quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

131

Capicua.
Abandono neste número a referência às capicuas, estou um bocado cansada do tema e tenho vindo a referir-me às ditas em todos os números de posts que resultam numa capicua, quase que a contragosto. Não quero escrever a contragosto, que é lá isso, quero escrever a gosto. Pronto, há anos que as capicuas se me brotavam mais ou menos de mil em mil posts ou lá que era, uma vez que venho dum blogue que já contava com mais de dez mil, e vai que era giro referir as capicuas, mas este blogue é recente e ontem apercebi-me que até ao número mil as capicuas são de dez em dez e eu, sendo mulher para criar entre quinze a vinte posts diariamente, não tenho vontade absolutamente nenhuma de referir uma capicua duas a três vezes no mesmo dia. Portanto, doravante, referirei as capicuas quando tiver vontade disso.
Este é o centésimo trigésimo primeiro post do blogue.
131.
Capicua
Ah ah.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é Dia de Arrumar Roupeiros & Armários, mas lá nos EUA, que aqui a malta está a trabalhar e lá não sei se está (mas deve estar). Brevemente empreenderei esse tipo de arrumações, vai haver uma reviravolta não tarda, o rico filho abandonará os coabitantes que conheceu desde sempre, mas isso é tema para alongar, ou ir alongando, noutros posts. O que eu quero realmente dizer acerca desta coisa fantástica que é arrumar gavetas e prateleiras, é que eu gosto dessa tarefa, desde que tenha tempo, claro, gosto de extrair, esvaziar, fazer um monte muito alto e disforme com coisas, ou empilhá-las dignamente, e limpar os poisos vazios com um paninho que humedeci com lixívia, e voltar a arrumar tudo, mas diferentemente.

Primeiro

Bom dia. São dez e cinquenta e quatro. Chuva, é o que temos hoje, daquela miudinha, portanto: chuvinha.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Piropos

Demorei demasiado tempo para me debruçar, no blogue, acerca desta temática tão polémica quanto elástica. Claro que logo que ouvi a notícia não estiquei a mente e me limitei ao básico, portanto não me documentei convenientemente e fui logo lamentando comigo mesma:
Oh...não mais me dirão 'és boa cumó milho' sob pena, e o termo é esse, pena, de serem condenados(as), no máximo, com a pena no máximo, quero eu dizer, a três anos de prisão. Que pena. Sério. Bem sei que a gente ir na rua descansadas da vida e um cabrão qualquer sussurrar 'fodia-te até às orelhas' é desagradável que se farta; a gente estar na bicha, ah ah, bicha, de supermercado e um estúpido mal-acabado encostar-se a uma pessoa é nojento; a gente estar aqui ao balcão e vir de lá um paneleirote que destila sensualidade, nisso são eles bons, os cabrões, paneleirotes...
Mas eu estava a dizer o quê?!
Ah, eu estava a dizer que não me documentei convenientemente na altura do despejo da notícia, e por estes dias é que percebi que só são condenáveis os piropos aos menores de catorze anos, faixa etária que, como se pode verificar em fotos e vídeos que apresento no blogue, já ultrapassei há q' anos.

Olha, é assim

Olha, é assim: tenho um telemóvel novo mas que é velho. Chegou-me das mãos de sua majestade, que a senhora dele, a outra majestade a que não chamo majestade, não se deu com aquilo. E vamos lá a ver se eu dou, não é. Não. Eu vou-me dar muito bem com aquilo. Já andei a experimentar a câmara e a rica filha até sincronizou a minha conta do gmail, e vai daí já me posso registar naquelas merdas todas das redes sociais, só por dizer que não concluimos o processo, portanto pumba e coiso, é o mesmo que nada. Entretanto já experimentei a câmara, sim senhores, eu sei que já tinha dito, pronto, experimentei a câmara e pude verificar que é muito boa. Se não fosse isto de me ter dado nos cornos começar a fazer vídeos, olha, se calhar largava a máquina fotográfica e coiso. Bom, logo vejo, e bem sei que também posso fazer vídeos com este telemóvel, mas mesmo assim, logo vejo. Entretanto, olha só, geralmente, quando a gente muda de telemóvel acontece o quê...? Isso, mesmo, perdi centenas de contactos. E vai que tenho de me deslocar a uma loja especializada em telemóveis e que têm lá umas pessoas especializadas em telemóveis a trabalhar em especializações que sejam de/para telemóveis. Tenho de lhes pedir encarecidamente que me façam a passagem dum para o outro, do velho para o novo. Pedir ás pessoas, claro, não ao telemóveis.

Lugar da musa

Os/as/ livreiros/as devem arranjar tendinites facilmente por carregarem pilhas de livros com os pulsos tortos. E isto sou eu preocupada.

Da praça

Banco hater, saudosa estou de ti, mas vou vivendo. Contudo, por uma questão de companhia, o banco mãozinhas persiste, amigo de mim, é que o limpador de letras esqueceu-se de limpar as mãozinhas do banco mãozinhas. Ah ah. Queria tirar uma foto ao poeta quando sentada aí, mas a sinalética vertical só deixava ver parte do rosto, parte do corpo, parte do pedestal. Não quis.

As horas que são

Meio-dia e doze. 12:12. Ah ah. Daqui a bocado vou almoçar. Depois... Bom, depois vou fazer o costume. Sim, trouxe o livro. Sim, vou ler. Sim, estou contente. Sim, por vezes sou capaz de sentir prazer num dever incumprido, bem como no inverso.

#

O cardinal é astag em inglês e na internet serve para agrupar pessoas num dado momento e/ou pensamento, isto em lhe juntando uma frase toda pegadinha, sem espaços, tipo assim:
#aginatemumblogue
#estavaaquiapensar
#pumbacoiso
#passoapalavra
Nas redes sociais a malta escreve algo do género e eis que tudo acorre e os comentários de pessoas que se identificam com aquilo surgem em catadupa. É giro, isso das coisas interpessoais, os apelos duns e, principalmente, as respostas prontas e, principalmente, voluntárias doutros. É giro, as pessoas são giras, tanto umas quanto outras.

Comentários no blogue

Acho estranho as pessoas perguntarem-me coisas sem que na verdade queiram saber. Como por exemplo um dos últimos comentários que existe no meu anterior blogue, onde um senhor caíu lá porque sim, lá calhou, não é. É. E eis que me deixou notícias num post onde eu apresentava umas quantas fotos de Albernoa, mas sem especificar a que zona do país pertence essa aldeia alentejana, perguntando isso mesmo, onde ficava. E eu: «Albernoa fica a mais ou menos vinte quilómetros de Beja.»
Perceba-se que eu percebo a questão, o senhor viu as fotos e deu-se-lhe uma curiosidade de tamanhão no sentido de saber onde era e coiso, ademais aquele acaba por ser um post mal construído, falta-lhe informação e mais não sei o quê, tudo bem, e nem é esse o fulcro deste post, é que ele deixou um comentário perguntando onde ficava Albernoa, mas sem que tivesse a intenção de lá voltar para ler a resposta. E isto faz-me cá uma impressão, pá, mas que impressão.

121

121
eis que encontro outra capicua
então e não é que agora as ditas são
mas é
de dez em dez?

Estive com um

Estive com um bebé ao colo durante uns cinco minutos. Ó pá tóin xirú! Tão fofinho, tão jovem, tão puro. Ó pá tóin xirú, tóin xirú! Eu estava na Carminho a fazer a pedicure e foi-me pedido que segurasse no menino um pouquinho enquanto a avó vestia o casaco para depois ambos sairem. E eu ia-lhe dizendo:
Ó bebé, sabes há quanto tempo eu não seguro num bebé ao colo? Sabes? Há anos! Anos!
Claro que a criancinha não percebeu patavina, mas pronto, ter-me ouvido com muita atenção é mais do que eu esperava.

Dia de (disseram na Radio)

Hoje é dia dos Xutos e Pontapés. Pois. Eh pá, atão, é um grupo português, de rock, que fez a sua, julgo que primeira, audiência neste dia 13 de janeiro, mas em 1979, e como fez e tem feito durante décadas uma carreira musical espectacular e intensa e portanto nada arredada dum sucesso estrondoso, já chega de adjetivos, pumba e coiso, hoje é o dia deles, os Xutos e Pontapés. Sei que no nome deles 'Chutos' é 'Xutos', mas sei lá porquê, quiçá por hábito da profissão, tenho para mim que o 'e' é mas é este: &. Mas nem vou pesquisar para me certificar se é assim que se escreve ou então não, que não me apetece nada.

A caminho

Ó pá tóin xíru! Parexe mêmo um númbaro. 47. Córenta e xete.




Nota véri bigue e importantíssima de tão inútil:
Tanto a foto como o textozinho que lhe alude são d' ontem. É que durante o dia fui-me esquecendo de passar a foto para o pc do estaminé e chegada a noite e a hora de passar as merdas todas que escrevo – durante o dia – para o blogue e publicá-las, deu-me a preguiça, porque me pode dar a preguiça, e porque nem sequer me lembrei que podia morrer hoje e assim já não publicaria porra nenhuma. Ou ontem à noitinha, e vai que depois ficava a foto por publicar, não é. É.

Primeiro

Bom dia. São dez horas e zero minutos. Ó pá tóin xirú! Só por dizer que o relógio por onde sigo as horas diz agora que passou um minuto das dez. O tempo passa, não é. É. Independentemente de tudo, não é. É. Já o relógio do pc do estaminé diz que passaram três minutos das dez e na Radio ainda não anunciaram que são dez horas certinhas. Portanto, e às tantas, são mas é nove e cinquenta e nove. Ah ah. Cinquenta e oito...? Ah ah.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vídeos

Então vá, tenho, tenho, não, não tenho nada, e com tantas vírgulas estou mas é a gaguejar. Bom, tenho... Não tenho, fiz, vídeos, uma catrefada deles, no sábado. Ora acontece que isso não é novidade na minha vida, muito embora dispense anunciar e ao momento me encontre a contrariar essa ideia, e eis que acontece, por assim dizer, o quase completo desconhecimento desta que escreve, e também fala, ah pois é, por parte das pessoas que andam Intenet afora. Não chamo ninguém e vai daí ninguém me liga.
Pronto, então vá, eu faço vídeos. Os meus vídeos são uma merda, isto no sentido de não me apetrechar condignamente, quero eu dizer com o melhor equipamento, para aqueles leitores cujo olhar (ou de quem por aqui passou ao calhas e está a ler este post, e também não gosto de usar muitos parêntesis no que escrevo, sei lá, dispersa o pensamento do leitor ou assim) esteja assente no seguinte: quem faz vídeos e os apresenta no Youtube tem de os editar, ou seja: cortar partes desinteressantes (homessa, mas se todas as minhas partes são desinteressantes! ai os parêntesis...), adicionar musiquinhas apropriadas, arranjar previamente uma luz capaz de fazer resplandecer um camafeu e dar à imagem assim como que uma demão duma tinta dissimuladora de vermelhidões e olheiras, apresentando as pessoas em modo de pele suave. Nesta última ainda me safo, na maioria, e sempre que posso, dou para ali umas pinceladas e o trombil melhora consideravelmente. Bom, dizia eu de fazer vídeos... Falei tanto mas tanto, oh céus. Ah, e deitei dois vídeos fora, que isto, ó pá, também não é assim tão merdoso, não é. Não.
Bom, está na hora de fazer publicidade ao meu canal.


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Dias dum Ginásio

Voltei a esquecer-me de colocar umas cuecas na mochila, o que vale é que sou muito boa a dissolver certos problemas.

Ó Gina

Ó Gina, faz lá um vídeo a mostrar lixo, vá.
Não faço nada, não mostro nada, faço e mostro mas é um post:
tenho um saquinho na minha mala vai para duas semanas que contém o tal recadinho da rica filha,
tenho um papel com dois nomes, cuja presença se deve ao dia em que precisei de ir a um lugar ter com umas pessoas, neste caso, uma ou outra, as quais desconheço, tendo portanto necessidade de apontar os seus nomes,
tenho um bom pedaço de fita de embrulho prateada.

Parece uma pulseirinha, não é. É.

E eu não vou deixar o ', não é. É.' só porque o blogue já não se chama assim, não é. É.
Esta foto é da semana passada, dum daqueles dias de chuva, em que a chuva já me chega, mas pronto, coiso, que eu cá aguento-a na cabeça, por fora e por dentro, o melhor que sei, diria estoicamente, e digo estoicamente, sim senhors, e acrescento resignadamente e esperançosamente. Era dum desses dias mas era já noite, e a foto é do interior dum prédio lisboeta. O cliente era de última hora, chegou ao estaminé mesmo ao fechar da porta, o que nos deixou, a mim e ao meu colega, divididos entre dois sentimentos opostos:
caraças, pá, atão este cavalheiro não podia vir mais cedo?
hum, pronto, ok, vá, a gente tem de encher a despensa...
E foi assim que nos dirigimos ao quarenta e três duma dessas ruas bonitas e clássicas que Lisboa tem, para montar uma fechadura de trancas com a máxima urgência. A minha vida profissional compõe-se portanto destes imprevistos, a vontade que imperava era indubitavelmente o quentinho do lar, mas. E eis que bati com os olhos na perspetiva que apresento na foto, bati mas sem me doer, que eu cá sei fazer as coisas sem me aleijar, e eis que a minha cabeça bateu no que consta no título deste post e, lá está, bateu mas sem me aleijar, que eu cá sei as coisas e blás.




Nota: este é também um post atrasado.

112

Olha, é assim, o post anterior é uma capicua, está bem? Pronto, fica registado. Ademais é uma honra uma capicua das minhas ter um assunto tão especial como um dos meus ricos filhos.
Adenda:
Eu a pensar que só no 202 é que me aparecia uma capicua, qual quê. 111. Olarila. Mas o número consta no anterior post, não neste. Ah, e 112 é o número das emergências. Que giro, não é. Não. Claro que não.