domingo, 18 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Planos natalícios
ou então
Planos comelícios
Consoada-24:
Alheira à Brás?
Bolo de Chocolate com Merengue?
Cheesecake?
Bom, na verdade são dúvidas. Por ora. Já perguntei à rica filha se está na disposição de ver um bolo de chocolate na mesa.'Bora lá mãe!, respondeu ela, estamos no Natal. É que faz-lhe borbulhas. Noutras alturas é: ó mãe, não faças coisas com chocolate, ó mãe, não faças coisas com chocolate, ó mãe, não faças coisas com chocolate, ó mãe, não faças coisas com chocolate, ó mãe não... faças, mãe, não faças.
Façam 1, 2, 3
1
Façam tarte de maçã coberta de crumble. Podemos juntar o crumble, que é uma iguaria doce das que mais aprecio, com tarte. A ideia retirei-a da revista Continente Magazine deste mês, na qual está uma receita em que a base da tarte se não dobra ou coloca em tarteira nenhuma, não senhores, antes se dispõe num tabuleiro grande, juntando depois a maçã laminada e temperada com a bendita canela em pó e o açúcar, preferencialmente amarelo. O mascavado também serve, serve até para ter o resultado do açúcar, que é caramelizar, sem adoçar muito ou aumentar exponencialmente as calorias, isto para quem tiver esta preocupação. De seguida salpica-se com o dito crumble e vai ao forno. Idealmente, o crumble cobrirá totalmente a fruta no caso de se usar uma tarteira, mas na foto da revista a maçã está à vista, o que me leva a pensar que no caso desta receita não importa lá muito cobri-la. Usei uma tarteira e tapei a fruta. Portanto, vá, forrei uma tarteira com massa vienense*, joguei lá para dentro a minha mistura de maçã*, cobri-a com o meu crumble* e levei-a ao forno até alourar as bordas.
2
Façam roscas. Ó pá, às vezes lá me acontece fazer coisas que nunca fiz, gosto particularmente de sentir essa novidade, de maneiras que me joguei a fazer umas roscas fritas, o que não é nada comum. Preparei a massa tal e qual e no fim achei que não ia resultar. Sei lá, olhei para a consistência da massa, senti-a nas mãos, e receei que mesmo no fim do descanso merecido, não conseguiria moldá-la em argolas. Mas que engano, iei! Deu resultado, iei! No fim passei-os por uma mistura de açúcar branco e canela em pó, ao invés de os regar com caramelo e chocolate e lhes jogar sal para cima. Estas roscas são densas mas saborosas, nada semelhantes aos dónutes, como eu julgara inicialmente. O único senão é a fritura, que se revelou difícil ao nível da temperatura do óleo, deixei queimar alguns... Que, no fim das contas, também se deixaram comer. Deixo imagem com a receita que recortei da revista.
3
Façam pães doces. A massa tem uns certos quês ou umas certas manias. Não tem nada, é fácil** . Estes pães doces podem ser recheados com toda a sorte de ingredientes, e de todas as vezes que fiz, fiz sempre com açúcar e canela, mas ainda hei de fazer com creme de pasteleiro, tem de ficar muito grosso, a ver se não escorre, frutos secos, fruta cristalizada, compotas, também muito densas, e podemos ainda rechear os pães mas com salgados, tipo enchidos e/ou queijo, mas nesse caso talvez seja melhor retirar o açúcar, ou pelo menos uma parte, não vá a coisa não suceder por bem. E bom. À parte o recheio, esta é uma massa que se pode moldar de diversas maneiras, isto para além do modo como descrevo abaixo, sendo uma delas fazer uma grande argola, dar umas tesouradas no exterior e abrir um pouco os cortes por modo a conseguir uma boa cozedura. Também não experimentei. Ainda.
*Massa Vienense (para fazer de modo a sobrar)
500 gramas de farinha
300 gramas de manteiga
200 gramas de açúcar
2 ovos pequenos
Depositar a farinha na bancada, abrir um buraco ao meio e colocar aí os restantes ingredientes. Misturar aos poucos os elementos secos com os húmidos. Quando a massa se apresentar homogénea dividir em duas ou mais partes. Enrolar cada uma em película e colocar no congelador.
Quando chegar o dia de usar, descongelar uma das partes da massa e fazer bolachas e/ou massa para tartes doces.
*Crumble de Maçã
Descascam-se três maçãs e cortam-se aos pedaços mais ou menos do mesmo tamanho para que a cozedura seja uniforme. Acrescenta-se uma colher de chá de canela em pó, uma colher de café de gengibre em pó, uma colher de café de baunilha, raspa e sumo de uma laranja, raspa de um limão, um dedal de Frangélico ou licor de amêndoa amarga, ou ainda outro a gosto, como por exemplo vinho do Porto. Misturam-se bem estes ingredientes e colocam-se na base duma tarteira untada nas laterais com manteiga. Em seguida espalha-se 50 gramas de amêndoas descascadas, tostadas e laminadas. Reserva-se e passa-se ao passo seguinte.
Para o crumble juntar um cup de farinha, um cup de açúcar amarelo, um cup de flocos de aveia, 150 gramas de manteiga fria em cubinhos, 1/4 de cup de amêndoa moída, duas colheres de sopa de coco ralado, uma colher de chá de canela em pó, uma colher de café de baunilha, uma pitada de noz moscada. Com as mãos vai-se misturando a manteiga com os restantes ingredientes até tudo estar ligado e com um aspeto esfarelado. É então que se coloca a mistura por cima das maçãs de modo a que todas fiquem completamente cobertas. Vai ao forno uns quarenta minutos ou até as bordas se apresentarem alouradas.
**Pães Doces
Massa:
400 mililitros de leite
100 gramas de manteiga
100 gramas de açúcar
15 gramas de fermento de padeiro
700 gramas de farinha sem fermento
Recheio:
manteiga q.b.
100 gramas de açúcar
1 colher de sopa de canela
Preparação:
Leva-se ao lume o leite, a manteiga e o açúcar somente o tempo suficiente para amornar.
Deita-se o fermento e deixa-se atuar uns minutos.
Dá-se uma mexedela com uma colher de pau até tudo estar mais ou menos ligado.
Pesa-se a farinha, coloca-se numa tigela e abre-se um buraco onde se despeja a mistura morna.
Deita-se a massa na bancada e amassa-se durante uns cinco minutos.
Põe-se a levedar dentro duma tigela abafada com panos limpos durante duas ou três horas.
Passado esse tempo retira-se a massa e amassa-se novamente, se bem que durante menos tempo.
É agora hora de estender a massa e formar um retângulo para aí com uns 50 por 30 centímetros e uma espessura de 1 centímetro.
Quando a massa tiver essas medidas barra-se com a manteiga e polvilha-se com o açúcar e a canela.
Faz-se um rolo apertadinho e corta-se em tiras de mais ou menos 5 centímetros.
Colocam-se os rolinhos numa forma redonda, no sentido vertical, assim como que a fazê-los parecer um arranjo floral, mas guardando algum espaço entre eles.
Vai ao forno - sem esquecer de untar e enfarinhar a forma e lhe forrar o fundo com papel vegetal – durante 40 a 50 minutos.
Copos de supermercado
A nova iniciativa do Continente em matéria de selinhos que a gente adquire mediante compras... São copos. Para adquirir cada selinho a gente tem de gastar 20 euros. Para adquirir cada par de copos...
(há para gin tónico, vinho tinto, vinho branco, champanhe, cerveja, água/sumo... estou interessada na aquisição dos últimos, apenas, mas, quando muito, curtia ter uns quantos de gin tónico, principalmente porque não tenho nenhum)
… A gente tem de colecionar 16 selinhos, ou 8+2.99€. Eu, a querer 6 copos, vou ter de gastar 320€, ou, querendo despachar a coleção, 168.97€. É, indubitavelmente, uma exorbitância, porque rapidamente se faz o seguinte raciocínio: eh pá, a quantos euros me fica cada copo...? Se faz as contas e se conclui que fica a 53.33€, isto no primeiro caso, e no segundo a 28.15€. Mas... Contudo... Eu não vou às compras para 'ganhar' copos, vou às compras porque tenho de ir às compras e iria às compras de qualquer maneira, com ou sem copos, com ou sem selinhos. Portanto, havendo copos no supermercado aquando do preenchimento de três cadernetas, eis que conseguirei 6 copos grátis, o que significa que rente à primavera terei os meus copos na prateleira.
Compras de Natal
Já visitei a loja do senhor Adeodato no sentido de lhe comprar uns quantos frutos secos. A saber:
Alperces jovens
Avelãs jovens
Amêndoas torradas e jovens
Portanto: três As mas nada de girassol. E tudo aos duzentos gramas, que afinal a gente nem seremos assim tantos no meu Natal e, ademais, sei lá o que vou fazer de doces e o caneco. E fiquei de olho numa grarrafa de vinho do Porto antiquíssima. São várias, aliás, e o senhor Adeodato tem-las no mais alto das suas prateleiras, empoeirada e com aspeto antigo. Antiquísimo. Ai espera lá, não é uma garrafa de vinho do Porto, é uma Garrafa de Vinho do Porto.
Lugar (que também pode ser) da musa
Pode haver muita tristeza no lugar (que também pode ser) da musa. Minha. Para eu sentir. Mas, se eu der atenção às septuagenárias, ela atenua. Elas nunca se sentaram tão perto como hoje.
Quem são:
a da cicatriz
a da novela
a da camisola
Adjetivos
Triste e só são adjetivos sem género. É que nem vale a pena ser-se esquisito ou pensar muito.
Nunca se larga a essência, sete
Nota-se-lhe a (boa) intenção. Copiei-o secretamente mas sem secretismo intencional. Resultado: pois.
Munições
Estou munida de papel e sacos de Natal, fitas de embrulho de Natal, fita-cola e jeitinho incrível para embrulhos. Estou também munida de prendas e de vontade de as dar.
Planos doces e salgados para o fim-de-semana
Doces
Bolo de Manteiga de Amendoim. Ó pá, é que há montes de tempo que o quero fazer. Acho que a manteiga de amendoim proporciona um sabor diferente aos bolos e como nunca a experimentei em nenhum, olha, é amanhã. Vou copiar esta receita da revista Continente Magazine de outubro passado, vejam só o tempo que há que ando para experimentá-la.
Salgados
Curgetes Recheadas de Atum. Veio também na já referida revista, mas do mês corrente. Não tem nada que saber, trata-se de fazer um refogado com os costumes de cada um, juntar o meio da curgete, antes retirou-se-lho com uma colher, o atum, as natas e o queijo, este espalha-se antes de levar ao forno. Ende détse ól, uâne ofe itche.
Dos almoços
Dois dias atrás, o Zé voltou da sua doença, querendo isto dizer que se libertou dela. Este Zé é o da idade do meio. Bem vindo, Zé, na língua e no blogue.
A folha da árvore
Há semanas que observo atentamente as árvores da rua mais bonita de Lisboa. Mentira, pá, sempre as observei, umas vezes mais atentamente que outras. Mentira, pá, às vezes vou tão distraída que nem me lembro de olhar para as árvores. Hoje, o que me moveu no sentido de vir escrever, foi ter visto, num dia já lá longe, cair uma das folhas. Apodreceu e caiu, é assim que acontece. Era totalmente podre, estava portanto morta. E castanha, qual verde, qual quê. Procurei incessantemente, oh que apoquentação e estafa, credo, andava pálida, mas dizia eu que procurei, e era por uma folha no chão, uma ainda verde, até que encontrei. Depois digitalizei-a dum lado e doutro e foi por isso que considerei estarmos a fazer coisas juntas.
Primeiro
Bom dia. São dez e vinte e um.
Novencentos gramas de bananas
Trezentos e dez gramas de gengibre
Mil setecentos e quinze gramas de laranjas
Setecentos e vinte e cinco gramas de limões
Mil e noventa gramas de cebolas
Quinhentos e oitenta gramas de curgete
Felismino Semedo, ponto, cardinal, érre-á-pê-tê-ó. Isto aos dezasseis de dezembro de dois mil e dezasseis.
Novencentos gramas de bananas
Trezentos e dez gramas de gengibre
Mil setecentos e quinze gramas de laranjas
Setecentos e vinte e cinco gramas de limões
Mil e noventa gramas de cebolas
Quinhentos e oitenta gramas de curgete
Felismino Semedo, ponto, cardinal, érre-á-pê-tê-ó. Isto aos dezasseis de dezembro de dois mil e dezasseis.
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