terça-feira, 10 de setembro de 2019
As horas que eram
Pois eis que hoje - em vez de seguir a linha habitual, que consta de a cada dia passado o acordar seja dez minutos depois do que foi no dia anterior - vai que me ponho nas 6:42. Oh porra, 58 minutos antes. Entretanto cirandei um pouco, quero eu dizer que verti águas e emborquei - outras - águas, voltei ao spot, que ainda estava quentinho, e adormeci. Acordei às 7:31 e 7:44 é que era. O meu dia está perdido, não sei se o aguento. Mas pode ser que sim, agora estou aqui fazendo uso da minha mais elementar forma de vida: escrever as merdas do costume e publicá-las no blogue, o que já me salvou bastas vezes. E não, nesta última frase não há ironia nem exagero.
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Escova de dentes
'Não se esqueçam da escova de dentes' era o nome de um antigo programa de televisão. Lembro-me que era um concurso que tinha a ver com viagens e daí o nome, tipo assim como quem diz: vá, toma lá o prémio, alegra-te e vai viajar, e, com a loucura de teres ganho esta porra tu vê lá mas é se não te esqueces da escova de dentes. E sim, é isso, a minha ficou em casa. Resultado? Comprei, não uma, mas quatro, aproveitando que vim de carro e posso descansar com aquilo do pouco espaço na top case da mota. Assim já fica. É armazenamento. Posso até fazer de conta que vim aqui tão longe para comprar escovas de dentes, que é coisa que lá ao pé de mim não há. Tenho foto e tudo. Mostra também a pasta de dentes lindíssima que também comprei aqui, mas esta compra já não escorregou de esquecimento nenhum.
O comum marear
Hoje sim, e para meu gáudio, é que o Mediterrâneo fez uso do seu comum marear. Ah, que maravilha, o sol a deixar-se ver, as ondas altinhas e sem espuma e, se sem espuma, nada de me enrolar e fazer de mim uma coisa desgovernada, a temperatura ô puã. Assim durante a tarde é que as nuvens taparam o sol um nadinha e a temperatura baixou, mas no mais: BB, de bem bom.
Branco
Na luxuosa praia aqui tão perto, os lençóis que enfeitam as enormes camas com dossel são brancos. Lençóis ou então cortinas, sei lá. O giro é que a cor mais comum no traje dos veraneantes que por lá convivem é o branco e acho que a cor é sobretudo escolhida porque
1, repele o calor quase desértico deste lado do mundo
2, evidencia os dourados tons de pele que se conseguiram no Verão que à altura está
entradote
3, as pessoas em plena diversão mimetizam-se com meros adereços de decoração e isso é desejável porquanto não há nada melhor do que ser igual quando se quer união
1, repele o calor quase desértico deste lado do mundo
2, evidencia os dourados tons de pele que se conseguiram no Verão que à altura está
entradote
3, as pessoas em plena diversão mimetizam-se com meros adereços de decoração e isso é desejável porquanto não há nada melhor do que ser igual quando se quer união
Bando
De manhã os pombos escrutinavam o areal. Cumprimentei-os e disse-lhes qualquer coisa na minha língua, algo como
então que tal
vós por aqui
a vida é-vos boa
já viram
Só um respondeu, o líder, claro, usando a minha língua para dizer
ah
a gente anda aqui porque
cedinho como é
humanos
quase não os há e
assim
sempre podemos debicar qualquer coisinha
então que tal
vós por aqui
a vida é-vos boa
já viram
Só um respondeu, o líder, claro, usando a minha língua para dizer
ah
a gente anda aqui porque
cedinho como é
humanos
quase não os há e
assim
sempre podemos debicar qualquer coisinha
Do verbo curtir
Tu não me curtes mesmo, pois não?
Não. Mesmo. Com tudo, e por tanto, quero mudar de opinião, algo que jamais conseguirei fazer sem a tua ajuda.
Não. Mesmo. Com tudo, e por tanto, quero mudar de opinião, algo que jamais conseguirei fazer sem a tua ajuda.
A mesma está na mesma
Olá meu amor
Olá minha linda
O que vale é que tu gostas de mim na mesma
Sim, de ti e da mesma
Olá minha linda
O que vale é que tu gostas de mim na mesma
Sim, de ti e da mesma
As horas que eram
Acordei às 7:34, que são 10 minutos depois de ontem e 20 depois de anteontem. Agora, que escrevo, apercebo-me que não são as horas de acordar, estas que refiro, são as que me decido a ver as horas que são. Mas, ainda assim, o que me levou a fazer este registo foi o de 10 em 10 minutos, cada dia passado 10 minutos à frente.
domingo, 8 de setembro de 2019
A mochila
Parei no meio da estrada para encurtar as alças da minha mochila.
Descansadamente, sem interferências de tráfego.
Em que outro lugar e outra altura poderia fazer e acontecer de igual modo?
Em Agosto, na Jacinto Nunes, em Lisboa.
Descansadamente, sem interferências de tráfego.
Em que outro lugar e outra altura poderia fazer e acontecer de igual modo?
Em Agosto, na Jacinto Nunes, em Lisboa.
Uma pessoa precisa de espaço
Isso mesmo, à falta de espaço no telefone para mais umas quantas fotos e uns tantos vídeos, já pus pelo menos uma coisinha no lixo. Trata-se daquele lembrete da medida para a tábua a colocar por baixo das almofadas do sofá, tipo assim a fazer estabilidade. E também rijeza. É que a dita já lá mora. E da memória deste meu amado telefone, saiu portanto uma coisita de nada, que os bilhetinhos que aponto neste bloco de notas digital ocupam pouquíssimo espaço, mas eu, que sou grafómana, registo o que registo, registo quanto possa e vim registar isto.
Alcança a vista uma grua 🏗
O ponto onde a grua assenta tem história.

Este é um lugar tão calmo que o vento mal se mexe. Há uns anos, numa noite em que o vento não bolia mesmo nada e me passeava por aí, notei que a sua falta agigantava todos os sons. Quedei-me no dos meus passos. Que alto som, principalmente quando pisava a vegetação seca que cobria o chão de um pedaço de terreno onde actualmente, ao que parece, vai acontecer uma qualquer construção.

Este é um lugar tão calmo que o vento mal se mexe. Há uns anos, numa noite em que o vento não bolia mesmo nada e me passeava por aí, notei que a sua falta agigantava todos os sons. Quedei-me no dos meus passos. Que alto som, principalmente quando pisava a vegetação seca que cobria o chão de um pedaço de terreno onde actualmente, ao que parece, vai acontecer uma qualquer construção.
sábado, 7 de setembro de 2019
O bolo 🎂
E hoje, ao princípiozinho das minhas rotundas férias - e não, não sei por que quês lhes chamei rotundas, mas depois de pensar afigurou-se-me um quê redondo, o qual se liga ao alvo, este ao certeiro, que verte o capazmente - é que vou falar do bolo de aniversário da rica filha. Ora bem, o jantar foi num restaurante de sushi que a rapariga adora e afinal a festa era dela, e no dia seguinte havia que sair de casa com destino às férias, de maneiras que não me dava jeito nenhum grandes comezainas lá em casa mas, ainda assim, fiquei de fazer o bolo e levá-lo para o restaurante. Que fiz, sim senhoras e senhores, de cenoura com cobertura de chocolate, que é o preferido da rica filha. Vai daí, antes, no supermercado, esqueci-me de comprar as velas. Pois. Entretanto, dada a falta ser notada tão próxima da hora de partida, nicles para velas a enfeitar e iluminar o bolo, tendo eu a engraçada ideia de usar o isqueiro da amiga da rica filha em substituição e, para tal, esta acendia-o e não largava a patilha enquanto não terminasse a cantiga dos parabéns, soprando depois a chama, fazendo de conta que era as velas. Eis a foto:

Agora o bolo. Afinal as voltas haviam-se trocado, que nas vésperas de abaladas seja lá para onde for há sempre imprevistos, e afinal quem levou o bolo não fui eu mas a rica filha. Só por dizer que não estava finalizado, eu havia-o deixado com a cobertura posta mas faltava arrefecer um pouco para depois desenhar o 28 com pepitas coloridas. Fiz portanto isso à mesa, no restaurante. O 2 foi fácil de desenhar mas o 8 começou a dar-me cuidados e é então que tenho uma ideia fantástica: deixaria cair uma torrente de pepitas e formaria dois círculos, que empilhados simulariam um 8. Há que fazer a vida continuar a acontecer, não desistir ou tampouco esmorecer, não é o que dizem? Então pronto. E eis a foto do bolo, esta é sem filtros:


Agora o bolo. Afinal as voltas haviam-se trocado, que nas vésperas de abaladas seja lá para onde for há sempre imprevistos, e afinal quem levou o bolo não fui eu mas a rica filha. Só por dizer que não estava finalizado, eu havia-o deixado com a cobertura posta mas faltava arrefecer um pouco para depois desenhar o 28 com pepitas coloridas. Fiz portanto isso à mesa, no restaurante. O 2 foi fácil de desenhar mas o 8 começou a dar-me cuidados e é então que tenho uma ideia fantástica: deixaria cair uma torrente de pepitas e formaria dois círculos, que empilhados simulariam um 8. Há que fazer a vida continuar a acontecer, não desistir ou tampouco esmorecer, não é o que dizem? Então pronto. E eis a foto do bolo, esta é sem filtros:

As horas que eram
Acordei às 7:14, estava ainda escuro. É natural, afinal são mas é 6:14, mas isto lá no lugar do coração e da cabeça. Desde que no telefone pus as horas da minha vida de viajante estrangeira, a mesma corre melhor. Pode estar, então, escuro, não por serem 7:14 mas porque são 6:14, pois eu, estando lá no lugar do coração e cabeça, admito que, assim sendo, esteja escuro, mesmo que aqui sejam, afinal, 7:14.
Deixo foto de ontem, tirada num WC público. Tenho sempre vontade de registar estes lugares com fotos e desta vez deixei-me ir. Não digo fotografar merda agarrada às sanitas ou papéis sujos, nada disso, digo o resto, o lugar propriamente público, precisamente por ser público e daí se transformar em impessoal, porém, penetrável.

Deixo foto de ontem, tirada num WC público. Tenho sempre vontade de registar estes lugares com fotos e desta vez deixei-me ir. Não digo fotografar merda agarrada às sanitas ou papéis sujos, nada disso, digo o resto, o lugar propriamente público, precisamente por ser público e daí se transformar em impessoal, porém, penetrável.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Fronteira
A fronteira foi em Pomarão. Neste caso é ali onde nasce ou morre Portugal ou o mesmo versus Espanha. Na verdade não se está em lado nenhum sem nascer e morrer um país ou o outro. Esta aldeia, em aviso de lombas na estrada, informa que as ditas são redutoras de velocidade, mas eu cá acho que quem reduz a velocidade são os veículos, por força maior de seus respectivos condutores. Estou tipo triste, mas da tristeza, não por estar longe de casa e isso assim. Ó Gina, estás triste? Estou. Tenho coisas para registar e não posso.
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