sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

escolhe

ou sentes prazer de ver os queques borbulhar dentro do forno, ou sentes pânico



queque queres?
um queque!


quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Vida animal

Karen?, é que nem a vi, hoje foi dia em que me resolvi a não importunar a bicha-gata. 
Kildo?, ah, Kildo, hoje foi dia de grande movimentação, presumo que pela diferença horária, já que a coisa se deu de manhãzinha e o sol na cozinha atraía o bicho-gato.
Se eu fosse Karen, dizia-me: eh pá, ó Gina, desopila mas é daqui.
Se eu fosse Kildo, dizia-me: eh pá, ó Gina, deixa-me entrar, vá lá.
No mais, nada igual, andei à lufa-lufa, fiz tudo a correr, que o tempo encurtou-se-me.


posta restante:
tenho tantas mas tantas saudades de escrever

olá

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Post bem dispostinho

Ir à psicóloga é como ir à nutricionista, ou apareço lá menos pesada nas ideias, ou então é vã visita.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

procura

faz de conta que, em vez de eu andar à procura de um cabeleireiro aberto, ando à procura de uma vida melhor

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Graminhas

Graminhas, ah pois!, e eu lá me ia embora do - por mim tão - adorado blogue em derradeira sexta-feira de dois mil e dezassete sem lhe acrescentar os meus graminhas?!
Não.

seiscentos e vinte gramas de pêras
dois mil seiscentos e quinze gramas de laranjas
setecentos e noventa gramas de clementinas
setecentos e oitenta gramas de maçãs
quatrocentos e sessenta gramas de batata-doce
duzentos e sessenta e cinco gramas de cebolas
cento e trinta gramas de alho
quinhentos e cinquenta e cinco gramas de abóbora

Comprinhas


1 conjunto de colheres-medidoras em quatro medidas, que enumero em crescente: 1 colher de sopa, 1 colher de chá, ½ colher de chá, ¼ colher de chá. São em dois materiais: plástico, os cabos, silicone, as conchas. O engraçado é que os cabos são enfiados nas ranhuras que as conchas têm, eu querendo, tiro-os, mas não quero. Ó pá, pronto, na verdade já tirei uma, a de sopa, mas o melhor é não brincar muito para não esbeiçar a ranhura. Ah, e são duas cores: transparente fosco, os cabos, amarelas, as conchas. Este conjunto tem, contudo, um senão, eu preferia que as duas colherinhas mais pequeninas não fossem aos meios e aos quartos, cá pra era assim: colher de sopa, colher de sobremesa, colher de chá, colher de café. Mas olha, paciência.

1 frasco de plástico transparente e mole com maçãs ao estilo grâni smite impressas. O plástico mole pode ser bom para a pancada, pois como se sabe, o plástico rígido é coisa quebrável por qualquer palhinha ou nervo bom. Este frasco já está a uso, contém grande parte do meu espólio escrevinhador, ele é canetas e ele é lápis. É cá um molho deles! Andei que tempos à procura de um frasco não-muito-caro/versus/próquié-que-sa-lixa-qualidade, é que tinha que ter vinte centímetros no mínimo, isto por conta de uma caneta finíssima e compridíssima, de giríssimo e pretíssimo moustache no topo. Um dia medi-a. Media. Média. Mas era alta, a caneta, vinte centímetros. Ponderei despachá-la – leia-se jogá-la no lixo – mas foi-me oferecida por um senhor que não tem bigode e deu-me pena ele, não a caneta. Sabem como é, pronto, há aquele sentimento de desonra para com a amizade – tenha ela a escala ou o calibre que tiver – se a gente jogar no lixo uma oferta. Obviamente o cavalheiro jamais saberia o destino da caneta, a menos que lho transmitisse, obviamente o cavalheiro já não lembra o que ofereceu, mas. Então, o que aconteceu foi que demorei o tempo que demorei a decidir-me por um frasco que no entre dos tantos tenho estado a apresentar-vos.

Vida animal

Os bichos-gato não quiseram saber de mim para nada, já num post abaixo está isso explícito, e agora reforço a ideia. Quero dizer: Kildo, o extrovertido, logo ao início ficou, uma vez mais, interessadíssimo no conteúdo do balde, creio, porque quero crer, que o interesse se deveu a um perfume diferente que adicionei à água. Pouco depois lá estava ele, debaixo da mesa da sala, mas em cima de uma cadeira, sentadinho, rabo tapando as patas dianteiras, como é comum na raça, mirando eu de um lado para o outro. Pus-me nas cenas do costume e, a dada altura, ouvindo o arrastar da porta da cozinha, Kildo correu com destino à varanda. Não deixei que lá chegasse, claro, e ele já não largou a soleira da porta, cheirando a fresta uma vez e outra, até que se sentou à espera que eu me descuidasse. Já Karen, essa sim, se debaixo do edredão estava quando cheguei, debaixo do edredão se manteve enquanto por lá cirandei. Mas eu gosto de a ver, tanto gosto que a espreitei: olá Karen, estás aqui?, ah tu estás aqui...É linda, a bicha-gata, clarinha em pêlo e olhos, pena não se deixar ver tanto como o seu mano, já a senhora diz e digo eu também. A propósito de dizer, enquanto lá estou, digo bué coisas aos bichos-gato com a certeza de que não me entendem, mas não faz mal, eles gostam de mim na mesma.

Mais luzes de Natal
(o Natal já passou?, ah, então está bem)
(a foto é rebuscada e também está bem muito bem, olarila)

Cheguei

Eis-me chegada de dois apertões e uma data de esfregas em cada mama. Menos mal, fosse mal... e mal era. A ideia-desejo é seguir daqui com os dois pingentes tão saudáveis como aqui chegaram. Se eu andasse à procura de resoluções à época, olhem, tinha um, que é a saúde grátis.

Senhora faz crochê em sala de espera de consultório médico. Mulher presume que senhora se dedica afincadamente a lãs & agulha para barriga esperante que há lá em casa. Mulher julga assim porquanto amarelo é cor escolhida em dias de esperança. Mulher não sabe inventar histórias, nada disso, mulher olha melhor para cores de colchinha fofa → há, não só amarelo, como cor de ocre e cor de caramelo e cor de tronco.

Do distraído estranho em Lisboa :
Desci às catacumbas acompanhada de uma mulher. Cruzámo-nos com um homem que nos desejou um bom Natal.

Coroa-jóia

Se encontrei a coroa da rica filha, é o que quereis saber?
É?!
Então está bem.
Encontrei, sim senhores. Num dia de sol, lá fui à caça da linda coroa, cheia de esperança num conhecido e aparatoso Centro Comercial de Lisboa.
Vinguei portanto na vida. Viva o Natal e aquilo da boa-vontade, da tolerância, do nobre desejo de satisfazer supostos e irrisórios e tolos prazeres. Viva. Vivamos. Há anos que cheguei a uma conclusão que alivia: o dinheiro traz felicidade, ok, que é efémera, ok, mas afinal não são todas as felicidades assim? Quero eu dizer as colinas, as ondas, o canto da passarada, as cores do arco-íris e das flores, o cheiro da terra. Não sentem que essa felicidade é também efémera, a um tiquinho do inútil?

Luzes

Do tal espectáculo de que falei neste post, registo agora que o vi todinho. Era luzes e mais luzes refletidas na Fonte Luminosa, eu nunca a tinha visto com tantas, às vezes os senhores que mandam lá naquilo põem umas iluminações ou dão uns banhos às estátuas, mas nada mais que isso. Olhem, foi lindo, mesmo, e fiquem sabendo que vi o espectáculo no último dia em que eu! podia ver.

Sonho

Sim, ainda um outro sonho, é que ando atrasada na escrita. Sonhei com a dona dos bichos-gato.
Ó Gina, não deixe nenhuma porta aberta
Ó Gina, tenha cuidado que o Kildo é doido
Ó Ginó Gina
Devo dizer, fica-me bem, que na vida real fico extenuada com a preocupação constante em manter a atenção nos afazeres e nos bichos-gato em simultâneo. Ó pá, nem queiram saber, é que os bichinhos, se são gatos, não são cães, querem lá eles saber se estou lá ou então não, querem é saber se abro portas, né Kildo?, é 'miga-gina, diz ele.

Sonho

Mais um sonhozinho lindo da mamã. É de cabelos. Sonhei que tinha ido cortar o cabelo e tinha vindo de lá com o cabelo maior e muito macio e agradável à vista. Olhem, isto é mesmo um sonho. Provavelmente - que isto do subconsciente a gente sabe lá, né? - fui sonhar com penteados porque não muito longe deste sonho tinha estado a dizer ao senhor professor de Pilates:
Ai pá, eu acho que estou a falar consigo toda despenteada, sabe que cabelos e capacete não combinam, né?
Enquanto isto penteava-me com os dedos, crendo que melhorara. Sem espelho, apostei na crença.

Sonho

Sonhei com Elisabete Maria, a esotérica, e com Carminho, a esteticista que embeleza. Aos três de janeiro, Carminho tinha a sua agenda preenchida com um embelezamento em Elisabete Maria. Ora acontece que o único dia que eu tinha livre era precisamente esse,
mas ok pronto paciência
vou então a quatro de janeiro
não me dá jeitinho nenhum
mas vá lá
, e vai que Elisabete Maria morreu por estes dias e daí nasceu a possibilidade de eu ser embelezada no desejado dia três, que, chegado, me foram então feitos os embelezamentos, sendo um deles: retirar gordura do queixo. Carminho, cuidadosa como sempre, como só ela, com seu bisturi devidamente desinfetado corta-me o queixo em quatro, coloca um penso por sobre três golpes, puxa-o destemidamente e nele vêm coladas três bolas de sebo.

Este post/sonho é muito na base três/quatro, é.