Nunca fixei qual a data exacta em que descobri a árvore amarela, ou 10 ou 11 ou 13, Outubro sei que sim, confirmo, e, se de 2010 ou 2011, estou baralhada. E pronto, fui lá hoje, que não é nem 10, 11 ou 13, tampouco 2010 ou 2011, mas lá que é Outubro, é. Está então linda, como sempre, só que agora dá-lhe o nome também o aspecto que tem. Isto ficou confuso. (Não, não sei escrever.) Quero eu dizer que lhe chamo árvore amarela independentemente do dia do ano, e que, agora sim, está realmente amarela. Mas é em pouconhinho, como mostra a foto que tirei há bocado e que figura abaixo. Passos à frente, na rua mais bonita de Lisboa, vi um homem com um pedaço de tubo em ferro na mão, assentava uma extremidade na testa e, a outra, na árvore ex-arredondada e, desajeitadamente, diga-se, tentava focar esse quadro com o telemóvel. Notei-lhe um sorriso meio que envergonhado por não estar a conseguir e pensei oferecer ajuda. Mas não fui capaz. Às vezes quero ser velha, muito mais velha do que sou, para que estas abordagens pareçam levadas, e trazidas, pela pureza de sentimentos. Passos à frente, encontrei um livro em cima do muro de pedra. Caraças. Fui logo ver se tinha alguma mensagem nas folhas mortas. Não tinha. Eu, quando deixo livros assim, escrevo uma mensagem. E ponho no blogue, também. Mas este livro não tem senão a impressão de origem. Na verdade é um livrinho, tem trinta e poucas páginas de leitura, Chama-se 'não, não é este o corpo' e a autoria pertence a Graça Vilhena.
"Coisas de mulheres", dizias tu. grave e áspero. "Coisas de amor", respondia eu, teimosamente. Nunca nas falas nos entendemos. E quando o desespero se civilizou e a luz do amor se tornou opaca, fugiste. Irritado. Também gasto.
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