o fazer de conta faz adivinhar inteligência aos bués
o fazer de conta permanecendo por descobrir é que não
domingo, 6 de junho de 2021
sábado, 5 de junho de 2021
, lá isso.
Eu sou aquela que consegue sair de casa sem que alguém perceba.
Tem uma certa piada, lá isso.
Tem uma certa piada, lá isso.
Curvas em linhas
O campo que todos os anos se põe vestido de flores amarelas e lilases já deixou ver que este ano, incrivelmente e para meu desgosto, jamais assim se vestirá. Raparam tudo. Fizeram foi curvas. Ou seja: avisto ervas cortadas em forma de linhas. Contei-as, são seis. Contei as curvas, são três para cada linha de ervas cortadas. Não sei se alguém já viu linhas de ervas cortadas. Pá, eu. Posso até, após publicar este post, abalar daqui e assomar-me à janela para as ver outra vez. Pois está, o título está uma loucura, está.
Samedi
Há anos que os sábados são preenchidos com a ida ao supermercado. Au eva, de Novembro para cá e cá por coisas, as idas espaçaram, levando a que os sábados já não sejam todos começados da mesma maneira e até sinto alguma pena disso. Por outro lado sinto alívio por estar livre desta obrigação. Na verdade eu não gosto de ir ao supermercado. É. De resto, os sábados são dias de descanso, passados em casa, a fazer o bolo ou doce que escolho, a preparar refeições, a limpar a casa, ou então não, a escrever, a fotografar e gravar e editar. O sábado é, sim senhoras e senhores, o melhor dia da semana.
o texto abaixo, escrevi-o há dias, o acima, ontem
Amanhã tenho que ir ao supermercado e não me apetece. Já pus o despertador do telefone a jeito de tocar e tudo. Há algum tempo que sou tão mas tão privilegiada que acordo sem despertador, e a horas, claro, mas, como gosto de ir ao abrir das portas e não querendo de modo nenhum passar dessa hora, asseguro um despertar atempado se acionar um despertador. Às vezes, nestas idas ao supermercado, só quando lá entro me apercebo que não gosto mesmo nada de lá estar. Nem sempre esta tola questão é sofrida por antecipação. Não. Quero comprar morangos e cotonetes. Apresento estes dois itens por serem díspares. Também quero comprar cereais e pão e farinha e manteiga. Na última vez que me joguei às compras precisava de manteiga e, como por ora já não se põe o caso de lá ir semanalmente, resolvi trazer logo quatro pacotes porque manteiga é um daqueles artigos que não dá jeito nenhum comprar ao redor do estaminé, uma vez que derrete rapidamente e, uma vez levada de volta ao frigorífico, nunca mais apresenta a mesma textura. E trouxe os tais quatro pacotes, só que daquela sem sal. Não faz mal nenhum, já sei, come-se na mesma e mais não sei o quê, ademais uso-a nos bolos, pois claro, é aliás um dos meus costumes antigos, mas pronto, no pão, a manteiga com sal é outra finura, outro prazer. Com tudo isto e por tanto disto, amanhã vou ter que comprar manteiga da de pôr no pão. É. Logo quatro pacotes. Se calhar trago mas é seis. Ou sete.
Cara de parva
Vinha eu do passeio com a cadela, estreito caminho de tijolo miúdo e cinzento, vistosas papoilas a cada lado, de um desses lados a cerca metálica, do outro a ribanceira rebelde, bruta, espontânea, a meio dela a enorme pedra pigmentada de uma espécie de musgo, seco e amarelo, quando me lembrei que os filtros - aqueles filtros estúpidos que as aplicações têm e que põem as caras diferentes, mas um diferente em bom, em melhor - atenuam as imperfeições da pele, acentuam bochechas e olhos, aumentam lábios e pestanas mas não tiram o sentido do que se está dizer. Ou mesmo a ser. Não. A menos que se queira, claro, afinal quem vê ou ouve é que sabe o que quer retirar da informação advinda. Mas eu acho que a cara de parva com que estou na foto abaixo, não deixa de ser uma cara de parva, só que com filtro.
Comprinhas
Comprei duas peças de roupa em lojas diferentes. A primeira experimentei-a, curti a cena e comprei, já para experimentar a segunda havia uma fila com três pessoas e, as que já estavam fazendo uso dos provadores, estavam demoradas. Enquanto esperava ia ponderando levar a peça sem experimentar, afinal na loja há todo um rol de modelos, inclusive masculinos, o que alargava o espectro de reaproveitamento, podia o beneficiário da troca ser o Luís, e, ao cabo de algum tempo, optei por comprar sem experimentar. Cheguei a casa e logo que pude experimentei a segunda peça que... Serviu e assentou bem e fiquei toda satisfeita. Por curiosidade enfiei novamente a primeira peça, que é aliás coisa que faço habitualmente, em casa eu sou mais eu, estou livre de um certo tipo de embaraço e até de filtros, contudo, eis que... Não gosto da peça. Serve, sim senhoras e senhores, mas não assenta bem. Afinal não. Este episódio lembrou-me de um outro que se pode ler aqui.
9889
Eis mais capicuas no blogue, esta é a 9889, ó pá tóin xiru!, daqui por 111 posts vai haver uma festa da porra! Bom, então, para tornar este um post como outro qualquer, anuncio que tenho a máquina da louça avariada, o que me aborrece pra caraças, pois, gostasse eu de lavar louça e este seria um acontecimento tão festivo como ter atingido uma capicua rente à dezena de milhar no número de posts. Pá, só que não. Modo de ocntornar... ai perdão, contornar a questão: pendurar o telefone num gancho do varão que está junto ao lava-louça e visionar alguns vídeos. Sou tão feliz, afinal.
Almost a plant lady, moi même.
Estou feita uma plant lady não tarda, duas plantas já cá cantam e espero mais duas. Vou duplicar a espécie venus flytrap porque trep mesmo muito bem as flais e portanto outra divisão da casa se verá livre de cagadelas de mosca, e eu de as ver e, ou, de as limpar. Da outra de que falo não vou poder deixar registo da espécie porque já não tenho a etiqueta, sei é que purifica o ar. E agora deixo fotos destas minhas amadas verduras. Mas, antes, um lembrete: algum leitor interessado em adquirir semelhantes tais, deixe recado que sei bem de quem as comercializa e tem até um bonito jeito para atender.
sexta-feira, 4 de junho de 2021
hoje revi meia dúzia de vídeos dos antigos
e meus
num comentei de vidas:
as árvores do cemitério estão vivas, o resto é que não
noutro inventei do sol:
pois que o sol se foi
é assim, ele muda de posição e deixa de incidir
e o melhor é procurá-lo se o quero sentir
num comentei de vidas:
as árvores do cemitério estão vivas, o resto é que não
noutro inventei do sol:
pois que o sol se foi
é assim, ele muda de posição e deixa de incidir
e o melhor é procurá-lo se o quero sentir
Sonho
Sonhei com a casa de um cliente já antes visitada, só que desta vez encontrei seis cães, em vez de só um, que já conhecia de outras visitas. Um desses seis cães era uma cadela e chamava-se Ester. Pois, não sei porquê Ester. Ester, enquanto personagem bíblica, foi uma menina preparada sob toda uma série de rituais de beleza para se apresentar condignamente numa festa importante. Tive uma colega chamada Ester, com mais uns bons trinta anos do que eu. Ela já morreu, já. Era a cortadora lá no atelier de costura da dona Maria Eugénia. Outra defunta. Já agora fica: num atelier de costura, uma cortadora podia também ser chamada de senhora do corte.
Fui pesquisar Ester, a personagem bíblica, não sou assim tão precisa nestes conhecimentos e poderia estar a fazer confusão com outra qualquer, mas não estava, e relembrei que Ester escondeu a sua identidade e a sua origem para se proteger, isto mediante instrução do tio, Mardoqueu. Da pesquisa retirei ainda que, supostamente, Ester deriva de Ista, que é estrela em grego, se bem percebi, e Ista fez-me lembrar star. Nota final: o ajudador nesta pesquisa amalucada foi o assaz descredibilizado sítio de seu nome Wikipédia. Nota final final: a página diz que em hebraico o nome Ester toma como sentido o «escondido». Hum. Nota final final final: já agora deixo o linkzinho de onde retirei uma boa metade deste post, quiçá a metade melhor e mais arranjadinha (como Ester, ah ah): clicar aqui
Dois ovos de dilatação
De almoço chegava um ovo mas pus dois na frigideira. Depois pu-los no estômago, que dilatou, claro.
É Junho
Bom, é Junho, e Junho é o mês dos jacarandás. Ouros locais sei lá eu, mas Lisboa sei que se acende de lilás. Disse que sei lá mas sei, a foto abaixo não é de Lisboa. Está toda apaneleirada, bem sei, foi para fazê-la brilhar diferentemente.
A nespereira
Ao pé da nespereira (que vem despontando novamente) estava uma menina cuja mãe lhe tirava fotos. Enfim, esperas. Actualmente é corriqueiro as pessoas obterem retratos de todos os momentos, e até vários retratos de um só momento, mas aquele momento mãe e filha pareceu-me cheio de coisas à antiga, talvez pela pose da menina, composta, estudada, ela hirta, sorrindo, a mãe apontado o telemóvel, curvada, tentando apanhar o melhor ângulo. Este presente não é assim tão diferente do passado, ainda há dias especiais e os momentos ainda são irrepetíveis. Lembrei-me de um retrato que a minha mãe pediu ao meu irmão para tirar porque em sua opinião eu nesse dia tinha uma roupa nova. E estava bonita.
![]() |
| e cheia de vergonha... 😊😅😂 |
quinta-feira, 3 de junho de 2021
Lingers
Conservo as sete canetas dans ma valise. Não perfazem um peso que pese e a indecisão por quelle couleur escolher a perdurar como perdura...
Condiz. E é só. Queria fluência.
Rodelas de gesticular
O post anterior lembrou-me de um gesto que captei aqui há dias: vi o Zé do restaurante fazer, precisamente, uma rodela com os polegares e os indicadores e, não o bastante, empilhar esses quatro dedos. Deste gesticular do Zé até posso mandar o post para o ventoso porque por ali pode seguir vento, né, no fundo no fundo o Zé fez um túnel. Ah, e o gesto era para enfatizar umas batatas fritas às rodelas que acompanhariam a chicha. Batatas fritas às rodelas é coisa nada simplória e, por princípio, dispensava o ênfase, mas, no fim, não, porque é desse modo que obtive este post.
Rodela que rodava
No cabeleireiro a música provém do televisor. Notei que a estação era a Rádio comercial porque reconheci o símbolo e também achei piada à rodela que rodava sobre si, anunciando uma emissão cuidada e capaz. Vai em três, as visitas a este cabeleireiro e, so far, pois que so good naquilo de sair de lá com as mechas pouco molhadas. Dizer 'pouco molhadas' é contar a história pelo contrário, o que eu queira mesmo era sair de lá com as mechas muito molhadas. E, quando escrevi isso, hesitei por entre, isso, claro, e 'húmidas' e é esta a palavra mais concorde com o meu desejo.
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