sábado, 9 de novembro de 2024

9 de Novembro de 2016

Há quem derrame a sua essência num blogue e publique peculiaridades de tal ordem que dificilmente alguém se identifica com o que escreve. E, por outro lado, há quem num blogue vá facilmente de encontro ao grosso dos costumes, à pessoa com gostos e apetências vulgares, enfim, àquilo que aparentemente todos conseguiríamos facilmente publicar e, portanto, aproximar-se um número incrível de leitores. Estou no primeiro ponto, longe de me gabar seja lá daquilo que for, garanto que não pretendo tal coisa, podia até dizer 'ai eu cá não sei nada e só escrevo coisas desinteressantes', mas, longe de ironias, estou no primeiro ponto e pronto. Porém há momentos em que queria muito ser igual por conta da companhia que isso traz, mesmo sabendo que jamais conseguirei mudar porque não é essa a minha essência. Mas, e se houver um ponto de equilíbrio entre estes dois pontos?


Nunca se larga a essência, seis


4 comentários:

  1. Concordo com o "escrever só porque sim" e sem querer saber se somos ou não populares, interessantes ou desinteressantes...então também estou no 1. Mas compreendo e partilho a necessidade de companhia e de vez em quando venho aqui e digo alguma coisa...e faço-o porque acho muito peculiar e bonito o seu blogue. Mas a Gina também faz isso com os outros? Não me leve a mal, mas a reciprocidade é importante, embora não deva ser coisa que se anda a medir ou sequer ser "só comento os que me comentam". Um beijinho.

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    1. Olá CFF
      Recebo de volta o que lanço, é facto. Este texto foi escrito e publicado há oito anos, o que não significa que esta minha ideia tenha perdido o sentido, quiçá daí a vontade de o republicar ontem. Ontem achei muita graça ao nove de Novembro, sendo que afinal é o mês onze, sendo esta uma graça que encontro em cada ano desde miúda (post abaixo deste). Depois lembrei-me de pesquisar o primeiro nove de Novembro deste blogue, que é o meu oitavo, e encontrei este post dentre outros publicados no mesmo dia. Eu dantes era grafómana, deixei de o ser há mais ou menos dois anos. Nessa altura (2016), e em outras, durante muitos e muitos anos, foi a grafomania que me salvou - escrevia e escrevia e escrevia. Eu sabia que, perante o elevado número de textos que produzia, mesmo pousando aqui e ali e deixando sinal de presença, jamais teria resposta na mesma medida. Este texto nasceu daí, sim, e também da falta que me fazia saber se as minhas coisinhazinhas valiam a pena. Beijinho de volta.

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    2. Que tonta eu que não vi 2016! Outro beijinho.

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    3. Ora essa, CCF, é nada tonta. Ainda bem que voltou. Semana boa para si.

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