dias dum Ginásio

Estou tão cansada, e não tarda vou daqui para o Ginásio, Pilates, mais toda uma série de pequenas tarefas, do Ginásio para casa, mais toda uma série de pequenas tarefas, ate´no caminho encontro tarefas. Estou tão casada, sério, e não é só de me imaginar de volta dum milhão de pequenas tarefas, é mesmo porque estou cansada. Tão.

Pedacinhos

Ao fim do dia conservo num dos molares da queixada de baixo não só o que revelo no vídeo, como também sementes de quivi e pele de laranja. É ouvir o vídeo. E ver. Sim, ver, que aos quarenta e dois segundos há levantar de voo duns pombos que, para tal acontecer, falo disso do voo, tinham de estar pousados. Não sei... Estariam...?








Não.

Lugar da musa

O moço que tira os cafés hoje estava todo penteadinho, deu-me a ideia que se tinha arranjado muito bem, andado de roda do esmero e do brio. Bom, a dada altura, por entre os meus rabiscos, eis que o vejo aproximar-se da minha mesa. Agarrou na louça suja, que eu não tinha sujado, já lá se encontrava quando me sentei, eu até podia ter escolhido uma mesa vaga de louça suja, mas é que gosto daquela, é bem no meio, iluminada que se farta, quem diria eu a gostar de estar no meio duma sala grande, ah que estranho e tal, mas pronto, a vida, e até as pessoas, são cheios de surpresas. Ele exclamou, à laia de desculpa, assim: 'ah, a senhora aqui com este lixo todo, nem tinha reparado, desculpe lá'. Disse-lhe que não fazia mal nenhum, nem tentei pôr um ar de pessoa fixe nem nada, a cara triste com que estava foi a cara triste com que fiquei quando lhe disse que não tinha mal nenhum isso do lixo, ora essa. Depois pus-me para ali a folhear um livro que trata e retrata o chocolate e afins, copiei uma receita, apontando sucintamente os ingredientes, e desde já previno a minha plateia que se vier a confecionar o dito bolo coloco os créditos no blogue. Segunda-feira já tenho portanto que fazer: registar num papelinho qualquer o nome da autora, que é portuguesa, e o nome da obra. Não, não trouxe o livro do momento, 'O Monte dos Vendavais', Emily Brontë. Não toco no livro há uma semana. Essa não é a pior parte, a pior parte é não sentir saudades.

Intervalo grande

Só a mim me vejo de luvas. Ninguém tem o frio que eu tenho. Cada um com as suas, não é. É. Eu tenho o frio que a outra gente não tem, não é. É. Mas sou um bocado exagerada se andar com luvas, se a esta hora a temperatura é duns dezoito graus ou lá que é, como a d' hoje.

Não acontece maior audiência pelo facto de me apresentar numa imagem viva ao invés de num texto vibrante, creio que me acontece mas é o contrário...



Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia das pessoas rabujentas, do puzzle e das pessoas que se chamam, ou que as chamam de, Diana. Mas as pessoas que rabujam, ora bem, eu cá sou rabujenta quando tenho fome e/ou sono, tipo os bebés e isso assim. Pois. E depois há uma altura do dia muito propícia à rabujice, é ali por volta das três da tarde, quando regresso ao estaminé depois do intervalo grande, onde houve passeio e atividades de cabeça – leitura, escrita, pensamentos torpes e coiso.

Se adivinhares o que aconteceu há exatamente dez anos atrás, dou-te um doce

No dia vinte e nove de janeiro de dois mil e seis, há portanto exatamente dez anos, nevou em Lisboa e não só, o que é invulgar, tanto que não nevava em Lisboa desde mil novecentos e carqueja. Era domingo e eu tinha ido ao Alentejo buscar a máquina de lavar louça da minha mãe, que até aí tinha lavado a louça, tanto da minha mãe como do meu pai, por conta de a minha se me ter avariado havia mais dum mês e a minha mãe já não sentir necessidade de possuir uma. E nevou no Alentejo. Andaram na comunicação social a avisar a população que tal iria ocorrer, que as condições atmosféricas se conjugavam no sentido de durante esse dia vir a nevar em pontos do paí onde raramente se viu tal coisa. E eu no Alentejo. Ah ah. E nevou. Sério, nevou pra caraças, no Sul, 'migos, no Sul do país, neve, ah a neve, flocos de neve, um frio glaciar, é certo, mas neve, e eu assisti, foi como assistir a um espectáculo. Infelizmente não tenho fotos, na altura foram parar ao lixo inadvertidamente, de maneiras que, olha, pumba e coiso.

Nota: este post é resultado da minha própria memória, não me apoiei em sites com efemérides, nada disso.

Primeiro

Bom dia. São nove e quarenta e nove. Porra, estava a ver que não havia um dia em que começasse com isto do blogue antes dez e tal. Mas é assim, eu trabalho e coiso, antes de mais tenho de me organizar e isso assim.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Para...

Escrevo para ti, sim, para ti. Se esse ti sou eu? Sou. Mas é um eu que és tu. Um ti, pronto, é um ti e acabou a conversa.

Dias dum Ginásio

Senti-me esquisita, uma mistura de tontura e desorientação e tristeza e choro, e fui esconder-me no wc para dar vazão sem ninguém ver. Não é novidade nenhuma, é inclusive corriqueiro que me sinta assim logo a seguir às aulas de grupo. Não aguento agrupamentos, ou estar deitada muito tempo, mesmo que ocupada em exercitar-me, mesmo que sob uma voz de comando, sei lá, desnorteio-me, sinto-me apertada, ou como se fosse explodir. Sou fraca, é um facto. De facto, fraca. Não tem graça, não há 'ah ah'. Estou doente, sinto isso.
Diz que não me posso fechar em casa, que tenho de conviver com pessoas. Pessoas. Eu. Ah ah, agora sim, ah ah.
Diz que tenho de falar disto abertamente, anunciar, sem medos nenhuns, que sou maluca dos cornos. Ora, seria uma zombaria, claro. Talvez não partisse de quem sabe como é este sentir tolo. Talvez também partisse de quem sabe como é este sentir tolo. No mínimo, é tipo assim, ó:



podia ser pior


De manhã

De manhã ouvi no café um moço assim meio maluquinho dizer a uma moça assim nada maluquinha que tinha ouvido dizer que quem fala sozinho o faz porque é um génio. E ele fala muitas vezes sozinho. Ah ah. É mesmo maluquinho, o moço. É mesmo boa pessoa, a moça.
Eu também falo sozinha. Sério, agora então que me ponho a falar para a câmara, e quem o faz sabe como é, a gente fala connosco mesmos, não é. É. Mas dizia eu, agora que me ponho amiúde a falar para mim mesma, quando dou por mim ando na rua a falar, no banho, na varanda, no estaminé, mesmo que nesses momentos esteja arredada da tal câmara, eis que estou também arredada da genialidade. Tenho de falar mais vezes, então.

Aqui há dias

Aqui há dias, durante a preparação dum desses vídeos de que falo no post anterior, sua majestade assomou à porta. Assim que o avistei e depois de o cumprimentar e tal, tentei deixar a máquina a gravar, deixando portanto a conversa ouvir-se... Mas não fui capaz de continuar, desliguei a máquina e assim que pude apaguei o vídeo. Sei lá, sou mais esquisita em mostrar filmes do que textos. Já no outro dia eu tinha dito que sou bem mais desprendida no escrever do que no filmar, então é isso, creio que a imagem transmite uma realidade que a escrita não consegue conceber, não gosto lá muito de apresentar frases feitas, mas às tantas aquela que diz que 'uma imagem vale por mil palavras' tem um quinhão enorme de verdade.

Nos últimos dias

Nos útlimos dias tenho feito montes de vídeos. Uma das coisas que tenho notado é que fico com menos disposição para escrever. Pronto, ok, vá, eu adoro, adoro escrever e não passo bem sem esse despertar de mente, esse arrumar de ideias, esse encaixe de sentimentos opostos, esse equilíbrio, essa orientação... Só por dizer que há no falar uma facilidade imensa e por junto uma espontaneidade que muito me agrada. O modo-vídeo é rápido, em quatro ou cinco minutos fica tudo dito, ou a ilusão de ter tudo dito, vá, e o meu discurso não tem qualquer preparação, daí a espontaneidade. E agora devo dizer que isso de (quase) preferir falar a escrever entristece-me sobremodo. Sério, é triste que se farta.

Intervalo pequeno

O Fernão de Magalhães tem a espada embainhada. Na mão esquerda segura um binóculo ou então um instrumento de sopro, sei lá, e olha o horizonte com vivo interesse. Diria que dali mira o Convento do Carmo... Quero dizer, miraria o Convento do Carmo se não houvessem tantas cortinas de betão por entre estes pontos. Mas ele está lá no alto, não é. é. Então às tantas vê o Convento. A ver se lhe pergunto isso amanhã.

Cliente

Ela vinha muito calma, tinha um casaco muito verde, dum algodão muito bom, era muito alta, não era muito bonita, não era muito feia, tinha um nome muito estrangeiro, tanto que não mo soletrou para eu fazer o registo, qual quê, antes me passou um cartão éme-bê muito cor-de-laranja para a mão, eu que copiasse dali muito bem, e não se preocupou muito, na verdade: nada, quando a fatura não me saiu do pê-ó-ésse, ou seja: saiu sim senhores, mas sem letras. Há pê-ó-ésses que não gostam tanto disto de escrever como eu, só pode, e há clientes porreiras.

Software

O pc do estaminé tem uma uébecâme. Eu cá já sabia disso, não constituiu novidade quando hoje fui dar com aquilo novamente. Só por dizer que afinal não é nenhuma possibilidade de vídeo, qual quê, ou então falta-me aqui alguma atualização, a qual não poderá ocorrer uma vez que não há netes no estaminé, é que a dita câmara mostra o seu ícone como sendo uma câmara de filmar mas não filma porra nenhuma, apenas suporta fotos. Clique. Uma treta. E lamento à brava. Olarila.

Quase me envergonho

Sou uma má pessoa. Não tenho sequer bondade quanto mais aquela coisa filantrópica, ou lá que é, pronto, aquela coisa de espalhar o bem, aquela coisa benévola, branda. E alegre, muito alegre. Feliz. Quase me envergonho de ser assim se me comparo a quem faz voluntariado, a quem não pode ver um pedinte que logo lhe paga uma sopa, a quem não se importa de despejar a carteira no meio da rua e ficar sem ela, apresentando o discurso – benévolo, brando, lá está – 'ora, ao menos fiz o bem'. Quase me envergonho de ser assim, ruim, dura, incapaz de praticar o bem social. Sou o oposto. Vejo a mulher pequena e franzina junto à estação do Metro, pedindo esmola, e não comisero. A mulher aborrece-me, sinto-me intranquila por lhe passar rente, acho-a uma fraude. Como ela, há muitas, e muitos, são todos uma cambada de parasitas. Os pedintes, os que pedem, não me refiro aos pobres, refiro-me aos que estendem a mão a quem por eles passa, mais não são que parasitas.

Doces & Salgados

Compreendo, embora não saiba como provar, daí o 'compreendo', que a confeção de doces seja mais científica que a confeção de salgados.
Porque os ovos afofam a massa, não se pode exagerar sob pena de o bolo crescer muito, é certo que a priori parece uma coisa extraordinária, quem não deseja um bolo crescido?, mas quando assim é, ao sair do forno, o bolo abate imenso, ficando quantas vezes elástico, ou ainda assim como que molhado, compactado, o que são texturas desagradáveis.
Porque a farinha adensa a massa, tornando-a consistente, fazendo-a crescer, se colocamos um montão de farinha encontramos um problema: não vamos conseguir mordê-lo.
Porque é a manteiga que endurece o bolo, isto depois de arrefecido, e sendo em demasia ficará atrofiado, além de o engordurar até mais não.
Porque o açúcar atua não só como fonte de doçura mas também em crocância, se houver abuso de açúcar o bolo alcançará uma espécie de caramelo, vá, e não, não é bom em termos de massas de bolo, ademais amargará na boca.
É certo que falei somente em exagero, mas não é difícil perceber o que acontece caso se misture pouca quantidade de.
Ora bem, então vamos lá, o que conta é o equilíbrio, é onde a ciência está. Num repente pode dar a ideia que os bolos são todos iguais, não passando de bater manteiga com o açúcar, juntar os ovos, um a um... E um a um porquê? Porque quando não os ditos talham a mistura, é demasiado ovo duma vez só, melhor ir colocando um a um, sendo também certo que a mistura talhará, tudo bem, na verdade é uma mistura que não se dá nem nunca se dará, lá está a ciência que não sei explicar, e esse talhar de massa desaparecerá assim que se envolver a farinha. Sendo assim o milagre dá-se! A ciência!! A tal que não sei explicar!!! Mas sei fazer bolos!!!! Muita bons!!!!! E sei tantos segredos!!!!!!
Só que não. Os salgados também devem obediência à ciência, eu é que...
… também...
... não sei explicar a questão. Talvez se me debruçar sobre o paladar e não sobre a ciência... Quem quer um prato de comida intragável de tão salgada? De tão picante?? De tão insossa??? De tão insípida???? Pois.

Lembrete

Levar daqui o frasquinho de líquido para limpar os óculos e abastecê-lo, para aí até meio, vá, retirando o produto dum outro frasquinho desses, mas que está cheio, e se encontra em cima da escrivaninha. Ficarei então com dois frasquinhos meio cheios – sim, meio cheios e não meio vazios, sou uma pessoa positiva -, um no estaminé, outro em casa, e assim serei uma pessoa extremamente feliz.

Trinta e um

O blogue tem quase um mês. Eu noto-lhe diferença.Tendo continuado na morada anterior não apareceriam por lá posts que apareceram e aparecerão por aqui. Mudei-me para poder escrever descansadamente. Pois. E tenho conseguido, sendo obviamente essa a melhor parte disto tudo.

Dias dum Ginásio

Ontem lá estive, fazendo suar o corpinho. Antes de tudo: Pilates, depois: máquinas de cardio, elíptica e assim. Passei aí os trinta minutos do costume, só por dizer que desta vez tive que baixar o nível de intensidade por não aguentar tamanha carga. Mesmo assim custou-me horrores, uma vez que tive que combater a minha parte psicológica também, da última vez havia desistido e isso, parecendo que não, incomoda o ânimo e não é pouco. Mas perseverei. E cheguei ao fim com as tais quase trezentas calorias gastas. Pronto, paciência, havia diminuído o nível e, mesmo fazendo por não esmorecer no ritmo, as calorias já não foram tantas.

(á-érre, iupi)

Primeiro

Bom dia. São dez e quinze. Dez e um quarto. Passam quinze minutos das dez da manhã. Passa um quarto d' hora das dez. 10 e ¼.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Árvore amarela

Estive debaixo da árvore amarela, sentada no meu banco, muito compenetrada, silenciada pelo poder que ela tem sobre mim. Ultimamente ando muito à mercê. Aliás, não é andar á mercê só por mercê, é andar à mercê, ali assim num ponto reverencial, vá, e retirar daí um prazer de me rebentar os miolos. Voz de comando. Tens voz, árvore amarela? E eu em sentido, não hirta, que é lá isso, antes descontraída.

tá bem
tá bem

tá bem que tá sol
tá bem que tá nuvens
tá bem que tamos no inverno
tá bem que tá um cheiro no ar
tá bem que o cheiro agora tá diferente
tá bem que tamos mas é a meio do inverno
tá bem que os cheiros que tavam já não tão
tá bem que tamos no fim de janeiro


Deve ser assim

Deve ser assim, num futuro que julgo próximo, quando já não puder escrever por não haver o tempo de outrora, sendo esse outrora o presente, falarei para a câmara para registar as merdices que agora registo não só em imagens vivas como em textos (que desejo tornar) vibrantes. É rápido, isso dos blás direito à câmara, chegando à noite despejo tudo. É igual, ou vai ser, ou mais ou menos igual, vá, ao presente. Chamam-lhe vlog. Vlogue. É só uma maneira diferente de comunicar, não é?





Não é?

Sonido

Ouvi o meu telemóvel tocar. Mas não era o meu telemóvel, qual quê, não podia ser, não o levara para lá, ficara ligado a uma tomada, carregando a bateria. Podia ser alguém dali com um toque igual ao meu. Podia ser isso. Devia ser isso. Mas eu gosto de pensar que fui eu que imaginei o som, que o realizei com os meus poderes incríveis, fazendo-o soar dentro da minha cabeça como soaria cá fora, ou dentro, como soaria o som mais ou menos abafado que vem de dentro da minha mala que estava mais ou menos aberta. Hum, estaria? Ah ah.

Há pessoas que leem velozmente

Gosto de ler. Bom, esqueci-me da porra do livro em casa. Sim, outra vez. Há pessoas que leem velozmente, o que não é o meu caso, e assim ainda menos. Fiquei a escrever, lá no lugar da musa. Tinha saudades de me pôr a rabiscar, de me debruçar sobre uma folha de papel, do simples facto de brotarem ideias independentemente disso a que chamam fluidez, ou fonte de caudal farto, ou manancial imenso. Preenchi uma boa meia dúzia de folhas com rabiscos.
Não sei se gosto de ler, ou se gosto da ideia de gostar de ler, ou se gosto da ideia de ler, ou se gosto mas é de escrever, ou se gosto de ler porque isso me instruí e eu afinal de contas gosto mas é de escrever.
Tantos livros, lá no lugar da musa. Milhares, creio. Letras, expressões, criatividade, originalidade. Esta palavra persegue-me. Ori – Gina – Lidade. Ah ah.

Lugar da musa

«Olha, já comecei a ler o teu livro, aquele que me emprestaste, já aconteceu aquilo de que me falaste.»
«Pois, e vai acontecer muitas mais vezes daqui para a frente.»
Continuaram a falar todos entusiasmados acerca da leitura mas infelizmente não ouvi mais nada senão as vozes entusiasmadas, não distingui o que diziam para poder reproduzir no blogue. Hoje havia muita gente no lugar da musa. Vozes e vozes. Pessoas alegres e conversadeiras. Entusiasmo, portanto.

Quatro camisolas

Esta estação ainda não vesti a quarta camisola. Já me lembrei se estarei mais rente à menopausa do que penso, afinal de contas este ano ainda não tive aquele frio enorme, aquele frio que me põe doente. Pois. Esse. É que nem saudades, qual quê.

Mangas recortadas

Cortei o excesso de pano das mangas. Entretanto há mais excesso. Tenho para mim que este pano estende, quanto mais é lavado, mais estende, vou ter de aparar as mangas das camisolas todas. Não lhes faço bainhas, pra quê? Deixo assim que está muito bem. Só não gosto de vê-las a sair por baixo da linda camisola que trago sempre por cima das camisolas às quais já cortei as mangas duas vezes e precisam duma terceira vez, uma terceira aparadela.

Planos para o fim-de-semana

Por causa do bolo de chocolate do post anterior lembrei-me de vir registar os planos. Não é que não tivesse os planos para o próximo fim-de-semana enquanto ainda decorria o fim-de-semana anterior. Sério. Mesmo a sério. É que já no passado fim-de-semana eu tinha pensado em fazer o que vou fazer no próximo. Mas não. Ah ah. Vou então desvendar tamanho mistério:
Bolo Rei
Pão de Cebola
O bolo-rei consta num dos pacotinhos de açúcar da Sidul e ando para experimentá-lo há meses, o pão de cebola fotocopiei duma revistinha da minha sogra também há meses. De maneiras que... Pumba coiso.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia do Bolo de Chocolate, da casa-de-banho e doutra coisa qualquer que não consegui reter.
Ah ah, bolo de chocolate e casa-de-banho, ah ah.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e cinco.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Tendências

Tendo a achar-me piada enquanto relato factos diante duma câmara de filmar.
Tendo a encontrar-me uma sensibilidade invulgar enquanto escrevente de blogues diaristas.
É tudo impressão minha, são tendências.

Esqueci-me da porra do livro...

Esqueci-me da porra do livro (O Monte dos Vendavais, Emily Brontë) outra vez, portanto este vídeo calha bem hoje também.


Lugar da musa

O lugar da musa estava vazio de pessoas, de clientes, ninguém nas mesas. Já disse tantas vezes o prazer que o vazio me dá. E que me dá medo o ar que fica no lugar das pessoas. E que me dá medo as pessoas que preenchem o ar. Então é isso, olha, disse outra vez. Fica então bem dizer que a euforia foi-se embora, adeus 'miga, por isso estou um bocado triste. Agarrá-la, fazê-la ficar mais tempo não resulta em bom, ademais fartar-me-ia dela, farto-me rapidamente seja lá do que for, seja lá de quem for. Dá-me medo o ar dos espaços, dá-me medo as pessoas nos espaços.

Sonho

Dormi bem, apesar de não ter tido coragem de recusar o cafézinho que a dona Lurdes me estava a oferecer com tanto gosto. E como gosto muito do gosto do café – gosto, gosto -, aceitei de bom gosto o gosto do café, gostoso, que o homem do Bangladesh é capaz de o fazer tão gostoso mas tão gostoso. Pronto, já chega, já fiz para aqui uma poesia do camandro. Pois que dormi bem, sim senhores, e vai que à uma da manhã ouvi o galo cantar.
Qual galo?
Isso é importante?
Não.
Então pronto pá.
O galo cantou à uma da manhã. Estranheza nisso assim, eu cá acho. Acordei com o cantar do galo. Pois foi. Depois fui sonhar que tinha a cabeça pendurada. Quando penso em cabeça pendurada lembro-me do pêndulo, e era mesmo isso, a minha cabeça era um pêndulo, pêndulo de pendurar. Ah ah, e havia nisso um... não sei, gosto?, talvez um gosto, sim, nessa espécie de espera que se mistura com passividade, em eu querendo tal coisa, claro, mas já não se mistura com o pêndulo se o colar ao tema como alusão ao tempo que passa. Quanto tempo terá durado o meu sonho? A medida 'tempo' não existe nos sonhos, nos sonhos o tempo não passa nem ninguém se lhe dirige, tampouco se lhe alude, nem ao pêndulo nem nada. Mas era isso, eu tinha a cabeça pendurada, balançando como um pêndulo, e a sensação era divinal.

Dias dum Ginásio

Ontem fui ao Ginásio, não ia lá há cinco dias. Cinco dias são muitos. Fez-me tão bem treinar e treinei tão bem. E também. E tudo e tudo. Bom, seriedade agora, vá.
O treino correu maravilhosamente. Comecei pela bicicleta, numa de aquecer os joelhos, faz sempre bem, vou lá eu agora direta para a passadeira dar pancada, tanto nos ditos como nos tornozelos, para que daqui a anos-luz venha a sofrer dores horríveis, não? Claro que não. Não me cansei praticamente nada. A bicicleta tem em mim um efeito de limbo, estou acordada no corpo, é um facto, mas durmo na cabeça. Isto acontece porque não me esmero, não me acordo, deixo-me ir, estou sentada, e é de realçar, agora, que passo o dia em pé, logo: ao alcançar a posição de sentada, dá-se como que um adormecimento em mim. Mas depois o tempo estipulado esgota e eu acordo e levanto-me. Não escolhi ir para as máquinas, ontem não, queria outras coisas, outras maneiras. Fui direita à elíptica e decidi pôr-me à prova como da outra vez. Nos primeiros sete minutos e meio queimei oitenta e cinco calorias. Estava no bom caminho, se conseguisse manter o ritmo terminaria a penosa meia hora com trezentas e quarenta calorias gastas. Nada mau. Mas no pedaço de tempo seguinte, ou seja: durante mais sete minutos e meio, eis que comecei a declinar, a força a esvair-se, eu a irresistir. Enfim, nem sempre a vida me corre bem. Terminei aos quinze minutos, achei que seria mais produtivo ir fazer barulho de passos apressados na passadeira. Acelerei o mais que pude o passo, não gosto de correr, portanto andei mais depressa que o meu costume e também, para piorar um pouco, ou então melhorar, vá, inclinei a passadeira mais um tracinho do que o meu costume. E embalei. Não estava a custar-me lá muito aquele passeio... É um exercício ao qual estou habituada, daí se me chega a corriqueirice, o hábito, o limbo, e vai que altero modos de treinar, ordem de exercícios e afins, de vez em quando. Acabada a meia hora de passadeira noto que não estou lá muito cansada e deixo-me estar mais cinco minutos a passear. É que eu queria ainda tentar a elíptica, a ver se. Fui para lá. Mas não. A elíptica estava a cansar-me demasiado, as pernas não me obedeciam. Mau maria. Desisti aos cinco minutos e picos. Ainda tentei reduzir a intensidade da máquina, mas entretanto desisti. Pumba e coiso. E mole e maricas e picuinhas... Não, não é o caso, é conhecer o meu corpo. Fui então para o colchão pôr em prática o que aprendo na sala de Pilates. Alonguei o corpinho. Tomei banhinho debaixo dum chuveiro quentinho. Ah... Depois tive muito frio, é certo...

Duas voltas, nenhuma debalde

Conheço o mercado há décadas e desde sempre lhe notei o piso instável em alguns pontos, bastante esconço até, tanto que no verão é escorregadio que se farta por ação do sol na calçada, sei lá, faz assim como que uma sudação, o que traz humidade e vai daí escorrega e blás. Bom, isto tudo é para dizer que percorro uma meia-lua do passeio que rodeia o mercado uma ou duas vezes por dia. Por ali assim há umas floristas que deitam para a rua as suas propostas de embelezamento de espaços, como por exemplo lindos vasos, lindas flores, lindas folhas, lindos adornos, portanto tudo lindo e muito lindo. Ora eu escolho o melhor caminho, não é. É. Tantos anos e não ter ainda aprendido o melhor trilho e tê-lo já fixado de modo a que o percorra instintivamente seria uma patetice de tamanhão, não é. É. Acontece que a florista colocou um vaso com um cato vistoso junto à sua porta para propor negócio aos transeuntes, mas também o apoiou numa espécie de degrau que o passeio faz, só por dizer que não ocupa a espécie de degrau todo e vai que essa espécie de degrau é usado por mim para escapar ao declive perigoso onde, como já disse, todos os dias ponho os sapatos. Para escapar ao perigo passei então rentinho, tão rentinho ao cato, oh céus, mas não lhe toquei, nem eu queria tal coisa. Ouvi um voz vinda de dentro, tipo desabafo mas tão indignada que chegava à raiva:
Passam sempre em cima do cato!
Não fiz grande caso e segui. Habitualmente mexo-me bem, particularmente se está frio, e por estes dias tem estado, portanto os meus passos são rápidos e precisos, e vai que a minha ideia não era de todo tocar no cato da senhora, qual quê, deve doer, tem montes de picos, e são grossos. Ná.
Não fazer grande caso, não fiz, e seguir, segui, mas ao depois de dados quatro ou cinco passos é que o desabafo da senhora começou a impactar dentro da minha cabeça, tão forte era o impacto que encabecei, a cabeça encabeça, claro, uma ideia espectacular por conter um tudo-nada de vingativa: daria a volta completa ao mercado, voltando a passar no mesmo lugar, com a mesma velocidade e à mesma distância do vistoso cato. E vai que empreendi a ideia, tornando-a real. Eu fervilhava cá por dentro, sério, bolhinhas estalavam-se me nas pontas dos dedos, o coração batia ao pé da boca, rápido que eu sei lá, enquanto pensava:
Caraças pá, olha a puta da velha, hem! Então mas não posso andar por onde quero? Mas que merda vem a ser esta?!
Bom, meia volta ao mercado estava dada. Chegada aí intentei desistir da maravilha que se dá quando coisas como a indignação e a raiva atravessam a minha vida, sim eu tenho uma vida e uso sentimentos, sou portanto atravessada pela raiva de quando em vez, e, ao invés de desbaratar com a senhora, tipo...
… Eh pá, desculpe lá, eu toquei no seu cato? Diga lá, toquei?! A rua é livre, porra!
Pois que não, nada disso. Continuei a rodear o mercado disposta a passar no mesmo sítio, destemidamente, se bem que apreensiva, mas cheia de certezas advindas duma parte de mim que é arrojada, vingativa, trocista. Ah ah. E passei rente, rentinho, rentinho, enquanto a puta da velha me fitava, perplexa, na cabeça dela devia haver gritos:
Ai que ela me parte o cato! Ai que ela me parte o cato!
Ah ah. E eu? Eu sem desviar o olhar do dela, desafiadora, sério, assim mesmo, desafiadora, mas inocente, claro, no fim das contas nada de mal estava a fazer, apenas passei, uma vez mais, rentinho, rentinho. Que mal é que tem, não é. É. Ah, já agora, é que eu cá vou ser velha mais daqui a bocado, mas puta já sei sê-lo há qu' anos.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte sete. Olha, hoje é sem E, dez e vinte E sete...? Não, dez e vinte sete.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Três minutos e cinco segundos




No vídeo acima mostro desejo de obter uma resposta da estimada audiência. Não sei se mostro um desejo muito ardente ou então não, o leitor/espectador opine, em querendo, e avanço já que não será preciso dedicar muito tempo a ver-me/ouvir-me, quaisquer três minutos e cinco segundos me/nos bastam.

Intervalo grande

Dizem os sensatos que quando não se sente nada para escrever, então não se force, portanto: não se escreva.
Hum, qual quê, nada disso.
Parece-me óbvio que escrever é escrever. Importa o quê? Então se é assim, escolha-se o melhor assunto a debitar, mas eu cá não estou disposta a isso, hoje.
Almocei entrecosto assado com arroz de feijão. Estava bom mas havia olvidado a seguinte recomendação ao senhor que serve às mesas: olhe, é sem molho, por favor. E vai que o prato que se me chega é um lago imenso de gordura em estado líquido. Afastei para o lado o entrecosto e rapei as bordas do prato, ali assim onde o arroz não fora banhado, que o senhor que serve às mesas encontrava-se longe dum intervalozinho, por ínfimo que fosse, e deu-me pena incomodar o pobre para me trazer um pratinho vazio. E limpo.
Esqueci-me da porra do livro. Oh céus. Que tola ando. Na verdade... Bom... Eu... Não estou a gostar lá muito do livro. Pronto, já disse! Vai daí, se já sou destrambelhada, imagine-se não gostando (lá muito e tal) do livro! Pois. Fiz até um vídeo a contar estas coisas e o camandro, a parecer montes de desolada e quês. Vêm-no amanhã, está bem? É que hoje não vai dar tempo de o carregar e aprontar. Ah, o livro do momento é 'O Monte dos Vendavais', de Emily Brontë.
No Banco descobri que a senhora do Banco tem nome de santa. Cara de pecadora já eu sabia que ela tem. Ah ah. Temos todos. Olarila.
Comprei cuecas. Ah... Cá está o assuntozinho dispensável, não é. É. Ó pá, atão, esqueci-me (outra vez) de colocar cuecas na mochila do Ginásio. E vai que. São tão bonitas...
Bebi o tal café no tal lugar que ah e tal é da musa. O café hoje estava tão bom tão bom tão bom que me ficou a doer a cabeça. Estrondosamente. Eu gosto de meter o estrondo neste tipo de conversa porque tenho para mim que a dor de cabeça faz barulho, e como incomoda muito, então só pode ser um barulho muito alto, logo: estrondo.

Segundo

Olha, é assim, então, agora são onze e trinta e sete. E sete. E sete. Ah ah.

Primeiro

Bom dia. São onze e trinta e seis. Ah, aqui, neste número, 36, diz-se trinta e seis, se for 26, diz-se vinte seis, sem o e.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Último

Boa noite. São vinte e duas e treza... ai perdão, treza... ai perdão, treze. Não são nada, ou antes, eram, há bocado eram sim senhores, mas agora são cinco para as onze, da noite, claro, e quero deixar registado que hoje, vinte e quatro de janeiro de dois mil e dezasseis, foi, e é, está a ser, um dos dias mais felizes da minha vida, de maior alívio, duma alegria inimaginável.

Cabeçalho, por ora uma questão de cabeça

Ainda não me decidi a ilustrar a parte de cima do blogue. Sei lá, não acho jeito nenhum a coisa nenhuma nem nada tem tudo e tudo tem nada. É isso, nada, tudo é nada. Mas eu chego lá.

As horas que são

São vinte e três. Já se pode falar das mesas de voto, não pode? Então vá, a minha cheirava a tinta fresca. de esmalte. Cor cinza prata. Isto é um modo subtil de mostrar que fui a votos, não fugi às responsabilidades nem nada.

Para comer

Jantar:
piza.
Eu bem disse...

Também fiz o Bolo Molhado de Pêra e Chocolate. Favor consultar o linque acima e perceber quão organizada sou e o camandro. Agradecida por isso. Entretanto esqueci-me de ir tirando fotos conforme ia preparando o bolo. E vai que entretanto tirei estas aqui, ó:
Quero dizer, ainda não, primeiro deixo escrito que a receita do dito bolo está abaixo das fotos. Estas fotos aqui, ó:
Bolo Molhado de Pêra e Chocolate

Ingredientes para a calda do bolo:
5 pêras maduras
1 colher de sopa de manteiga amolecida
3 colheres de sopa de açúcar mascavado
1 pitada de canela
1/2 cálice de vinho do porto

Ingredientes para a massa do bolo:
100 gramas de chocolate
3 ovos
2/3 cup de açúcar mascavado
125 gramas de iogurte grego
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de sopa de manteiga amolecida
1 cup de farinha
1 colher de sopa de cacau em pó
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal

Confeção:
Antes de mais tratar da calda. Descascar, descaroçar e fatiar as peras. Levar ao lume uma frigideira com os restantes ingredientes e quando a manteiga derreter juntar as fatias de pêra e deixar fritar e apurar durante uns dez minutos. Retirar umas quantas fatias de pêra para posteriormente adornar o bolo e reservar.
Depois dedicar-se à massa. Picar o chocolate no processador, retirar para uma taça e reservar. Sem lavar o processador, colocar lá dentro os ingredientes molhados, acionar o botão e deixar ligar tudo muito bem. De seguida colocar no processador os ingredientes secos que entretanto foram peneirados. Acionar novamente o botão e deixar até se misturarem uns e outros. Dipor a calda no fundo duma forma redonda sem buraco* e ir alternando entre a massa e o chocolate picado. Levar ao forno uns trinta e cinco a quarenta minutos.

*Ou então, como no caso do programa de onde retirei esta receita - 'Prato do Dia, Filipa Gomes, 24 Kitchen -, preparar a calda numa daquelas frigideiras de forno, que não possuo nos meus armários, ainda.

Nota cá muito ora baixo:
Imitei para comer é a nova etiqueta. Serve para quando apresentar receitas que visionei nalgum programa ou li em alguma revista. De nada, ora essa.

Primeiro

Boa tarde. São dezassete e doze. Já se vai podendo dizer boa tarde a estas horas, ai vai vai. Amanhã melhora um pouco. Depois. Depois. Até que o verão chega e com ele, incrivelmente, uma diminuição de horas de luz solar.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Olha outra pérola! Esta tem (só...) três minutos e vinte e pouquíssimos segundos...

Uma pérola com quatro minutos e picos...

Primeiro

Boa noite. São vinte e vinte seis. Nunca soube se é vinte seis ou vinte e seis. Percebem a diferença? Estou uma pilha de nervos. Sempre soube o que isso quer dizer, nunca soube porque é que se diz isso querendo isso dizer. Percebem a diferença? Num dia vindouro saberei. Num dia vindouro deixarei de estar, não uma pilha de nervos, mas esta pilha de nervos. Percebem a diferença?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Lembrete

Hoje é sexta-feira, dia vinte e dois de janeiro de dois mil e dezasseis. É sexta-feira, júbilo, vá.

verbo tar

então
tás constipada
não
tou chorosa

Coisas velhas

Mas o que é que eu faço a esta imagem? Conto-lhe a história. Estava eu no Natal e mexi numas fitas prateadas que vieram a sobrar-me. Estava eu no Natal e encontrei um papel com dois nomes apontados por questões profissionais. Estava eu no Natal e decidi descolar o lembrete da porta de casa. Tudo isto se junta ao facto de eu ser um tanto ou quanto recoletora. Não sou de ir ao lixo vasculhar o que há por lá, mas sou de guardar coisinhas, sendo esta uma característica que decerto se agigantará com o passar dos anos. Digitalizei este papel com dois propósitos:
um, o de anunciar que deitei no lixo finalmente o saquinho que continha estes pertences inúteis e meramente lembradores de momentos da minha vida
dois, explanar este gosto, também ele inútil, de guardar, arrecadar, quem sabe dá jeito para escrever algo, note bem: para escrever
Não sei o que se passa comigo, não me conheço. Sou relutante em dar, em partilhar, em ser. Para ser diferente e portanto especial nesta faceta o melhor que tenho a fazer é esperar que me vejam com os olhos a ver que sou diferente e portanto especial, só com esses olhos assim é que se consegue.

Este é o

Este é o último recadinho que deixo ao rico filho, é que ele vai-se mudar. Isso do último recadinho é supostamente, claro, sei lá eu se durante o mês que vem não terei ainda necessidade de me comunicar com ele por este meio. Esqueci-me foi de assinar, mas pronto, siga a vida. É que era giro para depois recordar, costumo assinar estes recadinhos com um 'Mãe'. Mas pronto, siga a vida outra vez.

Nomes







Neli
Gertrudes
Ermengarda






Uns e zeros

Eram dez e onze quando eu estava sentada à secretária, pensando. Apoiei as mãos na cara e os óculos subiram um pouco. Quis saber as horas: dez e onze, as tais. Passei a ver meio zero, um um, dois zeros, duas vezes dois pontos, dois uns. Tirei as mãos do seu apoio e a vida normalizou.

Politiquice

Tenho de registar isto hoje porque amanhã não se pode falar destas coisas. Eu cá acho que um dos candidatos às presidenciais faz lembrar o David Bowie, é que lhe chamam o camaleão. Ah ah. Que piada tão original. Ah ah.

A caminho

Primeiro

Bom dia. São nove e quarenta e um. O tempo lá continua chuvoso, sendo a chuva deste dia vulgarmente apelidada de morrinha. Morro. Morrinha. Cai tão miúda, estou a vê-la daqui, contra a luz, fraca, deste dia. Não havendo vento, há brisa, que a morrinha cai enviesada. Para a direita. Para a minha direita.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

p.o.s.s.o

:)

Tenho de escrever

Os teus problemas são maiores e mais fortes que os meus.
Percebeste?
Maiores e mais fortes.
Isso.

Não vale a

Não vale a pena matar-me já, primeiro conheço a resposta e depois então é que. Tipo assim como antes de ir de férias, é melhor gozar as férias e depois então é que. Estou a lembrar-me de quando era adolescente. Arrumava, por exemplo, o tabuleiro dos talheres. Feito o trabalho pensava assim: se não estiver nenhum prato sujo no lava-louça, mato-me. Sentia uma ansiedade imensa por a minha vida depender parvamente da presença dum simples prato sujo, que adrenalina, se calhar até o peito se me descia e subia aceleradamente. Encontrei o prato sujo mas não tive coragem de me matar, por isso é que estou viva. E os mortos não escrevem blogues.

Que alívio

Não é nada, isso de vocalizar a raivinha não alivia, pelo contrário, insistindo nisso, ganho-lhe até uma certa distância. Depois, com a explosão, fico doente, dores no corpo e isso.

Intento

Bem tento que a chuva não me faça diferença, não me atrapalhe a disposição. Tipo assim, vá: a chuva é necessária à Terra, ademais este é o tempo dela, estamos em janeiro, a vida é assim, se há coisa que não posso mudar é o estado do tempo, nem posso acelerá-lo no relógio, mandando vir a primavera e o ar mais quentinho por correio azul, melhor, muito melhor, aguentar, não desesperar, pois quanto mais tempo passa, lá está porra do tempo, mais velha estou, quanto mais tempo vivo menos tempo tenho para viver, olha o tempo aqui outra vez, eu que me deixe de ânsias parvas, eu que não passe o meu tempo, hum...?!, desejando o que jamais alcançarei.
Pois.
Mas a verdade é que é terrivelmente difícil a chuva não entristecer a vida e ensombrar a alma, não é. É.

Obituários

Nas últimas semanas...
Morreu o pai do senhor da papelaria, morreu a mãe da dona Lurdes, morreu o toc do meu colega, morreu o engenheiro dos óculos de aros dourados, morreu a doutora do carrinho de oxigénio. Esta última é a mais recente, o funeral é hoje, está a ser agora, e está um dia chuvoso, daquela chuva miúda, sem vento nem frio, mas que entristece os dias à mesma. Vai parecer um daqueles funerais de tela de cinema, com esta chuva assim, é que nos filmes os funerais acontecem sempre à chuva.

Das montras

Retirar tudo da montra de rua. Como são caixas vazias que fazem as vezes das cheias, mas não (mas não estão cheias, claro), deitar tudo no lixo, que já estão descoloradas e ressequidas. Tudinho no lixo, vá.
Lavar e coiso.
Retirar tudo da montra atrás da porta. Como são caixas vazias que fazem as vezes das cheias, mas não (mas não estão cheias, claro), escolher as que se ajeitam à montra de rua.
E vai que fico com uma parte vazia, aquela por trás da porta, mas não (mas não fico, claro). Sacar o gigantesco escadote e rebuscar a enorme caixa de cartão que contém as francesices: digo eu bonecada dos amores e dos amantes de futebol e dos pais e das mães.
Expor. Ou então amontoar. Neste caso o amontoar chegou aqui não por ter que ver com impaciência em fazer as montras, mas porque a passagem tantos e tantos anos me obrigou a pensar que o transeunte quer ver ...muito... dentro duma montra. Grandeza precisa-se, num estaminé. Mesmo. Tanto é que o escadote é gigantesco e a caixa de cartão é enorme.

Dias dum Ginásio

Aula de Pilates. Na maioria das vezes chego antes de a aula começar, os alunos que estejam já a postos são pouquinhos, uns estão estendidos no colchão, alongando os corpos, ou mesmo sentados, também alongando os corpos. Quando entro na sala digo boa tarde ou boa noite (dependendo da claridade que esteja, ultimamente tem sido boa noite) mas ninguém me responde. Ninguém. Ou é raríssimo alguém abrir a boca em resposta ao meu cumprimento, vá. A malta das holísticas é muito virada para dentro, é tudo muito do interior, da meditação, do bem-estar físico e mental, não é. Não. A malta das holísticas é mas é muito mal educada.

Lançamento

Diz que um problema que a gente tenha, sendo resolvido, não mais a nossa vida se nos mostrará como outrora, ainda que aos outros pareçamos iguais, tipo assim como a pedra que se lança ao charco e mais não sei o quê.
Mas isto não tem nada a ver.
Isto é que tem.
Há o charco e há a pedra e a vontade de a atirar à água, o que acontece é que o mergulho da pedra resulta em círculos perfeitinhos que cessam segundos ou minutos depois. Aí é que está, cessa o movimento, o charco volta à anterior aparência, mas a pedra fica lá depositada, logo: o charco já não é o mesmo, ainda que apaziguado. A pedra está lá, 'migos, a pedra está lá, o charco já não é o mesmo.
Eu cá fez-me lembrar aquelas vezes em que abro este documento onde escrevo. Sério. Muitas vezes não escrevo cá nada e se o quero fechar lá vem a perguntinha 'guardar as modificações?'. Mas quais modificações, pá?! E eu lá mexi no documento, ora essa! Será que mexi e não em lembro...? E vai que, numa de me provar coisas parvas, um dia desses experimentei clicar na tecla do espaço e seguidamente desfazer esse espaço, deixando portanto o documento igual ao que estava. Só que não, nada disso. Ou seja, o programa de escrita pergunta se quero as modificações, quando afinal de contas modificação nenhuma lhe fiz, não é. É. Mas mexi-lhe, toquei-lhe, faz de conta que lancei a pedra ao charco, faz de conta que fez uns círculos pequerruchos, faz de conta que estacou e voltou a ter a aparência anterior. É a pedra dos escritos do blogue. Pedra filosofal, não é. Não. Ah ah.


Janeiros

Este é o terceiro ou quarto janeiro em que alguém se encarrega de me oferecer um calendário daqueles publicitários, género folha-a folha, pequenino, tem para aí quatro por cinco centímetros, mas ainda assim apresenta uns caracteres bons de ver ao longe e ao perto. Este brinde é mesmo porreiro para colar aqui assim junto à minha secretária e me facilitar a gestão de afazeres díspares, tais como:
necessárias marcações de estética
eventuais consultas médicas
ou ainda as merecidas férias.
Este ano foi o cangalheiro que me ofertou o calendáriozinho, o ano passado foi o homem da frutaria, os anos anteriores não me lembro. E para que é que isso interessa, não é. É. Se foi este ou aquele, no ano antes ou depois de, não é. É.

No último

Eram dezassete e cinquenta e quatro do dia um de janeiro e eu tinha dito boa noite e tudo.

De nada, ora essa.

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e seis.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Último

Pensei durante dias e vai que decidi publicar hoje o último post do anterior blogue, o qual na verdade é o primeiro, não só por se chamar primeiro, mas também porque quando se abre a página é o primeiro, é tipo assim um cartão de visita, vá, só por dizer que não é o primeiro post e sim o último, mas isso não é algo que posteriormente eu anuncie lá. Pois. Fica assim. Fica assim e acabou a conversa. É giro, quero dizer, por um lado é giro, só para ver o que acontece. Por outro lado, é também giro, porque o post em questão é verdadeiramente o último post do anterior blogue. Sério, eu tinha-o já criado, sem ainda o ter publicado, e vai que num repente decidi criar o atual, este. Que não mais bula vento naquele blogue já eu espero, portanto, tudo o que vier, se vier, é ganho e vai ser (também) giro que se farta.

Intervalos

Durante o intervalo pequeno a alameda cheirava a flores de primavera. Já no intervalo grande cheirava. É o sol que esteve hoje, e que foi de pouca dura, que já chove outra vez. Mas foi o sol que aqueceu a vegetação e lhe soltou os aromas.

Planos para o fim-de-semana

Sim, hoje é quarta-feira, a dona Raqueline passou há coisa duns vinte minutos na rua para ir lavar a cabeça no cabeleireiro e isso acontece em todas as quartas-feiras, salvo alguma consulta de rotina, ou por conta dalguma gripe massacrante e teimosa, é quarta-feira, dizia eu, e já estou a dedicar tempo aos planos que tenho para a comidinha a confecionar no fim-de-semana. Pois. Ora, então, quero lá saber, não é. É. Ó pá, é assim: é que eu já tenho os planos, não é. É.
O plano salgado é
Piza
Ideia do Luís, é que ele faz a massa, lá se safa, e o molho, lá se safa, e muito bem.
O plano doce é
Bolo de Pêra e Chocolate
Tenho até duas fotos que tirei à minha televisão no fim-de-semana passado, em que revi um episódio do programa 'Prato do Dia', apresentado por Filipa Gomes, no canal 24 Kitchen, e eis que me deparo com esta receita, que entretanto perdera por a box conter já demasiadas coisitas esperando a vez, e muito me alegrei, pois foi, e vai que tirei então as fotos porque mostram as duas partes da receita. Imprimi-as e a apontei à mão nus cantinhos das folhas o modo de fazer a receita, antes que me esqueça. Eu depois conto tudo. Olarila.

Leitura

Neste momento estou na fase em que a heroína da história se vai sacrificar casando com um dos personagens principais para livrar um outro personagem principal duma vida miserável. Ai o amor. E está construído o triângulo amoroso, o que já não era sem tempo. Só por dizer que me esqueci do livro no estaminé, portanto hoje não li e este resumozinho pequerrucho chega diretamente do bocadinho de tempo que ontem dediquei à leitura.

Nota:
Falo da obra literária 'O Monte dos Vendavais', Emily Brontë

Almoço

Dividi uma dose de arroz de pato com o meu colega. O prato vem adornado com uma rodela de laranja que o meu colega me concede na totalidade. Que fofo. Ao momento os meus arrotos têm algo de pato e de laranja no cheiro.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é Dia da Câmara de Filmar. Assim, maiúsculas e tudo. Olarila. É que é muito importante para mim, este objeto. Ultimamente tenho feito imensos vídeos. Ah, de notar, antes de mais, que a câmara com que filmo não passa duma máquina fotográfica que, não me ocorre explicar porquê, sei lá porquê, hum, os senhores fabricantes e a malta que manda nessas coisas decidiram que podia e/ou devia ter também a função de filmar e pronto. Ainda que toscamente. Então, ora essa, paciência. Pois é, é dia da câmara de filmar e eu, lá calhou, pura casualidade, a sério que foi, pintei as pestanas com o carro em andamento. E, como foi a minha primeira vez, decidi filmar. Eu que agora até tenho no vidro dianteiro do carro um apetrecho que contém uma mola que tanto segura telemóveis como máquinas fotográficas. Olarila. Então foi isso o que aconteceu, apanhei a máquina com a mola e pu-la a filmar-me. Um dia hei-de fazer mais vídeos assim. Não apresento vídeo, mas apresento a foto que a máquina regista ao iniciar uma filmagem, a qual, desta feita, me saiu desfocada. Eu bem que lá em cima já deixei o aviso com a referência ao tosco. Bom, então vá, a foto:




Hoje é Dia do Queijo. Gosto tanto. Não sou lá muito esquisita com o queijo. Bom, mas até certo ponto, claro, comer queijo com larvas não está nos meus planos; comer queijo extremamente picante não está nos meus planos; comer queijo demasiado bolorento e apodrecido não está nos meus planos.

Dias dum Ginásio

Há dias considerei esfalfar-me na elíptica, não esmorecer na velocidade, tumba-tumba-tumba-tumba nos movimentos durante uns penosos 30 minutos. Treinei no nível 8, o qual uso há para aí um mês, sendo que há dois meses, quando reeniciei os treinos naquele Ginásio, comecei pelo nível 7. Ora bem, nesse dia, findos os 30 minutos de tempo que uso desde sempre, gastei 315 calorias, portanto: mais 15 que o costume. Desde sempre que reparo que em cada treino daqueles gasto mais ou menos 300 calorias, daí mais 15. Mas só 15?! Meia hora de tumba-tumba e só isso?! Meia caloria por minuto a mais do que se estivesse a marimbar para o treino como tantas vezes estou...? Desanima, não é. É. Mas não me deixei desanimar, que é lá isso. Depois desse treino, na vez a seguir em que subi para a máquina, enchi-me daquela coragem que encontra em si quem quer muito atingir um objetivo, escolhi o nível a seguir, 9, e vai que tumba-tumba-tumba-tumba! Ao fim dum quarto de hora tinha 167 calorias gastas. Boa. Muito boa. Mais 17 em apenas metade do tempo. Teria portanto de ter gasto 334 ao fim da cansativa meia hora, tinha de ser. E tumba e tumba e tuma e tumba e tumba e tumba e tumba-tumba-tumba-tumba. (Já chega.) Cheguei à ditosa meia hora de treino intenso, sem esmorecer, esfalfada, t-shirt molhada nas costas, no peito, na barriga, a restante indumentária idem, decerto, só por dizer que é preta e portanto não se nota nada, eu alagada em suor, ressalvo que estamos em janeiro, ok, não está lá muito frio, tudo bem, mas estamos em janeiro. 327... Calorias... Ao cabo da meia horita que não passou a correr, nem eu, era na elíptica e essa é uma máquina onde a gente rema não só com os braços mas também com as pernas, fazemos assim como que um ski, vá. Devo ter desacelerado em alguns momentos, uma vez que não cheguei às 334. O pior disto tudo é que o número de calorias gastas poderá não corresponder à realidade, as máquinas são um bocado exageradas para a malta não desisitr, suponho eu, e, vai-se a ver, a merda da balança não lhe desce o ponteiro à esquerda nem nada, qual quê.

Dias dum Ginásio

Cão depositou resto de osso de roer em mochila que dono leva para Ginásio.
Dono subiu a andar de cima para anunciar isso a dona. Dona achou graça e bateu palminhas. Dono sorria condescendentemente. Mulher que escreve agora não deseja que leitor componha dona que bate palminhas com condescendência que dono mostrou, pois dono mostrava condescendência para com cadela. É cadela, é.

Nomes

Ausinda
Balbina
Isolina

Antes de mais

Antes de mais, uma foto do céu por sobre Loures às sete e quarenta e oito da manhã. A foto não está virgem, passei-lhe a mãozinha automática do programa que o pc do estaminé tem para estas coisas. As nuvens ficaram bem mais escuras, o que não corresponde à realidade, a foto virgem estava mais de acordo, mas deixo-a ficar assim, amanhada. Ou mal-amanhada.


Primeiro

Bom dia. São onze e onze. Capicua nas horas. Ah ah.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Intervalo pequeno

Chove em Lisboa. Um homem desce do autocarro, ao cruzar-se comigo diz:
'Já não chove, menina, feche o chapéu!'
A menina é a melhor parte, valha-me a penumbra para dissipar o carrego que a minha pele leva.

Olha, andei nas

Olha, andei nas netes e vai que descobri um canal no Youtube cujos temas são bestiais (ver aqui). Não se trata de conselhos de beleza, tutoriais de maquilhagem nem de vlogues da vidinha corriqueira dalguém, trata-se de falar de coisas.
Só isso.
Falar.
De.
Coisas.
É uma moça brasileira, ainda jovem, muito séria no falar, mas muito engraçada. Sabem o que é preciso 'andar' pra encontrar isso nas netes?! Pois.
Lamento imensamente que não existam canais assim em Portugal, se há, eu cá nunca encontrei nenhum. Era giro um dia encontrar uma caramela qualquer, tão quarentona como eu, claro, porque não, ora essa, desabafando acerca da sua vidinha direito a uma câmara, esperançada que alguém a ouça. Mas não há. Hei eu, bem sei, eu ando lá.
A falar de coisas.
Entusiasticamente.
Sério, gesticulo e tudo.
Mas eu não me.
Nem te.
Entretanto, e isto fica bem neste post, netes afora, descobri mais uma tégue que zanzou por alturas do verão de 2014 ou lá que foi, e se não foi que me importa, #queridaeumesma. Ó pá tóin xirú! É qué mêmo xirú! Vou fazer! Olarila!

Manuscrever

Descobri uma iniciativa fantástica, aqui. Trata-se de enviar diários que se tenham lá em casa, tanto próprios como dum familiar ou conhecido, que depois se submetem a concurso para posterior publicação. Achei fantástica a ideia e tratei logo de averiguar o regulamento, calculando de antemão que blogues e afins não poderiam constar como concorrentes... Pois. Certo. Lamento. Tenho diários manuscritos, tenho sim senhores, mas ainda que não contenham grandes segredos, a verdade é que foram escritos de rompante, ou seja, ali a língua portuguesa não está no seu (meu) melhor, naqueles textos existe uma crueza disforme, impreparada e quantas vezes impensada. Essa crueza é bela, eu sei, ou pelo menos vejo-lhe beleza, mas dificilmente alguém a contemplaria como eu.

Dias dum Ginásio

Já deitei o frasco do champô no lixo. Já deitei o pote da máscara para cabelo no lixo. Já deitei a esponja de banho no lixo. Ontem saí do Ginásio tão leve, tão leve.
Tenho uma luva de banho para usar. Nova. É lilás, a cor da calma, o cheiro da calma. Sério, não se nota, ora essa, nota-se pois, eu olho para uma parede lilás e cheiro-lhe a calma.

Primeiro

Bom dia. São onze e trinta e oito. Está quase, o meio-dia, e vai que estando aí seria diferente, boa tarde e isso assim.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

...

Intervalo grande

Cheguei no fim do piano. Bateram palmas ao pianista. Claro, havia de ser a mim, não...? Tenho uma frieira no dedo médio direito, junto à unha, do lado do dedo anelar, naquela polpinha. Cantinho...? Pronto, cantinho, vá, cantinho.

O meu telemóvel... ai perdão, telefone

Parece que parece mal dizer 'telemóvel', é mas é 'telefone', porque a bem dizer, lá está, bem dizer, aquilo é um telefone, móvel, é certo, bem dito, mas é um telefone.
O meu telefone é novo.
Mas velho.
E ficou em casa. Esquecido, o pobre.
Ora o que é que acontece?
Acontece que eu dantes não ligava porra nenhuma às netes que o meu telefone (isto do telefone vai durar só este post, que me cansa pra caraças) me disponibilizava mas que eu, apática, dispensava, e bruta, desprezava. Acontece que pra isso acontecer, falo de mexer no meu telefone novo, que é velho, tenho de o retirar de dentro da mala e deixá-lo ao ar, para ouvir os plins das mensagens e das notificações. E vai que, não estando ainda habituada a andar com o telefone na mão e não dentro da mala, ficou lá em casa, provavelmente em cima da mesa da sala.
Já agora registo neste post que a mensagem de que falei ontem no blogue, que ia de mim, telefone, pra mim, computador, acompanhava a foto ao meu tripé com a seguinte mensagem:
«Coiso. Miga. Coiso.»
Sou muito criativa quando falo comigo mesma.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é Dia Internacional do Riso. Note bem: do riso, da gargalhada, não do sorriso, aquele leve mover de lábios, cantos pra cima, num sorriso aberto, cantos ao lado, num sorriso enigmático, cantos não sei pra onde, num sorriso não sei quê. A gente sabe lá. Ainda pensei em multiplicar a minha gargalhada escrita
- ah ah -
até mais não. Mas depois, eis que, então, cansaria os leitores.
Hoje é dia... Aliás, hoje é o dia mais triste do ano, o qual se assinala há dez anos, calhando este dia à terceira segunda-feira do ano, portanto do mês de janeiro.
E porquê?
Porque supostamente as dívidas que foram arranjadas no Natal perduram, o tempo está frio, chuvoso, as férias encontram-se lá longe, véri véri fáru ei, e por último, deixou de haver força anímica para continuar com as resoluções de Ano Novo.
Supostamente, ressalvo.
- ah ah -
Portanto, como se pode verificar, querendo esmiuçar este post, este dia toca em dois opostos, a alegria e boa-disposição e o negrume da tristeza e desolação.
- ah ah -

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e sete. Ah ah.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Enquandramentos

Mau...




Bom...


Foto

Tirei uma foto ao meu tripé.
Com o telemóvel.
Tenho um telemóvel novo.
Mas velho.
Há q' anos q' herdo telemóveis, não têm nem ideia dos anos q' há q' eu herdo telemóveis...
Mandei do telemóvel, via email, de mim para mim mesma, a dita foto. E vai que a recebi no pc e no telemóvel novo.
Mas que é velho.
Foto e tudo, ó:


...


Não dá. Está num ficheiro winrar ou lá que é, e zipada, quer isto dizer que tem um fechinho, ou que está atrás das cortinas, tapada, escondida, encriptada...? Hum, também não chega a tanto, se eu quiser vou lá espreitá-la na maior das calmas. E vai que a foto está horrorosa, eufemismo para merda, e vai que é melhor não perder tempo a transformá-la para um formato que o senhor Blogspot admita e mais não sei o quê.
Tenho um telemóvel novo.
Eu dantes também tinha... Aliás, o telemóvel que eu dantes usava, também acedia à Internet e coiso, só por dizer que.
Instagram...? Ah o Instagram. Pois.
Depois de aceder à minha novíssima conta tirei uma foto ao tripé. Mas como sou leiga, é que nem a iniciante chego, é leiga, e leiga aqui é eufemismo para algo nada pomposo, desliguei-me da página antes de mostrar o meu tripé ao mundo. Pronto, eu queria clicar no 'publicar' mas cliquei no 'desligar'.
Quão pomposa sou, não é. 


atão...?

seis e meia
já sei: podia ser pior

Primeiro

Boa tarde. São quinze e trinta e sete. Está de chuva. Muito bem-vinda, esta chuva. Antes hoje que amanhã, não é. É.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Último

Boa noite. São vinte e uma e quarenta e cinco. Ia ao cimena mas não. Mudei o aspeto do blogue, em cores e tipos de letras. Há semanas que quero pôr aqui ao lado uma publicaçãozinha em destaque, mas sempre que escolho uma e a coloco lá deixo de a considerar. A sério, mesmo a sério, não sirvo para promover.

Tipos

Tipo coisas, fotos, que eram estas, tipo isso, e tipo, são estas, pra por no cabeçalho do blogue. Mas... Tipo, não deu, tipo ficavam estranhas. Tipo todas. Estranhas. Tipo lá em cima. Pensei tipo, as fotos estão uma merda, fiz tipo uma data delas, uma merda, mas tipo, pus lá uma assim tipo pindérica. Mas ao menos combina tipo as letras e isso. Tipo as cores. Não. Tipo tirei-a logo a seguir. Não. Tipo era esta, ó:




Mas há mais, tipo, bués, ó:


Da janela do meu quarto, às 7:41

Primeiro

Boa tarde. São dezasseis e quarenta e nove.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

repetirmerepetirmerepetirme

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Como pintar as

Como pintar as unhas no estaminé e durante a hora de expediente. Pois. Bom, é fundamental ser um estaminé com pouco movimento; é fundamental pintar uma demão numa mão de cada vez, com intervalos de meia hora. Isso significa que pinto as unhas em quatro fases e que levo um ror de tempo dar por terminada a tarefa; é fundamental que o acaso não me traga um cliente a querer comprar cabo d' aço, tampões de meia polegada, canhões para caixas de correio, mandar duplicar uma chave. Já outras coisitas não farão dano: uma vassoura, um champô, um ralo para lava-louça. Tive sorte, consegui que a pintura nas unhas seja capaz de fazer resplandecer toda a beleza que há em mim por nem um risquinho sequer ter. Olarila.

Intervalo grande

Deitei o saquinho com as coisas velhas no lixo. Escolhi um longe daqui, na rua mais bonita de Lisboa, lá ao fundo, do lado direito de quem a desce.

7

«Once I was seven years old, my mamma told me». Pois foi. Há quarenta anos. Ah ah. And my mamma also told me «go make yourself some friends or you'll be lonely». Pois foi. Lucas Graham a cantar na Radio, tanto estes versos, como os restantes, quer isto dizer: a canção inteira.
Sete anos depois dos meus sete anos, portanto aos catorze, a minha mãe tinha realmente uma visão incrível acerca da minha faixa etária, eu precisava de amigos, a minha mãe, que era, note bem: era, a pessoa que melhor me conhecia, supôs, percecionou, que eu precisava de amigos. Quão certa estava, a minha mãe, quão presente era a minha solidão. Os meus catorze anos foram a minha adolescência, eu era não só solitária nessa altura, mas também infeliz. Depois passou.

Tenho de alindar o cabeçalho do blogue

Tenho, tenho. Tenho de escarrapachar uma foto onde apareça eu, ou então algo que muito aprecie, uma árvore, uma flor, uma montanha, uma nuvem. Normalmente coloco imagens de mim no cabeçalho do blogue, até já me lembrei de pôr aquela foto que tirei a mim mesma quando vim vestida de franjas. Mas não. É que depois chegavam-se-me aqui as invejosas e era só comentários obscenos na caixa. Não. Bom, estava a ser irónica, eu quero mesmo pôr para ali uma imagem qualquer, pois por muito que goste de ver um blogue desafogado, alvo, limpo, porque realmente gosto, sinto que não apela, não tem alma, está vazio, vazio de mim, é por isso que tenho de preencher o cabeçalho com uma imagem. Vamos lá a ver se no fim-de-semana tenho tempo para isso. Para isso e para colocar uma frase. Minha.

Cor-de-laranja

Lembrei-me do meu vestido cor-de-laranja. Não é só saudades do calorzinho e da frescura que um vestido pode trazer e assim contrariar o calorzinho, quando o dito se nos apresenta de maior, insuportável, não, é que uma das portas dum dos meus roupeiros tem a dobradiça meio parva, vai daí nunca se fecha totalmente, mantendo sempre uma nesga por onde todos os dias avisto o meu saudoso vestido cor-de-laranja.

Primeiro

Boa tarde.
(Boa tarde?!)
(Sim.)
É meio-dia e dez.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Último

São dezanove e oito. Percorro a rua José Falcão, em Lisboa. Cruzo-me com pessoas, invejo-as todas, todas moram já ali, mesmo que não morem, todas estão a um passinho de casa. E eu.

uma coisa é certa

uma coisa é certa
um dia o antunes vai descer as escadas e encontra-me a falar para a câmara
uma coisa é certa
um dia o homem do bangladesh vai virar as esquina e dar comigo falando para a câmara
uma coisa é certa
um dia vou fartar-me de fazer vídeos que ninguém vê; verá
uma coisa é certa
um dia vou dar comigo enlouquecida por falar sozinha para a câmara fazendo vídeos que ninguém vê; verá
uma coisa é certa
um dia isto acaba-se-me e não mais escreverei no blogue
uma coisa é certa
um dia morro e portanto...
… uma coisa é certa...

Seis

Há cerca de seis anos tive o primeiro ataque de pânico da minha vida, apontava números à mão que eram parte dum número de telefone para onde eu ia ligar, havia toda uma série de pressões por sobre mim, que durante anos e anos aguentei, calada, mas, não as aguentando mais, o ataque deu-se e a minha vida desmoronou. O que senti foi uma espécie de desmaio consciente, a porra é essa, a consciência do que está a acontecer, bem como a incapacidade para ser ou fazer coisas, lembro-me por exemplo de não ter força para segurar a mala, para andar, para falar, de gritar e chorar descontrolada e/mas conscientemente. A porra é essa, a consciência. Porque eu sabia que estava a fazer 'figuras', porque o imperativo era (continuar a) anular-me, (continuar a) calar-me e (continuar a) agir diferentemente 'daquilo', mas não conseguia. Foi assim que descobri que o 'não consigo' é coisa para afinal de contas existir. Aborrece-me sobremodo este 'não conseguir' quando realmente 'não consigo'. Mesmo. Mas não consigo. Mesmo. Mas o tempo passou. Nos dias que se seguiram, incrivelmente, continuei a viver com os costumes de sempre, mas somente por fora, por dentro encontrava-me mal-amanhada e desgovernada. Aguentei dois meses nesta situação, em pânico, a querer morrer mais que tudo, sem que a ideia de ter filhos, marido e casa me interessassem para nada, tampouco flores, passarinhos, nuvens, lagos, sol me ajudavam a ultrapassar esta agonia. Ninguém me interessava, nada me interessava, e eu sabia disso, a porra da consciência ajudava-me a não me esquecer. Não havia alegria ou luz de espécie nenhuma. A ideia do suicídio não me abandonava e eu sei, sei, que me enforcaria no armazém se não me tivesse disposto a buscar ajuda clínica, lá está a puta da consciência, muito embora aqui se apresentasse benfazeja, impulsionando-me para a decisão que me levaria a percorrer um caminho que prometia ser bom. Tem sido um caminho verdadeiramente bom, mas sinuoso, há seis anos que oscilo entre a astenia, incapacitante e que ninguém perdoa, e a tristeza mórbida, que ninguém compreende e aceita como sendo a minha natureza, o que me obriga a atingir um estado onde aparento 'normalidade'. Mas o tempo vai passando. Fui então aprendendo a controlar os meus achaques, que são cada vez mais espaçados entre si, o que acontece é que vou calcando um e outro, amordaço-me, encolho-me, estrebuchando principalmente quando me encontro sozinha, raramente quando me encontro rodeada de pessoas. O fulcro da minha preocupação é ocultar das gentes os meus ataques de pânico porque me envergonho de os ter, e não me venham dizer que há muita gente que tem e é normal, porque não é normal, eu ainda me sinto doente todos os dias e isso não é normal. Bom, passaram seis anos, combato a astenia e a tristeza com o ato de escrever. Sobretudo. Nalgumas vezes deixo transparecer essas emoções porque me é de todo impossível não as mostrar se na verdade escrevo um diário, ora acontece que neste diário também registo as coisas boas e, acontece também, que para as escrever tenho de as observar e enquanto as observo distraio-me das minhas tormentas todas. Conclusão: escrever ajuda-me a viver sem pensar em morrer, a não sucumbir, não enlouquecer. Devolve-me portanto uma parte de sanidade mental.
Na noite em que se completaram seis anos em que iniciaram estas dificuldades, sonhei com elevadores. Sonhar com elevadores é o meu sonho recorrente, o pesadelo maior de todos. Sonho que entro no espaço, geralmente é um espaço enorme, o que para mim é problemático, apinhado de gente, o que para mim é problemático, sou elevada no ar devido à deslocação do elevador, o que para mim é problemático, planar é-me penoso que se farta, há como que um descontrolo de mim, do meu corpo, sou uma espécie de balão, para ali ando, a flutuar no ar, à mercê. Para mim, este sonho é o que mais se aproxima do pesadelo, apresenta-se de vez em quando, mudando apenas as pessoas que estão dentro do elevador, no mais assemelham-se uns e outros, e há muito tempo que não sonhava desta maneira. Vá-se lá saber porque o fui buscar precisamente na noite deste dia... Subconsciente a atuar...? Não sei.
Se alguém ler este post até ao fim, por favor, não se vá embora com a ideia de não mais voltar, não por eu ter ataques de pânico e ser uma daquelas pessoas com quem não se sabe lidar, ai que ela vai desmaiar, ai que ela vai gritar, ai que ela vai chorar, ai que ela vai-se matar. Tampouco esperem que eu saiba lidar com vocês, porque não sei.

SBP

Bom, tenho de fazer um papelinho novo. P já está, falta SB. P agora passa a 4 de fevereiro próximo e tenho de marcar SB para 18 de janeiro, é já na segunda-feira, pá. Que espero para ligar. Pergunto.

Estou sem roupa

Estou sem roupa. Ah ah. Não estou nada, mas quero um casaco diferente para andar aqui no estaminé, que este que tenho agora é por vezes quente demais e a bem dizer não me serve. Quero dizer: serve, vá, serve, mas é casaco para usar abotoado, e se o abotoo prende-me os movimentos. E se o desabotoo, que afinal de contas ando sempre assim, abre-se demasiado e ando sempre a roçar com os braços no fecho. Pronto, a minha vida é complicadíssima, bem sei. Então ontem andei a ver nos saldos se encontrava alguma coisa. Bom, preciso dum casaco que:
• abotoe sem me sentir a oitava salsicha duma lata para apenas seis
• seja duma altura pra me chegar somente até ao quadril, nada mais que isso
• tenha uma cor viva, ou não muito escura, vá, isto para eu não parecer a velha da alameda, e também me convém que seja uma cor que 'aguente' poeirada e resíduos de ferrugem e óleo durante duas a três semanas, isto para eu não parecer a velha porca da alameda
• tenha um preço baratinho, porque uma vez que não sou da alameda, sou pobre pra caraças
Ontem vesti um amarelo, assim da cor da mostarda, sabem, com um preço daqueles em que basta uma nota mais ou menos cor-de-rosinha para o pagar, com fecho, com dois bolsos, mas pequenos. Só que não o trouxe. Mas entretanto estou arrependida, era o casaco ideal. A cor é alegre, aguenta poeira e quês, abotoa na perfeição, não me sinto a tal salsicha, é barato. Daqui a nada vou lá buscá-lo. Creio eu.

Posta-restante:
... O casaco tem capuz, já nem me lembrava que esse foi um dos motivos para não o ter comprado logo ontem.

Rede Social

Já tenho Instagram. De nada, ora essa. Não sei se terei muita paciência para aquilo, mas quantas vezes nestas coisas o que me falta é começar...? Muitas. O responsável por esta novidade é indubitavelmente o meu telemóvel novo, que é velho, possui um ecrã grande, as letras são grandes, possui ainda uma série de mariquices que torna o seu uso simples, e vai que pumba e coiso. A ver vamos. Entretanto recebi logo um email a dizer para dar uma volta no site e mais não sei o quê, mas era tão tarde que deixei para hoje. A ver vamos.

Posta-restante
Fiquei a saber posteriormente à feitura deste post que o Instagram é coisa para somente se poder mexer através do telemóvel. Ah ah.

Pequeno-almoço

Chá de Tília + Torradas com Manteiga = …?

Ponho a água ao lume para o chá ainda antes do primeiro chichi, ensonada que eu sei lá, com a cadela de volta de mim, aos pulos. É que assim ganho tempo. Depois então é que despejo a bexiga e começo a preparar-me. E já a cafeteira, que neste caso se devia chamar chafeteira, ferve quando volto à cozinha. Ou então não. E se não ferve aproveito esse poucochinho de tempo para desenroscar o frasco que contém as folhas secas e retirar algumas que coloco em cima da tampa. A água ferve, desligo o lume, as folhas são postas dentro da chafeteira, tapo, aguardo. Ou então não, não aguardo nada, vou mas é fazer as torradas. Quando um dos lados das torradas está no ponto e já o outro se encontra a receber calor, é hora de coar o chá para dentro de três canecas. Eu explico o porquê serem três e não quatro, ou duas, ou uma, que adoro explicar coisinhas. A rica filha sai tão cedo para o trabalho como nós dois, o rico filho ainda dorme. É que tem um horário completamente diferente, chega a casa de madrugada, ademais não gosta de chá nem por nada, a rica filha gosta e não é pouco, portanto, contas feitas, três canecas com chá são postas em cima da mesa da cozinha a arrefecer, ainda o segundo lado da torrada está a torrar. Depois é barrá-las. Depois adivinhem o que acontece. Ah ah. Queimamos a língua porque o chá ainda está muito quente. Ah ah.