sexta-feira, 19 de março de 2021

Lisboa, Lisboa

Ia o ano 2020 ainda no seu efectivo quando comecei por ver contornos desenhados no chão em algumas das áreas que circundam o estaminé. Estão sobretudo aos cantos, fazendo as vezes de placas divisórias, dispuseram inclusivamente uns vasos largos e algo rasteiros em cada canto, brotando já, de alguns, umas plantinhas. Andam, por estes dias, finalmente, oh glória terrestre, a pintar os interiores dos desenhos. É uma data de gente, os que andam a pintar, cabos extensíveis, rolo enfiado na ponta e vai disto. Não cheira a tinta, cheira a diluente. Ou então sou eu que tenho nas entranhas aquela questão droguista, já que o sou há tantos anos, vou até à base, e a base desta tinta é... Pois, diluente. Precisamente. Gosto do resultado. Gosto mesmo muito. Gosto das cores escolhidas, são todas fortíssimas. Não será de estranhar a intensidade das cores escolhidas, aquilo é para pisar. Alguns dos desenhos já secaram e sim, claro que já pisei aquela merda, né, atão, ora. Não estraguei, não me pus para ali a arrastar os pés nem nada disso, qual quê. Nem conseguiria, né, atão, ora, pluma que sou...

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