domingo, 24 de abril de 2022

quatro

Sábado, 12:03
Elvas. Bom dia. Que linda, a muralha. Olá muralha! Ao tempo que não te via! Que linda, a árvore. Olá árvore. Que malembre nunca te tinha visto. 

três

Sábado, 10:06
Estremoz. Ah, que lindo. Há feira e tal. A praça tem uma vedação com rede sombra - melhoramentos, ou coisa no género. Logo que escrevo 'coisa no género' malembra a dona Marta, que disse no género e não do género. Café, meia queijada de santa Isabel e um quarto de folhado de frango. Falta é link na dona Marta. Outro dia ponho. 
Estou noutro dia - 7 de Maio de 2022, duas semanas depois da publicação acima - e não dei por encontrado o tal post onde me deparo com a 'coisa no género' da dona Marta. Paciência. Lá que ocorreu, ocorreu, mas paciência.

dois

Sábado, 7:14
O pequeno-almoço é igual ao de quase sempre, no sítio de sempre. Digo eu chá e torradas. Camomila, manteiga. Ao momento há que fazer as malas - pouca coisa, que a viagem é de mota.

um

Sexta-feira, 23:53
Parto amanhã rumo a Cuenca. Eu este nome só o sabia precisamente em nome, ok, mas de pessoa. Diz que está frio, e está, que chove. Mas eu tenho esperança que não chova em muito, que seja coisa suportável. O amigo das motas mapeou pontos de interesse. A mim o que mais importa é ver a primeira ponte sobre o Tejo. Sério, vou conhecer essa ponte. Vou também conhecer a nascente do apreciado rio. Vai ser giro. A amiga das motas também disse isso aqui há dias. Lá concordámos, olha.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Beijos de língua

Daquilo de as máscaras cirúrgicas deixarem de ser uma obrigação usá-las se, e quando, a céu aberto, deixo dito que adquiri o hábito de dar beijos de língua à que trazia comigo. Andando e beijando já foi portanto prazer. Posso é continuar o costume quando, e se, me encontrar estática e com tecto acima.

Três

Nos últimos três anos vivi questões estranhas e boas, não poucas, parecendo que vivi uma dúzia.

xizes

os paradoxos trazem-me um certo respeito pela doidice de existirem

tiles

da normalidade pode constar a tristeza e a sombra depressiva, isto porque me dão de vaia e abalam horas depois, se por mérito ou por acaso, na verdade, pouco me importa

o que não pode constar e a solidão, que essa não a mudo eu - ou não consigo ou não quero ou não sei

nesta linda manhã de chuva

cruzando com um vulto laranja fluorescente fique-se sabendo que era eu 
era eu tipo um semáforo mas móbil e arbitrário
Lisboa, Lisboa (é é) 
 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Como acontece

Retirar itens dos cadernos e colocar no lbogue... ai perdão, blogue acontece assim: Preencho cadernos sem molde e, ou, figura do que me apetece lá plantar. Sendo uma escrita em modo particular, certo é que aparecem por lá dores e amores que aqui não tenho como publicar sem me considerar demasiado descoberta. Vou escrevendo. Vou pondo. Umas vezes acho que não interessa colocar no blogue, embora considere publicável, outras vezes ocorre contrariamente e, outras, é esse o tipo de registo que tenho à mão no momento e toca de deixar logo ali a coisinhazinha, sei que dali não sai e que em dia vindouro o farei dar um salto para o blogue. Esta última circunstância uso-a frequentemente com assuntos intemporais, daqueles que podem esperar meses que não cairá mal no mundo lê-lo tão longe da data de criação.

Tenho andado esquecida

Tenho andado esquecida de apontar quantos itens retirei do caderno e publiquei no blogue, e foram:

73
sete três
setenta e três

:)

Lisboa, Lisboa (é é) 

ita taime; ita iei

irrita e encanita é quase a mesma coisa



quase

Dias de um Ginásio

Quando alguém larga a porta vai-vem do balneário feminino por estar distante da cortesia posso eu, depois, pagar com valiosa moeda: sustenho a porta e logo que a sinto segura avanço sem hesitar em bambolear a peida. Ah caraças.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

terça-feira, 19 de abril de 2022

Dias de um Ginásio

Em certa altura da aula de Pilates, a professora avisou: «Daqui a pouco vêm gravar a aula» E acrescentou: «Alguém tem algum problema com isso?» E eu que não. Eu e outros. No meio dos blás da sala inteira, a maioria dentro do «eu não», uma voz elevou-se para dizer o que, não duvido, todos sentíamos: «A ver se não faço má figura.» Ri-me e concordei em surdina: «Pois...!» O que todos queremos é fazer boa figura, a vida passa mais pelo que pensam de nós e isso torna o chavão 'a mim não me importa nada o que os outros pensam' uma verdade sem consistência, insípida e até tola. Entretanto já assisti à publicação no Instagram. Apareço, mas lá ao fundo, vê-se-me uma perna esticada, em rotação externa da coxa femoral, e o pé em ponta. Nessa posição desço-a até ao joelho da outra, que está flectida, e torno a subir até chegar ao ponto de partida. De resto: descreio que pessoa alguma tenha dado conta do movimento irrepreensível, o que me importa, e não é pouco.

Não

Afinal não pus o caderno do momento de parte. Não consigo. Não quero. É uma mistura. Aquilo de as folhas se soltarem das argolas amalucadas que tem é caso para eu arranjar mais atenção e decerto não será assim tão difícil não acontecer tal coisa. Entretanto fui dar com um registo com montes de piada:
«Este caderno pesa 350 gramas, sempre quero ver quanto pesará no seu último dia de trabalho.»
A ideia surgiu por conta do costume que tenho em colar coisas nas folhas dos cadernos. Até já me aconteceu largar o caderno com ainda bastantes folhas por usar só por estar demasiado pesado, ou então por desconfortar o manuscrever. Nas páginas a seguir ao registo supra, por exemplo, estão colados três papelinhos:
Um dando conta de quais os passos que dei na aplicação camera360 para chegar ao resultado de uma imagem - que, oh vejam lá, é aquela dos pneus de Inverno - e o certo é que nesse apuramento havia toda um catrefada de fotos, as quais queria, aquando da ideia ainda na sua incipiência, publicá-las, se não todas, pelo menos algumas, e, como as queria todas com os mesmos filtros, toca de apontar o processo num papelinho cá dos meus
Outro é a dizer-me que o porta-talheres preto tem um dos compartimentos a sobrar-lhe 13 centímetros e três a sobrarem 8. Precisei deste papelinho porque realmente sobra muito espaço nos porta-talheres novos que há na minha cozinha e, como tenho visto que o que não falta na grande loja é caixas e caixinhas e compartimentos com toda a sorte de medidas, figura, matérias e cores, pois que, pronto, apontei. Entretanto acabei por comprar somente um compartimento
O último é então referindo que nos posts das 'perguntices' eu siga o mesmo método de links para aqui e para ali, isto para que de um siga para o anterior e assim sucessivamente, conseguindo portanto encadear todos.

café e amêndoas

enquanto trincava as amêndoas, a chávena de café a jeito, decidi certificar-me se os dois sabores e texturas harmonizariam, e harmonizaram
perante esta harmonia, como estender o assunto?
tenho mas é que consultar o Dicionário dos Sabores, a ver se Niki Segnit concorda com a minha harmoniosa conclusão

Café

Eis-me de volta ao assunto ««café»», não só porque gosto muito mas também porque comprei um de nuances afrancesadas. É tão bom. É até grossinho, isto para além de saboroso.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Muro das experimentações

Construir o post anterior fez-me pensar no poucochinho em que transformo este tema, isto por conta de não querer de todo expor cores, padrões e feitios. Não é que vá deixar de os construir e publicar, pelo menos não tenho esse pensamento agora, mas lembrei-me que há questões que quero registar e que nada têm a ver com o aspecto das farpelas em que me ando a enfiar. Nos primeiros enfiamentos toda eu me desculpava com o facto de ter que experimentar muitas peças mas não levar nenhuma. A minha intenção era ser empática. Apenas. Mas, com as relações a decorrer, e já se sabe que umas pessoas são assim e outras de outra maneira, a verdade é que comecei a perceber que, não só não gerava porra de empatia nenhuma, como, ainda por cima, só conseguia pôr-me por baixo (ah ah). Pá, e não pode ser. Ai não pode, não. Até porque, analisando agora à distância, ninguém que atende neste tipo de loja está à espera que as pessoas que procuram roupas com alguns requisitos festivos comprem o primeiro trapinho que experimentam. Então deixei-me de desculpas e merdas do género. Outra coisa que deixei de dizer é que sou a mãe do noivo, percebi que sou induzida e, ou, conduzida para determinado tipo de roupa que, por sua vez, está de conluio (ou coisa que o valha!) com determinadas cores e feitios que, sei lá por conta de quê, são desengraçados. Oh porra!

Muro das experimentações

De volta aos registos de experimentações de roupinhas vistosas para o evento do ano. Na verdade, o último post que dediquei a este tema, terminei-o algo abruptamente, já nessa data havia montes de coisinhazinhas que lá deviam constar, mas vá, constam neste. A saia é linda (foi mais ou menos nesta expressão que terminei) mas, mesmo que tenha vasculhado todo e qualquer expositor de outras lojas onde já entrei, não encontrei, ainda, umapeça que conjugue como quero. Entretanto, destas visitas, extraio agora para o blogue um total de oito vestidos e duas blusas experimentados. Não, erro, extraio nove vestidos e três blusas. Das blusas estou quase a ser uma pessoa desistente não há padrões ou tipos - ou é matéria sem categoria, ou o feitio desajusta-se, ou sobra tecido (pronto, que se lixe a porra da saia!). Já dos vestidos, um deles é quase quase quase o! vestido.

Da foto

Hoje está também um ventinho mesmo bom para secar a roupa. Há pouco tirei uma fotografia a uma árvore que encontrei na rua e cujas folhas se inclinavam por causa da velocidade do vento. Não retratei essa força. Incapacidade do dispositivo. Momento errado. Falta de arte. Não sei, sei é que o que vi era bem bonito.

Lisboa, 18 de Abril de 2022

Cá por coisas da minha vidinha montes de espectacular há mooooontes de tempo que não via a minha amiga árvore amarela. E que compostinha está!

sábado, 16 de abril de 2022

11312

O blogue tem onze mil trezentos e doze posts publicados e um em rascunho. Este é o que contém os rascunhos todos, que não sei quantos são. Já dos onze mil e tal, a maioria tenho como esquecidos.

11311, a capicua estranha

Espaço

Vi num vídeo um casal decidir qual a percentagem de espaço no roupeiro que cada um teria. Nem me atevo a fazer as minhas contas, cá em casa a discrepância é astronómica. Lida com espaço, portanto.

cores primárias

está um ventinho mesmo bom para secar a roupa

já não mais jamais

beterraba

quinta-feira, 14 de abril de 2022

quarta-feira, 13 de abril de 2022

azul

o blogue é preto no branco e, depois, tem o azul, compondo ou destoando – é escolher

b
p

o pê surgiu porque o bê se deixou cair

Dias de um Ginásio

Ia eu andando, passadeira afora, quando notei o professor ao pé de mim, que me perguntou se podia oferecer-me um conselho. E eu que sim, claro. Explicou-me que a passadeira, quando sem inclinação nenhuma, tem os níveis de amortecimento no zero (na lama, ah ah), então, sempre que eu quiser marcahr... ai perdão, marchar sem inclinação, que escolha o nível 0.5, o qual é quase nada de inclinado, porém já contém amortecimento. E pronto, já pus uma coisinhazinha séria no lbogue... ai perdão, blogue.

ice scrín; ice crím

parvoíces e merdices é quase a mesma coisa 






quase


um dizer escrito

 »» believe in your girl power «« 

escrito na t-shirt de uma mulher bem distante de ter um ar girly 


«« Lisboa, Lisboa »» (sim, sim)

já não mais jamais


 

oh...
e também há borboletas e, até, um pacote de açúcar
oh vejam lá
só por dizer que não se nota nada


 

Isabel Fainer! Porra, cresceste bué...

terça-feira, 12 de abril de 2022

Árvores

Digo árvores mas não por ser «ah já agora e tal e tal» e sim que ando para fazer este registo há semanas porque tenho vindo a relembrar a parecença que há entre a primeira árvore que encontra do lado direito quem sobe para a fonte e a árvore holandesa. Infelizmente, por muitas fotos que tirasse, nenhuma faz jus à árvore portuguesa deste post mas, como a mim o que mais importa é escrever, cá estou. A parecença é sobretudo na forma, pois que,em espécie, é nada disso. Entretanto, pesquisando o blogue para colocar link que viaje até à árvore holandesa, descobri que já em tempos apontei esta parecença. Não sei se fique contente ou, por outro lado, não. Estas descobertas dão-me a ideia que escrevo coisas no blogue há tanto tempo que não ando cá a fazer nada. Ainda por cima ando sempre atrasada nos assuntos.

as loucas árvores de Lisboa

ontem faltou dizer que as loucas árvores de Lisboa crescem para onde lhes é consentido 
e para onde lhes apetece 

acordo soberania humildade 

é uma coisa mesmo de árvores, é

Emoji à vista

É este o emoji de que falei há tempo no blogue. Como lhe foi sendo arrancado o papel, olha, apareceu-me. Nesse post dizia eu que:

«Eis um emoji a fazer de fantasminha ou então de cocó ou então de bróculo. Não dá para tirar foto porque lhe colaram uma publicidade em cima, o que lamento, assim sempre poderia observar, comparar e certificar para todo o sempre.»

domingo, 10 de abril de 2022

Gosto daquelas etiquetas plastificadas que vêm em frascos,
se bonitos, é que saem que é uma beleza, precisamente.

Primavera

Fui despejar o lixo convencida que não encontrava ninguém e por isso fui de underwear e tudo, que é aquele tipo de roupa para usar under de casa mas para vestir a parte de fora do corpo. Resultado: montes de gente, que acordou a Primavera e tudo saiu de seus undres de casa.

losango 🔷ou mocho🦉
{morango 🍓 é}

Lenços de assoar

Tenho novas coleções. Uma anda-me aqui aos rebolões há duas semanas, outra comprei hoje, e isto ainda que nem sequer tenha ainda encetado a coleção mais antiga. É que não lhe resisti, mesmo não havendo falta, comprei na mesma por ser tão mas tão bonita e primaveril. Percebi logo que, o padrão sendo um todo de flores e ramagens, a parte que calharia a cada um dos pacotes seria aleatória. Ainda assim, pois que, a dois dos pacotes calhou-lhes a mesmíssima do padrão – igual igual igual. A outros dois calhou-lhes a mesmíssima parte, mas entenda-se que outra e não a já referida, e, os dois que restam desta coleção, são diferentes entre si e, obviamente (a mim está a parecer-me óbvio, pronto), de todos os outros. Já a coleção que tem mais tempo de permanência neste apaziguador e enervante lugar que é a minha casa, apresentam-se-me com motivos de vida moderna, ou coisa assim. Id est:

dois aparentam o ecrã de um telefone: barra informativa de estado de bateria (engraçado estar nos 100%); megafone a dizer que pode soar; relógio (17:00); temperatura (25º); sol afirmando que o dia está claro e sem nuvens
dois aparentam uma bolsinha para guardar os auriculares de fios, cujas colunas (?!) de enfiar nas orelhas pendem lá de dentro
um aparenta uma máquina fotográfica e, giro giro giro, é que o desenho está tanto na frente como no verso do pacote, que, de resto, acontece também com os do item acima, só por dizer que não é um verso tão gritante
um aparenta um caderno de argolas... simplesmente... oh... vida moderna... hum... podia ser meu...

Olá, o meu nome é Gina e sou a mãe do noivo.

Já ando nas experimentações de roupa e de sapatos, como tenho aliás dado a ver no blogue, tendo inclusivamente já publicado umas imagens bastante filtradas, principalmente porque, na verdade, oh, são peças que não adquiri. Escolher a roupa vai dar-me cabo dos miolos mas não duvido que escolher os sapatos me amofine em muito.
Mas as roupas.
Até agora experimentei dois pares de calças, uma saia e uma túnica e uma saia e um casaco.
As calças.
Num repente não considero que seja o tipo de peça que acabe por eleger, sei lá, parece distar do ar festivo que quero imprimir. Ou ostentar, vá, mas não está descartado, daí ter experimentado. Não ficaram na lista dos 'talvez'. Um dos pares assentava bem, porém... Pá, não. O outro era estranho no sentir.
A saia e a túnica.
A saia era, e é, linda. Liiiiiiinda! Mas básica. Porém ficou na lista dos 'talvez', ai ficou. Já a túnica, pois que não quero, obrigadinha. Desapareço lá dentro. Não.
A saia e o casaco.
A saia é até aos pés e fica-me bem. O casaco idem mas tem um senão: é-me comprido nas costas. Ou seja: da cintura para cima faz um refego de tal modo que quase pareço corcunda e, não querendo sê-lo, certo é que dispenso outrossim parecê-lo.

póstas póstos

as pessoas 
são compostas 
de opostos

chôro

choro se eu quiser!

choro se eu quiser. 

tódinho, ó frio, o abacateiro

sábado, 9 de abril de 2022

Estrondosamente

Numa loja onde estive há dias calhou de soar - e estrondosamente - a publicidade aos 'monólogos da vagina', a famosérrima peça de teatro dos actualmentes desta vida, e logo num entre-falas das pessoas presentes, e tudo homens. Oh porra. Claro que, aos meus ouvidos, soou-me aquilo aos gritos, como que em estrondo, até. Depois deixou de doer, atão.

Lá tão longe

O meu vizinho do lado, que é vizinho num prédio lá tão longe do meu que a gente nem se vê nas nossas janelas (olha só o descanso do homem...), teve um aneurisma. Relatou-o ele e a esposa, não repetindo eles senão a palavra aneurisma, pois que, circunstâncias, lá isso não as ouvi repetidas.

Muro das experimentações

O Luís tinha-me dito para não fazer poses malucas porque, antes, eu as tinha feito. Tenho fotos desse momento esepcialmente... ai perdão, especialmente maluco, ó:
 


Assim como tenho do momento em que calei a maluquice, ó:
 


para notar em dias vindouras, não vá eu esquecer:
pende a etiqueta, sobra tanto de calça que arroja pelo chão (é coisa tratável, bem sei) e, já agora, o filtro está escolhido de modo a não se perceber a cor

Muro das experimentações, criar etiqueta

Lembrei-me de criar mais! esta etiqueta - pá, atão, né, é aquela - porquanto e entretanto fui descobrindo vontade de fazer os registos das experimentações das roupas e dos sapatos para o casamento do rico filho e da rica nora. Ainda que o assunto contenha um senão: o desplante em apresentar fotos de roupas que não comprei ou que jamais compraria mas que experimentei na mesma, continuarei a experimentar para descartar toda e qualquer hipótese de tipo ou cor de vestuário e calçado. E a publicar algumas dessas coisinhazinhas. Poi zé.

Calendário

Olha as luas de Março deste ano, pois que sim, e como anunciado, quero registá-las no blogue.

a 2 Lua Nova; a 10 Quarto Crescente; a 18 Lua Cheia; a 25 Quarto Minguante

Chove em Lisboa e arredores

E já apanhei com ela na tola. E presumimos, nós todas, as Ginas, que tenhamos aprendido alguma coisa. Ora, como o presumir não é certo, é óbvio que não sabemos exactamente o quê.

Fazer, fiz

Oito dias atrás deste criei um post onde demonstrava planos para comer, mas de tacho. Entretanto andei por um bocadinho de cada um dos sete dias que separam esse e este post a ver se malembrava que porras fiz eu de comidas de tacho afinal fiz eu. Agora, neste preciso momento, uma calma manhã de sábado como esta (e aquela!) busquei na memória e sim, foi espetadas de peixe no dia de sábado e bacalhau à brás em sendo domingo. não é só falta de paixão pela comida de tacho e de tabuleiro que me faz esquecer estas questiúnculas, é que não fui eu que fiz, foi o Luís. Rima e tudo. Maravilha. O bolo foi de iogurte na sua base e depois juntei sultanas e coco ralado e aromatizei com raspas de limão e gengibre. E acho que canela também, estou para aqui a lembrar.

Vou fazer

Vou fazer bolo de queijo feta. Sei que já o fiz uma primeira vez, que o apreciei deveras e que fiquei de o repetir. Então pronto, é hoje. Quando gosto muito do resultado da primeira experiência com uma sobremesa (ou outro tipo de comida, vá) fico sempre com vontade de repetir, portanto: eis-me repetindo. Notem bem: o link acima só designa a vontade de fazer este bolo, não de como realmente ficou bom, afinal não fiz esse registo, mas sei que o fiz uma primeira vez, como, de resto, já apontei aí atrás (ou acima, pronto). 
Vou fazer bolo de alperces. Tenho para mim que já fiz este bolo, que não lhe achei lá muita graça e que fiquei de o repetir. Vou pesquisar... Pois, já fiz, já. E não lhe achei graça, pois foi. E vou repeti-lo, ah vou.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

quando o trinco está de saída

transparência

claro como água, dizia um primo meu, morto há anos
sempre achei a comparação um bocado coxa - a água é transparente e deixa ver fundos por ventura escuros e feios

Sonho

Sonhei que ia de visita a uma praia, eu e muita gente (obvio!), e que o acesso se fazia através de um túnel. Ou seja: a beira-mar era acimentada e, o túnel, também esse não findava. Era como que um vastissimo mar, porém coberto de cimento até ao infinito, e as ondinhas eram de nada. Ondinhas em cimento, não em areia ou rochas. Águas calmas. Escuro logo ali.

Tempos

Nos primeiros tempos de pessoa viva levei noites sem dormir e sem deixar dormir até que se fez luz - eu não gostava de luz. Poi zé. A minha mãe mantinha a luz do candeeiro acesa e era por isso que refilava.
Nos tempos actuais não sinto saudades do sol, embora sinta saudades da chuva. Poi zé. Não sei lá que é isto e, o que vale a mim, é que não tenho que saber.

Acordo

Quando acordo sinto uma sensação de que a vida não vale a pena, de não pertenca ou lá que é. A parte boa é que passa, e, isto, ainda que volte.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Lisboa, Lisboa

Pardais, de telhado é os que há.

Croissants


Até parece a junção da casa cor-de-rosa e da azul, só que não, é croissants, mesmo. Não são tão bons como aqueles de que falei aqui há atrasado, que é lá isso. Abaixo temos até a mesmíssima questiúncula com nuvens a brincar que o são.

 

terça-feira, 5 de abril de 2022

4 do 4 de 2022

A data presente no título é passada. Ontem, e precisamente ontem, foi o dia em que considerei que a árvore amarela já ostenta as suas folhinhas muito verdinhas. Tirei fotos mas não tive a sorte de sairem bem, então decidi que não as publicaria. Ah, o que calhou mesmo bem foi que a data é uma daquelas com um conjunto de números cheio de piada.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Correnteza no corredor. Passos e tinir. Brinde.

A última cliente do dia tinha uma casa tão antiga que o corredor oscilava ao mínimo passo. Ora, os passos em correnteza, tiniam as garrafas no carrinho. Imaginei todo um brinde à minha chegada.

Escoando

No título, pus escoando porque sim, pode lá o tempo deixar de escoar? Tão poderoso e afinal surte-lhe uma impossibilidade. Oh. Mas os temporizadores nos semáforos, que era disso que vinha falar. Quero dizer, venho fazer um mero registo, que é o seguinte: passei um dos sentidos da avenida que tem três faixas em nove segundos e, o outro sentido, quiçá por ter menos uma faixa, a travessia durou oito. Tenho andado atenta aos bonecos nos semáforos (já agora fica também esta coisinhazinha neste post), a ver se os noto com as luzes todas a preenchê-los, principalmente os bonecos vermelhos, e pois que sim, há-os assim, todos brilhantes.

Madame

Vinham de lá dois franceses e um deles exclamou «ah, monsieur le bricolage, ici» quando se deparou com o meu estaminé. Aproximaram-se e encontraram foi une madame ici, oh oui. Se entraram? Pois que não, mas miraram largamente a minha montra e, por entre miradas e vidros, foram-me oferecidos sorrisos sem medos nenhuns.

Calçada à portuguesa

Há uma escova de dentes entalada entre as pedras da calçada.
Não longe, no banco de rua, há lamento para alguém que presumo seja especial:

I wish you love me like U did Xanax

Bem como um aviso para qualquer passante:

Escrevam no banco mas não roubem o corretor!!! 

Desta última mensagem, houve decerto quem não fizesse caso, pois que corrector algum se vê por ali.

Da escova tenho foto, ó:
 

costelas

domingo, 3 de abril de 2022

Muro das experimentações



 

frio calor quente sol

Por ventura

O meu telefone tem toda uma graça. Chama-se 'carregamento inteligente' e consiste em fasear o carregamento se por ventura – e aqui é que está a graça toda: por ventura – ocorre durante a noite. Estendendo o assunto: o telefone percebe que é madrugada não tarda e, pela meia-noite, mais coisa menos coisa, pára e notifica-me de que retomará o carregamento pelas três e não sei quê. Ora isto é de facto de uma enorme inteligência, é que, assim, ele está acabadinho de carregar logo que chega a manhã, o que faz com que o tempo de bateria útil se prolongue, por assim dizer. Maravilha.

Hoje é domingo

Ah que triste, ah que feio. Ser saudosista. Oh, até parece! É até normal sê-lo, sou feita de coisas passadas, moldaram-me as vivências, mesmo as que não lembre já. Claro que se é saudosista de coisas passadas, mas, porém, contudo, todavia, ocupam memória e dão um resultado.

»» Sei. Porque tenho memória, sei. «« Apontado lá no estaminé. Lá. Hoje é domingo.

sábado, 2 de abril de 2022

pois não

não se mostra a barriga (quando não se gosta dela) ou a olheira (quando não se a quer notada), o montão de roupa para lavar ou o grau de sujidade em que se encontra, a bancada gordurenta e atafulhada, a sanita com lastro do que lá se deixou cair

Não vou fazer

Não sei o que vou fazer de comidas de tacho ou de tabuleiro este fim-de-semana. Sei lá. A minha relação com esse tipo de comidas, não sendo má, que é lá isso, é decerto... Nem sei classificar, na verdade. Continuando de onde comecei: não sei o que vou fazer de comidas de garfo porque a relação que tenho com esse tipo de comida não é apaixonante, por isso é que não sei. Sou capaz de acabar com os bifinhos de frango que comprei na última vez que fui ao supermercado. Comprei-os porque me andava a apetecer, não há nada melhor do que bifinhos de frango fritos em manteiga e alho e louro e sal e pimenta, acompanhados de um soltinho arroz de legumes. Mas há. Afinal há. Digo isto porque os bifinhos não me satisfizeram. Não sei se foi do frango, se de mim, mas enrolou-se-me na boca e nem os achei gostosos nem nada. Mas se calhar faço os bifes. Posso pô-los num tabuleiro, temperá-los ao uso comum, regá-los com natas, ou com leite, e salpicá-los com cebola desidratada. Poi poss. Sempre é diferente. O meu congelador também tem bacalhau lá dentro. Cozo com ovos e com batatas brancas e com cenouras, aqueço grão e tungas. E tenho um outro legume: uma couve, que posso juntar.

Fazer, fiz

Eu fazer o bolo, fiz mas não fiz o cheesecake. E, do bolo, não há foto porque me esqueci de a tirar. Bem sei a falta que isso faz ao mundo, mas oh. Venho então fazer o registo acerca da alternativa em que pensei – relembrando: trocar a cenoura por abóbora – a qual se adequa. Id est: lá porque a abóbora é mais quebradiça, como disse no post linkado acima, não significou isso que o bolo sairia incapaz.

O cheesecake é que, pronto, já não fiz. Não fiz porque não valia a pena fazer e também porque o queijo se foi consumindo. E, as bolachas, estarem de resto mal nenhum faz. É deixá-las estar. 

As árvores da rua mais bonita de Lisboa

Já andei de roda de saber quantas e quais as árvores sitas na rua mais bonita de Lisboa que têm poucas folhinhas, bem como as têm mais ou menos e, ainda, as que se encontram preenchidas, frondosas, felizes. Contando de quem desce, e a pares, já que é assim que se encontram.

as primeiras, a da esquerda (ressalva: é a árvore ex-arredondada) está preenchida, frondosa e feliz, a da direita está mais ou menos
as segundas estão em poucochinho
as terceiras estão mais ou menos
as quartas, a da esquerda está mais ou menos, a da direita está preenchida, frondosa e feliz
as quintas estão, a da esquerda preenchida, frondosa e feliz, a da direita mais ou menos
as sextas estão, a da esquerda mais ou menos, a da direita preenchida, frondosa e feliz
as sétimas, bem como as oitavas, estão mais ou menos
as nonas estão, a da esquerda preenchida, frondosa e feliz, a da direita em poucochinho
as décimas estão em poucochinho
as restantes seis, quero eu dizer: as décimas primeiras, as décimas segundas e as décimas terceiras estão, oh glória terrestre!, preenchidas, frondosas, felizes

Sonho

Sonhei que ia num comboio com um montão de gente. Não é novidade eu sonhar com gente aos montes, só que, neste sonho, as pessoas eram somente familiares. Havia uma que tinha enlouquecido e não se aguentava nem sentada, quanto mais de pé, e falava atabalhoadamente. Por conta disso, o modo como nos relacionávamos com ela era de condescendência e, até, de compaixão. E a gente lá ia no comboio, convivendo e viajando, e em certa altura estávamos uns quantos debaixo de uma aflição qualquer e em cima do comboio. Era ver-nos em equilíbrio, sabendo que mais curva menos curva, alguém ia cair. Acordei antes disso, portanto jamais saberei se fui eu que caí ou então uma ou outro qualquer.

vou ensinar os céus e agarrar as estrelas

pares, se em som

haja
é de haver

aja
é de agir

por conta desta ervinha percebi o quanto as ervinhas aproximam das ervilhas

se se estragou já não estraga