quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Quarto azul

Olhem, não sabem nem julgam, mas olhem: o quarto azul está quase pronto. É verdade que já se me acabaram as férias/folgas de agosto, dias em que trabalhei exaustivamente, não só no quarto azul, como na limpeza profunda da minha cozinha, e andei de roda dos vídeos e tal, e agora o quarto está quasequasequase pronto. Vou desviar um dos roupeiros para fazer o tal triângulo, para que lá caiba o tal camiseiro. Depois é só dispor a secretária e a máquina de costura à beira da larga janela, por modo de haver prazerosos banhos de luz. Mesmo assim ainda fico com uma parede livre. Hum. O quarto é azul, mesmo azul, num tom vibrante. Eu, que vendo tintas, sei que um catálogo de cores é coisa enganadora por demais. A cor enganou-me, julguei-a mais esbatida do que afinal é, mas não me enganou bem enganada, que eu gosto muito daquele azul, portanto: menos mal. Ah, é verdade, depois vou ter de passar para os roupeiros roupa aos montes, montes de pertences, caixas e caixinhas disso assim. Já agora fica registado neste post que vou ter dois roupeiros sem portas. Não é o máximo? Sim, tudo o que está lá dentro vai apanhar montes e montes de pó, mas eu não me importo, é que dois monstros escuros, de portas fechadas, trariam tristeza à divisão, se ademais a tinta é azul mais para o escuro do que para o claro, creio que ficaria uma divisão sombria. Não quero. Sempre quis ter um quarto de vestir onde pudesse aceder a todas as roupas facilmente. Está então quase, não é. É. E aquele chão, o que vai ser difícil de lavar...? Bom, uma parte já eu raspei, nas tais férias/folgas, mas ainda falta um bom pedaço, é que a gente pondo jornais a proteger, realmente protege muito, mas não totalmente. Ao trabalho, então, já no próximo sábado de manhã, depois das compras. Hum, espera lá, se calhar não. Hum. Falta dar a segunda demão na porta e não posso ser eu a dá-la. É que a primeira fui eu que a dei e só fiz asneira, segundo o especialista calquei muito o rolo, o que fez com que pedacinhos de espuma se soltassem do rolo e ficassem por cima da porta e por baixo da tinta. O horror. Depois, para mais graça dar, ah ah, pois, o rolo não se fixava, julgando eu, claro está, que sim, mas não, e vai que numa ou noutra altura o rolo saltava e o ferro deslizava pela porta, fazendo-lhe um sulco. O horror, já disse.

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