terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

banco de jardim ou assim

vi 
«não te esqueças de sorrir para quem se sentar contigo, ao teu lado, neste banco...» 
e depois a recomendação ou anúncio 
«comunidade grande abraço»

não sorrio para quem se senta num banco de jardim onde me encontre sentada
desconheço se, sorrisse eu, seria por dever, consideração, partilha, comiseração ou simpatia

Diário

Idealizei sugerir ao senhor doutor que passaria a escrever um diário dos acontecimentos dolorosos, isso facilitaria a nossa vida.
Depois percebi que faço um diário todos os dias.
Depois percebi que não ponho lá nenhuma destas dores.

Cor

O senhor arquitecto notou a única cor no inteiro da minha indumentária e comentou 'ah, parece a woman in red'. Queria eu que ele me visse hoje, que a cor se me escureceu pra caraças, a ouvir o que diria.

Espólio

Tenho andado para escrever acerca de uma coisinhazinha e é hoje 'migos, é hoje. No dia em que publiquei este post legendei a foto como que aludindo ao amor que amamos, ou que eu amo, quando encontro algo que me extasia pelo tamanho da beleza que lhe encontro. Então, como o espólio trazia um pacote de lenços a dizer love e love e love, ainda por cima uns loves amorosos (redundância, bem sei, mas e vai daí, né?) por de cor-de-rosa estarem vestidos, chegou-me à tola a primeira pergunta que está no título desse post. Depois, logo encontrando outro pacote de lenços vindo do espólio, dizendo all you need is love e coiso e tal, eis que o assunto como que se mantinha e vai que esta que escreve agora, escreveu na altura uma outra pergunta, a segunda que está então no rerreferido (eu sei, eu sei, vá...) post. Ora ocorre que o grosso do corrente post é dizer a su xelências que só para aí ao fim do dia é que malembrou que era o dia do valente do amor. Sério. Acertei no dia da grande questão, sim senhoras e senhores, mas sem de nada saber durante toda a trajectória de pôr um post na blogosfera. Entretanto apareceu-me um outro pacote de lenços, home sweet home e mais não sei o quê e pronto, está feito o desabafo, era isto.

Dona Rosária

Mostrei esta foto ao meu colega, comentando que, como em tantas fotos que me tiro, tenho um certo ar de dona Rosária, a minha mãe. Não que ele discordasse de uma certa parecença mas acrescentou que os olhares não são assim tão parecidos, que eu tenho uns olhos inquiridores e a minha mãe é mais… Ele não especificou mas eu acrescento: vaga, porque foi o que concluí. Gostei da definição, principalmente porque não me sabia assim. É sempre porreiro conhecer-me através dos outros, sem escavacar o íntimo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O que vale é que vocês gostam de mim na mesma.



A mulher dos passos





Era dia 12 último e estes são os meus mais passos de sempre.

Ai, eu sei que não está bem escrito, deixem-me estar.


Post muito actual




Há tempo tive oportunidade de ingressar num curso de soldadura. Não me vou alongar por sobre o quão disparatada esta questão se me apresentou, se vista de chofre, principalmente por ter percebido algo que actualmente se verifica no mundo laboral e assim eu poder colher frutos do tanto que se tem lutado até hoje:




não vi discriminação de género sexual, é que nem ponta




Interessante, né?


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Feio

O bolo de bolachas ficou feio cumó caraças, o que redobrou o paladar e o prazer. O fim de um bolo de bolachas é ser degustado, logo: toda a parte boa se concentra nisso. Principalmente quando, e se, o aspecto é feio. Ora… Até as amêndoas, que fui eu que pelei e torrei e palitei, estavam uns cacos mal-amanhados, desesperantes. Mas eu ó: hum… 

Baú


Gina, a mulher que tem um blogue infindo

Morrem-me os assuntos... Não morrem nada, sou eu que os mato, pois se mando nisto tudo, como não? Não morrem as palavras, antes mato as ideias. Bem sei que era mais bonito mostrar ao leitor como sou especial e literária, que me morrem as palavras, mas não, mato eu, não as palavras, sim as ideias. Nos últimos dias tenho observado as septuagenárias com o interesse de sempre, e isto é só um exemplo, e não as descrevo. É tudo cenas que não ficarão registadas no blogue, contando com a posteridade. Matei as septuagenárias. Depois ressuscitá-las-ei, porque mando nisto tudo.

17/02/2017

Nós por cá todos bem, obrigadinha.



Das fotos, conto, «O incerto risco»




O incerto vem em duas vertentes, onde termina o cabelo e os riscos feitos a posteriori da edição. É uma foto antiga que me andava para ali - como tantas, afinal, e acreditem que de quase nenhuma venho contar circunstâncias e pareceres -, vinda do desmancho da Árvore de Natal, momento em que decidi enrolar o fio de lâmpadas em mim e vai disto, cliques e mais cliques. Depois, esta encontrada, lamentei que se fosse para todo o sempre sem registo da incerteza do terminar do meu cabelo, contudo, como não me apeteceu mostrar lâmpadas de Natal, risquei o sítio onde apareciam. É só isto.

As fotos não são minhas, mas do Luís, só que eu, descarada, pois claro, pedi-lhas, e ele, generoso como é, pumba, cá estão. E agora é mostrá-las ao mundo. Ou ao meu mundo, se calhar é mais isso. Ah, e são d' hoje pela manhã. Ao momento da publicação têm para aí duas horas.



#semfiltro
#semfiltro
#semfiltro
#semfiltro

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Sábado com pena


O dia vai a dois terços de passado e nesta hora encontrei uma pena na minha cozinha. É de um pássaro amarelo, sei lá de que raça, pode contudo não ser mais amarelo do que cinzento, não obstante na pena o amarelo ser mais.


#semfiltro

Guardanapos

Valentim, o valente do amor






(é que deste dia sobrou isto, estão a ver? então pronto, é isso)

Pedido de ajuda


Já experimentei lar (foi para cima, é prémio para acumular), gal (só porque me lembrei da Costa, Gal Costa), reg (não fosse abreviaturas sem pontinho - reg. - contar, só que não conta). E entretanto para aqui estou, cabisbaixa de cabeça e enfezada de mente, é que não consigo pensar em mais palavrinha nenhuma com estas três letrinhas…


Sábado


O dia vai a meio e já fui ao supermercado fazer mais ou menos esta figura:





Comprei couve kale, coisa que não comprava sei lá há quanto tempo. É uma couve de que gosto particularmente, é rijinha e aveludada. Bem sei que é uma conjugação disparatada mas sinto que a dita couve é esse disparate e afinal de contas isto aqui é só um blogue.
A senhora da caixa, vendo o tipo de ovos que eu colocara no tapete, perguntou se noto alguma diferença nos ovos biológicos. Disse que não, porque não, acrescentando que podia ser que tivessem a gema mais amarelinha e os bolos amarelecessem, só que não.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Partilha

Nota prévia:
Identifico-me com cada frase deste trecho, excepto o que aparece em itálico. Sério, parece mesmo a Gina e as pessoas a quem oferece bolos. A vizinha Gislena até me disse, nesta última vez, que preferiria que eu lhe vendesse uma fatia de bolo, ao invés de me pôr a oferecer-lha, que as coisas custam dinheiro e dão trabalho. Eu percebo a questão dela, é uma pessoa conscienciosa, não quer abusar e mais não sei o quê. Mas eu cá o que gosto mesmo é de dar fatias dos bolos que faço porque vejo que as pessoas comem com gosto. E fui eu que fiz.



*******************************************************************************


- Quer uma fatia de bolo?
- Acho que devia ir-me embora.
Eu não queria parecer desesperada, mas de facto estava.
- Fui eu que fiz – insisti.
- Um bolo caseiro? - Pensei ter visto um relâmpago de interesse na voz dela. - Não vejo que uma fatia me possa fazer mal.
Tirei dois pratos do armário. Ouvi o som da televisão subir na sala ao lado e fiquei agradecida pela privacidade que nos proporcionava. (…)
Sentei-me e entreguei-lhe um garfo. (…)
Quando provou o primeiro bocado, mudou completamente de expressão. Ao princípio, pareceu surpreendida, como se não tivesse bem a certeza de que era bolo o que estava a comer. Cortou outro bocado e depois pôs o garfo no ar e olhou para ele por instantes antes de o meter na boca. Mastigou devagarinho, como uma cientista ocupada com uma experiência importante. Depois, baixou o nariz e cheirou o bolo.
- Isto é batata-doce – disse ela. (…)
- Batata-doce, passas e... rum?
Acenei com a cabeça afirmativamente.
- Este bolo é uma maravilha – disse ela, dando outra dentada.
Na minha família, a tendência era manifestarem-se contra os bolos. Desejavam que eles não existissem, mesmo que estivessem a saber-lhes bem. Mas Florence Allen teve uma reação que eu raramente vira: rendera-se ao bolo.
- Fico satisfeita por gostar.
- Não é só gostar. Acho que isto é... - Mas não concluiu. Em vez disso, parou e deu outra dentada.
Podia ficar a vê-la comer o bolo inteiro, garfada após garfada, mas ninguém gosta de ser observado. Comecei a comer a minha fatia.
Florence pressionou o garfo contra o prato várias vezes até apanhar a última migalha. O prato ficou suficientemente limpo para poder voltar directamente para o armário.
- Quer outra fatia?
Cruzou os dedos compridos sobre o estômago e abanou a cabeça.
- Não quero estragar tudo por ter comido demais.
- Então leve para casa. - Levantei-me e retirei do armário uma embalagem de pratos de papel. (…)
- Não pode dar-me o seu bolo. A sua família pode querer. O que é que iam pensar se eu lhes levasse o bolo?
- Iam pensar que estava a fazer-lhes um grande favor – disse eu. Cobri o bolo com película aderente e forcei-a a pegar nele. - Muito obrigada pela ajuda que me deu com o meu pai.
- Eu não devia levar o seu bolo mas quero levar. As minhas filhas e o meu marido nem vão acreditar. - Levantou-o nas palmas das mãos e olhou para ele.
Sorri. Pensei dizer-lhe que teria todo o prazer em fazer-lhe um bolo todos os dias até ao fim da minha vida se ela estivesse disposta a ajudar-me a tratar do meu pai ou apenas expressar interesse pelo que eu estava a fazer, mas depois pensei que não havia necessidade de lho dizer. Podia assustá-la e fazê-la fugir.
Despedimo-nos, e Florence Allen partiu com o bolo.

'Comam Bolos!', Jeanne Ray, capítulo quatro.

Corninhos

O caracol,
de louça e grandão,
que está sentado num banco que,
se não é de louça,
pelo menos parece,
continua sem os corninhos.
Alguém lhos levou,
julgando que lhe pesavam.

Árvore amarela, cotovelo dela

#semfiltro




A diferença de tonalidade no céu deve-se à diferente perspectiva. Como a hora era aquela do lusco-fusco, qualquer pequena diferença engrandece.





#semfiltro

Prenúncio de Primavera

Esta é a árvore arredondada - aquela que se apresenta como sendo a primeira à esquerda de quem desce a rua mais bonita de Lisboa - que já anuncia a Primavera.


#semfiltro



Post com título

#bomdia

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Post de risco

Que tristeza





Aborreço-me aos bués da minha tristeza. É uma seca do caraças, isto. Mas quem é que se mantém triste debaixo de visões assim?



#semfiltro
#semfiltro



A primeira foto foi tirada pelas três da tarde, na Alameda Dom Afonso Henriques, e a segunda pelas cinco e meia, na Avenida Almirante Reis. Ambas são de um mesmo dia, há dois dias, e são meras captações de uns balões que há para aí duas ou três semanas povoam esta zona. Diz que o enfeite alude ao ano chinês, que é novo, e portanto é uma altura festiva.
||sim, eu sei que não somos chineses e eu própria ligo uma porra de quase nada a tudo o que se me mostre como sendo crenças aparecidas pela cabeça do Homem||
Os balões são muitos, pendurados sei lá de quantos em quantos metros, o que visto de longe confere uma imagem muito engraçada, principalmente em se tratando da Alameda, por ser um espaço amplo. O meu colega diz que lhe lembra uma praga de alforrecas, pelo movimento do vento nas franjas, parece-lhe os tentáculos, e por estarem suspensas, parece-lhe o boiar das bichinhas. Isto pelas marés, claro. Mas olhem que elas não estão à mercê das marés, que é lá isso, o ano passado, quando de férias e me deparei com uma enchente delas, bem vi como iam para onde queriam. A propósito de Alameda, olhem só a foto que encontrei aqui:







Onde é que pára o número 1?! E os outros abaixo?! E do lado oposto, actualmente há lá algo que aquando da foto, que é de 1957, ainda não existia. Ai Lisboa, Lisboa, quem te viu, como te via! Adoro ver fotos antigas, se de Lisboa então... É em muito.


Dia de (não era preciso dizerem na Radio)



Hoje é Dia de São Valentim, o valente do amor.



⁉como não amar⁉
⁉como não precisar⁉

#bomdia





A imagem é do Pinterest, sim senhoras e senhores, mas vinha em branco, e quem vos escreveu este bom-dia fui eu. Não só vo-lo escrevi como agora vo-lo desejo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Cliente

O punk esteve aqui e perguntou se as máquinas só faziam chaves, se não gravavam coisas em anéis. Respondi que não, obviamente a resposta não derivou do punk que há no punk.

Isto aqui é o pedestal mais a estátua que me oferecerão em morte. Na habituação que a continuação dos dias traz às coisas, nota-se para que afinal servem as estátuas, né? Então pronto, é isso.




X

Ando a ver se encontro xises nas letras das matrículas dos automóveis.

|| isto se e quando a matrícula tem as letras ao meio e sendo a letra a primeira das duas ||

Já me cruzei com dois xises mas não falei com nenhum.

Morada






Já morei aqui. O terminal de uma carreira de Lisboa era debaixo da varanda e nos primeiros tempos eu acordava com o motor do primeiro autocarro, o que ocorria às 6:00, de 20 em 20 minutos, e eu apanhava o das 7:40. Esta foi também a primeira morada dos ricos filhos, aqui gatinharam e andaram pela primeira vez. Bom, chega de nostalgia.


Então eu não posso elogiá-la?

Eu estava toda equilibrada e o camandro, executando o exercício – longe da perfeição, tudo bem, mas disposta ao que melhor sei fazer. O senhor professor passou por mim, comentou o meu desempenho, o que me incentivou, claro, mas desorientei-me toda eu e pumba, desmanchei a posição num instante. Ele espantou-se com a pergunta que está no título deste post, e o que o levou a isso foi a frequência com que acontece o que acabei de descrever.

Notazinha

Se a nota passa a notazinha, o inha é quando dou toda a importância. No fundo, no fundo, é assim: o que apequeno, engrandeço. Vós querendo, podeis fazer tal e qual.

Escapar

De tubo de escape escapava ar em espiral e ia ter com arbusto. Folhinhas e florzinhas abanavam com vento de espiral. Bonito era.

Faculdade

Há ensino sénior, ok, e está tudo bem, é bom, acho que sim. Venho é dizer que achei uma graça do caraças ligar para uma cliente e, por ela não poder atender, ter recebido em sms uma daquelas respostas preparadas que dizia simplesmente: «estou na aula».

Das fotos, conto

Andei eu a recolher as fotos de 2018 para ainda as publicar dentro desse ano e mais isto e mais aquilo e uma foto na pen há sei lá quanto tempo! Desde outubro! Que horror!


#semfiltro



Bom, eu sei que não é uma foto do caraças, principalmente porque lhe falta nitidez onde sobra grão. O que aconteceu foi que a cortei para enquadrar o que queria na altura. Com tudo e por tanto, não sei o que queria na altura, decerto nada de especial, o que desagua no seguinte: esta foto não precisava de ter nascido, este post é parvo.



Não é nada... Homessa.


Esta foto, mesmo sem motivo para nascer, serve hoje para anunciar que tenho uma nova etiqueta no blogue, #semfiltro. Note-se que não vou criar a etiqueta #comfiltro, que não lhe vejo motivo, contudo, no contrário, vejo, e muito, principalmente desde que me meti no Snapchat. Note-se, ainda e também, que eu adoro o Snapchat, passaria horas a brincar com aquilo, se pudesse, e já me pus até a gravar vídeos com aquelas caras, só ainda não experimentei falar. Mentira, este post estava em rascunho há semanas, já experimentei falar sim, e há uns filtros que fazem a minha voz ficar pequenina, de bichinho infantil, imagine-se o Bambi ou a Minnie, algo assim. Só ainda não editei esses videozinhos, mas é coisa a fazer.
Registo ainda que vou lá atrás no blogue e todas fotos que encontrar sem filtros, colocarei a etiqueta.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A mosca


À mosca, aconteceu-lhe, quiçá, um esmagamento por colisão, uma implosão pela velocidade, ou um afogamento, já que pode ter acabado por aterrar no depósito de água do aspirador. Não sei o que foi, que não lhe vi o cadáver.


Ó grafómana, calou-se-te o ZZZZ?








Não.




domingo, 10 de fevereiro de 2019

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

L' important c'est le rouge






Notazinha:
Este post era para se chamar 'Dobras' porque a indumentária da fotografada tem dobras que se farta, mas depois achei que o vermelho é o que realmente importa.

Ó pá toin prêtu!

Fui ao supermercado



Can you teach me how to feel real?

Can you turn my power on?

Well, let the drum beat drop



Marina and the Diamonds


Comprinhas

Fui ao supermercado. Há tanto tempo que lá não ia que a senhora da caixa, velha conhecida desta que escreve, me disse que eu tinha pintado o cabelo. Hum, ok, vá, pintar, pintei, mas há tanto tempo… Acho até que já se, lhe e nos, foi o fulgor e brilho.


Das fotos, conto

Não muito depois de ter começado o ano corrente, encontrei um confeti que trouxe comigo por o achar lindo de morrer. Quero dizer, eu concordo com a ideia de ser um confeti, que os há de formas e cores variadas, e todos lindos de morrer. Neste particular falo de um cálice minúsculo e prateado, recortado aos milhões de um pedaço de papel plastificado. Confetis, pronto, é o que é, e eu descobri um. Fotografei-o. Ora, sendo prateado, a lente fez-lhe um bocadinho de impressão, impressão que fez ricochete luminoso. Os cliques foram três, cada seguinte mais luminoso que o anterior.







Já usei estas fotos para ilustrar o blogue, mas usei um filtro com bolas de brilho colorido, como se festa fosse. No dia dessa publicação achei que ficaram tão bem mas tão bem que as preteri às originais, dando primazia a estas, as de cima.

Nada como publicar um vídeo de cabeça para baixo...

Olá, o meu nome é Gina

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Passeio um bocado coiso

O passeio é ainda o mesmo mas é feito em horas diferentes na maioria dos dias. Não deixa de ser um passeio triste. «O passeio dos tristes», disse-me um dia alguém, adivinhando que é isso mesmo. Acho que sou eu que o transformo, já que estou sempre triste. Evito é dizê-lo, tanto para não chocar quem lê o blogue, como para não pensar muito nisso. Não me apetece fazer bolos. Não me apetece comprar coisas para fazer bolos. Não me apetece fazer nenhuma das minhas coisas boas, excepto escrever. Falta de apeteite para escrever é algo que muito raramente se instala. O íntimo é quase sempre feio, é lá que estão as verdades ásperas, e essas nunca são bonitas. Há umas semanas publiquei um post cujo teor era engraçado e feliz. Rematei o texto assim: «Depois Gina pôs-se triste, que esse é o seu à-vontade, é a melhor maneira de contender com o mundo.» Retive a frase para não ser feia, sabendo-o, e deixei então que apenas o lado fixe, tanto da questão como de mim, fosse mostrado. «Os suicidas são movidos, também, pelo romantismo que há na vingança para com os mais presentes.» É feio, também, e andava-me aqui aos rebolões há que tempos, no íntimo. Por ora tem andado o sol a brilhar em Lisboa, mas há dias nem por isso. Num desses dias vi um arco-íris todo catita, pouco ou nada abaulado, quase recto. Parecia o maior de sempre, das aparições a que já assisti. Presumo que o tamanho do arco tenha a ver com a distância a que está a luz da humidade. Tenho muitos rascunhos (tenho sempre, sou grafómana) mas não me apetece publicá-los. Não quero usar parágrafos, gosto de preencher os espaços todos com palavras. O sentimento é mais ou menos o mesmo que tenho para com as vírgulas, não sei onde as hei-de pôr, não sei onde usar um parágrafo. Há pouco, enquanto esperava ser atendida no Banco, ouvi uma pergunta que não me era dirigida, nem sei contar em que contexto apareceu: «quem escreveu isto aqui?» Imaginei-me aos pulos de contentamento e a gritar «fui eu! fui eu!» Sou mulher para escrever em muitos 'aquis' diferentes, portanto podia ter sido eu. Quando comecei a escrever num blogue lembro-me de pensar que um dia – que não tardaria, estava eu certa – os assuntos se me acabariam. Depois percebi que a vida se encarregava de mos mostrar. Depois percebi que, eu não sendo esquisita, os assuntos apareceriam independentemente disto ou daquilo, de tudo. Depois percebi que se me deixasse ficar onde estava, não completando o mundo, nada disso, mas observando-o, os assuntos jamais acabariam. Sentei-me no banco hater um bocadinho. Em tempos perguntei-me «quem escreveu isto aqui?» - que era o 'hater' escrito no banco, daí o nome que lhe dei – eram letras grandes e vermelhas. Há anos que sei da existência de um outro 'hater', em pequenino e preto, numa parte de parede de um prédio sito numa das colinas de Lisboa. Ao lado desse 'hater' consta uma frase, 'olhem o céu', a lilás, presumivelmente obra de outro artista. Entretanto, recentemente, alguém assinou exactamente por cima disso tudo, presumivelmente obra de um outro artista, o que acabou por esconder os outros dois dizeres. As árvores da avenida já têm folhinhas. Apareceram-lhes em janeiro. É todos os anos assim: janeiro, folhinhas, aliás, ténue folhagem em algumas árvores da avenida. Quem escreveu isto aqui? Ah ah.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

dizer de embalagem


fresco benessere tutto il giorno, é o que diz a embalagem do meu mais recente par de collants*









*vai à francesa que é para o post ser, ou parecer, poliglota

É igual

A camisola é igual à minha
Só que de outra cor
O que já difere
Portanto
Não é igual

Não é igual

Às vezes é igual, o que ponho no lbogue... ai perdão, blogue e no Instagram. Mas eu até gosto de fazer diferente, quero eu dizer que uso a mesma foto mas legendo-a diferentemente. Só por dizer que, ponho sempre primeiro no blogue e, chegando a vez do Instagram, aperfeiçoo. E eu preferia o contrário. Mas, e a propósito de contrário, estou agora a lembrar-me, como contrariar algo natural, já que é natural que o aperfeiçoamento surja com a prática?

Que conselho/ordem uma mulher ouve de um ginecologista imediatamente antes do exame? «Descontraia, vá.»

Fui ao ginecologista. Não me vou pôr para aqui com histórias envolvidas em aparelhos reprodutores e questões físicas e emocionais, porque toda a gente sabe como é um exame ginecológico. Ou ouviu contar, que é também uma forma de saber. Antes de mais tive perguntinhas feitas pela senhora enfermeira. Coisas com números: peso, idade, peso, tensão, peso, cigarros, peso, drogas, já chega de peso, quantas horas por semana passo no Ginásio, quantas vezes como por dia. «Oh, assim vai viver até aos cem anos!», brincou ela e eu respondi logo que hei-de viver até aos noventa e nove e meio, pelo menos. Retive a minha historinha do costume, a circunstância não era propícia. Estou para aqui a lembrar-me que ela não perguntou quantas horas de sono tenho em cada noite... Passados estes instantes, o senhor doutor instruiu-me, sendo o último item: «depois sobe para aqui». Chegada a hora de 'subir' notei que a marquesa me dava acima da cintura e portanto ia ter dificuldade em me plantar lá em cima. Aquilo inquietou-me um tudo-nada, foi só até reparar num banquinho que, vim a perceber depois, era para o senhor doutor se sentar e. Agarrei no banquinho, pu-lo onde achei que sim, apoiei um pezinho, descalço, o outro pezinho, também descalço, também o apoiei, fiquei de cócoras, equilibrei-me para endireitar o tronco, elevei-me mediante a força das pernas, alcancei a marquesa, deitei-me e pus-me à espera.
Ora então vai-se a ver e isto é giro e merecedor de post por quê?
Porque sou desenrascada e agora, de cada vez que penso no meu desplante dá-me vontade de rir e às vezes rio mesmo. Quando a senhora enfermeira se aproximou avisei que tinha tirado o banquinho dali, explicando o motivo. Foi então que ela me disse o que o senhor doutor terá dito, só que na hora não dei atenção, que há um degrau na frente e é por que aí que.



As senhoras (normais) sobem...



Ah….




Pintá

A cor desta vez foi a 5.6, que diz ser chocolate praliné. Tudo bem, pensei, gosto de chocolate pra caraças, se ainda por cima vem com caramelo ou avelãs ou assim – é esta a ideia que tenho de praliné, se associado ao chocolate de se comer – pois que tanto melhor. Espalhei então a coisa, esfreguei, entranhou-se e pus-me à espera de o tempo recomendado passar, mantendo a actividade em força para não ter (muito!) frio. Nestes casos uso o mesmo temporizador que uso para a cozedura dos bolos. Aquele que é um cozinheiro a fazer de boneco... não, um boneco a fazer de cozinheiro e que roda pela cinturinha. Um temporizador, é essencialmente um temporizador, passa um tempo e ele apita. Pelo menos o meu é assim.
Em certa altura da espera de que falo, quando passei por um lugarzinho da minha casa que tem um espelho, olhei e horrorizei-me. Porém, não pelo tradicional aspecto de quem tem o cabelo empastado com uma substância (claro que) pastosa, que se me agarra todo ele à cabeça e depois há assim como que umas madeixas finas (e empastadas!), que, por ganharem o peso da pasta, se soltam. A bem dizer até fica giro, o que não fica giro é as manchas na testa, isso é que não, e foi isso o que me horrorizou. Não no sentido simples, antes no sentido de saber o caso que foi da última vez que pintei a cabeça e não conseguia de modo nenhum limpar a testa! Mas desta vez ainda fui a tempo. Estou aqui limpinha na testa que é um primor.
A propósito de primor, já agora fica aqui esta coisinhazinha também. Não consigo lembrar-me da palavra primor sem me bailar a manteiga no imaginário. É uma manteiga muito boa, fica aqui a minha opinião também. Então e aquilo do artigo 13, como é? Parece que a gente já não pode falar em marcas e mais não sei o quê. Só por dizer que já dantes a gente não podia, ocorre porém que os vigias são agora em maior número, ou lá que é.

Dias de um Ginásio

Tenho uma mochila, que não é nova mas é nova nas minhas mãos, e que desde há algum tempo levo para o Ginásio. Trata-se da última mochila que acompanhou a vida lectiva da rica filha. Quando essa vida lhe acabou, considerei que a mochila estava ainda em condições de num futuro qualquer vir a ser útil, o que se revelou verdadeiro. É uma vulgar mochila, concebida a pensar no pessoal adolescente que carrega o rol de material escolar, tem as costas forradas, o que lhe confere uma grossura mesmo boa para não espetar bicos de livros ou lápis ou assim. As alças são largas para oferecer melhor apoio. Os fechos são simplesmente fechos... o que dizer de um fecho de mochila? Dizer, porque não?, que tem dois cursores em cada término da abertura e que se encontra, não a meio, não onde a gente quiser, mas sim a três quartos de um dos términos e a um quarto do outro, há ali um certo ponto onde se encontra um travão. Dois travões, quero eu dizer. É. É engraçado, aquilo. Quisesse eu, ou a rica filha, passar os cursores de um lado ao outro e não se conseguiria. Mas também, penso eu agora, pra que quereríamos tal coisa? Não sei. Mas sei que há outros modelos de mochila que a gente pode muito bem pôr-se a... Bom, já chega. A mochila tem uma rubrica da rica filha – Lala (o nome dela é Ana Cláudia) -, corações e tipo isso assim. Claro que as adolescentes desenharem corações em toda e qualquer superfície é comum, mas ocorre que a rica filha já vai nos vinte e muitos e de desenhar corações não tem parado. Há até no blogue alguns posts onde falo dessa particularidade.
E pronto, era isto, penso que, da mochila, está tudo dito. Pelo menos por ora está.

Questões

As questões, neste post, são as que estão no caderno que a rica filha me deu. Em certa altura, mais concretamente por alturas do fim de cada mês, há uma página dedicada a um questionário dirigido ao mês que passou. A particularidade é que as questões estão em inglês e transcrevo-as no original para não me distanciar da realidade, e transcrevo somente as do ano passado, de julho a dezembro. Comecemos.

july questions
What was your fave song this month?
We can do better. Não sei quem canta.
Write about a super fun time you had with your besties this month.
Na minha festa de anos. Coisa rara, uma festa para mim.
What was your greatest accomplishment this month?
Que sou aquela pessoa que faz. Que sou criativa e que faço. Faço.
What do you want to work on next month?
Na auto-estima. Para melhorá-la. Na irritação. Para eliminá-la.
What was a dream you had this month?
Emagrecer. É quase utópico. Tem-se revelado utópico.
august questions
Write about a book you read this month.
Nenhum. Não consigo ler. É um problema. Fui de férias, levei livros e não li quase nada.
Write about a day this month you that you will never forget.
A viagem de vinda para casa. Pelo sofrimento que foi aquele calorão.
What was your favorite outfit this month?
Um vestido azul, que comprei no chinês, portanto: barato. Adoro-o. Fica-me bem.
What are your goals for this school year?
Não deprimir com o que ouço das pessoas, nem com o que pensam do que faço ou digo.
What was something new you tried this month?
Hum... Talvez aguentar a fome pela manhã, enquanto preparo a massa de crepes e ainda aguardar que se misturem os sabores (é bom que se aguarde).
september questions
How many times did you see your besties this month?
Não tenho besties...
What was your favorite day this month?
O dia em que a rica filha fez anos. O dia em que o rico filho nos visitou.
If you could travel anyehere for vacation, where would you go?
Holanda. Porque na verdade é uma viagem que já está como que programada.
What was the nicest thing someone did for you this month?
Alguém mencionou o meu blogue como sendo espontâneo e divertido.
Who is your favorite celeb right now?
Hum... O rico filho, ah ah! Ele lançou um álbum de rap no Facebook.
october questions
Write about something new you tried this month.
Nada. Esta pergunta, que afinal não é pergunta nenhuma, devia ter vindo para aí em julho, quando comecei as aulas de Postura&Equilíbrio, ou então em março, quando comecei com as massagens.
List you favorite movies.
Não sei. Não sou consumidora do género. Do género cinéfilo, ou a caminhar para lá.
What goals did you reach this month?
Variar os pequenos-almoços com mais vontade e saber.
What is your favorite day of the week? What makes it awesome?
Sábado. Por ser o primeiro dia de descanso, o que significa que no dia seguinte é mais do mesmo, mas um mesmo bom.
What was your favorite ouytfit this month?
Blusa preta, calças bordeux, casaco preto, sandálias pretas. (sim, sandálias)
november questions
What was you fave memory this month?
A árvore amarela. O Natal a chegar e por isso já haver enfeites nas ruas, embora apagadas. Mas pronto.
Did you make any new friend this month?
Não.
Write about a fun memory with your family.
Andámos os seis de volta de saber onde pára o Wally.
What are your goals for next month?
Não estar triste.
december questions
What is a Holiday tradicion you look forward to?
Então, estávamos em dezembro, e eu cá gosto do Natal.
What was something new you did this month?
Instalei o Snapchat no telemóvel.
What was your favorite part of this year?
O Verão. As férias. Nada de peculiar, portanto. Não acredito que haja alguém que não goste em absoluto do Verão e das férias.
What are your goals for next year?
Manter-me mentalmente saudável. Arranjar, ao menos um pouco, de autoestima.

Lisboa, Lisboa

#bomdia

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Nunca tinha pensado que a massa de um bolo estaria segura num forno quentinho. Mas, e, está. Estou contente de andar metida nesta releitura.

«Como é que eu chegara àquele ponto? Não era capaz de consolar o meu marido, de pôr a minha filha na ordem, nem de ajudar nenhum dos meus pais. Não era sequer capaz de decidir se era correcto deitar fora um par de ténis. Sentei-me na cama e senti um terrível nó na garganta. Então, no preciso momento em que pensei que ia desatar a chorar, lembrei-me de que tinha na despensa um enorme saco de pistácios. Não sei o que me levou a pensar neles. Comprara-os para fazer um bolo, cuja receita vira no Gourmet. Levantei-me como uma sonâmbula, deixando para trás lençóis e ténis. Tratava deles logo que metesse o bolo no forno.
O meu pai gostava de coisas exóticas. Havia de gostar do bolo. Era um receita iraniana. Peneirava-se a farinha juntamente com uma colher de sopa de cardamomo, o qual iria dar ao bolo um gosto quase apimentado. Fiquei de pé na cozinha a ler a receita, como os pistácios a magoarem-me as pontas dos dedos. Depois de descascados, friccionei-os nas palmas das mãos até brilharem como um punhado de esmeraldas. Tinha de os triturar. Tinha de untar o papel vegetal e o fundo da forma. Foram as várias etapas, as regras claras e simples de fazer o bolo, que me acalmaram.
Logo que o meu bolo de vinte por trinta centímetros entrou em segurança no forno a duzentos graus, o telefone tocou. Perguntei a mim própria se a pessoa que me telefonava tinha, de algum modo, pressentido que devia esperar.»

Comam bolos!, Jeanne Ray (capítulo 3)

Dia de (disseram na Radio)


Hoje é dia de uma data de coisas, ouvi eu na Radio, mas fixei sobretudo a sopa caseira. A última que fiz foi com couve portuguesa a fazer de entulho. O puré contém cebola, alho, alho-francês, batata-doce, curgete, cenoura. Não é das melhores sopas que já fiz, mas. Fosse eu consistente nisto de fazer sopas e. No outro dia comprei dois pernis de porco frescos. Chegando a casa pu-los ao lume com água a temperos para lhe dar um entalão e ao depois continuar a receita de forno. Guardei a água da cozedura e fiz bem, deu cá uma sopinha mais saborosa... Ainda lá tenho caldo para uma outra sopa, mas ontem aconteceu que masqueceu de o pôr a descongelar.
Disto dos dias serem lembradores de coisas várias, são-no também de nomes e no outro dia calhou de ser o da Edite. Lembrei logo de uma figura da minha infância. Era uma conhecida da minha mãe que a tinha ajudado numa certa demanda e entretanto passou a frequentar a nossa casa. Lembro-me dela, é certo, mas mal, recordo que era uma senhora calada, sorria levemente e assentia com um subtil movimento de cabeça qando alguém dizia coisas, mesmo eu. Lá está, mal me lembro, mas lembro as suas roupas esvoaçantes, só que não retive pormenor nenhum de maneira a conseguir passar uma imagem fiel. Recordo é de a minha mãe fazer reparo no que mulher trazia vestido, mostrando um espanto rente ao horror, como se ela fosse um modelo longe de ser copiado por alguém decente. Em certa altura da sua vida a dona Edite pôs-se a vender uma marca de cosméticos e afins.  Não sei qual a marca (seria a Avon?!, é que estávamos nos anos '70...), sei é que a minha mãe lhe comprou algumas coisas e eu lembro particularmente de uma, um gel para retirar impurezas da pele do corpo. Quem sabe seria um esfoliante dos seventies, né? Aquilo era uma substância pastosa que se esfregava no corpo ainda seco e, por ação do esfreganço, a sujidade acabava por se colar ao gel que entretanto, também por ação do esfreganço, mudava a sua forma pastosa para uns rolinhos ressecados e escurecidos. Imagino que isto vos seja difícil de imaginar... Bom, na verdade poucas foram as vezes que vi a minha mãe usar o tal gel. O frasco era alto, verde escuro, o gel idem para a cor, julgo que tinha pintinhas, mas esses pormenores podem ser sugeridos pelos tempos actuais e não pelo passado.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Lisboa, 2 de fevereiro de 2019

Hoje foi dia para medir a envergadura de um cliente. Pronto, o homem não tinha uma fita métrica em casa e desenrascou-se com a largura de seus braços abertos. De maneiras que, eh pá, pus-me a medi-lo. Até que foi giro, a gente fartou-se de rir e tudo, principalmente ao depois de eu ter dito que não me importava nada de o medir.

Bitmoji da Gina


Quando percebi quão fácil era conseguir um emoji que se parecesse comigo, quis fazê-lo o mais parecido possível. Ou seja: nada de apagar olheiras e papos ou me fazer mais magra. A rica filha – foi ela que incentivou esta demanda – até dizia: ó mãe, não precisas de pôr isso, podes deixar a pele lisa. Mas eu não, que é lá isso, não, eu tenho os olhos com isto, vou fazê-los com isso. Aliás, a primeiríssima boneca nem tinha pestanas, que me havia esquecido de lhas pôr. Notei, logo à nascença, que a boneca era magrinha, mas desconhecia que podia ajustar também o tipo de corpo e, assim que soube, alterei-o. Agora sou roliça também em Bitmoji, ó:






E assim mais ao perto, a cara é assim:






Escolhi uma imagem em que a boneca estivesse séria, porque eu não estou sempre a rir. Ademais, há nela uma ironia que bem conheço. É parecida comigo, lá está.

Bocado de casinha



#semfiltro

Vírgulas


Vamos lá a ver se o Pinterest me ensina a usar as vírgulas como convém. Também quero que me aumente o amor à Língua, mas quero, principalmente, que me anule o desdém que tão despudoradamente dirijo às ditas. Queria...







Riscos

Nestes riscos esqueci-me de registar que os fiz no caderno que a rica filha me deu pelos meus anos.

Resgatado do acaso (ou uma eureka, vá)

No fim do ano passado descobri que o que realmente importa é o aspecto que se tem e o que se diz uns de outros.

Normalidade...
… precisa-se.

Hoje é sábado mas há graminhas e jogo-me a elas já a seguir. Ainda que venham do lugar de sempre, que é a frutaria do nepalês, serão dispostas de maneira diferente de su's manas:

mil cento e trinta e cinco gramas de maçãs e tangerinas
um alho francês
uma couve portuguesa
não sei quantos pezinhos de salsa
uma data de pezinhos de coentros