sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Repetir

Tem vinte e oito anos e já sabe que quando for velho se vai marimbar para aquilo que pensarão de si. Repetiu a ideia pelo menos quatro vezes, não usando palavras diferentes. Tem vinte e oito anos e não sabe que já se repete como os velhos. Mas, como tem vinte e oito anos e ainda se incomoda com o que os outros pensam de si, não lhe fiz saber esta minha conclusão.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O tempo das coisas

Sua majestade foi ao IPMA fazer uma coisa e veio de lá maluco com a maquinaria, diz que nem sabe como é que alguém tem cabeça para fixar aquelas coisas. Diz que viu uma coisa grande, abriu muito os braços e olhou para cima para fazer de, e foi a custo que percebi que a coisa era um mapa do mundo que 'tinha até uma coisa a girar aos pé dos Estados Unidos'. Fiquei curiosíssima acerca desta última coisa, mas, atendendo à parca coleção de palavras de sua majestade, não perguntei nadinha e vim fazer este post. Que nada diz, bem sei, mas é assim que passo o meu tempo, a escrever o nada.

Estou renovada

Não registei ainda que já recebi a minha (re)nova(da) Carta de Condução. Andei a fazer um joguinho, o de ver as diferenças. Tanto tenho mais vinte anos como menos meia dúzia de quilos. Na foto antiga pareço a minha mãe mas na actual, não. Tenho também a Carta B1, a qual explica a possibilidade de conduzir uma carripana daquelas mais ou menos grandes, questão que já vem da Carta antiga, só por dizer que não estava explicado. De resto, o selo d' água diminuiu e mudou de lugar, não deixando, porém, de pertencer à República Portuguesa, o emissor deste tipo de documentação dantes era DGV e agora é IMT e a minha assinatura de hoje em dia é bem mais desleixada.

Palhinhas ao mar

Depois de eu ter comprado um pacote de palhinhas de plástico percebi aquilo da pegada não sei quê e do lixo no mar mais o plástico que a gente come na chicha do peixinho. Entretanto vi sei lá onde que num ponto do Globo se fabrica arroz de plástico mas também não sei explicar por mor de quê, mas não duvido que enriquece rapidamente quem chefia uma linha de montagem desta natureza, claro. Entretanto as palhinhas têm desaparecido do boião onde as espetei, mas pouco.
É um problema, pá, isto é um problema, lembra o amigo das motas, e lembra muito bem.
Sou de reciclar, sim senhoras e senhores, mas mais papel e vidro do que outros recicláveis. E isto há anos. Muitos. Mais de vinte. Começou por me fazer impressão o vidro não se aproveitar, já que é tão lavável e aproveitável, depois veio o papel, por tão fácil e asseado ser, é ir guardando papelada num saco e depois despejar no caixote azul. Agora o plástico... Hum, preciso ser mais disciplinada para que o (meu) mundo coma menos plástico. O plástico é chato de reciclar, são embalagens que estão obviamente sujas do que continham, o que azeda ou oxida e rapidamente produz odores desagradáveis e longe do asseio.
Aqui no estaminé sou também de reciclar. Vidro, aqui não há, mas vou amontoando papel até ter vontade de o jogar na catacumba de todos nós. Tenho cartão e tudo, para lhe aceder a meu bel-prazer. Do lixo do estaminé consigo extrair plástico, mas é coisa que não fazia e fica aqui registado que é precisamente neste dia (12/09/2018) que me amando para estas lides benfazejas. Aqui o plástico não vem com matéria orgânica, portanto não vem de lá cheiro nenhum, se os dias de permanência no estaminé forem poucos. Aliás, posso já adiantar que tenho ali um sacão com saquinhos, tudo de plástico.
Relativamente à freguesia e, de um modo geral, como acho que está aberto à poupança de saquinhos e mais não sei o quê, devo dizer que as pessoas estão sensibilizadas e muito inclinadas a isso. Eu própria, enquanto cliente, para lá me inclino também, na frutaria do nepalês, por exemplo, ponho várias espécies de frutas ou legumes no mesmo saco.
Mas as minhas palhinhas às listinhas... Ó pá... Confesso que já as teria gasto se os copões que uso quando bebo sumo de laranja não viessem já com elas espetadas nas tampas.

Comprinhas

Comprei
mais café moído, sendo esta a vez do de S. Tomé. É assim como que fumado, e sei disto porque, por sugestão do Luís, mordi e saboreei um grão. A senhora lembrou que é uma boa ideia passarmos a beber somente os cafés robustos, sem misturas, uma vez que da última vez achámos a mistura que levei não pujante o suficiente, qual safanão nas entranhas, qual quê. Quero dizer: é bom, é, aliás, muito bom, mas a gente quer mais.
Comprei
avelãs torradas. Pasmei com o preço. Sério, para aí menos vinte e cinco por cento do local onde habitualmente me avio delas. A avelã é um fruto seco e é um fruto seco do caraças. É tão bom! Já vêm torradas, peladas, são sequinhas, gostosas. Hum.
Comprei
maçã glaceada e temperada com canela. Fui a primeira cliente e o produto era tão novo na loja que ainda nem dera tempo de a senhora criar código. Adorei ser assim tão importante. E antes provei um pedacinho de maçã, a convite da senhora. É  montes de espectacular.
Comprei
amoras desidratadas, cuja embalagem traz uma receita, muito simplezinha, de sumo de amora. Acho que vou fazer. Mas também acho que vou comê-las assim. E também acho que vou pô-las num bolo de limão.

Almoço

Foi bifana no pão, hoje, e foi num lugarzinho de comer bifanas no pão montes de conhecido. O meu colega mandou-me avançar, eu que me pusesse lá ao fundo, que ele fazia o pedido.
Gostei da sopa, que era de feijão segundo informação da senhora que serve, mas o dito escasseava, enquanto a massa cotovelinho abundava, portanto: eu cá acho que comi sopa de massa cotovelinho. Mas gostei, como já referi. É um caldo quase salgado com coisas jogadas lá para dentro.
Gostei da bifana, que abunda, é mais carne do que pão e o molho que lhe vem agarrado é salgado. É para puxar a bebida, eu compreendo, mas como não bebo – se, porventura água, pouquíssima será - às principais refeições, custa a deslizar. Mas gostei, como já referi.
O meu lugar ao fundo era ao lado da máquina de fatiar fiambre e do frigorífico envidraçado, que tinha lá dentro latas de refrigerantes e carne crua. Um pano cobria a máquina. Tinha dizeres. Provérbios. Fixei somente um: «não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe». É a tal porra, como saberíamos de um se não soubéssemos do outro, né?

Chegança

Já chegou a revista Lusitana deste trimestre. É uma revista que é revistinha, por conter pouca coisa noticiosa em receitas. Ademais, os vales de desconto são iguais aos anteriores. Tem contudo uma coisinha boa, a de lançar novos produtos com regularidade. Desta vez anuncia que vamos ter no mercado moluscos, bacalhau e petinga enlatados, cubos de caldo e topping de chocolate branco e de maracujá. Espera lá... Topping de maracujá?! Ai. Acontece ainda uma coisinha com estes produtos-novidade, é que o supermercado onde me abasteço não os comercializa, por mais que os procure não os vejo nas prateleiras. Já ouvi dizer que os há num supermercado com um nome diferente. Hum, ok, vá, então e vontade de lá ir? Não há. Entretanto notei que a lista de toppings é grande, enumero-as por conta de não ter mais nada que fazer. Há então topings de:
banana (hum, deixa estar)
chocolte branco (não vale a pena, eu derreto)
chocolate belga (idem ao de cima)
caramelo toffee (mais ou menos idem aos dois acima, já que o toffee não é tão fácil assim de conseguir)
framboesa (pá... pronto, sim, venha)
maracujá (sim! sim! sim! muitos sins!)
morango (um sim indubitável)
café (náááá...)
avelã (… estou amorfo, é que pode ser muitaa bom, mas também pode ser o! horror)

Setembro

O Setembro é tip' assim o desmame do Verão. Depois chega o Outubro lembrador de Outono em duas frentes, o arrefecimento e o 'out', que até podia ser vai-te out daqui ó calor mas não é, e em vindo o Novembro podemos esperar que o Martinho substitua o Pedro, que, coitado, também precisa de férias, naquilo de mandar no estado do tempo, pois vem aí o Verão outra vez, vulgo Verão de São Martinho.

Cobardia

Sou uma cobarde do caraças. Devia dizer ao homem o que vou agora pôr no blogue:
Ó vizinho, olhe lá, eu não o vi, quando sacudi a toalha à janela do meu quarto azul. Sério. Na altura do lançamento o senhor estava tapado pela esquina do prédio ao lado. De modo que, creia, por favor, que não tive intenção alguma de o sujar com os restos do meu pequeno-almoço. Contudo percebo que não foi bonito eu não me desculpar perante os seus protestos, mas ponto, venha ler este post.

ó pá toin xiru!

Primeiro

Bom dia. São sete e um. Já acordei as moscas da cozinha e pus a  água ao lume para o chá.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Último

Deixo para último o sonho, mas hoje é propositado, afinal a vida na blogosfera rege-se sobretudo por apetites. Sonhei que recebera uma enorme quantidade de comentários no lbogue... ai perdão, blogue, isto pode ter que ver com o facto de ontem, precisamente ontem, não ter recebido mail nenhum, o que estranhei, e só não houve post a referir este assunto porque masqueceu. Abaixo fica foto de boa noite. Boa noite.


Dias de um Ginásio

Na aula de Pilates, o cantor famoso ficou mesmo ao meu lado. Notem bem: ele é que ficou ao meu lado. Lá porque é famoso não quer dizer que.

Lanchinho

Comi uma banana com pedigree 'Rosy', que é coisa que ando a fazer há qu' anos. Procurei link com registo deste começo mas ocorre que o registo que há de rosy's é por conta da existência de uma mola de roupa e está no blogue anterior, querendo isto dizer que não há link porque o blogue está escondido.

Do fim-de-semana, ainda

Então não é que masqueceu de relatar a fantástica aventura das panquecas de batata-doce?! É que foi por mor delas que me portei particularmente bem, por alturas do fim-de-semana passado, reflexão que já ontem fiz e conclusão que já ontem tirei. Estendo, então e agora, a interessante temática:
No dia de anos da rica filha aproveitei a fornada do bolo de aniversário para cozer quatro batatas-doces envoltas em folha de alumínio, com a intenção de fazer bolo do caco, mas depois faltou-me o tempo e guardei as ditas no frigorífico, que é abrigo destas faltas de tempo. Isto foi coisa acontecida a uma quarta-feira e, chegado o sábado, pus-me então a fazer os bolos do caco, apoiando-me no saber da Filipa Gomes em seu programa 'Cozinha com Twist' (não sei qual é o episódio mas sei que passa no canal 24 Kitchen), mas o puré de batata veio a revelar-se demasiado, pois batata e meia chegou para os bolos, que fiz, sim senhoras e senhores, mas não se me revelou fácil o assar na frigideira, ficavam crus no meio, problema que resolvi cortando-os e assando a parte crua. Esta demanda resultou então nuns bolos do caco finos mas todavia saborosos. Eles quentes mais manteiga a derreter-se, caramba, que céu vivi(emos). E agora falta dizer ao mundo que as restantes duas batatas e meia usei para fazer panquecas, que acabou por ser uma coisa que inventei com o que tinha. Coloquei tudo no processador, as batatas, um resto de arroz, dois ovos e temperos, dos quais constou sal, mistura de especiarias a lembrar o caril e salsa. Saiu uma mistura homogénea mas densa. Experimentei fritar assim, mas não deu, faltava corpo à massa, o que lamentei, queria uma coisa leve, na verdade o que eu queria mesmo era crepes, que caracteristicamente são finos. Mas lá me rendi, acrescentando farinha, e eis que resultou nuns disformes pedaços de massa frita. Ficaram feias e grossas (mas de bom sabor) pra caraças, qual crepes, qual quê, mas pouco me importou isso e, provando esse pouco, tirei uma foto e publiquei no Instagram, que legendei assim:
Era para serem panquecas de batata-doce super saborosas e super lindas mas ficam-se pelo bom sabor.
E a foto é esta:




Do descanso

Tenho um saco que é uma lancheira super moderna, seu tecido é escuro, maleável, algo extensível, maciozinho, com pegas confortáveis, fácil de fechar, enfim, tudo de bom. E serve para levar os detergentes com que me lavo no Ginásio, dentre esses, o champô. Ora eu precisava de descansar, não só a cabeça, como o corpo. Pronto, estava a sentir-me extremamente bem, que querem?, não me posso queixar, as pessoas não deixam, é logo tudo a dizer que eu não posso porque tenho tudo e mais não sei o quê, é logo tudo com a lenga-lenga dos que estão muuuuuuuuito pior do que eu e o camandro, de maneiras que fica assente: eu precisava de descansar toda a extensão física da minha existência porque me estava a sentir mesmo bem. Vai daí, eu refastelada, tomada pelo ócio, ficava-me a cabeça (extremamente bem feita e capaz) como que a querer lembrar-se de sofrer e não podia ser, como já expliquei, de maneiras que fui buscar, alegremente, o saco que é lancheira mas que faz de transportadora de detergentes com que me lavo no Ginásio para fazer as vezes de uma almofada, que ao depois se revelou atenuante dos dói-dóis que não posso ter. Falta só uma coisinhazinha, é que o saco estava no estaminé à espera de ser chegada a hora de ser usado no Ginásio. Pois. Não, esperem, falta outra coisinhazinha: o saco tinha outros detergentes, só por dizer que o champô é o que melhor combina com cabeça. E era isto, pois sim, mas, com tudo e por tanto com tão pouco, vai-se a ver e era só! isto. De nada, ora essa.

perspectiva:
colher-medida;
mulher-medida




(à falta de não serem notados os dentes amarelos, pus tudo em amarelo mas, querendo saber outra realidade dos meus dias, a colherinha é daquele cor-de-rosa dos bebés)

ó pá toin xiru!

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e um e, aquando da segunda dose de cafeína, eram estas:





Sim, já tenho a máquina de café no estaminé, encastrada no meio de nada de jeito. Se eu deixar, parece um amorfo, mas não deixo.