terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Latim & Bochechas & EU

Fui ver o latim mas não ele não me disse nada. Passou-se-me o encanto, o que lamento e me alegra. Lamento porque era foco, e eu vou sempre precisar de focos, e alegra-me porque estou diferente.

Ia eu subindo para cima,
o que nada tem de inatural ou extraordinário, giro, giro seria eu descer para cima, isso é que era,
e escolho descer para cima e não subir para baixo porque o que conta é o destino e o destino estava lá no alto,
mas, tornando,
ia a subir a ladeira da minha vida quando dei de caras com o amigo mais bochechudo que tenho no meu rol. Demos dois beijinhos cada um, o que perfaz quatro desses, nas bochechas e ele estranhou:
«Ah, estás tão fria, Gina!»
Bom, fiquei um bocado coisa e resolvi-me a responder que vinha andando apressadamente à conta do frio, logo: a cara é pele que vem de fora, portanto... vai daí... né?
E com isso da friagem lembrei logo a morte e toda a diferença na minha vida se desintegrou e fui visitada por este pensamento: «está quase 'migos, estou mesmo quase a morrer»

Não tenho emenda. Terei emenda? Não me emendei!
Estou cansada. Sério, estou mesmo cansada. Não é da minha vida, é principalmente esta a diferença que noto, ao presente não é a minha vida que me enoja ou entristece, estou é estupidamente cansada deste eu.
Marió diz que estou a resistir à cura. Não lhe tiro a razão, mas é que esta coisa de mudar é esquisita, se eu não for eu, então como vou saber que é este eu que eu tenho que procurar ser? E se afinal este eu também não funcionar por conta de o outro eu querer ser eu?

2 comentários:

  1. Ai Ó Gina...
    Olha, eu gosto tanto de ti e deste teu blogue maluco.

    (não sei se a informação serve para alguma coisa, mas sei que sabes que é verdadeira)

    Um abraço apertadinho, sim?
    :-)

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  2. ;.)

    (claro que serve, Susana, ora essa, gosto não só de te ver aqui como de ti)

    Sim, sim.

    :-)

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