No fim de semana passado fiz bolo de beterraba e a decisão deu-se sem demora porque havia assado toda uma catrefada delas. Mas havia estado indecisa, mesmo que por pouco tempo, porque me anda a apetecer bolo de cenoura. Como as minhas pessoas vinham almoçar cá a casa e, em termos de cobertura deste bolo, as opiniões não são iguais no todo, pensei cobri-lo pela metade, ou seja: ganache de chocolate e mistura de sementes e mel. Fica para uma próxima vez, decerto chegará. Oh, quão positiva me encontro por ora...
Este fim de semana fiz pudim inventado. Quis usar a mítica forma para pudins que era da minha mãe. É daquela marca montes de conhecida em questão de utensílios de plástico para armazenamento de comida, variados em cores, feitios e tamanhos, que nos anos setenta comercializava (pode até ser que ainda se comercialize) uma forma para pudins cuja base se despegava em a gente querendo. Parecia uma tampinha. E era. E havia três, fazendo cada uma o seu desenho – uma flor, que é a que tenho, e, por exemplos, um coração e uma estrela. Acho mesmo que era isso, é que já não as tenho. Bom, aqui há anos a minha mãe deu-me essa forma - usando o melhor argumento do mundo: 'eu já não a uso, filha' - mas não malembra se depois daí lhe fiz alguma coisa para além de a mudar de sítio, tenho para mim que não. Inventei então um pudim – natas maricas e elites... ai perdão, leites de duas espécies, um comum e o outro maricas, ovos e açúcar. De ovos sei que pus três inteiros e três gemas, de açúcar é que não sei converter as colheradas em gramas, bem como já não malembra quantas colheradas pus, não pus foi a baunilha porque, simplesmente, masqueceu. O procedimento foi o do comum crème anglaise, só que, lá está, sem a baunilha. Depois, achando que queria a consistência de um pudim instantâneo, juntei cindo folhas de gelatina, já demolhadas, quando a mistura fervia mansamente. Toda esta trama aconteceu porque o que eu queria mesmo era um pudim a imitar o flan instantâneo e usar a forma já referida. Neste momento o pudim encontra-se no frigorífico, a arrefecer e a solidificar. De sabor pareceu-me bem, quando lambi a colher. Ah, e o caramelo foi o que fiz para o bolo-pudim de aqui há atrasado. Já tem semanas de pronto, mas está óptimo. Copiei de uma receita que, até ver, é infalível. Também ainda só a fiz duas vezes, mas pronto. Estava era a esquecer-me de dizer que a base da forma é com desenho porque, quando desenformado o pudim, o que fica à vista é a base e, se a vista for bonita, melhora a vista, né? Poi zé.
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