domingo, 6 de fevereiro de 2022

Bom, vamos lá

Bom, vamos lá a ver: a flor de que falei ontem é uma túlipa, e está tudo bem na mesma, mas o caramelo líquido que fiz revelou-se demasiado grosso para deixar que a túlipa se estampasse no pudim. 
Oh. 
Sim, oh, mas está tudo bem na mesma, e fica o registo, ora.

O limão, as tangerinas e os pixeis

O rico filho deu-me limões e tangerinas. Um dos limões é tão bonito que o retratei, não conseguindo porém que a boniteza ficasse nos pixeis. Então abrilhantei-os todos: o limão, as tangerinas e os pixeis.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Laranjas

Através da revista 'O Farinhas' fiquei conhecedora de que antes dos Descobrimentos só cresciam laranjas amargas em Portugal. Fiquei logo toda contente de não ter sido pessoa nessa longínqua época, eu que tenho uma preferência por este fruto bem próxima à adoração. Era um pertence da Ásia, diz também o artigo, lá é que as havia doces e os bravos portugueses é que no-las trouxeram. Estou mesmo contente, parece-me até que gosto ainda mais de laranjas.

Gravações

Eu dantes gravava vídeos, não só explanando os planos para as comidinhas e docinhos que faria no fim de semana, como o que realmente fizera – se cumprira com os planos, se não, e, caso não, por conta de quê me havia desviado do que intentara e tal e tal. Dantes. Às vezes dá-me saudades mas actualmente seria bastante difícil encontrar soluções para gravar durante a semana e, especialmente este tipo de conteúdo, tem de ser gravado no antes e no depois de um fim-de-semana. Bom, vou mas é ao que aqui me trouxe. No outro dia calhou de cair num desses vídeos e deixei-me fazer vaza de narcisa, ou a sê-lo realmente, acabando por me ouvir dizer que fizera sopa de castanhas e cogumelos e que, oh vejam lá, a sopa ficara com um intenso sabor a castanhas, quiçá tivesse abusado do ingrediente e mais não sei o quê. E agora é que vem o fulcro do assunto: e não é que dias antes havia feito essa mesma sopa e o sabor predominante era precisamente o das castanhas? Mais: o vídeo tem cinco anos de publicado. Hum-hum, isso mesmo, Janeiro de 2017 (sim, bem sei que estamos em Fevereiro mas este assunto anda no bloquinho rudimentar há semanas), e não que a fome seja a mesma, que não é, mas presumo que não fazia esta sopa desde aí.

Os fins-de-semana, os bolos, o pudim e, até, o bolo-pudim

No fim de semana passado fiz bolo de beterraba e a decisão deu-se sem demora porque havia assado toda uma catrefada delas. Mas havia estado indecisa, mesmo que por pouco tempo, porque me anda a apetecer bolo de cenoura. Como as minhas pessoas vinham almoçar cá a casa e, em termos de cobertura deste bolo, as opiniões não são iguais no todo, pensei cobri-lo pela metade, ou seja: ganache de chocolate e mistura de sementes e mel. Fica para uma próxima vez, decerto chegará. Oh, quão positiva me encontro por ora...
Este fim de semana fiz pudim inventado. Quis usar a mítica forma para pudins que era da minha mãe. É daquela marca montes de conhecida em questão de utensílios de plástico para armazenamento de comida, variados em cores, feitios e tamanhos, que nos anos setenta comercializava (pode até ser que ainda se comercialize) uma forma para pudins cuja base se despegava em a gente querendo. Parecia uma tampinha. E era. E havia três, fazendo cada uma o seu desenho – uma flor, que é a que tenho, e, por exemplos, um coração e uma estrela. Acho mesmo que era isso, é que já não as tenho. Bom, aqui há anos a minha mãe deu-me essa forma - usando o melhor argumento do mundo: 'eu já não a uso, filha' - mas não malembra se depois daí lhe fiz alguma coisa para além de a mudar de sítio, tenho para mim que não. Inventei então um pudim – natas maricas e elites... ai perdão, leites de duas espécies, um comum e o outro maricas, ovos e açúcar. De ovos sei que pus três inteiros e três gemas, de açúcar é que não sei converter as colheradas em gramas, bem como já não malembra quantas colheradas pus, não pus foi a baunilha porque, simplesmente, masqueceu. O procedimento foi o do comum crème anglaise, só que, lá está, sem a baunilha. Depois, achando que queria a consistência de um pudim instantâneo, juntei cindo folhas de gelatina, já demolhadas, quando a mistura fervia mansamente. Toda esta trama aconteceu porque o que eu queria mesmo era um pudim a imitar o flan instantâneo e usar a forma já referida. Neste momento o pudim encontra-se no frigorífico, a arrefecer e a solidificar. De sabor pareceu-me bem, quando lambi a colher. Ah, e o caramelo foi o que fiz para o bolo-pudim de aqui há atrasado. Já tem semanas de pronto, mas está óptimo. Copiei de uma receita que, até ver, é infalível. Também ainda só a fiz duas vezes, mas pronto. Estava era a esquecer-me de dizer que a base da forma é com desenho porque, quando desenformado o pudim, o que fica à vista é a base e, se a vista for bonita, melhora a vista, né? Poi zé.

Post com título

O post 11011 também é catita! E é uma capicua. Pois. Já agora deixo dito. Ah, este é o post 11011, ah ah.

Post com título

Ninguém muda pessoas, as pessoas é que se mudam, e, as mudanças mais duradouras - e apreciadas pelo próprio -, são as que aparecem espontaneamente, o que oferece a dúvida: vale a pena lutar?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

intervalo

estou no intervalo do 'mais do mesmo'
podia ser por isso que a imagem difere das demais desta grupeta mas não é, calhou de me acontecer outro caminho, só isso

uma por sem

Não fazer parte é essência, não encontrar utilidade na minha presença é, no mínimo, não bom. O mundo giraria sem mim, portanto. Às vezes nem a merda do blogue me interessa, mas esse eu sempre soube que não faz falta ao mundo, a mim é que faz, e, ademais, não julgo que sei escrever, nada disso, portanto: como fazer falta ao mundo, né? Poi zé. Uma vez disseram-me que eu nunca conseguiria escrever assim (e o assim era uma maneira 'boa'). Fiquei meio que desapontada, óbvio, ouvir não foi fixe, mas não doeu lá muito porque não tenho a mania. Já agora deixo dito que para aí umas quatro ou cinco pessoas me disseram que não percebem nada do que escrevo, mas isso tem toda uma gireza. Empolga quase sempre. Adoro na maioria das vezes.

Sonho

Sonhei que gemia devido a um qualquer sofrimento e que um transeunte me perguntou 'porque não te matas?'

e agora vou ser exorcizada

linchada esquartejada [ou só] abandonada [vá]

tenho saudades da chuva

mas da chuva, não deste tempo baço que tudo tem a postos, prometendo e segurando simultaneamente
foto captada em Lisboa, a 1 de Fevereiro último, um dos dias desta vaga tão estranhamente soalheira

a menina não fez uma cópia


nunstantgrama


designa Instagram e foi inventado lembrado de manhãzinha

ajeitando os óculos debaixo de milhentas florzinhas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Lisboa, 3 de Fevereiro de 2022

Papoilas. Vi-as hoje pela primeira vez este ano. Costuma ser evento acontecido no pino do Inverno mas junto à minha morada saloia, não em Lisboa. E lá estavam elas, num vermelho clarinho, em boa parte do pedaço da 2ª Circular que percorro em muitos dos meus dias (de grafómana [rindo com o trocadilho]). Não se mostram em grandes tufos, vão surgindo em fila, despontando na parte de fora da divisória. Surpreenderam-me, pronto. Quem quiser ver o mesmo que eu é seguir a norte e atentar quando ladear o aeroporto.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Lisboa, 31 de Janeiro de 2022

E quase se acabava o mês sem eu anunciar que já há uma certa penugem nas árvores da avenida e que sobre a permanência do poeta no pedestal já passaram tantos anos como os que completarei daqui por seis meses. (tamãe há o 31 de Janeiro num mercado, ficá li pó Saldanha)