Há quem derrame a sua essência num blogue e publique peculiaridades de tal ordem que dificilmente alguém se identifica com o que escreve.
E, por outro lado, há quem num blogue vá facilmente de encontro ao grosso dos costumes, à pessoa com gostos e apetências vulgares, enfim, àquilo que aparentemente todos conseguiríamos facilmente publicar e, portanto, aproximar-se um número incrível de leitores.
Estou no primeiro ponto, longe de me gabar seja lá daquilo que for, garanto que não pretendo tal coisa, podia até dizer 'ai eu cá não sei nada e só escrevo coisas desinteressantes', mas, longe de ironias, estou no primeiro ponto e pronto. Porém há momentos em que queria muito ser igual por conta da companhia que isso traz, mesmo sabendo que jamais conseguirei mudar porque não é essa a minha essência. Mas, e se houver um ponto de equilíbrio entre estes dois pontos?
A companhia que advém dos lugares comuns é, por definição até, idêntica àquela que experienciamos por entre multidões mais ou menos numerosas, amiúde em espaços privados. Está muita gente, somos parecidos, blablabla, mas desacompanhados. Depois há lugares outros, mais ermos, despovoados e inóspitos, para onde não apontam setas luminosas, aonde poucos vão, e mesmo indo, raro se encontram, porém, vamos e vimos nos sentindo acompanhados. Que vale sempre mais sozinho do que desacompanhado.
ResponderEliminarLugar outro e ermo. Nunca tinha pensado nisso. Agradecida pelo teu comentário, Kina, é que às vezes põe-se-me uma sensação de inutilidade nisto de escrever publicamente, é nesses momentos que sinto falta de pessoas a dizerem-me coisas. E folgo que te sintas acompanhada, quando daqui vais.
ResponderEliminarCreio terem sido estas, mais ou menos, algumas das primeiras palavras que te escrevi, "fazes-me companhia", não foram?
ResponderEliminar:-)
Foi, sim. ;)
ResponderEliminarsabes, Gina, eu gosto de te imaginar lá na loja dos cadeados e das purpurinas, até o cheiro imagino, a escrever a escrever, por tudo e por nada a escrever, a ir ao lugar da musa e a escrever, a fotografar as folhas dos bancos e as pedras da calçada e a escrever. (às vezes dou por mim a encontrar uma pecinha qualquer no chão e penso logo que tu irias escrever sobre ela :-))
ResponderEliminarnão consigo ler-te a 100% desde que mudei a minha vida (e já te contei), mas quando cá venho deleito-me e normalmente deixo um ou dois comentários. quero que saibas que estou aqui (até parece que me sinto importante...). quero fazer-te um bocado da companhia que tu a mim também fazes.
:-)
És-me muito importante, Susana. Olha só isso de te lembrares de mim sem ser no blogue... E que eu iria escrever sobre qualquer coisa, também me é agradável. Ou seja: tu percebes-me também fora do virtual. ;)
ResponderEliminarobrigada pelas tuas palavras, Gina. sim, lembro-me de ti e de outras pessoas dos blogues, fora do virtual. aliás, de virtual isto não tem nada. os blogues são reais e as pessoas que os escrevem também, a única diferença é que nunca as vimos à nossa frente. mas isso não quer dizer que não as conheçamos pelo menos um pouco e não possamos desenvolver sentimentos por elas.
ResponderEliminarpelo menos assim é comigo. :-)
O que não é comum, e obrigada, outra vez, pois.
ResponderEliminarBom fim de semana, Susana