sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Olívia, a minha cadela,
veio ao estaminé.
De maneiras que.

Mostrei a mensagem abaixo
ao meu colega
e ele disse que sim,
sou mesmo poética, sou.





Pronto,
nasci para escrever,
é o que é.


Sonho

Sonhei com pegadas. Que tivessem, pelo menos, a ver comigo, era o que eu queria, afinal tinha tomado banho ilicitamente, e era giro continuar com a cena para sempre. Mas não. O sonho chegou-me de uma outra cena, de um vídeo, alguém tinha caminhado para dentro de um cubículo na disposição de a sua pele ser bronzeada artificialmente. Essa tinta espalhara-se e uma pegada dava sinal da sua presença.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Comidinhas

Vou ter que fazer arroz-doce para breve, que me apetece.
Salada que leve rúcula é de repetir.
Já usei o tofu que mantinha na despensa há mais de um ano. Resolvi fazer tipo uns croquetes. Hum. Pronto. É a não repetir.
Tenho um pacote com duzentos gramas de gotas de chocolate negro. Então, que querem, às vezes tenho questões banais.
Nas faltas está abacate. E tomate. É a comprar.

Toalhas em duas vertentes

Dos trâmites de toda a questão que envolve a frequência do Ginásio, no meu caso, existe um que é deixar as toalhas usadas (usadas, qual sujas, qual quê) na recepção, aquando da saída. Tanto posso ficar toda maluca com a ideia de alguém mexer nos meus fluídos corporais, como verdadeiramente envergonhada. Pá, pronto, eu podendo escolher, escolhia sempre, mas sempre sempre, ficar toda maluca. Mas já se sabe que a pessoa é volátil e coiso. Coisa.

Comprinhas

Tenho umas calças estupidamente básicas. De fancaria. De feitas à pressa. Tanto que vêm com uma das bainhas por fazer. Não, aquando da prova não notei a falta, afinal a cor é preta, o provador estava mal iluminado, eu tenho a visão escurecida. O que vale é que sou curta para as ditas e tinha já - mesmo aquando da prova, pois, que isso deu para ver, percebendo – idealizado que as cortaria sem as embainhar. De maneiras que estou feliz na mesma.

2020


Para o ano estaremos numa outra década.
De vez em quando lembro-me disto, portanto:
o melhor é registar no blogue para jamais esquecer.

Cliente

A cliente fez o seu pedido com um requisito lógico:
Quero veneno para as pulgas, mas que as mate.
'Que as mate' é cá de uma evidência...

Ultrapassagem

Fui ultrapassada por uma jovem que deixou um rasto perfumado (sucumbi ao comum dizer, ai), o que me lembrou o frasco de cheiro bom que o rico filho me ofereceu no último aniversário. Perfumar-me é coisa que facilmente esqueço, de maneiras que, sendo um presente tão especial, resolvi-me a colocar o frasco no corredor, que é sítio de passagem por daí partir toda a divisão (bem sei que não é novidade mas eu gosto tanto de escrever), e assim bater o olhar, encaminhar mãozinhas e pumba, pulverizar o pescoço. Ou coisa assim. Para poiso escolhi a escrivaninha, está ali ao sair da casa-de-banho e tal. No primeiros dias, para aí quê, dez, assim fiz, mas depois fui espaçando. Ao presente há para aí quinze dias que não me esguicho e, levando em conta que nem há um mês que recebi esse presente... Tenho que mudar o frasco de lugar, pô-lo ali assim à entrada (que num caso como este é mais uma saída que outra coisa, mas vá), talvez em cima da sapateira ou do móvelzinho. Só por dizer que esse lugar da casa é um bocado escuro. Hum.

Algures num tempo e num espaço ouvi que uma das maiores atrações do mundo é uma mulher despenteada.

Cortar a ponta ao primeiro vídeo. Rectificar o segundo vídeo, parece que tem um clipe a mais pelo meio e o final repete-se. Juntar os clipes dos dois últimos filtros, não sem antes verificar se estão por ordem de acontecidos. Nota: o desfasamento que por vezes aparece no discurso deve-se ao facto de a aplicação aguentar quatro tranches de quinzes segundos cada, o que faz com que chegando aos sessenta segundos pare e eu continue a falar.




Neste vídeo mostro indecisões acerca da ementa de jantar de aniversário, bem como o desenrolar do dia de aniversário e, ainda, um desabafo acerca da performance do Instagram.

Epifania

Dantes, quando eu era 'grande' e a roupa não me servia ou tinha mau cair, a culpa era minha.
Agora que estou 'pequena', calhando de a roupa não me servir ou ter mau cair, a culpa é da roupa.
Percebem? Não há pressão, carrego, mossa.

Cinco homens

Quatro homens estavam junto de uma máquina com o propósito de a aproveitar da melhor maneira
Um homem usava-a
Três homens olhavam
Um homem apertara muito o manípulo
Um homem não conseguia desapertá-lo
Um homem manifestou o desejo de aprender e foi ter com os outros
Um e outro homem foram experimentando rodar o manípulo

Luz incidindo, cabecinhas convergindo, ideias expostas, faz assim, fiz assado, já experimentaste?, já. Por fim o desatarraxar da coisa, só não guardei qual deles foi o herói da gente todos, o que lamento. O que fora aprender diz que sim, que aprendeu. Sendo assim é um herói na mesma, pronto.

Eu na rua

Bom dia Paulinha! ➡ A menina do gás. Pareceu surpreendida de me ver, ou então sou eu que tenho coisas nos olhos.
Bom dia Zé! ➡ O amigo do estaminé. Na verdade eu disse 'boa noite' para brincar com as poucas falas.
Bom dia Ricardo! ➡ O filho do senhor general. Expeliu duas baforadas de fumo de cigarro até à saudação. Pronto, é que ele vinha lá e deu tempo disso.
Bom dia dona Juventina! ➡ A porteira do 39. Sisuda que só visto. Sei dizer mais mas agora não me apetece.
Bom dia senhor do Banco! ➡ O senhor do Banco, como já se viu. Hoje sorriu. Oh porra, mas que alegria. Vez primeira, é que nunca tal havia visto. Fê-lo quando percebeu que eu já agarrara na caneta para rubricar. Pronto, ele não sabe, mas a pessoa que escreve neste blogue gosta de canetas, e não é pouco, daí ser deveras prazeroso ter-lhe visto o sorriso, é assim uma coisa como que virgem.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O sol por cortinas


Num dia que não este, soalheiro, pela manhã tinha visto cortinados de luz que atravessavam as nuvens e aterravam no chão do aeroporto. Só para contrariar a aterragem da luz, um avião levantou voo.

Lisboa, Lisboa




Acima temos uma perspectiva de um lugar que estou certa de já figurar no blogue... Em algum dos meus blogues, quero eu dizer. Não tem filtro algum mas tem um ajustezinho em inclinação, concretamente: um grau.
Abaixo temos uma armação a querer fazer-se passar por ananás. Não lhe acresci nada. As fotos 'Lisboa, Lisboa', geralmente, não me pedem coisas com voz.




Hum

Quarta-feira, sempre a mandar dizer:
'Sou o meio da semana'

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Dias de um Ginásio

Agora é toda uma catrefada de corredores com máquina novas lá no Ginásio. Nem uma que resta das antigas. Bom, sabem como é, a gente gosta de mudar para melhor mas também gosta de continuar a viver com o que já conhece, de modo que tenho andado numa luta do caraças, a ver se não desisto dos treinos. Pronto, é a tal coisa, sou uma fraca, uma pobre, uma reles, enfim, coisas. Não sou nada. Mas as máquinas. São boas - são até muito boas - mas ainda não as entendi. Bem sei que para entendê-las posso chamar o senhor professor que estiver a dar assistência à sala, mas não chamo porque tenho a mania que consigo decifrar o pleno funcionamento de toda e qualquer maquinaria, com software incluso. É. Pronto, que querem, sou blogger, e bloggers são seres com manias. E ando às aranhas com os botões das máquinas, é o que é, tanto que estou até saudosa do meu programa preferido, aquele de subir montanhas descansadamente. Já me pus a mexer nos tais botões no sentido de perceber qual o programa que nestas novas máquinas me faça subir a montanha mais alta do mundo - e descansadamente - mas ainda não encontrei grande semelhança. Há de facto um programa que me descansa um tudo-nada mais, mas não é o suficiente, não dá para andar para trás, assim a pessoa aborrece-se do ramerrão e não descansa. Ai. Bom, pelo menos tem ventoinha. Que não uso porque gosto de me sentir suada e tenho até que lhe clicar duas vezes para se apagar e é bem certo que aquela porra se liga sem eu mandar. Tem até botão de bluetooth. Que descreio ter utilidade para mim. Para pôr em, já me questionei se, em caso de existir alguém capaz de socializar com este botão, como socializará. Era caso para o senhor professor deslindar mas eu para socializar, já se sabe.

Lisboa, Lisboa

Lanchinho

Decidi-me por uma cenoura e escolhi uma grande e gorda, que pesava cento e cinquenta gramas e me custou dez cêntimos. Chegada a hora da paparoca joguei-me à dita. Ia a coisa pela metade quando me senti enjoada, e parei. Lanchei portanto cerca de setenta e cinco gramas de cenoura e por cerca de cinco cêntimos.