domingo, 6 de março de 2022

Post com título

Se o mundo são as pessoas e se não houver pessoas vou ter medo de quê, né? Poi zé.

Sonho

Sonhei com a mulher do blogue. O sonho metia escadas, escaladas, vãos, profundezas. Um descanso, portanto.

Manhã cedo

O vizinho do segundo esquerdo entrou no canteiro onde mora o abacateiro e pôs-se a mirar o chão. Se a minha análise está certa, procurava abacates. Não sou suficientemente boa para analisar com precisão se os viu ou então não, sei é que virou a cabeça em meia rotação para mirar, então e assim, o abacateiro. Demorou mais, esta observação. Ainda pensei que subisse à árvore para colher abacates, só que não.

sábado, 5 de março de 2022

o cós

Às vezes acho

Às vezes acho que faço as coisas a pensar nos outros e depois acabo por perceber que as faço a pensar em mim. Como as ressalvas no blogue, por exemplo, faço-as para mim, temendo que julguem que julgo que estão cá e não estarem, assim pronto, estou sozinha já à partida.
 
 

Ervilhas

E lá acabei eu com as ervilhas. Mas as congeladas, que das de lata ainda restam duas. Latinhas, lá isso é o que são. Aquilo dá cada uma para meia refeição ou um tacho de arroz e cenoura. Arroz primaveral, portanto. Também há-de dar para duas refeições daquelas solitárias que me acontecem de vez em quando.

WhatsApp

Lá no grupo de partilhas da família mais chegada de todas, quando havia saída para irmos ver do fato do rico filho, ele iniciava a conversação por:


migas



... para se dirigir à mãe e à mana

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anteontem cantei e dancei, ontem cantei e dancei, hoje cantei e dancei

Isto que digo (título) é de há uns dias. Num desses, o que no título é anteontem, calhou de estar numa pastelaria com os ricos filhos e tocar uma canção da Celine Dion que, de lamechas, tem tudo, mas que eu adoro ouvir. Não tenho idade para reter gostos em canções alegadamente ruins, 'migos. Não. E canto.

Hush, love
I see a light in the sky
Oh, it's almost blinding me
I can't believe
I've been touched by an angel with love

Desajeitadamente, lá isso, mas canto. E gesticulo enquanto me desajeito no cantar.
 
Let the rain come down and wash away my tears
Let it fill my soul and drown my fears
Let it shatter the walls for a new sun
A new day has come

E gingo. Chamei de dança mas foi gingar.  Ah, e a rica filha a acompanhar esta mãe sem tino. Óbvio.

no blogue a chuva é artificial, na rua não

👀

Apontamento estéril

«Agora ando», apontei eu no bloquinho rudimentar. Mal terminei as duas palavritas, varreu-se-me tudo o que queria escrever. Tudo. Sei lá eu o que ia escrever... É que não sei. Pronto, diz-se que o pensamento, sendo digno de perdurar em forma de texto, à mente regressa, de maneiras que.

vai e volta, reviravolta, pescadinha de rabo na boca, alguém gritou: «pára de gritar!»

Lisboa, Lisboa

Temos agora temporizadores em alguns semáforos da minha zona. É bom, acalma. Quero eu dizer que acalma o peão e a peoa. Quando no outro dia registei no blogue que havia percorrido cerca de vinte metros em treze segundos, era de um destes temporizadores que estava a falar. Entretanto já percebi que nem todos os semáforos dispõem do mesmo valor de tempo (que avisa o peão e a peoa por mor de tempo remanescente), enquanto uns têm uns descansados 32 segundos na totalidade, outros têm uns míseros 15. Qualquer dia vou de visita à avenida da Liberdade para ver que tempo puseram. É que não se atravessa de uma vez. Mas também estou para aqui a pensar que, às tantas, mesmo sendo A! Avenida, não tenha lá porra de temporizador nenhum... Quiçá, e afinal, seja um melhoramento só para alguns ou isso assim. 

Lisboa, Lisboa

Num daqueles blocos cinzentos que existem para doar (ah, que lindo verbo! era abastecer, o devido verbo, mas deixo como surgiu) e, ou, controlar a iluminação de rua, está um boneco pintado. É tipo um emoji, quem sabe até seja. Construí uma frase, e construí-a como se fosse então um emoji, que diz assim: 

«Eis um emoji a fazer de fantasminha ou então de cocó ou então de bróculo. Não dá para tirar foto porque lhe colaram uma publicidade em cima, o que lamento, assim sempre poderia observar, comparar e certificar para todo o sempre.»

Coisas

Cartão de memória
Incompatível com todo e qualquer software que eu possua, não se enfiou em ranhura nenhuma das que tenho nos meus aparelhos.
Chave
Com uma cabeça jolie. É a cabeça de chave mais jolie que conheci até hoje.
Aplicação
Feita em linha vermelha. Parece um leme que se assemelha a uma flor, ou então é uma flor com ares de leme. Encontrei-a junto à minha casa.
Estrelinha
De um material meio que esponjoso, meio que têxtil. Um dos lados tem brilhos lá colados, os quais, entretanto, estão desaparecidos de toda a orla. Não sei de onde veio.
Clipe
Que é um número 1, item acontecido neste blogue uma catrefada de vezes. Ao momento já não recordo onde o encontrei, nem é preciso.
Etiqueta
Que em tempos tinha cola. Não sei em que objecto estava colada, mas, por ser identificativa devido à legenda que tem impressa, sei perfeitamente de onde vem – Sousel. É de uma estadia do ano passado. É uma vila muito bonita, fica o reparo, e fica também dito que o link vai direito a um post onde não aparece esse nome, mas era esse o destino.
Girassol
Com folhas e tudo. O material deste querido pertence é feltro. Não sei de onde veio, sei é que já o usei para entalar o suporte onde enrosco uma peça que, por sua vez, segura o telefone, isto quando gravo vídeos.
Clipe
Montes e montes de giro e de diferente. Na verdade nem segura nada. À semelhança de tantos outros pertences não sei de onde veio. E nem para onde vai.
Clipe
Montes e montes de banal. Excepto pela cor. É amarelo. Costumo «clipar»... Agrupar, pronto, são estes clipes coloridos que uso para agrupar, lá está, os talões de desconto que esperam o dia e a hora de serem usados no supermercado. Tudo quanto é clipe deste género vem de uma caixinha que habita comigo há anos.
Alfinete
Daqueles levemente parecidos aos de ama, só que bem mais pequeno e também se apresenta com outro formato. Estes alfinetes são vulgarmente encontrados nas roupas novas, segurando etiquetas. Este não sei em que peça de roupa terá vindo. Tampouco sei se a peça em questão é uma das minhas. Quiçá não seja.
Peça
De colar. Daquelas de enfiar para fazer colares, quero eu dizer. E não, não sei de onde veio.
Brinco
De ouro. Parece, pelo menos. Tem uma corrente miudinha e uma argolinha na extremidade. Encontrei no chão.
Pulseira
De pechisbeque. É uma pulseirinha. Tinha-a pendurada, debaixo de uma prateleira que está junto à secretária do estaminé.
Etiqueta
De papel que vinha, também esta, numa peça de roupa, sendo que esta era uma peça cá das minhas, só não sei é precisamente qual. Tem corações, a etiqueta, recortados, parece até um escantilhão. Um dia faço um desenho e ponho no blogue.
Chave
De plástico, em cor-de-laranja. Não sei de que fechadura é, palpita-me é que é de uma daquelas de dispensador de papel ou coisa assim. Não sei, não sei, não sei. Não sei de onde veio esta chave, pois não.
Pen
Que anda aqui para substituir a que habitualmente uso, não vá eu esquecer. Há coisas que gosto de manter repetidas e pens é dessas coisas.
Letra
Desafiante em termos de descrição. Sei lá eu o que vou pôr aqui para designar esta letra. É um tê, pronto. É de uma marca de telecomunicações e afins. A letra propriamente dita é o seu contorno, como se fosse uma linha sem fim nem princípio. E não, não sei de onde vem. Sei é que está aqui, mas isso sei eu acerca de todos os pertences que venho descrevendo desde o início deste texto maravilhoso.
Rolha
Que em tempos fotografei e coloquei no blogue. Devido à forma que tem, a qual, quanto a mim, se assemelha a um marco geodésico, não que me lembre exactamente como abordei a semelhança mas sei que. (entretanto pesquisei, está aqui) É de um frasco de ambientador perfumado. Tem um tempão (pois tem, oito meses e tal, disse o link aí atrás) de permanência neste grupo mas mantém ainda muito do odor. E é bastante agradável. Nota-se que está pejado de químicos, qual perfume, qual quê, nada disso, químicos cheirosos, isso sim. É um odor doce e intenso. Gosto.
Botão
Que é das minhas calças. Há dias, concretamente: no Domingo de Carnaval, publiquei uma foto no blogue com o cós das calças, revelando assim que lhe falta um botão. Chamei ao post «É Carnaval, ninguém leva a mal.», o que é, a bem dizer, uma subtileza, tanto que nem sei se alguém a percebeu.
Anilha
Com dentes no rebordo interior. Não faço ideia de onde veio, como chegou, para que a quis comigo. Gosto de objectos. Não fazem mal nenhum e duram eternamente.
Menina
Em metal, tipo pendureza de fio. Repetindo: é então uma menina. Se de um lado é lisa e brilhante, do outro tem o vestido e o cabelo com o brilho sumido, id est: fosco, e, por mor desse fosco, aparece o contorno de um coração. Não, não sei de onde veio.

Nota final (de fim): pesei estes pertences e resultou em trinta gramas. Andei, a modos que debalde, carregada, por assim dizer, durante meses. Agora que acabou esta interessante novela, não sei que faça aos pertences, principalmente aos inúteis. Sempre posso colar alguns no caderno, ora pois.

é sempre aborrecido ouvir as pessoas dizerem bem de si próprias, é sempre aborrecido ouvir dizer mal, a vida é que é aborrecida

se eu me surpreendo talvez eu surpreenda as pessoas

Salada de frutas

Encontrei um limão que faz lembrar um coração, por isso o registo, mas não só, venho também com a intenção de dizer que, daquela salada de frutas que no outro dia coloquei no blogue, de tangerinas, as que o rico filho ofereceu, bem como as que o Gualter ofereceu, são da mesma espécie, já as que a vizinha da vizinha Gislena ofereceu, pois que não. De limões, os ofertados pelo rico filho, pela vizinha Gislena e pela vizinha da vizinha Gislena, são da mesma espécie. Ou poderão não ser, na verdade sei lá eu, né, poi zé, mas sei que não apodrecem. Nenhum. Nunca. Ficam é inchados e muito amarelos, mas não apodrecem. Já os que vêm lá do quintal do vizinho de sua majestade, pois que duram cinco ou seis dias e tomam bolor. Lamentavelmente. Esta, o que está na foto, tem essa procedência. Mas ainda não apodreceu, oh júbilo! De kiwis é que, como somente o Gualter as mantém no seu pomar, não tenho comparações a fazer. E. de laranjas, pois que as da vizinha da vizinha Gislena contêm também umas diferençazinhas. Mas não apodrecem, ai não. E a tal foto, já quase esquecia, ei-la:

linques são links e ó:

Devido ao post anterior acabei por me lembrar que já em tempos tinha dito no blogue que percorria uma certa rua de Lisboa com alguma regularidade e que...


É então este post para registar que sim!, já matei a preguiça e captei os dizeres e tudo e tudo e, oh porra, podem ser vistos aqui. Concluindo esta interessante temática, digo que malembrava que sim!, queria captar os ditos dizeres, mas já não malembrava que havia dito que os queria captar.

Olá, sou o rabo do gato que se queria esconder

Estava numa posição tão gira, este gato, mas fugiu. Pela pressa lhe ficou o rabo desfocado. Este é aquele lugar de Lisboa que tem gatos pra caraças. Em tempos pus alguns no blogue, aqui e aqui. E a foto de que falo neste post é esta:


De resto, não sei se este gato é algum dos linkados acima, presumo que não, assim como presumo que seja o que está aqui. Dado às cores, é o que me parece.

sexta-feira, 4 de março de 2022

Essa não

Um cliente não curtiu o aspecto da pêra de passagem que o meu colega lhe mostrava e pediu «uma mais elegante». Escondi-me logo.