Vou passar a andar com o bloquinho rudimentar. Sempre. Eu explico. Explico porque é que, por ora, não ando. Não sempre. É que, chegada ao estaminé, há que fazer recados Lisboa afora, isto em certos dias, e ponho-me então a escrutinar os elementos que recheiam a minha mala e retiro os que considero dispensáveis durante essas deslocações. Para além da bolsinha com o carregador do telefone e pen, a bolsinha com as chaves, até ontem retirei também o bloquinho rudimentar, certa de que, em querendo apontar as minhas coisinhazinhas, levo comigo o caderno e o telefone, portanto: lugares onde apontar é que não me falta. Ainda assim, fui sentindo falta do meu bloquinho.
quinta-feira, 9 de julho de 2020
d.i.a.s.
dia dê
Acordei mais cedo que o costume, estava ainda tudo em escuro. Quando a claridade apareceu não levantei logo o estore, não me apeteceu ver o abacateiro nem viver os costumes. Bebi chá e pareceu-me um saudoso costume, oh quanta ironia, passaram somente dois dias sem que. Entretanto confundi o barulho do rebanho que passava lá fora com as buzinas nos meus ouvidos. A frase chegou.
dia i
Acordei um bom bocado depois do costume, tipo assim como que o dobro sobre o 'mais cedo que o costume', vá, e, bom, digamos que recuperei o tempo que estive acordada em plena madrugada. A frase chegou, mas fraca. Pus o pão no forno, de véspera tinha-o posto a jeito, certa de que iria acordar cedo e tal e tal, mas já se viu que não.
dia á
Acordei à hora do costume. Levantei o estore um pouco, nem me lembrei do abacateiro. A frase chegou depois do pequeno-almoço.
dia ésse
Acordei à hora do costume mas não levantei o estore logo logo logo. Quando levantei nem me lembrei de mirar e cumprimentar o abacateiro e, quando me lembrei, eis que não quis, uma pessoa tem que criar saudades. A frase chegou. Esbatida, mas chegou.
Nariz em duas frentes. Narinas, pronto.
Os lenços de assoar vêm com cheirinho bom. Estes aqui, ó Havia-me esquecido de registar no blogue tão preciosa informação.
Comprinhas
Perguntei ao nepalês da frutaria se tinha agrião, queria-o para juntar à alface, que já tinha retirado da bancada e ensacado, e também para pôr um bocado de verde na sopa. O nepalês informou «agrião tem, mas não bom». Pronto, podia acabar-se-me a vidinha naquele momento, mas lá me aguentei, dediquei então toda a minha atenção a um abacate e a quatro pêssegos.
Antes de mais
Antes de mais escrever do que este post, é café duplo goela abaixo, o uq eresulta... ai perdão, que resulta em prazer finito, mas vá. Bebe, ó Gina. Estou no estaminé e olhem que o café aqui também é muito bom.
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Que há espiga, há
À minah... ai perdão, minha frente caminhava uma mulher que tinha uma espiga tatuada perna acima. Pus-me a pensar que, fosse de trigo a espiga - sei lá eu se era – ia desafiando os celíacos e, oh quanto destemor, até o próprio glúten.
Toques em muito
Aqui há tempos o meu colega vendeu uma campainha a um cliente que mora bem próximo ao estaminé. O que acontece é que a gente agora ouve a campainha uma data de vezes ao dia, para já: a casa é concorrida, para depois: as janelas estão sempre abertas. Abertíssimas. Abertíssimas não existe, estão permanentemente escancaradas, pronto. Mas é um privilégio enorme perceber que os materiais que a gente vende funcionam perfeitamente. Ainda aqui há tempos vivi uma cena semelhante, pois foi.
As meninas fit
Li nas netes acerca de uma pessoa que mostrava o almocinho de grão com camarão cozido e uns legumes quaisquer e logo atalhou que aquilo sim, é comida e até avisou que ninguém se metesse com ela, muito menos as meninas fit.
O mundo, tem ele a inveja, essa coisa, e, neste caso, ai a porra das vírgulas, a mostradora invejava de antemão o corpo de uma imaginária menina fit, que, a existir, invejaria, não duvido, ai porra tanta vírgula mas é, o prato da mostradora.
(dois pontos)
prazer maior, alvitro:
comer sem culpa
O porteiro
Não tenho visto o porteiro da avenida, quiçá tenha levantado voo - podendo, pois claro! - rumo aos brásis dji seu córáção, com a esperança em alta perante uma promessa de dias muito bons. A esperança e a promessa assentam em dias vindouros, esses sempre serão tidos como bons; uns bons dias.
posta-restante:
depois de ter esta ideia em modo texto é que vi o porteiro
mas como lciente... ai perdão, cliente no meu estaminé
não como marchante da, e na, avenida
parece este um post premonitório
terça-feira, 7 de julho de 2020
O que vale é que vocês gostam de mim na mesma.
O maravilhoso mundo de plástico
«Gina: distrai-te (escreve!)»
A fonte Courier é «os meus 'itálico' e 'bold' preferidos». Não gosto de apresentar textos em itálico porque não gosto de os ler, sei lá, faz-me impressão a letra inclinada, ademais apequena um bocado, dificultando a leitura. Às vezes para ali ando, «dentro» do blogue, tentando encontrar uma fonte de que goste mais do que a Courier, mas é que não as há. A comum no meu blogue é a Trebuchet, é a coisa mais linda do mundo, inclusivamente a uso no documentozinho de computador que serve para rascunhar as coisinhazinhas do costume. Mas, na verdade, é escassa a oferta de Mr. Blogspot, para além destas duas fontes temos a Arial, que é vulgar, e idem para a Geórgia, temos a Helvetica e a Verdana que são idênticas e, ademais, não se me palpita o coração quando as olho, temos a Times que é pequerrucha e eu, pronto, já se sabe, sou pitosga. Com tudo e por tanto, querendo eu destacar parte de um texto, uso o Courier.
«Gina: distrai-te»
Caminhei devagar, contrariamente ao meu costume.
Em lá ir
Rua Carvalho Araújo
Rua Edith Cávell
Rua Morais Soares
Rua Cavaleiro de Oliveira
Rua Francisco Sanches
Rua Pascoal de Melo
No cá vir
Rua Aquiles Monteverde
Rua de Arroios
Rua Quirino da Fonseca
Alameda Dom Afonso Henriques
Avenida Almirante Reis
É do grupo 'Lisboa, Lisboa', este post.
Em lá ir
Rua Carvalho Araújo
Rua Edith Cávell
Rua Morais Soares
Rua Cavaleiro de Oliveira
Rua Francisco Sanches
Rua Pascoal de Melo
No cá vir
Rua Aquiles Monteverde
Rua de Arroios
Rua Quirino da Fonseca
Alameda Dom Afonso Henriques
Avenida Almirante Reis
É do grupo 'Lisboa, Lisboa', este post.
vai e vou
a humidade fica retida na concavidade, vai o ar e seca, vou eu e arranco a crosta que se formou, vai o sangue e aparece (porque sou bruta), vai a humidade retida, que seca, que é arrancada, vai a humidade, retida, seca, vou eu e
Iguais
2020, o ano
07/07, o dia e o mês
17:17, as horas
pá, só cenas giras
Por esta hora, o único banco que está à sombra na praça mai linda de Lisboa é o banco não sei quê, que já não malembra qual o cognome que lhe pus. É o último, pronto.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Post todo colorido
Deixo-vos com uma questão que não posso de todo conter. Eis então que:
O boião do meu novo creme de rosto é da mesmíssima cor da tal maquineta.
O boião do meu novo creme de rosto é da mesmíssima cor da tal maquineta.
Graminhas
Quatrocentos e sessenta e cinco gramas de pepino
Novecentos e quarenta e cinco gramas de bananas
Oitocentos e dez gramas de cebolas
Jantei pepino. Dentre outras coisas, claro. Havia salsa, por exemplo.
Novecentos e quarenta e cinco gramas de bananas
Oitocentos e dez gramas de cebolas
Jantei pepino. Dentre outras coisas, claro. Havia salsa, por exemplo.
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