quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Palhinhas ao mar

Depois de eu ter comprado um pacote de palhinhas de plástico percebi aquilo da pegada não sei quê e do lixo no mar mais o plástico que a gente come na chicha do peixinho. Entretanto vi sei lá onde que num ponto do Globo se fabrica arroz de plástico mas também não sei explicar por mor de quê, mas não duvido que enriquece rapidamente quem chefia uma linha de montagem desta natureza, claro. Entretanto as palhinhas têm desaparecido do boião onde as espetei, mas pouco.
É um problema, pá, isto é um problema, lembra o amigo das motas, e lembra muito bem.
Sou de reciclar, sim senhoras e senhores, mas mais papel e vidro do que outros recicláveis. E isto há anos. Muitos. Mais de vinte. Começou por me fazer impressão o vidro não se aproveitar, já que é tão lavável e aproveitável, depois veio o papel, por tão fácil e asseado ser, é ir guardando papelada num saco e depois despejar no caixote azul. Agora o plástico... Hum, preciso ser mais disciplinada para que o (meu) mundo coma menos plástico. O plástico é chato de reciclar, são embalagens que estão obviamente sujas do que continham, o que azeda ou oxida e rapidamente produz odores desagradáveis e longe do asseio.
Aqui no estaminé sou também de reciclar. Vidro, aqui não há, mas vou amontoando papel até ter vontade de o jogar na catacumba de todos nós. Tenho cartão e tudo, para lhe aceder a meu bel-prazer. Do lixo do estaminé consigo extrair plástico, mas é coisa que não fazia e fica aqui registado que é precisamente neste dia (12/09/2018) que me amando para estas lides benfazejas. Aqui o plástico não vem com matéria orgânica, portanto não vem de lá cheiro nenhum, se os dias de permanência no estaminé forem poucos. Aliás, posso já adiantar que tenho ali um sacão com saquinhos, tudo de plástico.
Relativamente à freguesia e, de um modo geral, como acho que está aberto à poupança de saquinhos e mais não sei o quê, devo dizer que as pessoas estão sensibilizadas e muito inclinadas a isso. Eu própria, enquanto cliente, para lá me inclino também, na frutaria do nepalês, por exemplo, ponho várias espécies de frutas ou legumes no mesmo saco.
Mas as minhas palhinhas às listinhas... Ó pá... Confesso que já as teria gasto se os copões que uso quando bebo sumo de laranja não viessem já com elas espetadas nas tampas.

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