quarta-feira, 18 de março de 2020

Repelência

Conto com a minha repelência, pois se sou repelente para com os humanos hei-de sê-lo também para com o vírus do momento. Olarila.

O vírus desafogado

É deveras irónico que por conta do vírus do momento tanto se produza a partir de casa e eu e o meu colega tenhamos como principal cunho profissional precisarmos de entrar na casa dos clientes e mexer nos seus pertences para subsistir. É, o online não funciona connosco, quiçá por isso ninguém nos tem requisitado serviços ao domicílio. De resto está tudo bem, continuamos saudáveis e quês. É um desafogo, numa era em que a saúde é (mesmo!) o mais importante, é um desafogo estarmos aqui para as curvas, e curvas saudáveis.

Post 7770

(ó pá tóin xiru este númbaro!)

tirei, logo de manhã, esta foto à janela do meu quarto
gostei
do sol que o estore não estancou e
cliquei
ei
ei
mas ficou tudo a preto, quais filtros solares, quais quê
visto assim, filtros solares tomam todo um outro significado
'todo um outro'... ah ah
experimentei vários filtros no telefone, não fosse conseguir, pelo menos, alguns contornos
mas não
consegui foi que ficassem, à vez, em cinzentos
cinzento claro, cinzento muito escuro, cinzento azulado
eis-la (…?)
ei-la, a foto mais significativa que tirei até hoje, e sem filtros:


terça-feira, 17 de março de 2020

Vem aí o autocarro!

Se olho para o subir da rua tal e vejo as traseiras dos carros, acho que ver as frentes é que era.
Se vou na estrada e vejo a marca do carro espelhada forço-me a pensar que a avistei através do espelho retrovisor, mas. Eh pá, mas.
Mergulhando agora no comum dos meus dias, se espero o semáforo verde, quando peoa, o meu olhar finca-se no sentido de trânsito que não tem que parar para eu atravessar. Por isso é que, no outro dia, estava eu nestes estranhos modos, quando ouvi alguém avisar-me: cuidado! Estava, não só rente à estrada, como a olhar para o outro lado. Era um autocarro que vinha rápido e bem próximo do passeio. Ai desfazia-me a mona, desfazia. Fica aqui o agradecimento por escrito ao já exposto alguém – obrigada. E sim, agradeci presencialmente também, nem todos os dias tenho oportunidade de me desviar de um desfazer de mona.

Comigo está tudo. E contigo?

'Olá, tudo bem?'
Ei-lo, o deste dito, o que está ao rés da idade adulta. Porra, desta vez o especial cumprimento demorou uma beca. É, inclusive, cada vez mais especial, um dia rebentamos com a escala, né 'migo? É, diz ele. Cá na minha cabeça, diz. Olhei-o destemidamente por entre mútuos cumprimentos, quais nha-nha-nhas, quais quê. A ver é se não me calha como ginecologista, numa dessas curvas da vida, que são também especiais pela via do acaso e da surpresa. Ou cardiologista. Já agora, se não for pedir muito ao acaso, cardiologista também não. Ao Acaso, quero eu dizer.

Sonho

Sonhei que encontrei uma (não muito) conhecida no Ginásio e que ela me reconheceu. Simpaticamente, convidou-me a ir com ela para casa, que jantava lá e tal e tal. Já sabem o que há de mais comum nos meus sonhos, né...? Isso mesmo, há muitas pessoas. Vai daí: havia muitas pessoas na sua casa. O jantar era uma sopa toda maluca, receita que ela trouxera do Vietname – duas taças, uma com grão cozido e outra com uma espécie de farofa. Ao princípio tudo normal com o aspecto do grão, logo depois ficaram verdes. Entretanto, o marido desta minha (não muito) conhecida apareceu. Era um homenzarrão, tipo índio mas em velho. Quando fui para o cumprimentar ele abraçou-me com vontade e eu notei-lhe uma costela saída. Esse toque fez-me impressão mas abracei-o de gosto.

Post sexual

A lata de tinta de esmalte diz-me, eu lendo, que tem um 'excelente poder enchedor', e isso é ter uma grande lata, acho eu. E sim, era mesmo sexual que eu queria chamar a este post, podia era ficar-me pela 'grande lata', só que não, como vê-se que se vê.

Factura

O cliente trouxe uma factura como comprovante previsto para o propósito que o levou ao estaminé e... A factura era extensa - continha, não só o artigo que realmente nos interessava, uma lixadora mouse tal e tal, como, por ter sido adquirida num supermercado, vinha acompanhada, por exemplos – sim, plural – margarina, feijão verde, uva preta, marmelada, dentre muitas, muitas mais coisas.

Assinatura

Assino eu também, mas antes da foto e de outra maneira, assim
A árvore mais junto à lente é a primeira que encontra do lado direito quem desce a rua mais bonita de Lisboa
A árvore mais afastada da lente é a primeira que encontra do lado esquerdo quem desce a mesmíssima rua, esta árvore tem ainda a particularidade de ser a ex-arredondada


segunda-feira, 16 de março de 2020

Elevação

Num dia da semana passada escrevi no meu canhenho que no café barra mercearia estava um senhor a contar da hérnia e um outro elevou o tema a insuportável, revelando que tem três, uma na lombar e as outras não ouvi onde.

Diário das expressões

Loures, 4 de fevereiro de 2020
No primeiro post onde refiro a árvore amarela como sendo a árvore amarela – digo isto porque há um outro post em que a refiro mas sem a ter ainda cognominado – conto que a conheço há anos mas na verdade tinha passado somente um ano. A primeiríssima vez em que a registei no blogue fi-lo aos 13 de outubro de 2010, mas sem o tal cognome, o de 'árvore amarela'.
Bom.
Então.
E por que é que a árvore amarela é a árvore amarela? Porque nessa data (13/10/2010) se apresentava amarela, mas de um amarelo intenso. Sério. Estava linda. Linda! Ó:





Apaixonei-me pela visão e, em anos seguintes, pus-me à coca, a ver se se desenvolvia em cor como nesse Outono. Só que não. Mas é que nunca mais. Contudo, não esmoreceu o meu interesse, que é lá isso.
Lisboa, 16 de março de 2020
Há tanto tempo que não venho estender este assunto, oh quanta vergonha sinto. Mais ou menos, quero eu dizer, a vergonha que sinto é para comigo, afinal propus-me desenvolver estas questões e tenho falhado, mas é para comigo.
Bom.
Então.
Pois não, não esmoreceu, o meu interesse em acompanhar toda a vida da árvore amarela. Mas é que nunca. Nunca. Todos os anos ando de volta dela, se é quase Primavera (como agora), se é quase Outono, mas não só, observo atentamente no pino do Verão e durante todo o Inverno. As questões é que, com o rodar do tempo, vão, precisamente, rodando. Se é quase Primavera, como agora, permaneço expectante, qual será o dia em que vejo folhinhas verdinhas e jovenzinhas? E registo no lbogue... ai perdão, blogue, claro. Se é quase Outono, fico a vê-la despir. Os dias passam e a árvore vai ficando vazia e cinzenta. Triste, portanto. Se é o pino do Verão gosto de ver escurecer os verdes, há uma altura em que as folhas como que encolhem, costumo dizer que emagrece porque já não me parece frondosa. Se é Inverno, pois que a olho e lhe sinto a tristeza. Que geralmente é mas é minha. É o tempo de estar nua. E triste. Mas agora não é esse tempo, agora é quase Primavera.


Este post é continuação daqui.

Ela (não) escreve a vermelho

Morreu a caneta que muita gente acompanhou aqui no estaminé. Ele era eu e o meu colega, ele era clientes e amigos, ele era visitantes e até fornecedores, tudo a crer que a caneta escrevia a vermelho e, isto, (ai ca vírgulas mai bem matidas pá) porque a tampa e a cinta (ai ca palavra mai bem esculhida...) são vermelhas. Mas escrevia a azul.

Lisboa, Lisboa

Andei por aí, ostentando esta tez saudável com o destemor que me é característico em situações de risco um tanto ou quanto invisível. Lisboa está deserta, oh porra, se está. É que nem agosto parece, falta-lhe, para já, o calor, para depois, sei lá. A foto abaixo parece até bem quentinha, e foi tirada numa hora quente, numa rua quente, mas não estava calor nenhum.

Lisboa, 16 de março de 2020

Em dia ventoso encontrei uma folha descansando em fofa cama. Mas quiçá não se demore o descanso, ou a fofura, precisamente por conta do vento.




Mais à frente vi o mapa mundi, mas em estreito, não em largo.





Antes, tinha estado a ver o estado da árvore amarela, se teriam nascido as folhinhas, ou então não, e considerei que não, considerarei que sim quando lhes vir um verde bem verdinho, bem infantil, não é, ainda, o caso. Deixo foto.





O cravo e a ferradura

A rica filha dirigiu-se assim ao bicho-cão:
Olívia, tu és linda. Cheiras mal da boca, mas és linda.

Lenços de assoar

Assoar o nariz pacificamente, é a gente esconder-se para o fazer. Já dignamente, não sei. Entretanto, de novidade, neste caso não descabida ou tampouco aleatória, já ostento o pacote de lenços com peixinhos contornados a branco - ou lá como foi que lhe chamei - e antes havia passado pelo das zebras, que têm as riscas brancas - aqui, nada de especial se passa, só que vai-se a ver... - e cor-de-rosa, sem que vos tivesse feito saber. 'Sem que vos tivesse feito saber' parece-me estranho, mas vá.

Planos

Passar-me para o quinto plano, levando o problema comigo e, daí, largá-lo em maneiras de o deixar cair lá para o plano vigésimo sexto, ou coisa assim.

Bom dia!

domingo, 15 de março de 2020

Despedida

E pronto, a menos que à brava e carismática Capitaine Marleau lhe surja mais trabalho e portanto mais temporadas, eis que me despeço desta gireza que me dispus a fazer. Olhem que era mesmo giro, ó:
As primeiras vezes memorizei algumas frases. Ficava com elas na mona, dando atenção ao filme em simultâneo, uma montanha-russa cá dentro. Daí que, por essa altura, as frases não serem tantas quanto isso. Afinal uma pessoa tem cabeça, afinal uma pessoa é grafómana, mas pronto, pá, a cabeça é uma, não trinta.
Depois passei a rabiscá-las. É certo que os erros ortográficos eram imensos, eu sei lá escrever em francês?! Pois se quando rabisco as minhas coisinhazinhas no bloquinho rudimentar, tenho vezes em que não me entendo, imaginem em 'francês'!
Entretanto passei a gravá-las no telefone e a minha vida transformou-se - era falar, parler, belá belá belá e, havendo tempo, digitar o que, numa linguística rudimentar, registara. Quer dizer: rudimentar é eu a ser condescendente para comigo, porque ouvir-me era o horror num grau bué lá em cima, tipo assim todo vermelhão, de rebentar - cabâum! 
Para rematar esta interessantíssima temática, deixo ainda a saber: qualquer um destes métodos foi construído no telefone, aproveitando-me da extraordinária facilidade com que o teclado swift não sei quê... Key, SwiftKey, dentre várias paneleirices, tem de sugerir palavras em várias línguas, e eis que eu, ali por alturas da grande viagem que fiz o ano passado, escolhi o português, o francês e o inglês. Então vá, para usar uma frase da Capitaine Marleau...

Je vous laisse. Bonne route!

Camisola cor-de-rosa

É comum o cabelo tapar-me as feições. Sei lá, é uma cabeleira à toa, pouco convicta, posso até dizer rebelde, sempre fica giro. Também pode ser, simplesmente, porque está demasiado comprido, porque há vento, porque sim, porque. Sei lá. A rica filha diz que a faço lembrar a Jennifer Aniston (hum, nada mau), que ela aparece nos filmes com o cabelo na cara por conta de não o pôr atrás das orelhas, não vá criar jeitos parvos e mais não sei o quê. Mãe – disse ela - no outro dia eu estava a ver um vídeo teu e tu tinhas o cabelo na cara. Pareces a Jennifer Aniston (cá está). Fiquei curiosa: - Tu vês os meus vídeos? Qual era? - Respondeu meio hesitante: - Era um em que tu falavas do blogue. - Mas logo se apressou em informação segura: - Tinhas uma camisola cor-de-rosa, essa que tens hoje.





Posta-restante:
Em outro dia...
- Mãe, tira o cabelo da cara, mãe. Pareces o Justin Bieber.

O saco. Ou o bolso.

Tenho um saco de andar com coisas a caminho de casa e do estaminé. Pronto, sabem como é, a pessoa vive, faz, é e há coisas a transportar. É um daqueles sacos que se podem dobrar para dentro de si mesmos - acho que 'ensimesmados' fica aqui bem. Quando o saco está aberto vê-se-lhe um bolso, que é o seu receptáculo, e isto quando o quero ensimesmado. Ora, para ficar, não só ensimesmado como, ainda por cima, fechado, uso o fecho e fecho-o. Vai daí, o giro deste post, o que eu quero mesmo mesmo mesmo registar é que o fecho é multicolor nos dentes porquanto o saco já estava prontinho a se ensimesmar, digo eu lá na fábrica dos sacos de onde veio, quando levou o banho de tinta a fazer de florido, e ambulante, jardim. É, portanto, verde e rosa, ou rosa e verde, dependendo da perspectiva. Para mais: o bolso deixou de existir durante a manhã de um destes dias de março – começou a descoser-se e eu não fui de modas – original como sou, como ir em modas? - descosi o resto e foi, precisamente, aí que notei os coloridos barra iridescentes dentes do fecho do meu saco de andar com coisas a caminho de casa e do estaminé. Para finalizar, asseguro que o meu saco não mais se ensimesmará e eu quero ver se o plagio nesta questão. Eu, Gina Maria, não mais me ensimesmarei? Melhor ir, então, em modas, ou coisa assim, já que anda tudo a rir e a rir.

Tirei uma selfie neste lugar

Primeiro
Tem um verde campo com papoilas. É uma pontilhação véri véri colorida e há céu que se vê por entre nuvens não muito brancas.
Segundo
É um lago em tons de pôr-do-sol (ou nascer, sei lá), há um monte, ou dois, duas árvores no horizonte e outras três, também no horizonte mas mais distantes do lago. Tudo isto está reflectido no lago. Há nuvens, que são âmbar, umas, e bem escuras, outras.
Terceiro
É uma paisagem de aprovisionamento, tem uma boa meia dúzia daqueles rolinhos (rolões, vá) de palha. Há árvores, mas de localização indizível, e o céu está lá, vê-se, e as nuvens são todas brancas. Os ditos rolinhos, ao serem cortados do solo, fizeram um caminho que sai do meio do quadro e segue numa diagonal pouco convicta.
Quarto
Quase parece mais do mesmo mas esfalfo-me para não ser, e isto é muito mais do que querer fazer parecer que não o é. Então vá: há um sol radioso bem no meio, tipo assim um feixe mas ovalizado, tem o tal do horizonte, a tal da árvore encimando a linha do horizonte e um céu bem escuro. Ah, a árvore está ao meio do meio esquerdo.
Quinto
Tem movimento no céu e o modo como a nuvem mais escura se apresenta, ao canto superior direito, cortado rudemente, uma vez que o quadro, a dada altura, acaba, contrasta com o quase apaziguamento que as outras nuvens, que são brancas e pequenas, o que as torna como que inofensivas. E depois há a árvore, que, por única ser, parece solitária. Ou quiçá o enquadramento tenha sido forçado para assim parecer, quiçá o autor tenha deliberado.


Estive outra vez neste lugar e tive portanto a oportunidade de me certificar se as descrições que fiz acerca dos quadros expostos na parede eram fiéis. É que da outra vez apontei no canhenho e, ao passar para o blogue, melhorei o discurso - como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, escrever em directo num caderno não é igual a escrever um texto através de um teclado e, quando fiz essa transferência, pois sim, fiz alterações. Que estão de acordo.





Talvez se ouvisse os passos da senhora. Não, ouviu-se a tosse do senhor. Pouco depois ouviu-se o som do bicho-cão a sacudir o pêlo.

Pus-me a observar os verdes do lugar, que são incríveis e lindas, todas, todas as tonalidades, que poderão, ainda assim, serem brilhantes. Este 'ainda assim' tem a ver com o (ainda presente no calendário) Inverno. É que, mesmo dentro, a viver, o Inverno, vejo brilho.

Sonho

Sonhei que andava lá na casa da dona dos bichos-gato, limpando e limpando e nunca estava nada limpo. Limpava muito. Limpava tudo. Tudo. Olhava para trás e nada de ver limpo o que tinha estado a limpar. Um horror. Aliás: o! horror. A senhora entretanto chegara a casa e aliviava-me a consciência: ah, Gina, isto está bem, vá-se embora, está tudo limpo. Mas eu sabia que não.
Quando acordei percebi que afinal o sonho era a minha casa, mesmo que me tivesse mostrado uma casa que não é a minha. Eu limpo e limpo, limpo e limpo, e nunca está limpo. Hoje já limpei duas casas-de-banho, um quarto, o corredor e meia cozinha. As máquinas da roupa e da louça têm duas lavagens cada uma e esta está neste preciso momento de roda de mais uma, enquanto aquela, de frágil que é, deixo-a descansar. Mas, não deixando, tinha ali matéria para mais duas rodadas. A minha casa está um caos, 'migos, só vos digo. Aliás: a minha casa é o! caos.

Pacotes de açúcar

Dei por uma nova coleção de pacotes de açúcar, daqueles que vêm com a bica, que trata de 'horas disto e daquilo'. Para já tenho as -
10:25
Diz que é a 'hora de reunir'
11:34
Diz que é a 'hora da pausa'
13:26
Diz que é a 'hora de conversar'
Primeiro -
Pensei que, se há um pacote para cada minuto do dia, então é uma coleção com umas boas dezenas pacotes.
Segundo -
Presumi ser em demasia tanta porra de pacote.
Terceiro -
Concluí que deve ser mas é um pacote por hora.
Quarto -
Acabei esta conversa.

Actualização

Tenho duas pilhas de rolos de papel higiénico. Isto, em duas casas-de-banho, claro.

Bom dia!

Como estou um bocado cabeçusa, vou ali estender a roupa.

sábado, 14 de março de 2020

dois pontos

já agora:
comprei pasta de dentes

Nunca se tem tudo.

Post com título

Gina, numa relação com supermercados.

Ontem desloquei-me ao supermercado para comprar chocolates e pensos higiénicos. Exclusivamente. Quem atentasse neste parco rol decerto concluiria que as pessoas compram as coisas que prementemente precisam. Ficou para hoje a aquisição de latas de conserva e pacotes de arroz. As conservas são do piorio para o ácido úrico mas atinge-se o equilíbrio com a ausência de glúten no arroz.
Hoje, por conta do vírus da actualidade, o supermercado, o tal de todos sábados, manteve uma aparência de Véspera de Natal mas sem a inerente alegria. Pessoas aos molhos - mólhos, tá?, mólhos! - pessoas às pressas, prateleiras vazias. E sim, aquilo de o papel higiénico estar a zeros, ou quase, é mesmo verdade. Comprei. Consegui um pacote com vinte e quatro rolos. Daqueles que não valem nada. Não valem um cu, quero eu dizer, assim boia tudo no mesmo assunto.
Ó Gina, então e a canção de ir ao, e vir do, supermercado, foi qual?

You've been acting awful tough lately
Smoking a lot of cigarettes lately
But inside, you're just a little baby

Comprei morangos e maçãs mas esqueci-me dos tomates e das laranjas.

It's okay to say you've got a weak spot
You don't always have to be on top
Better to be hated than loved, loved, loved for what you're not

Comprei sacos para cubos de gelo e alho francês e espinafres e massas cilíndricas (daquelas mesmo básicas, era o que havia…) e grão mas esqueci-me do pão. Mas esqueci-me do arroz. Mas esqueci-me dos palitos. Mas esqueci-me do champô. Mas esqueci-me das cebolas. Mas esqueci-me dos pimentos. Comprei azeite. Comprei cacau em pó. Farinha. Açúcar. Manteiga. Ovos.

Never committing to anything
You don't pick up the phone when it ring, ring, rings
Don't be so pathetic, just open up and sing

Ah, e comprei mais pensos higiénicos. Pá, a pessoa sabe lá, né…?

Can you teach me how to feel real?
Can you turn my power on?
Well, let the drum beat drop

Sim, há para aí uma dezena de posts neste blogue onde aparece este poema e, ou, esta canção. Mas… O que vale é que vocês gostam de mim na mesma. O nome da canção é 'I Am Not A Robot' e quem a canta é Marina And The Diamonds.

Conversas de malucos

Estive a falar com o Ângelo e com o senhor professor, mas em lugares diferentes e circunstâncias díspares. O Ângelo, foi no estaminé que a gente se entendeu, o senhor professor foi, obviamente, no Ginásio.
De invulgar: quão destemidamente me joguei ao assunto.
De assunto: maluqueiras cá das minhas.
O destemor adveio de ter encontrado pares em males de cabeça, ele era questões e sintomas, ele era comprimidos e efeitos, ele era consultas de psicologia e inerências. Nada melhor do que me igualar para reduzir isto tudo, bem como, conforme disse atrás, criar um certo à-vontade neste tema. Gostei. Gostei e não foi pouco. É sempre bom não ter medo nenhum, ou, tendo, não ter vergonha. E nenhuma, pois claro. De resto, está tudo bem comigo, obrigadinha.

Datas

Sei em que ano a dona Vitória casou porque a filha dela nasceu um ano antes de mim e eu bem me lembro de ela me dizer que engravidou logo que casou. Também me lembro de ela dizer que casou e embarcou para Angola. Falava muito em Moçâmedes e Sá da Bandeira, a dona Vitória, e até do Land Rover. Ah, e dos charutos. Sempre que havia aniversário no atelier ela fazia a massa e a dona Maria Eugénia tratava de os fritar. Voltando atrás: a dona Vitória e o seu Leonídio, casaram dois anos antes do nascimento desta que vos escreve.

Logo, logo: parece giro
Logo depois: perdeu a piada

Lisboa, Lisboa

Estas são as meninas-estátua. As tais que não têm mãos.





E sim, este é também um post d' ontem, um daqueles que não me apeteceu publicar.

Lisboa, 13 de março de 2020

Observei a árvore amarela durante os últimos quatro dias. Nem foi observar, foi escrutinar. Isto por modo a fixar qual o dia exacto do nascimento das folhinhas. Mas ainda não. Hoje estão, ainda, naquela fase que comparo ao nascimento humano: quando apenas se avista a cabeça do bebé não se diz que é nascido, pois não? Então pronto, é isso. Tenho fotos.




Somente daqui por quatro dias regressarei a este lugar, de maneiras que aí logo vejo o que há.


Nota:
este post foi construído ontem, daí a data desfasada da de hoje
não publiquei precisamente porque não me apeteceu
como já havia confessado no post anterior

sexta-feira, 13 de março de 2020

O mundo no banco hater

Tenho um rio de coisas escritas que não me apetece publicar
Tenho um mar de ideias que quero escrever
Tenho, no fundo, o mundo inteiro para, e por, escrever

Sonho

Sonhei que estava numa praia cheia de gente e que a maré estava tão cheia que as ondas chegavam às esquinas dos prédios. As ondas eram enormes mas as esquinas travavam-nas, era vê-las subir e subir e subir e as esquinas a não deixar. Incrível, né? Uma esquina a travar uma massa d' água. Hum. E eu? Encontrava-me simultaneamente em duas situações: no cimo da onda e na areia. Pá, sabem como é, sempre na crista da onda e a par dos assuntos terrestres. Mesmo que em sonhos.

quarta-feira, 11 de março de 2020

E morangos e figos?

Pá, juntar morangos e figos não. Há distância de meio ano por entre colheitas. Podia congelar um e esse que aguardasse pelo outro. Podia aproveitar as conservas que se comercializam. Hum. Mas, quiçá talvez e por ventura, creia em demasia naquilo de não mexer no tratado pela natureza. Pela Natureza, Tratado, quero eu dizer. Há nela uma mestria que me verga.

Cervical

Lá a vai dona Arlete, a cabecinha baixa por conta da cervical, qual timidez qual quê.

Fado, não triste, lembrador

Hey, what you looking for, extraí eu há dias de uma canção que ouvi na Rádio. Hey, what you looking for, lembrei eu hoje. Repeatedly.

terça-feira, 10 de março de 2020

Dizer e, ou, escrever coisas

Às vezes sinto o blogue como inútil e tenho vontade de desistir de escrever. De todo. Puf. Acabou. Nem blogue, nem canhenho, nem porra nenhuma. Já o fiz algumas vezes mas voltei em todas, e voltei, principalmente, para não ter que viver com as partes que me morrem se não escrevo. Podemos, querendo, entender isto com pragmatismo – pumba, deixo de escrever, pumba, morro quase toda, pumba, não quero morrer, pumba, escrevo, pumba vivo. Escrever é a melhor maneira de me relacionar com pessoas. Não é a mais bonita, completa ou capaz, é a melhor. E é por isso que. Até amanhã. Ah, só mais uma coisinha, a lua hoje está linda – gigante e amarela, mas antes mostrou-se-me avermelhada.

Mirtilos e morangos

A rica filha preparou o seu lanche para levar para o trabalho, pondo mirtilos e morangos numa caixa.
- Pronto, depois estou lá no parque, abro a caixa e vou retirando um a um, enquanto olho para as crianças a brincar...
Tinha uma expressão um bocado sonhadora, tanto que respondi:
- Enquanto sentes a poesia do lugar e tal...
Olhou para mim com admiração e comentou a minha tirada de uma maneira que tomei como boa:
- Eu não diria melhor, mãe. É isso mesmo, enquanto sinto a poesia do lugar.

O interior das mulheres

O meu colega explicava ao cliente que 'tratar' dos autoclismos que se encontram dentro da parede é trabalhinho de ginecologista, que tem que andar às apalpadelas e mais não sei o quê.
- Pois é! - Exclamou o cliente, parecendo ter descoberto uma verdade absoluta. Eh pá, a conversa não era comigo mas não me contive:
- Mas que entusiasmo.
O cavalheiro enrubesceu, a dama, digo: esta que vos escreve, também. Isto, por conta de uma tola mistura de sentimentos: gozo (ai, que giro, eu disse isto) e embaraço (oh não, eu disse isto).

  • De quando faço pã dã com os clientes

  • Cliente: 
faz sons de muitos beijinhos com a boca conforme recebe a informação relativa ao artigo que pediu - sim, há pessoas que pronto, enfim, mostram-me as suas bizarrias, vá

  • Eu: 
envergo uma camisola que diz 'bisous' - sim, também me amando para o plural beijinho

E vai outra!

Tenho mais uma paneleirice no telefone. Uma destas madrugadas actualizou-se bai ime selfe e toca de novidades. Dei por duas:
Uma
Há como mapear os áudios que gravo. É. Agora, eu querendo palrar pó telefone, Mr. Google dir-me-á onde o fiz, mostrando mapa, coordenadas, data, hora e tempo de falação.
Duas
Os símbolos do estado do tempo são coloridos. Ainda só deu para perceber o sol, não tendo ainda oportunidade de ver as demais coisinhas demonstradoras de estados de tempo – nuvens, chuva, chuviscos, frio, vento. Enfim, todo o rol. Quando o tempo ficar não soalheiro como tem estado, saberei.

Ó pá tóin xiru!

Deixei a mesa posta. Cá por coisas, fiz por ficar tal e qual mas num sitio diferente. Antes, quando avistei a mesa posta como a menina deixara, lembrou-me um piquenique em mignon, dado o tamanhinho do serviço de chá. Fiz as minhas medições intuitivas e considerei o tamanho da boneca em conformidade com os tarecos de brincar. Ó pá tóin xiru!

segunda-feira, 9 de março de 2020

Os motivos

Não foi para descansar que me sentei na escada do prédio mas entretanto soou um piano em ensaio e passei a ter outro motivo para lá estar. Pena que foi curto, o tempo de ensaio, durou para aí quê, dez minutos.

Alterações

Vi um cliente na avenida. Descia-a, como eu, por isso o avistamento não se mutuou. Notei que os seus atacadores roçavam o chão porque iam desapertados e, embora tenha sentido o espírito protector a instalar-se, foi num pulinho que me pus curiosa de saber se ele notaria o desaperto e, em outro pulinho que dei, logo me senti maldosa 'hum, será que ele vai cair...?'

Comprinhas

Partilhei um pedido via netes com a rica filha, que assim sempre se poupa em portes. Ela mandou vir não sei o quê e eu mandei vir sei o quê mas não quero especificar mais do que isto: duas camisolas. Ora bem, o pedido foi feito através do telemóvel da rica filha e, chegada a minha vez, tive obviamente que segurar no objecto por modo a proceder à minha escolha. Quando fiz gestos de quem se afastava para outra divisão da casa na disposição sei lá de quê, talvez quisesse sentar-me no sofá, vá, a rica filha fez gestos de quem sofria com esse afastamento e até disse:
Mãe, não saias de ao pé de mim, eu não consigo estar longe do meu telemóvel.
Larguei a rir, ó rapariga, mas isso é mesmo assim? E ela que sim, que sofre com a separação. Eh pá. Olhem. Então. É o que é.

O preço das sobrancelhas

O senhor do café barra mercearia levanta as sobrancelhas quando diz os preços.

domingo, 8 de março de 2020

Elevação



O meu pai, em cada despedida, telefónica ou presencial, é assim que se despede:
'Que a vida te vá correndo normalmente, é o que o paizinho te deseja'
O voto eleva-se a conselho, crê ser melhor procurar uma vida dentro da normalidade. E eu também.

sábado, 7 de março de 2020

Gina, numa relação com o supermercado.

And do they know
The places where we go
When we're grey and old
(Robbie Williams)
Ah pois é, pois é. Se calhar sabem. Se calhar há-os. Digo: os anjos. O povo acredita que a vida fica facilitada, e até prospera, quando se crê em 'coisas' que se não vêem (e que nunca vêm, ah ah). Sei lá. Mas é uma crença racional (se é que podem sê-lo, mas vá), afinal pode crer-se no que se quiser, de maneiras que a gente inventa um amigo como queremos que ele seja e ele é-o tal e qual. Bom, isto está confuso, está-me a ser difícil largar o tom irónico, mas olhem que não acho tão disparatado assim inventar um,uma amigo,amiga e falar com ele,ela.

O parque de estacionamento do supermercado tem um lugar que me está cativo, mas somente no coração. E na cabeça. Hoje estava ocupado.

A moça que trata da reposição de frutas e legumes nas bancas contava a uma colega que leu que quem não põe açúcar no café tende a ser psicopata. Fiquei toda contente, a sentir-me especial. Olhem aqui eu. Aqui. Aqui, ó: Não ponho açúcar no café.

Comprei só géneros alimentares. Só. Nem só dos de primeira necessidade, comprei também dos de segunda, terceira, quarta e quinta. Pensando bem vai para aí até à vigésima sétima necessidade, o rol de compras. Mas ó: o que mais importa é a gente ser felizes. E comprei só géneros alimentares, ai foi, foi.

Acordar

Há dias acordei rente à uma da madrugada porque o telefone tocou. Felizmente, e apesar da hora esquisita, não era nada de especial ou preocupante. Melhor assim, pois claro, só que levei horas a adormecer. Escrevi aos bués dentro da minha cabeça. Não retive nada. Entretanto, agora, quis registar esta coisinhazinha porque me lembrei que, se o toque do telefone não me tivesse acordado, jamais saberia quão bem eu estava a dormir.

rima, e tudo

certeza rima com moleza

sexta-feira, 6 de março de 2020

Cigarro

'Isso é que o gajo tem que ver!' explodiu um homem à porta de um estabelecimento, na certa para alguém que estivesse lá dentro. Tinha o cigarro no canto da boca, comprido ainda, e que, oh coitadinho, andava acima e abaixo com a conversa. Fiz as minhas comparaçõezinhas da treta e surgiu-me isto:
Eu sou o cigarro e o meu estado emocional é a locução do homem.
Grande poesia está aqui, 'migos, só vos digo. Aliás: este é o post mais poético que alguma vez construí.

É isso, é

Entrei numa loja que de som ambiente se amandava para 'she's so vulnerable' dos míticos Roxette. Ulha, pensei eu, mas ca fofos, quão bem recebida tou a ser.

Cartão

Andei Lisboa afora com o cartão pendurado ao pescoço. Tic tic tic fazia o cartão a bater nos botões do casaco. Uma companhia. Uma sinfonia. Uma Companhia Sinfónica.

Rés

Olá, tudo bem? - Cumprimentou ele, o que está ao rés da idade adulta, como sempre fez. A mesma frase, o mesmo tom. Ofereci-lhe um daqueles meus recentemente chegados sorrisos, que são assim muito muito muito abertos. Que não aproveitou. Mas, havendo mal nisso, com ele ficou.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Pulsar

O tomar do pulso é um estetoscópio orgânico – há meses que esta ideia me surge em cada vez que o senhor doutor me toma o pulso e de hoje não passa o registo. É deveras orgânico, ó: a ponta dos dedos é mui presente, o pulsar é a vida.

Gina, quando não souberes o que fazer da tua vida, escreve coisas.

Estive a observar o meu estaminé como se outra pessoa fosse. Do outro lado da rua. Não é bonito nem feio. Parece uma loja, tudo bem, de grandes montras, muito bem, com um vasto leque de ofertas (somente compráveis, pá, é requisito incontestável), pois bem. Não tenho a certeza de ser apelativo sem demora, se as pessoas entrarão destemidamente. Sei que, e precisamente pelo tempo de balcão com que conto, as pessoas são o que são, se tímidas, timidamente entrarão, se expeditas, expeditamente farão o seu pedido. Imaginei-me cá dentro, de um lado para o outro, ocupada com coisas, umas inerentes ao desenrolar do estaminé, outras não. Já toda a gente percebeu que é no meu estaminé que escrevo a maioria das coisas que aparecem no blogue, né? Imaginei-me cá dentro, sim, mas não me alonguei nesse pensamento, não demoro nada a ver-me repelente, e isso não aguento.

apetites diferentes

tenho fome – como; tenho fome – como; tenho fome – como
como – tenho fome; como – tenho fome; como – tenho fome

afirmativo afora (e afora)

tu tens a certeza
eu tenho a certeza que tu tens a certeza
tu tens a certeza que eu tenho a certeza que tu tens a certeza
eu tenho a certeza que tu tens a certeza que eu tenho a certeza que tu tens a certeza

frio(s)

ora bem
se está frio então tenho frio e pronto
hum, ok, vá
mas há um
frio depois da pele e antes dos músculos, e este não é meu
ou, ainda outro
frio, quando e se, estou triste

Piada brasileirinha

Boa tarde.
Boa tarde.
A senhora vai ficar aqui até que horas?
Saio dentro de meia hora.
Ah, então assim a gente nunca se vai dizer 'boa noite'.

Saudades

Se tenho saudades dos bichos-gato? 
Claro que sim. 
A senhora manda-me notícias via vídeo e mensagem de texto regularmente. 
Um dia a gente revê-se, né Kit e Kat e Kat e Kit?
Está quase. 
Quer dizer, falta para aí dois meses ou coisa assim.




Voltinha

IDA
1, estaminé
2, cesto da gávea
3, estátua que sorri
4, terminal ferroviário

VINDA
1, avenida
2, árvore amarela
3, rua mais bonita de Lisboa
4, muro de pedra
5, praça mai linda de Lisboa


Questões

Apresentação
Abaixo encontra-se um questionário com respectivas respostas dadas por esta que vos escreve e que vem num caderno todo amaricado que a rica filha me ofereceu. Já em tempos publiquei umas quantas e, se inicialmente tinha pensado fazer isto em três etapas, não me aguento e vai tudo de uma assentada. Bem sei que dificilmente alguém lerá este post até ao fim, textos de tamanhão desmotivam qualquer um, portanto, quiçá seja por isso que vai tudo de uma vez e acabou a conversa. Não acabou nada, ó:


Janeiro 2019
What APP are you currently obsessed with?
Snapchat. Mas em termos de filtros, na verdade ainda não falei com ninguém.
How many times did you take a selfie this month? Be honest!
Umas cinquenta. Mas às tantas foram cem. Sei lá eu, pá!
If you had three wishes, what wuold you wish for?
1, Ser invisível durante três horas em cada dia.
2, Não estar sempre triste.
3, Viver até aos cem anos.
Write about someone new you met this month.
No estaminé esteve um senhor que falou apaixonadamente acerca de velharias e gostaria de ter visto os antigos pertences do velho estaminé.
Fevereiro 2019
What is your fave song to sing along to?
Alec qualquer coisa.
If you could travel to the past, what year would you visit?
1983. Para me dizer:: deixa de ser tímida, rapariga!
What is your inner spririt animal?
Cavalo, à conta da liberdade que parece ter. E tem.
List some jokes you heard this month.
Não malembra.
Março 2019
Write about what your perfect sleepover would be like.
Com pessoas que me ouvisse e, principalmente, me entendessem.
Did you make any new friends this month?
Não.
List a few names for your future dream pet.
Tobi. Pitoquinho/a.
Where is your dream Spring break destination?
Vila Nova de Mil Fontes, à conta de não ir lá há muitos anos.
List your absolute favorite sweet treats.
Chocolate em barra, simples ou com frutos secos. Chocolate de leite, quero eu dizer.
Abril 2019
List your favorite foods.
Sopa. SopaSopaSopa. Nos últimos meses há poucas coisas que me saibam tão bem quanto uma bela sopinha. Culpa da acupuntura, que me deixa enjoada.
What would your perfect weekend be like?
Casa limpa e arrumada e um saltinho à praia, fotos, blogue, escrever, vídeos.
What are your favorite TV shows?
Não consumo TV. Mas por vezes sigo algumas coisitas. Ultimamente tenho visto uma série chamada Jack qualquer coisa, baseada nos diários de… Não me lembro.
If you could live anywhere in the world where would you want to live?
Provence. France. Viveria lá de bom grado. Percorreria cada estradinha. Fotografaria. Filmaria. Escreveria.
List a few things that make you happy.
Escrever. Fotografar. Filmar. Andar. Fazer bolos. Estar com os ricos filhos.
Maio 2019
What would you like to do whit your besties next month?
Ver coisas Europa afora. Vou de férias, não propriamente com as besties mas com o Luís, e vai ser no mês que vem, vai.
List your favorite Spring activities.
Ir ver como está a árvore amarela. Renovar o guarda-roupa, preciso de camisolas, emagreci uma data de quilos no últimos três meses.
What is your favorite Spring outfit?
Uma camisola amarela que tem um Koala  e uma fita ao lado, que forma um feitio engraçado, por peculiar ser.
What are you looking forward next month?
Ir de férias, pois claro!
Correr mundo.
Junho 2019
List the movie you saw this month.
Nenhum, muito embora tenha uma ideia fantástica a desenvolver no blogue: recordar algumas cenas de filmes sem que contudo saiba o nome do filme, pergunto aos leitores se descodificam o título para mim.
What are 3 new things you want to try next month?
Emagrecer (mais) um quilo e meio
Experimentar duas receitas novas
Comprar roupa gira
What is your favoritething to do in summer?
Bronzear-me. Ná... Na verdade não sei. Ir à praia...? Comer gelados...? Não sei... Já sei! Ser feliz.
What was the funniest joke you heard this month?
Pergunta de resposta difícil de lembrar.
List a few things you are looking forward to next month.
Emagrecer o corpo
Equilibrar a mente
Manter a casa limpa
Julho 2019
List the people you admire most.
Marido, rica filha, rico filho e, até, Olívia, a minha cadela.
List your favorite books.
Não tenho por não ter concentração para ler vai para meses, muitos meses.
What is your favorite thing you did this month?
Entrar no Mediterrâneo. Nadar. Não boiei. Só mergulhei pela força das ondas.
List a few words you would use to describe yourself.
Mentira
Vaidade
Pudor
Describe a memory from this month.
Ter conduzido quase metade dos quinhentos quilómetros que é preciso fazer para chegar a Las Chapas.
Agosto 2019
What is the last song you jammed out to on the radio?
'Rase your glace', Pink.
If you could have any super power what would it to be? And why?
Ser transparente. Para que, obviamente, ninguém me visse.
If you are going to write a book, what would the main character be like?
Bonita. Faladora.
What is the best birthday present you ever received?
Um colar azul que condizia com as bolinhas do macacão que eu ia vestir na festa dos 50.
Write a funny story that happened this month.
Estive um bom bocado a pensar e não me lembro de porra nenhuma para registar. Não com graça. às tantas é igual àquela minha velha questão: se procuro o que dizer, não sei o que dizer.
Setembro 2019
What is the besdt advice you ever receveid?
'Que a vida te vá correndo normalmente, é o que o paizinho te deseja'. O meu pai é o que diz, em cada terça-feira, ao telefone.
Nota actual, aos 5 de março, dia da publicação deste post memorial:
Na altura, o que expus não foi porra de conselho nenhum, foi um voto. O meu pai, em cada despedida, telefónica ou presencial, é assim que se despede. Na altura de responder a este questionário, transformei o voto em conselho proque daí nasce um conselho, é boa ideia que se procure uma vida dentro da normalidade.
If you could only take 3 people with you on a trip arond the world, who would you take and why?
O marido e os filhos. Who else?
What do you think makes a good friend?
A Cristina Ferreira. Ah ah. Mas sei lá, oh sei lá.
What are your school goals for next month?
Vender coisas aos bués. Fazer, ou refazer, as montras.
Write about a good day you had this month.
Ontem diverti-me imenso a caminho de casa, vinda do supermercado. Cantei e dancei.
Outubro 2019
What is your favorite time of day?
14 horas. Se de semana. Geralmente vou dar uma volta por Lisboa. Se ao fim-de-semana, não tenho preferência.
If you could do whatever you wanted to right now, what would you do?
Percorria o muro da minha varanda, já em tempos registei isso em resposta a uma questão.
What kind of animal would you like to be and why?
Um cavalo. Por conta do quanto e como corre. Por conta da beleza que tem.
What is your favorite part of the fall?
As folhas amarelas e de outras cores.
List some Haloween costume ideias for next year.
Não tenho nem vou ter. É Festa que não comemoro.
Novembro 2019
What is something new you learned this month?
Que, se sou coisas boas com sentimentos bons, é porque sou assim. E posso sê-lo.
What was the hardest thing you had to do this month?
Lavar o fogão, se sujo em extremo.
What do you like to do in your free time?
Escrever. Ver. Ouvir.
Describe your life fifteen years from now.
Pá, então, vou estar enrugada e gorda, claro.
What Holiday is your favorite?
O 13 de junho. Talvez porque o Luís faz anos. Também gosto do 15 de agosto. Porque é Verão e às vezes calha bem.
Dezembro 2019
What would you like to do with your besties next year?
Não tenho besties.
List some gifts you gave to friends and family this year.
Um batom. Duas camisolas.
What song do you think was the best song of the year?
Não sei. Mesmo.
Nota actual, aos 5 de março, dia da publicação deste post memorial:
Sei sei, depois é que me lembrei e cá fica:
'Beautiful people', Ed Sheeren.
List a few of your dream jobs.
Livreira
Detective

quarta-feira, 4 de março de 2020

dois pontos

apóstrofos:
s' 'inda por cima

dois pontos

vão:
nada

Lisboa, 4 de março de 2020

Das vinte e seis árvores que estão na rua mais bonita de Lisboa, vinte e seis já têm novas folhinhas. Sim, isso mesmo - todas. É certo que umas têm mais do que outras, posso inclusive acrescentar que a mais mais mais é a primeira que encontra do lado esquerdo quem desce, precisamente a árvore ex-arredondada.
Da árvore amarela, pois que nem sinais de novas folhinhas.

Lisboa, 4 de março de 2020

É quarta-feira e são 10.
Ou quase 10.
10 para as 10.

terça-feira, 3 de março de 2020

Post comum

Às vezes acho que o mundo gira mas é ao contrário – de quem se esconde é que se quer saber como é, está e faz. Digo comum (título) porque o 'às vezes' é introdução que jamais rabiará.

Provérbio

Recebi a visita de um designer gráfico que apresentou os seus produtos, dentre eles cartões de visita, o que a bem dizer é o que mais me interessa, e no fim das apresentações várias eis que não tinha um cartão de visita para deixar em prol de um futuro contacto desta que vos escreve, que os tinha deixado esgotar e ainda não providenciara a reposição dessa ferramenta. «Em casa de ferreiro, espeto de pau.» lá diz o provérbio. Na casa do ferreiro o espeto é de pau, costumo eu dizer, tipo assim naquela de diferir, precisamente, dos costumes da outra gente.

dois pontos

sobra um:
vão desperdício

Repentes desta que vos escreve:

Nem sempre sou sincera com toda a força, nem isso é de ser humana.

Controlar os ímpetos é do caraças, principalmente se do pensamento partem. Oh porra.

Lógica desconhecida

Na praça João do Rio, em Lisboa, circula-se com a lógica das rotundas, só não sei é que lógica é que isto tem, nem é preciso saber.

Silêncio

A dona Odete cognominou a rua onde mora como 'Rua do Silêncio'. E é. Contudo, da última vez que lá passei, notei que todas as ruas ao redor dessa se mantinham caladas. Após enorme reflexão, concluí que isso (me) aconteceu porque nenhum carro circulou durante esses momentos.

Ajudaria?

'A senhora, por favor, ajudaria?'
Respondi que não mas foi tão depois de me cruzar com este pedinte que ele nem ouviu. São uns bem-educados, os pedintes de Lisboa, 'a senhora, por favor', seguido de uma forma verbal não muito comum e mais não sei o quê. Vinha até com cãozinho preso por trela e tudo.

Encontrem-me

Encontrei o Miguel – Mimi em tempos idos – na avenida. Olá, como estamos?, a gente de um para o outro e tal e tal. Mais à frente encontrei o Laurent mas não me pus com francesices, medi-me os níveis e encontrei o copo meio vazio. E nem era o Laurent, mas alguém fisicamente parecido, contudo, medira-me os níveis na mesma.

O senhor arquitecto

O senhor arquitecto, aquele que tem – também – uma casa no Algarve, avariou-se-lhe o autoclismo em meio de duas estadias, ficando a pingar durante meses e conseguindo assim que a conta da água atingisse um número pornográfico. Pobre homem, logo ele que não é dado a essas coisas.

Post dos trêses de março

E é aos 3 de março de 2020 que venho dizer que aos 3 de março de 2020 eu e o meu colega vestimos de igual cor em nossas partes de cima?
É pois.
E será aos 4 de março de 2020 que venho dizer que aos 3 de março de 2020 eu e o meu colega vestíamos de igual cor em nossas partes de cima?
Hum, não.
E daí em diante?
Creio firmemente que jamais tornarei ao assunto. Au eva, salvaguardando qualquer desvio, logo se vê. Ah, a cor em questão é amarelo, podendo, inclusive, este ser um post de seu título 'Post amarelo'. Só que não.

Pelo raro que é

Caríssimos, o meu colega acabou de vender uma fechadura, de suas peculiaridades: pregar à face; 8 esquerda. Ora isto constitui uma raridade das boas.

Pequeno-almoço

É com sofreguidão que Olívia, a minha cadela, se joga à pequenina côdea, vulgo coidinha, de pão que seu dono, com amizade e a bem da partilha, lhe amanda.

segunda-feira, 2 de março de 2020

Lisboa, Lisboa

Ah pois, Lisboa, Lisboa. Lisboa verde, Lisboa baldia.

Ouvido na tv:

Allez, je vous accompagne.

Capitaine Marleau, section de recherche.

Un petit croissant? C'est bio.

Ah, il y a des étapes? C'est comme un vélo?

Parce que c'est vous la psi.

Vous avez trinte kilos toute mouillé? Non. Vous avez un mètre et quatre-vingt-dix? Non.

Et c'est vrai ou c'est pas vrai?
Oui, c'est vrai.

On est jusqu'à la Belgique.

Un juice de tomate sens rien. Seulement avec la vodka.

Est-ce que ta maman t'a parlé déjà de ton papa?

Salut, ma poule.

Dis rien, c'est bien, j'ai compris.

T' inquiète pas, Philippe, tout ira bien.

Et vous, mademoiselle, vous n'avez vu?
Non, je n'ai pas vu.
Ah, bon.

Je veux un café. Vous me donnez un café?

C'est beau chez vous. C'est beau l'amour familière. C'est très beau.

Tu te crois où? Je suis pas ta mère!

Vous avez commencé a vous amusé sens moi.

Ça se dit... Ça ce dit quoi?

Il y a toujours un mais. Et qu'est ce que c'est ça?

Qui vous a fait du mal? Pourquoi vous êtes tristes?

Les yeux dans les yeux. On se regarde.

Et maintenant?
Maintenant on respire, on attend.

Je vous laisse. Bonne route!


Retirado da série televisiva 'Capitaine Marleau'

domingo, 1 de março de 2020

Caramelos

Interrompi o visionamento de um vídeo para vir escrever. Estava sentada na cama, as pernas dentro dos cobertores e o tronco encasacado até mais não. O vídeo era de receitas e era das mais espectaculares de se ver. A primeira deixou ver caramelos de pacote a derreter no fundo de uma frigideira, e é mesmo espectacular ver derreter caramelos desses.

Caramelos

Uma amiga da rica filha esteve cá e tinha recebido nesse mesmo dia um pacote de caramelos vindos directamente de Cabo Verde. Estendeu-me o pacote e ofereceu:
- Coma os que quiser.
Tão querida. Sério. Comoveu-me a satisfação com que apresentou os caramelos e a alegria com que os ofereceu. E são bons. São realmente diferentes. E vêm da Holanda - made in Holand, diz o papel. E há pessoas generosas. E este é um post multicultural.

dois pontos

aliteração:
cansaço do caraças

ansiedade:
vão consumo de energia

Post com título

A rebelde. A costureirinha. Porquê costureirinha? Por nada. E rebelde? Por tudo.

20:03

a hora é indução, não, intuição, que são mas é 19:41

Maçã Pink Lady

As maçãs vinham numa cestinha e traziam um folheto com um passatempo todo catita, mostrando até quem já ganhara aqueles prémios, que constavam de:
  • uma sessão fotográfica feita por um profissional
  • uma receita da autoria do vencedor publicada nas próximas cestinhas
  • comparência numa festa nos pomares da pink lady

De resto, o que eu sei é que as ditas maçãs deram um crumble do melhor que comi até hoje.

Lembrei-me

À conta da pesquisa para o vídeo linkado no post anterior , o Youtube fez as sugestõezinhas, dentre elas: 'Crazy in Love', Beyoncé e lembrei-me que algures no tempo, e num outro blogue, escrevi acerca do respectivo vídeo. Transcrevo:


Aos doze segundos pergunta se estamos prontos.
Aos vinte e três segundos a visão é bastante sugestiva.
(Pensando bem, todo o vídeo é sugestivo... E louco.)
Um minuto e quarenta: apelativo balão de pastilha elástica.
Um minuto e cinquenta e oito: altas chamas e rapper ao barulho.
Dois minutos e trinta: bambolear sensual.
Dois minutos e quarenta: pontapé na boca de incêndio. (Deve ter doído...) Para apagar o fogo da paixão.
Três minutos: Vestidinho lindo; passos de dança e outras coisinhas condizentes…
|7 abril 2013|

Gina, a tiktokiana

Se já tenho conta no Tik Tok…?
Claro!
Já publiquei umas coisitas, mas poucas
Porém não o pequenino vídeo do qual capturei os momentos
(vede abaixo, por obséquio)
E que foi o primeiríssimo que gravei
É muito especial por ter sido o primeiro
E é tão especial que não o publico lá
São quinze segundos desta careta que vai variando a cor
A música que acompanha esta maravilha pode ser ouvida
Se clicarem aqui
É também uma maravilha, esta música
(mas não tanto quanto o meu pequenino vídeo)
Principalmente porque tanto candy
(com ou sem shop)
Decerto adoçará a carantonha


disse ela

disse ela que nos dias de calor esteve lá na terra a plantar batatas
que tinha saudades
que assim nem era trabalho


7676

Notícias do interior

É bonita, a pessoa, com um bonito interior. Um bocado ensanguentado, este interior, mas pronto.

De Espanha

De Espanha nem bom vento nem bom casamento, lá diz o popular dito, mas então e que tal morangos vindos daí? Os morangos de que falei ontem vieram de Huelva. E bons que são? É em muito. A vinheta diz até que são Categoria I, Calibre + 25 mm e Variedade Primoris. Esta última característica explica tudo. Tudinho. É um primor. Ainda tenho ali três morangos. Dando para enviá-los via netes oferecia-vo-los, mas assim, pronto, já se sabe que não.

É uma animação

Ora então vamos lá a ver: andava-me esta porra aos trambolhões na memória do telefone há para aí um mês, e é precisamente por ser uma porra que lhe dou lugar no lbogue… ai perdão, blogue. É uma porra animada, ou coisa assim.