sábado, 9 de dezembro de 2017

Máquina fotográfica montes de espectacular: vamos mostrar o teu zoom ao mundo?
(ela disse que sim)




(os objetos espelham a minha solidão)

O palito

Eu bem que não achava o palito no chão, pois claro que não, ficou no tampo da máquina de lavar.

carne

não comer carne é ótimo para o cérebro
sério
dou voltas e mais voltas ao miolo
à procura do que fazer

Vem aí o Natal

No supermercado, o Pai Natal, aproveitando a ausência de criancinhas, conversava com a duenda. Ouvi a palavra 'corporal'. Pronto, ora essa, o Natal é tão espírito, mas tão espírito, que toma forma.

listinha

iogurtes naturais quaedam
feijoada de cogumelos ipsum bonum
massa folhada malum
cebolas confitadas quaedam
couscous de couve-flor e cenouras ipsum bonum
frango especial de forno ipsum bonum
bolo de natas e laranja quaedam
folhados de carne dubium

Por ora, nada a ver com o Natal mas tudo a ver com...



... LunaPic, óié




Descobri mais dois desenhinhos do Natal e repeti um


LunaPic, óié


Vem aí o Natal





LunaPic conseguiu transformar a foto de baixo na foto de cima.



Da janela do meu quarto azul

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

De quem é a foto?

Ia eu pela rua, que é coisa que faço de quando em quando, ah ah, ri-terri-te, quando vi uma menina de telemóvel apontado à paisagem, na disposição de fotografar. Num murmúrio, disse-lhe: vou ficar na tua fotografia, ah ah. Mas eis que o tempo avançou, eu também, rua afora, e a história se me virou quando vi uma outra menina, de patins, mal se segurando na pose que queria manter. Disse-lhe, em murmúrio: ah ah, vou ficar na tua fotografia. Mas depois, atravessando a praça, dei por mim com uma dúvida indissolúvel:
De quem é aquela foto?, de quem a pensa e eventualmente prepara a abordagem, o cenário, italital?, ou de quem posa a pensar no ego e no futuro?

Por que motivo?

Este:
Falamos de dentro porque não queremos falar por fora.

Três cornos

No Pilates, descobri que tenho três cornos na testa, dois lateralmente, que já conheço de cor há q'anos e um mesmo no meio, que é onde mora a novidade. É que há uma posição boa e má em simultâneo, que também há q'anos a pratico, e descobri precisamente hoje que tenho então mais um corno no meio da testa, porquanto a dita posição é para assentar a testa no chão. E dói. Mas não é a dor o verdadeiro caso, ok?, aqui o fulcro eu quero que seja o terceiro corno.

Novela na avenida

O assunto que trouxe a público neste post deu em Cafés Portela. Não que sejam muito finórios, os espaços que mantêm aquele nome, mas também.
Num próximo episódio desta surpreende e interessante novela, relatar-se-á a entrada triunfal desta que escreve.

Árvores de folhas vestidas, ainda

Por enquanto, nenhuma das árvores da rua mais bonita de Lisboa se apresenta nua. Passei então por vinte e seis vestidos de folhas, uns a tapar mais que outros, ok, vá, mas são vestidos na mesma.

Da beleza

No novo estaminé dedicaram-me – declararam, vá, menosmenos, mulher - o seguinte:

'Eh pá, a loja agora está mais bonita, está cá a Gina!'

Cravo & Ferradura

De manhãzinha, a rica filha olhou para mim e opinou:
mãe, estás cá com uma cara de sono...
mas estás bonita, ok?
ficas bem com os olhos assim meio fechados.

Planos para o fim de semana

E pode até ser que o plano seja executado já amanhã. É bolo de laranja com natas e mais uma reviravolta que malembrei ontem ou hoje ou sei lá. No meio da massa vou pôr streusel que é uma mistura de açúcares e farinhas e especiarias, nomeadamente canela em pó.
Aqui há uns anos copiei uma receita da TV (Barefoot Contessa) – um bolo com o café no nome. Na altura não me apercebi que o café no nome do bolo era devido a ser um bolo de fatia, adequado para acompanhar o café. Estranhei - que bem malembra – o café não estar presente no rol de ingredientes, mas pronto, adiante, sei que inclusive lhe chamei eu própria de café – plagiei, vá, oh quanta criatividade, né? - aquando da passagem para o meu dossiê especial, e adiante. Ora bem, acontece-me vezes aos montes encantar-me com a descoberta de uma receita, dispor-me a prepará-la, sair-me bem e certificar-me que é muito boa e muito diferente do comum, em suma: encanta-me, vai daí tem lugar no tal dossiê, não é menos verdade que é também em vezes aos montes que na segunda preparação da dita receita, esta desencantar-me pra caraças. Foi o que aconteceu com este bolo que copiei da Barefoot Contessa. Que desilusão. A segunda vez saiu-me um bolo gorduroso e nada saboroso. Ainda assim, a receita consta no dossiê. É que eu sou persistente – ou estúpida – e quero fazer uma outra vez. Mas não é ainda neste plano, não, que neste vou mamandar para a laranja e as natas, e meto lá no meio o tal do streusel.

Posta-restante: com o dia no fim, acho que amanhã vou mas é fazer uma tarte de maçã com massapão.

graminhas & comprinhas

seiscentos e setenta gramas de curgetes
duzentos e cinquenta gramas de nabo
mil seiscentos e sessenta gramas de laranjas
duzentos gramas de alhos
setecentos e novente e cinco gramas de bananas
novecentos e noventa gramas de maçãs
quinhentos e cinquenta gramas de couve-flor

3 tubos para moldar bolachas
6 cones para moldar bolachas
20 pauzinhos para gelados

comprei também:
1 café curto, pra estalar na mona de modo a fazer um barulho do caraças e assim me manter viva
1 scone, que, ainda que não tenha sido feito com todo o amor, descreio num amor igualmente distribuído por milhares de scones, quando num mesmo processo, era bem melhor que os meus, era pois, era sim

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Importante fim

A caneta preta findou-se no apontar de recadinho vindo da parte vocal da dona Arlete. Vai que o recadinho era resumido mas o blogue é lugar de exagero:

Caríssimo colega, já não é preciso ires à dona Arlete, que aquilo deu-se um jeitinho por meio de mão amiga e hábil.

Ó Gina, aborda aí: «não faz mal, eu gosto de vocês na mesma»

No blogue, costumo adotar umas e outras expressões que, por temporadas, uso amiúde até me fartar ou as esquecer. Ora acontece que o escrever - o meu escrever, ressalvo que me refiro unicamente à minha experiência – assemelha-se, e não é pouco, ao falar, seja porque escrevo muito, seja porque falo pouco, seja porque, calada, escrevo, ou porque falando, escrevo. Vai daí, ultimamente quase digo às pessoas com quem me relaciono: não faz mal, eu gosto de ti na mesma. Sério. Olhem, o meu colega leva com a piadinha dia sim/dia não e ainda não há muito tempo quase (quase!) aconteceu com um cliente, que o homem soltou-se-lhe a língua e toca de praguejar um porra!, logo se arrependendo e pedindo desculpa. E eu com a resposta banal e social pronta - não faz mal... – e com o 'eu gosto de si na mesma' a bombar na cabeça, vulgo reflexo, vá, para isto ter um ar fixe. Mas, a bomba estourando, não faria mal algum, pois claro, e de certezinha que vocês (bem como o cliente) continuariam a gostar de mim na mesma.

Isto de tanto sonhar com as minhas primas já merece um reparo em pixeis

Sonho

Sonhei com a minha prima - mas esta é outra - que a gente viajava na camioneta para Loures - aquela da saloiada, a que vai até à Póvoa da Galega - carregadas de caixas com detergentes que haveríamos de arrumar mal chegássemos. Azafamadas, estávamos ambas, mas uma mais que a outra, pois que dificilmente os sonhos sendo meus, não seja eu a do principal papel sob todos e quaisquer aspetos.

Comprinhas

1 espremedor de pressão para citrinos
1 folha de papel de forno reutilizável
2=1 par de meiinhas pretas
4 formas para queques com maminhas

Lugar da musa

Eis que hoje, sendo segunda-feira, me obriguei a andar à procura de um lugar da musa diferente, já que o habitual reserva este dia da semana para descanso da malta que lá labora e colabora. Resolvi então entrar numa pastelaria que já conheço de vista há q'anos mas onde nunca tinha penetrado, e, assim, entrei também.
E eis que hoje, a segunda-feira vivida numa morada diferente à hora do lugar da musa e mais o café e mais os escritos no bloquinho rudimentar, tudo a essa hora, eis que me deparo com duas das septuagenárias!, isso!, e vejam lá!, que já antes me tinha cruzado com o senhor muito alto que lia o jornal!, ó pá!, tão bom!, as saudades que eu já tinha!
Eis então que as septuagenárias em questão eram a da novela e a da camisola, e esta última, por sinal, a tinha visto na rua há não muitos dias, que fiz reparo no lbogue... ai perdão, blogue e tudo.

Lisboa, 4 de dezembro de 2017

Continua-se então a quatro de dezembro de dois mil e dezassete, o mundo inteiro está ao presente momento no presente deste dia e eu venho dizer que surripiei mais um desenho infantil da mesinha da sala de espera do consultório de Marió. Não colarei, no entanto, o desenho no caderno, o que, pela grossura, me desconfortará o manuscrever, mas não por isso, é antes porque o não quero estragar. O desenho, não quero estragar o desenho, que o caderno é para ir estragando prazerosamente.

Post atrasadíssimo

É hoje, aos 4 de dezembro de 2017, que registo que foi em 29 de novembro, há portanto cinco dias, que notei, pela primeira vez neste outono – ai! credo e oh! q'horror muito virgulas tu mulher! - a árvore amarela toda nua. Portanto: seus tronco e ramos encontrar-se-ão desafogados diretos à lua e ao sol e às nuvens, daqui até março, ou coisa assim.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Lembrete

Já fiz a árvore de Natal

Hum, falta aqui qualquer coisa...

Atualmente, já meio mundo, meio: decerto; meio: quiçá, reconhece a minha toalha das florinhas





foto de cima: croissants tão impregnados de manteiga que me vi aflita para não deixar queimar (também) a segunda fornada

foto de baixo: falafel (supostamente) saudáveis, pois que são feitos no forno



3883, capicua no post, há montes de tempo que não caracterizava um post de capicua








Há montes de tempo que não brincava com o LunaPic*, brinquei também com o azul de ontem**



vintage






sin city





grungy





...*


...**

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Eu que faça mas é massa folhada

Ando na enga de fazer massa folhada. É das massas mais aborrecidas de preparar, tanto pela demora, quanto pela quantidade de coisas que podem correr mal. A primeira, e creio que única, vez que me joguei a esta massa, joguei-me porque vi num programa um modo super fácil e rápido de obter uma massa folhada amanteigada e saborosa. Mas dei-me mal. Basicamente aquilo era a gente juntar água e farinha numa bola, esticá-la com o rolo, pôr numa ponta meio pacote (125 gramas) de manteiga, dobrar, na outra ponta o outro meio, dobrar e esticar com o rolo, ao depois dobrar em três novamente, esticar italital. Este seria de facto um modo rápido – e eficiente – se não me tem corrido mal. Qual quê, o horror, nada, massa dura e sensaborona. E a responsabilidade é de quem? Minha, que fui eu que fiz.
Com tudo e por tanto, nas últimas semanas tenho andado de volta do Youtube a ver como esta ou aquela se movem para conseguir uma massa folhada crocante e gostosa. Já percebi que
a manteiga tem que estar fria, em bloco, e que a esse pedaço se chama beurrage (deriva de beurre; manteiga - pois, os franceses e a pâtisserie, é que dominam tudo, pá...)
a bola de massa (que também tem nome histórico mas não fixei) e a beurrage têm que ser exatamente do mesmo tamanho
é precioso o tempo que a massa fica no frigorífico por entre voltas, que são três, e as horas por entre elas são duas (é fazer as contas...)
é imprescindível que se varra o excesso de farinha em cada ida para o frigorífico

(é desmotivante que tenhamos que esperar tanto tempo para comer um folhado qualquer, oh céus)

Façam pão rápido

É tão fácil e tão bom, ai. Na verdade esta é uma receita que não é pão nem bolo, portanto poderia descambar para o ai-coitadinho-que-não-sou-nada-na-minha-vida, mas, depois, acontece que retiramos do forno um pão (sim, chamo-lhe pão) quentinho, fofinho, saboroso, que, como é tradicional no pão, combina maravilhosamente com manteiga... E ressalvo desde já que nem é preciso aquilo de levedar e isso.

Ingredientes:
350 gramas de farinha
30 gramas de açúcar
250 mililitros de iogurte natural
80 gramas de manteiga derretida
2 colheres chá fermento em pó
1 pitada de sal
Preparação:
Juntar todos os ingredientes numa taça e misturá-los somente até formar uma bola. Aquando da bola, colocar num tabuleiro forrado a papel vegetal ou untado e enfarinhado. Fazer uma cruz no topo da bola, isto ajudará bastante na cozedura, uma vez que permite que o calor penetre na massa e a coza uniformemente. Pincelar então a cruz com leite, o que conferirá uma certa, e desejada, humidade à massa. Deixar no forno uma meia horita, ou coisa assim, ou até que se note o pãozinho alourado e com cara de cozido.

A receita, ou seja: os ingredientes, copiei-os daqui
O texto onde exponho a preparação, é meu

Façam queijo fresco

Isso!, isto façam. Também podem chamar-lhe requeijão ou, mais amandado para o internacional europeu, chamem-lhe ricota, que me não aborrecerei convosco.
É simplezinho de fazer, apenas têm que dispor de

1 litro de leite gordo
4 colheres de sopa de vinagre

O leite, se gordo e de boa qualidade, melhor. Quando digo boa qualidade digo daqueles rocócócós, xispêtêós e o camandro, pronto, o mais 'natural' possível, o mais 'à antiga' possível. Lembram-se daquele leite que vinha num saco que dizia (no meu caso, na minha vidinha infantil) UCAL e que era preciso ferver e, principalmente, não deixar entornar no fogão, lembram-se? Gina, toma conta do leite, ordenava a minha mãe, e a Gina tomava, mas, quantas vezes mal, que vinha tudo por aí acima, rápidorrápido, e a Gina nem tinha tempo de perceber qual era o botão a rodar. Mas depois, é certo, havia as outras vezes, pronto, vá lá. Pois então, se desse leite, melhor, mas não antigo, tá?, quando não já vem azedo, que essa era outra das questõezinhas do leite da minha infância, a perecibilidade.
Bom. Arranjem um leite dentro destes conformes e acabou esta conversa.
Leva-se o 1 litro de leite ao lume num tacho
Espera-se que quase ferva
Nessa altura deita-se as 4 colheres de sopa de vinagre branco
Mexe-se ligeiramente
E é um tudo-nada enquanto se vê o leite a talhar
Quando levantar fervura e se vir que há fiapos (o dito, o tal do queijo) no tacho, retira-se do lume e coa-se. Pode usar-se um passador de rede, mas uma gaze é também uma boa ideia. Quando arrefecido põe-se no frigorífico, isto se não quiserem irem dando cabo desse vosso eletrodoméstico, quando não, é enfiá-lo logo lá. Ao cabo de duas ou três horas temos então um queijinho que podemos temperar como quisermos, que tanto podemos usar em salgados como em doces.

Quem me ensinou esta receita, que considero genial pela facilidade, foi a Cátia Goarmon, a apresentadora do programa 'Os Segredos da Tia Cátia', que passa no canal 24 Kitchen.