quarta-feira, 20 de maio de 2020

Loures, 20 de Maio de 2020

O que eu desejava era que ela se fizesse crescida como se estivesse lá no canteiro de onde a trouxe. Que rompesse aquela membrana e arredondasse como estão redondos os seus pares. Mas não. Ah, e este é o seu vigésimo dia, foi recolhida precisamente no primeiro dia do mês em que estamos. Não percebendo patavina do que raio é que esta questão numérica significa, é clicar aqui. De nada, ora essa.


dois pontos

vamos a trocas:
triângo
losangulo

dois pontos

temperatura ideal:
parte fria pra caraças+parte quente aos bués

dois pontos

crianças:
puerilidade

dois pontos

parir:
sair peso de dentro

terça-feira, 19 de maio de 2020

Loures, Loures





Temos sem e com filtro. O sem ganha porque este tipo de registo fotográfico não se quer alterado. O com ganha porque eu quis realçar a oliveira. Haverá elementos mais lourenses, não duvido, assim como não duvido que as oliveiras são francamente lourenses.



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Destaque

Gosto tanto desta frase que a vou isolar:

Enviuvou recentemente por conta de um cancro no pâncreas do marido.

(nem devia ser, mas é) um destaque é um isolamento

espanhol

dicem que el amor mueve el mundo, pero lo cierto es que lo odio no lo fica atras

ouvido en 'la casa de papel'

Gina, a (que já não é a*) desmancha-prazeres de 'La Casa de Papel'

*por demorar tanto tempo a construir estes posts,
o que significa que já toda a gente sabe como foi,
deixei de ser a desmancha-prazeres que fui em tempos,
e, ressalvando por antecipação, olhem que aquela porra não termina,
é a quarta temporada e ainda não aconteceu o adeus

1º episódio
Nairóbi tinha sido alvejada no último momento do último episódio da temporada anterior, que eu bem me lembro e a trama continua daí - tentam salvá-la.
O Helsínquia era tolinho, sim senhoras e senhores, mas na temporada anterior, nesta não, lá se desenvencilha e salva a Nairóbi, que, quando acordada, quer ser entregue à Polícia por conta da chantagem de que foi alvo no último episódio da temporada anterior.
Antes que me esqueça: o genérico parece-me diferente, tanto em imagem como no som, isto apesar de ser a mesma intérprete.
Numa altura de grandes ansiedades, há por ali tanto nervo, mas tanto nervo, que todos se voltam contra todos, há até uma cena em que se apontam armas às cabeças. Assim em roda, sabem? Cada um ameaça o outro a seguir. Cada um atrapalha a vida do outro, vá. Isto acontece porque as opiniões divergem no que toca à questão de a Nairóbi se entregar.
Aparece a estrada 435, iei! Eu conheço, eu conheço! Mas é de a ver cruzar-se com a que percorro há anos, a 433.
A tabuleta que indica a estrada aparece porque o Marselha segue por aí com o sinal do Professor para despistar a Polícia, enquanto, nesse preciso momento, o Professor se encontra debaixo de uma caixa para se encobrir de um touro do qual teve que se livrar e livrou-se assim, debaixo de uma caixa. Como é que o Professor foi para ao recinto do touro é que não vos posso adiantar, que não fixei esses pormenores.
A série está trespassada por cenas anteriores, ou seja: há uma mistura de passado com presente. Já na temporada anterior acontecia assim e vem daí esta minha consideração: é uma maneira de os personagens continuarem connosco, mesmo os que entretanto morreram.
O Marselha, o condutor que vai a fazer as vezes do Professor, ainda ao volante, enfia um capacete, despista-se propositadamente, não sem antes deixar o veículo carregado de provas, como por exemplo sangue do Professor, com o qual espargiu o veículo por dentro para que todos cressem que era ele que lá ia.
Pequeno à-parte: parteira diz-se comadrona, em espanhol.
Andam à procura de doadores de sangue para que a Nairóbi seja tratada em condições. É A negativo.
Pequeno à-parte, mas maior que o anterior: pesquisei para saber se é um dos sangues raros mas não conclui nada, quem sabe seja, para que a atenção do espectador aumente.
Procuram um doador entre os reféns. Muitos dizem que não pertencem ao grupo sanguíneo, até que dois se voluntariam. Um deles é o Arturito, o cobardolas.
Numa das partes em que a história vai atrás, o antigo dirigente do assalto, o Berlim, casa com uma jovem. Linda e fresca, como convém à trama. Sabem todos já da grave doença deste noivo. Quando no fim da festa do casório, digo eu: naquela parte em que todos se põem a dançar e a cantar alegremente, o Professor é o único que permanece sentado. Ouvimos a sua voz, comandada pelo pensamento:
«O que pesa mais: o amor ou a morte?»
O Berlim aproxima-se e, como se tivesse ouvido, responde:
«O que pesa mais é a vida.»
Considero uma reposta assertiva - a vida é o que nos pesa. O Berlim acrescenta:
«Porque a morte pode ser a melhor oportunidade da minha vida.»
É que ele é um doente e mesmo assim está-se a casar. Que outras ocasiões são mais promissoras de belas oportunidades de belas coisas viver?
O Denver mostrou-se estupidamente violento quando soube que a Estocolmo tinha estado a falar com o Arturito, amor da sua vida por alturas do primeiro assalto. O Arturito é astuto, conduz a conversa de modo a que o Denver se enraiveça de tal modo que o espanca quase até à morte. Fica o Arturito tão mal tratado, coitadinho.
O Professor sofre horrivelmente porque julga que a Lisboa morreu. Mas não.
A delicada operação à Nairóbi é virtualmente dirigida por um cirurgião. Na esquadra, descobrem esses sinais e cortam-nos. Portanto, a Nairóbi corre ainda mais perigo de vida e é neste suspense que termina o primeiro episódio.

2º episódio
Incrivelmente, oh vejam lá, o segundo episódio começa mostrando quão frágil está o estado da Nairóbi. Como o cirurgião já não se encontra online, os cirurgiões (que são os assaltantes e, se bem me lembro, quem comanda a operação à Nairóbi é a Tóquio) sem canudo não têm guia.
Ah, não posso crer! A Lisboa chega à esquadra onde em tempos idos tanto falou com o Professor.
O Palermo quer bazar, diz-se farto de tudo, mas a Tóquio não deixa. O Palermo argumenta:
«Ya no estoy entubando.»
Quando o Helsínquia intervém, chamando-o à razão, ele reconsidera e mantém-se.
A Tóquio fala com o Professor e lembra a possibilidade de a Lisboa estar ainda viva.
O Professor e o Marselha estão à batatada enquanto a Lisboa e a Alicia – a actual inspectora e substituta da Lisboa - estão a conversar. Não sei o porquê do desacato dos dois nem o teor da conversa das duas.
De novo aparecem cenas do casamento que já consta no episódio anterior. Canta um coro de padres e, convencido pelos discípulos, o Professor dança alegremente com todos. Que cena tão bonita.
O Professor e o Marselha estão agora de posse daquilo tudo com o intuito de resgatar a Lisboa. Enquanto isso, a Alicia interroga a Lisboa, não usando nem um pingo de condescendência.

3º episódio
O Denver esculpe um coração em ouro. Aquilo foi uma sobra de alguma barra (das roubadas) com certeza. O seu semblante mostra-se sofrido de uma dor em que se mistura amor, ódio e ciúme. E raiva. Muita raiva.
O polícia que caiu à piscina vai ter que cooperar com o Professor e o Marselha. É tanto assim que o papel deste polícia na trama é como que basilar. Lá o convenceram a tentar fazer passar a mensagem que o Professor iria fazer tudo por tudo e até de tudo para resgatar a Lisboa. Convenceram, quero eu dizer... Pois que remédio teve o desgraçado, né? (é)
O Denver transporta agora o seu coração esculpido. O intuito é oferecê-lo à Estocolmo. Encontra-a conversando com o Rio. Não fora toda a tensão desta história e quase pareceria que conversavam descontraidamente. Só que não combina, né? (é) Ou bem que andam de arma em riste e o coração num sobressalto, ou bem que se animam mediante conversas desafogadas de qualquer tipo de retração.
Entra mais um romance em cena: o Bogotá está apaixonado pela Nairóbi. Convenhamos que ver alguém desprotegido e tão frágil faz nascer um sentimento protector, daí é um pulinho para o amor e todas essas coisas do bem.
A Alicia tortura a Lisboa, não a deixando dormir.
O Denver, ao aproximar-se do 'parzinho', percebe que eles estavam descalços. E eu há pouco a dizer da descontração desarrazoada e mais não sei o quê. Pois, realmente é estranho que se mantenham descalços em situações destas. Hum.
Imagens dão-me a entender que o Rio foi sexualmente torturado quando lá longe. Coisas ainda da temporada anterior. Pobrecito... Madre mia.
«Dicem que el amor mueve el mundo, pero lo cierto es que lo odio no lo fica atras.»
Olhem, o Professor... O Professor, hã?, disse «no lo se». Nunca pensei ouvir isto da boca dele. «No lo se». Seguido de, e em modo explicativo de 'a razão por que estou assim é' «estou muito cansado, não consigo pensar». Ele agora já sabe que a Lisboa está viva. A cumplicidade do polícia caído na piscina deu arranque a isso.
A mãe e a filha da Lisboa encontram-se escondidas algures nas Filipinas, então, a Alicia está agora a dar oportunidade à Lisboa de falar com elas. Mas é uma coisa meio que metida dentro de uma chantagem, da qual já não percebi o suficiente para explanar. Ficamos assim: a Lisboa é chantageada e um dos pontos é a segurança de um dos maiores bens da vida, a família. É no meio disto tudo que o polícia vem trazer café e ao pousar a chávena roda o pulso em maneiras de mostrar o relógio do Professor. Ah, então é isso.
Mais um episódio que termina com a Nairóbi em modo quase-a-morrer. Em terminar episódios assim é ela a rainha.

4º episódio
Começa cinco anos antes. Dia D, aparece no ecrã. É referente ao primeiro dia do primeiro assalto. Presumo. Se não for, mal não vem ao mundo, ou à história. É muito engraçado ver o Banco sem toda a questão do assalto - fatos vermelhos às centenas, vestindo assaltantes e reféns, gatilhos vários, uma panóplia de munições e, sobretudo, tensão e medo.
A Nairóbi acorda. Não sei se sonho, se realidade, mas é o que vejo. E vejo que o Gandia quer matá-la. Hum.
A Alicia, a inspectora (e grávida !) tortura, ou sobrecarrega emocionalmente, a Lisboa. Esta pergunta àquela como é que consegue, sendo tão má, chegar a casa e abraçar o marido, em suma: sentir amor. Mas a Alicia revela que, afinal, oh vejam lá, enviuvou recentemente por conta de um cancro no pâncreas do marido.
Gostei desta frase. Até a vou repetir para ficar isolada:
Enviuvou recentemente por conta de um cancro no pâncreas do marido.
Porra, que maravilha!
A Alicia aproveita para destilar a dor. Pesarosa, acrescenta que ele ia morrendo por dentro e ela ia gerando vida, também por dentro, ele acinzentava e ela ia ficando cor-de-rosa, ele emagrecia e ela engordava. As últimas palavras deste marido foram: «Põe nas notícias.»
Ora bem, está aqui uma curiosidade – o Gandia foi em tempos segurança no Banco e, naquelas cenas de há cinco anos atrás, já ele apareceu, contracenando com o Berlim. Este trapaceia o Governador, já nessa altura, para tentar amanhar-se de alguma forma, digamos que intentava adquirir umas noções de práticas disto e daquilo, o que o levaria a conhecer muitos aspectos do interior do edifício, o que ajudaria bastante por alturas do assalto. Era nessa altura que o Gandia era lá segurança e foi ele que acompanhou o Berlim nessa visita que, de especial, tem tudo. Eu cá acho. Acabado o negócio entre o Governador e o Berlim – negócio, sim, mas fictício – este encaminha-se para a viatura, que era ocupada pelo Professor, e declara convictamente que o Gandia tem que ser morto. Mas o Professor não quer. Dá-me a ideia que se vai arrepender...
Estão quase todos desconfiados que foi o Rio que 'desalgemou' o Gandia. É que ele apareceu solto e tem estado estes episódios todos preso, portanto: refém mais refém ainda que os reféns.
É noticiada uma falsa notícia: tréguas entre a Polícia e os assaltantes. Entretanto, não percebo se à conta dessa falsa notícia, são entregues dentro do Banco oito grandes porções de paella. Esta pomposa entrega – sim, pomposa, parecia uma festa – é feita pelos polícias. Que giro. Ah, e também há pão.
O Gandia consegue sequestrar a Tóquio para uma sala de pânico, apetrechada de tudo quanto é tecnologia, dali tudo se vê, tudo – portanto – se consegue controlar. O Professor, por sua vez, já não possui uma sala assim, o Gandia cortou-lhe os fios.
Paira ainda a dúvida por sobre o Rio – terá ele ajudado o Gandia a escapar-se? Será o Rio um traidor?
Há um clima assaz novelesco por entre personagens como a Tóquio, o Rio, a Estocolmo e o Denver. Ou seja: a primeira e o segundo deixaram o namoro, os seguintes estão numa situação meio esguelhada, então os parzinhos estão como que a trocar-se.
O Rio revolta-se imenso com tanta desconfiança que os seus colegas têm acerca da sua fidelidade para com o grupo, faz-me crer que jamais os trairia. Então, no ecrã, nem só para mim mas faz de conta, intenta, neste fim de episódio, ir matar o Gandia. O Denver, como acto de solidariedade para com o colega, junta-se-lhe. Vão os dois, corredor afora.

faltam outros quatro episódios, se demorar tanto tempo a escrever esses como demorei a escrever estes, temos que esperar ainda umas semanas, mas pronto, o que vale é que vocês gostam de mim na mesma

Cobiça





É a foto acima, o que empresta o título ao post, este é o elemento mais cobiçado do estaminé. Diz que era pertença de um cemitério.

domingo, 17 de maio de 2020

Por ordem de ideias

Tenho que fazer sopa
Não sei que sopa vou fazer
Há couve-lombarda no frigorífico

Aberturas de porta

No sábado que este domingo precedeu, uma varejeira habitou o meu frigorífico. Pode ter sido permanência por entre duas aberturas de porta seguidas uma da outra. Ou então não, claro, mas é melhor pensar que sim.

Manhãs

Em manhãs soalheiras, se de manhãzinha, a luz incide no prédio cor-de-rosa e fá-lo parecer cor-de-laranja. A mesma luz, se no abacateiro, faz-lhe as folhas amareladas. Lembrou-me a árvore amarela, mesmo que não os queira comparar. Nem devo, até.
Por alturas das manhãs ouço buzinas. São minhas, estão nos ouvidos, mas longe. É como se estivesse a acontecer um buzinão lá em baixo, no vale, e eu pudesse aperceber-me disso.

sábado, 16 de maio de 2020

latim

tempus fugit

ouvi num filme qualquer da Lara Croft

De metal feitas

Tenho duas pecinhas de metal que trouxe das férias do ano passado. Uma é, ou nota-se-lhe, ou parece-me, uma moeda de um cêntimo. A outra é uma medalha, ou coisa assim, que não tem inscrição nenhuma nem lugar algum para enfiar um fio ou uma pulseira, tem é um veio a toda a volta e está muito batida, tem tipo um relevo, que não sei se é natural ou de tanto rolar estrada afora.

Manicura

As unhas: umas cortei, outras não. Crescerão ainda mais desordenadamente, é o que é. Se jamais um fio de cabelo (ou uma unha) cresce ao mesmo ritmo que outro (outra) qualquer, mais irregular fica o comprimento de um todo (cabeleira, mãos, pés).

Rasuras

Queria co Quero contin Continuo agora o assunto.

Mais ou menos

Tenho cada vez menos idade para certas coisas porque, inversamente, ou coisa assim, tenho cada vez mais idade.

Post com título

Se as nuvens são o que se quiser ver nelas, admito
Se as copas das árvores são o que eu quiser, poetizo
Se as pessoas pensam exactamente como querem, alvitro
Por que raio dificulto mudar um hábito, pergunto

Gostos expõem-se, em querendo.

Aqui há atrasado toda a carne me enjoava (a de porco então, hum), entretanto algo houve em mim que repousou e passei a admitir todo o tipo de chicha. Mas não me sabe bem. Sério. Trinco, mastigo, engulo. Eu comer, como, mas não me apraz. Já o crumble de maçã... O arroz de atum... As avelãs... Os morangos... Aprazem. E aos bués.

Afastamento

«O melhor é afastar-me» é coisa advinda de cobardia. Este 'melhor' é cobardolas, é fuga. E para lado nenhum, claro. Com tudo e por tanto, uma pessoa afastada não chateia ninguém. E dá saudades. Também.

Sonho

Esta noite, martelou-se-me na tola, sei lá por quanto tempo, a seguinte frase:

O princípio das regras básicas é: ajudarmo-nos uns aos outros!

Ainda estou a ouvir tudo - e agora nem estou a sonhar nem nada – eu a fazer a introdução com solenidade encenada: o princípio das regras básicas é, aqui fazia uma pausa para actuar como suspense e depois muitas vozes se me juntavam, concluindo clamorosamente ajudarmo-nos uns aos outros!

Pá, agora falta a ovação, quem sabe logo à noite sonhe com isso. E é curioso - reforço - que os meus sonhos contenham sempre multidões e, ou, algazarra.

rosa dos ventos

sipipirifiripiu
pontos cardeais
sipipirifiripiu
norte
sul
este
oeste
sipipirifiripiu
pontos colaterais
sipipirifiripiu
nordeste
sudeste
noroeste
sudoeste
sipipirifiripiu
pontos subcolaterais
sipipirifiripiu
és-nordeste
és-sudeste
nor-nordeste
nor-noroeste
oés-noroeste
oés-sudoeste
sul-sudeste
sul-sudoeste
sipipirifiripiu

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Material cirúrgico

Olhem, as máscaras fazem a gente não se ver os dentes uns aos outros. A minha mãe usa a expressão 'não lhe vi os dentes' para dizer de alguém a quem não viu nem sorrir. E as máscaras é o que nos fazem. Também.

Distanciamento social

O Xano diz que o café de grandes dimensões já se encontra com a porta escancarada. Aquilo deve ser, acrescenta, eles a servirem o ovo à entrada, o bife no balcão e as batatas fritas no primeiro andar.

Tico-tico

O Xano diz que no tico-tico dele todos tipos de lâminas entram porreiramente.

Gina, liga a câmara.

Gina, liga a câmara.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Comprimentos

O Xano deve cuidar que os cabeleireiros ainda não abriram. Digo isto pelos comprimentos de, 1 – o cabelo, 2 – a barba, que exibe depudoradamente.

Mudanças

No salão onde a Carminho me alinda, já todas as funcionárias usam os fatos especiais. Espaciais, quase parecem. E estanques, é o que se espera. Espera-se que estanquem o vírus do momento. Que post mais lindo, este.

Lisboa, 14 de Maio de 2020

Dia este, o primeiro... Isto não está bem.
Este é o primeiro dia de escrita no novo poiso, aqui no estaminé. Mudei-me. Pois foi.
Vantagem:
Toda a gente me vê, não mais ouvirei o comentário 'ah, a menina estava aí escondida'
Desvantagem
É, provavelmente, um poiso distractivo, contudo, e lá vem (afinal) uma vantagem, é um poiso que faz as vezes de um lugar na plateia.

Posta-restante
Olhem aqui o distractivo a actuar, e eu na plateia: avistei um carro a estacionar-se mediante manobras no masculino. Passados muitos minutos, o mesmo carro foi manobrado no feminino para sair do estacionamento. Não é nada estranho, é até bem comum. Cá na minha vidinha é, o que mais a gente faz, eu e o meu colega, é partilhar o volante.

OWZ, Online With Zoom

Eis-me com mais uma catrefada de aulas executadas online. Por ora não tenho ido até ao online-previamente-gravado, mantendo-me, antes, pelo virtual, sim, mas em directo.
E vai Body Balance.
Hum? Quê?! Body Balance é um Yoga suavizado. A gente para ali faz o guerreiro um, e até o dois. Pá, estas são as expressões que descodifico, que a senhora professora usa muitas mais, só que num estrangeiro que não conheço. Ainda.
E vai Zumba.
Hum, Zumba. Não fora uma aula online e descreio totalmente que assim optasse. Não é que não goste da ideia de para ali andar a fazer que danço, mas é que, para já, tem a particularidade de ser completamente diferente do meu mais comum 'viver dentro do Ginásio' e variar é sempre bom; para depois, porque não?; para finalizar, eu gostar de zumbar, gostei, mas é preciso alguma teimosia, para a qual não tenho tempo. Sério. Eu não tendo escolha, tudo bem, teimaria até atingir uma fluidez satisfatória (para mim, claro) na execução das coreografias, mas assim: não.
E vai Mobilidade e Alongamento.
Não é assim lá muito diferente de fazer as aulas de Alongamentos que já dantes fazia. É uma questão de mobilidade, não de flexibilidade, reforçava a professora aqui e ali, só que não percebi qual é a diferença. Ainda.
E vai Pilates.
Pilates. Pá, pronto, Pilates já entrou no lbogue... ai perdão, blogue sei lá quantas vezes. Eu até as contava, mas prefiro escrever.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Lume aceso

Agora ando numa troca de gestos perigosa - a comida pronta, vazo o conteúdo da panela/tacho/frigideira sem apagar o lume, pouso o utensílio e vou à minha vida. Ainda há pouco aconteceu, depois fica para aqui um cheiro a queimado... Por mor de melhorar o meu comportamento, já me pus a recitar mentalmente:

apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que, apago o lume e depois é que

(também pode resultar escrever repetidamente, porque não?)

O bolo de cenoura

O rico filho disse 'lembrou-me a infância'
A rica nora disse 'gostei do toque de canela'
A rica filha disse 'estava muito bom, mãe, muito bom'
O rico (quase) genro gostou da surpresa (o bolo era para ele)

rabo-de-cavalo




desfoca-se, não só para ficar desfocado, como para não (me) chocar
há anos que não tinha cabelo suficiente para fazer um rabo-de-cavalo

hum-hum, é verdade, é

dias

primeiro 


quarto

nono 

décimo terceiro


encontrei esta flor partida no caule e trouxe-a
entretanto tenho registado o desabrochar

terça-feira, 12 de maio de 2020

Assaz

Eu e a rica filha damo-nos bem ao nível da programação televisiva. Estranhámos, assaz e simultaneamente, que um entrevistado dissesse 'pá, um gajo isto e aquilo' e fosse meloso nos modos.

Eu e a rica filha gritámos, assaz, porém, não simultaneamente. Primeiro gritei eu, que me pareceu ver um bicharoco, e ela deixou-se contagiar, gritando, por sua vez. Pá, temos que ser uns para os outros, há contágios que pronto, mal não fazem.

Graminhas

Lembrete remissivo:
Nem só para frutas e legumes vindas da frutaria do nepalês vivem os graminhas.

setecentos e seis gramas de peitos de frango
trezentos e oitenta e oito gramas de lagartinhos de porco
oitocentos e trinta gramas de costeletas do fundo
duzentos e quarenta e oito gramas de chouriço saloio
cento e quarenta e dois gramas de bacon
duas dúzias de ovos

Com os peitos de frango farei salsichas e com os ovos tudo farei.

Sonhos

Sonhei que o meu telefone tinha caído e o ecrã estava rachado aqui e ali. E daí? Não lembro mais nada. É que nem eu comiserada para com o meu amado telefone me lembro de estar, quanto mais. Agora, no real, é que me ponho com sentimentos de pena e tipo isso assim, parecendo até que não foi sonho.
Sonhei também comigo ao volante. Chegada a um cimo havia um semáforo onde já estava parado um motard e uma pendura porque estava o sinal vermelho. Só que eu segui, pouco me importando com a transgressão. Ia na bisga e não quis travar com consequências. Não com as consequências que uma travagem brusca pode trazer, que das outras pouco me importou, então segui. Parei foi na rotunda que encontrei depois, na qual estava um carro com senhores agentes da autoridade a fazer de passageiros. Havia muito trânsito na rotunda, por isso os alcancei. Não lembro mais nada. Agora, no real, está uma multazita e quês, no sonho não.
É tudo mentira. São sonhos. São circunstâncias perfeitamente comuns, podem acontecer, mas são sonhos.

Acordar

Acordei com a chuva. Levantei o estore e deitei-me para ver o abacateiro a recebê-la. Gosto de ver a chuva, gosto de a ouvir, gosto, até, de a sentir. De a receber, portanto. Quando digo que não me importo que chova, ou que me chova em cima, ou que gosto de chuva, digo a verdade.
Notazinha:
Este post chama-se 'Acordar' mas a escolha era por entre esse e 'Chover'.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Somos feitos de opostos

Nas vezes em que o Zé se faz aparecido no estaminé, mas com intenção de compra, no tempo das idas e vindas à prateleira, que têm como sentido atendê-lo convenientemente, faz brre! brre! brre! Parece como que um acelerador, só por dizer que o estaminé não dá espaço a grandes correrias. Não duvido que o Zé seja disso sabedor, aquilo é ele que le fá nerves precisar de tantas idas e vindas, então disfarça assim, a acelerar.

Esponjas

O meu colega arrumou a marreta lá no alto e à ponta da prateleira com o intuito de ser cobiçada. Lembrei-o de hipotéticos terremotos e adensei a ideia com aquela questão de Lisboa ser frequentemente sacudida pelos ditos, sendo a maioria imperceptível. Ele tranquilizou-me com o seguinte disparo:
Se houver um terremoto a gente põe as mãos na cabeça e espera que não caia nada do que está lá em cima.
Sim, lá em cima estão muito mais coisas. E das pesadas. A foto abaixo é para contrapor o assunto deste post, é que uma esponja de pedreiro não aleija coisa nenhuma.


Pisei o bocadinho de bolacha crocante que o meu colega havia deixado cair e cuidei de ser um caracol. Nos últimos tempos, aquando dos passeios com a cadela, tenho assassinado muitos caracóis, usando uma arma que se chama pé. Eu gostar de os matar, não gosto, encolho-me toda e fico condoída aos bués, pobres bichos, mas pá, coiso. É tanto assim que em cada passeio, logo aquando do primeiro caracol mortalmente esmagado, despego os olhos do chão o mínimo possível.

Lisboa, Lisboa

Um cheiro bafiento saía dos respiradouros do Metro, que assim se tornam, portanto, lugares inabitáveis.

Vai um drunfozito?

Graminhas

Mil e trinta gramas de maçãs gala e de folhas de alface*
Trezentos e quinze gramas de bananas vindas de Côte d' Ivoire
Trezentos e quinze gramas de cebolas velhas**

*foi pesado junto
**e eu que queria as novas


Entretanto ponho já aqui uma coisinhazinha que descobri precisamente hoje e justamente na frutaria do nepalês, lugar onde comprei efectivamente os víveres descritos acima:

Andar de máscara dá também um jeitão para cantarolar por onde quer que ande, isto sem me fazer ouvida, e mesmo que alteando um bom bocado o som de voz.

domingo, 10 de maio de 2020

Actualização

Abaixo são os ricos filhos, no tempo em que tinham sete/oito anos (ela) e quatro/cinco (ele), que foi coisa acontecida há cerca de duas décadas. É um momento que fica bem neste post, afinal temos andado às malucas com pinturas, pequenas remodelações e também mudanças aqui e ali. São questiúnculas que, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, tenho publicado no lbogue... ai perdão, blogue amiúde nos dois últimos meses.
Se de cada vez que troco letras ao 'blogue', o faço espontaneamente, é o que quereis saber? Sim, é espontâneo. Sempre. E deixo ficar, sempre, também, movida que sou, precisamente pela espontaneidade e, mesmo tratando-se de um engano, parece que abrilhanto a mensagem. Pá, cenas de pessoa pouco iluminada, ou coisa assim. Se no 'blogue' a seguir também me engano, perguntais agora? Pois bem, às vezes sim, mas geralmente não, que já vou atenta ao curso das letras.





escolher caixas e mudá-las (feito hoje)
coser argolas cortinado
limpar restos tinta roupeiro (feito hoje)
limpar janelas quarto azul
limpar portas cozinha
limpar portadas sala
limpar portas sala
limpar sala (profundamente)
reorganizar despensa (mais: limpar)
limpar móvel cozinha (mais: lavar cestos)
encaixotar cadernos X*
*terei que adiar, falta-me as caixas

Perfeitamente aturável*, mesmo em vídeos.




*tem a ver com o post imediatamente abaixo

sábado, 9 de maio de 2020

Quarentena

Não posso queixar-me, a quarentena não me foi assim tão dura.

- pude sair para passear o cão, pude simular um Ginásio para mexer o corpo, pude adiantar as refeições, pude ir ao supermercado, pude ir ao talho, pude ir à frutaria, pude, inclusive, oh vejam lá, pintar partes da casa e limpá-la profundamente quase na totalidade -

Em suma: pude viver não apartada de muitos dos meus costumes.

Comecei por recear uma certa revelia ao confinamento, e isto mesmo eu gostando de estar em casa, afinal, não querer sair de casa (ou não ter esse apetite) ou não poder de todo fazê-lo, são coisas muito diferentes. Mas não me posso queixar, não tenho filhos pequenos nem pessoas idosas sob a minha guarda, tampouco há doentes de qualquer tipo coabitando comigo. Tudo bem. Se é assim que se combate o bicho, a malta confina-se. Confinei-me.
Depois notei que sentia falta de pessoas. As pessoas do costume, a vizinha Gislena, o nepalês da frutaria, a dona Palmira, este ou aquele vendedor, os estafetas, o carteiro, o Zé, o Ângelo, sua majestade, o senhor do restaurante. Enfim - pessoas. O meu balcão é, também, pessoas. Pessoas que não vão comprar nada, que não engordam a minha receita diária. E, curiosamente, sentia-lhes a falta. Logo eu, a de-parte, a deixem-me-da-mão, a não-me-digam-nada. Quem sabe esta falta me mudasse os estados e os sentidos, né? Não, não é. Agora que já passou uma semana por sobre o regresso ao estaminé, noto que sou a mesma 'eu'. Posso defender-me com o chavão «não é defeito, é feitio». Além disso, aqui no lbogue... ai perdão, blogue, sou facilmente aturável e, no presencial, não o sou menos, já aí atrás disse que sou do género deixem-me-da-mão, não tendes melhor desculpa do que essa para não ter que me aturar.

Ainda a camomila, o funcho, o hibisco, a erva-príncipe e a alfazema

Ontem, aquando do post dos chás, a ideia primária era juntar as fotos que fui fazendo ao longo de mais ou menos um mês - à razão de uma por toma de chá, e sempre diferente do anterior - mas acabei por me esquecer e publicar somente o texto. E, também ontem, como quis fazer a reportagem sequencialmente, pesquisei blogue afora e percebi que há várias entradas de camomila (camomila, a título de exemplo). Então, hoje, para suprimir a falta de fotos, ou fazer remendos, ou simplesmente pôr para aqui coisas e mais coisas, venho republicar as fotos e algumas impressões que foram entrando no lbogue... ai perdão, blogue e que ontem havia descoberto.

Camomila
Calhou de ser de camomila, o chá. Diz que é bom para beber à noite, que relaxa e tal, mas olhem, não notei desmancho na postura perante a manhã que lá vinha. E veio. E está cá.
Escolhi camomila parce que j' ai vu les autres e nenhuma das cores que vi, nenhum dos odores que não senti, me atraiu. A camomila é um chá muito bonito, o chá de camomila é flores, é de sabor a flores, é de cheiro a Primavera.
17 outubro 2018
O chá foi de camomila, colhida no Egipto. Pelo menos é o que diz o pacote.
22 janeiro 2019







Funcho
No dia em que ao pequeno-almoço bebi chá de funcho, achei que não era grande coisa. Ou então pus pouca quantidade, não fiz igual ao que diz a embalagem e pumba. A rica filha até comentou: eu não gosto muito deste chá, eu vou beber todo mas não estou a gostar lá muito.
16 novembro 2018









Hibisco
Acerca deste chá, não há entradas no blogue senão as recentes.







Erva-príncipe
Bom dia. São dez e vinte e seis. Lá em casa não havia água, oh céus. Dei por falta dela às três da manhã, por necessidade de esvaziar o corpo dumas coisas e notei que o autoclismo não seria abastecido após a descaga... ai perdão, descarga, e já agora acrescento que o engano de digitação foi real, provando que a vida é cheia de acasos, coincidências, trocadilhos, enfim, esse tipo de coisas. Ora bem, então não havia água lá em casa, portanto nada de beber o copinho d' água morna com o sumo de meio limão, nada de cházinho de erva-príncipe, cidreira, tília. Nada de lavar nenhuma parte do corpo antes de sair de casa. Nenhuma, óié. Quero dizer: as mãos, mergulhei-as na descarga do outro autoclismo, depois de me vazar e antes de o vazar. Bendita casa, a minha, por ter dois dabliú cês. Salvou-me a ida ao ginásio de manhãzinha, que agora ando nisto de lá ir às terças-feiras logo de manhã. A sede era tanta que levei a escova de dentes e tudo, vejam lá. Mas esqueci-me do creme de rosto, oh céus. E o que é que eu fiz? Quando cheguei ao estaminé besuntei as mãos de creme para mãos e com os resquícios passei no rosto. Não é o mais indicado, mas é melhor passar qualquer coisa hidratante no rosto do que mantê-lo a seco todo o dia.
14 junho 2016
Ao pequeno-almoço fiz chá de erva-príncipe e alfazema. Juntei dois tipos porque a erva-príncipe estava de resto, o que, juntando ao facto de a alfazema ter dois recipientes e andar a sentir há meses um enorme desejo de esvaziar um deles, pumba, toca de retirar mais um pouquinho do pacote, que é o recipiente mais vazio, sendo o pote o mais cheio. Entretanto notei os dizeres do pacote onde repousa e espera o resto da alfazema, diz ele que veio de Espanha. Hum. Na minha cabeça, quando penso nas viagens que a alfazema por ventura fará, vou imediatamente buscar as belas paisagens da Provença, esse lugar tão colorido que adquire uma aura infantil e mágica. Portanto, estranhei a origem da alfazema, como assim vir de Espanha e não de França? Foi então que na minha cabeça se formaram lembranças dessas paragens, quando em Espanha se está junto à fronteira com a França ali para os lados da Provença, os campos assemelham-se. E está posta a questão.
14 maio 2018








Alfazema
Sim, pequeno-almoço, é o que é, e eu sei que no título digitei mal a palavrita (Peuqneo-almoço). Deixo estar porque não sei que verdade acarreta o facto de eu trocar letras cosntantemente... ó, olhem lá as letras que troquei ao constantemente... Seria tão célere se não me trocasse constantemente, tão célere. Mas o pequeno-almoço, vá. Foi chá de alfazema com pão feito por mim.
3 outubro 2016






Ressalvas e notas merecedoras de constar:
Acerca do hibisco, não cheguei a escrever acerca senão recentemente. Bem sei que já consta uma nota abaixo da foto, mas quero ressalvar que a mesma é produção de hoje.
Acerca do funcho, há para aí posts que nunca mais acaba onde inseri essa palavra, só que na maioria refiro o legume em estado fresco, não o chá, e desconheço se um é o estado puro do outro.
Acerca da erva-príncipe e da alfazema, foi engraçado encontrar um post onde misturei os dois. Mesmo.
Acerca das fotos, que, ressalvo, são repetidas, todas têm um banho amarelado porque as folhas ficavam consideravelmente definidas se tomada essa opção. Opções, quero eu dizer, que são duas, o filtro Valência e o Auréola, ambos presentes na aplicação do telefone. É que fotografar uma água fervilhando não se me mostrou fácil, em alguns destes chás fiz zoom para que a lente se não embaciasse. Não muito, pelo menos. Ademais, sei que o meu amado telefone não se congratulou com a toma desses vapores. Sim, ele fez-mo saber. É.

... ficou tão giro, não ficou?*

passo as noites a suar que nem uma égua há muito galopando

*não

sexta-feira, 8 de maio de 2020

OWZ, Online With Zoom

Sim, aquilo do Zoom, só que eu é mais para aulas de Ginásio e tipo isso assim. Estreei-me precisamente hoje. Era a aula a começar às tal e quinze e eu a descarregar a aplicação às tal e onze. Estou uma flecha nestas coisas. Lá me desenrasquei com o microfone. Disse foi à professora 'olhe, vamos ficar só com o microfone, à câmara logo eu depois vejo como me amanho, senão ainda me vou embora» Este 'vou embora', reflecti depois, não ficou nada bem, mas paciência, seja lá como for ninguém me entende o humor, é sempre bruto, é cada bordoada que dou nas pessoas com quem lido... Mas, no cômputo geral, a primeira experiência foi gira. Mas deve ser melhor com a câmara ligada, assim os professores vêem os alunos, podem corrigi-los e ficam sabedores da sua evolução. É muito mais parecido com o presencial, o Zoom.

Diz-se parabenizar

Há pessoas que me parabenizam pelos quilos que emagreci. Não levo a mal. Ou levo, vá, um bocadinho, sim. Parabéns porquê, então dantes não gostavam de mim?

Gostavam, só que agora gostam mais e isso dói.

O balcão

Aquando da extinção do velho estaminé, havendo necessidade de encaixar uns quantos pertences no (meu) estaminé, a lateral de um dos balcões ficou sem visibilidade, acabando por esconder uma frase que eu tinha pintado (ou escrito?) precisamente aí. Ora, o estar escondida fez-me esquecê-la e, quando num dia destes eu e o meu colega alterámos a disposição do balcão, ei-la! Digo (ou exclamo?) a frase.

Eu escrevo no balcão. Ah ah.

Afinal são duas frases. Não achei lá muita piada à frase em si, quem me lê com regularidade já percebeu que me canso das próprias expressões e tiques de escrita, achei piada foi à descoberta, é que já não me lembrava de tal coisa. Mesmo.
A expressão encerra uma certa dualidade, afinal eu escrevo no balcão porque o computador é lá que está apoiado e foi no balcão, literalmente, que escrevi a dita expressão. Ainda pensei: ah e coiso, vou tirar uma foto para mostrar às pessoas, mas fica para outro dia.

À distância

Encontrei a Eugénia, que era pessoa que não via há tempo e tempo. Depois dos olás e está-tudo-bens (à distância, pois claro, quais bisous quais quê) perguntou-me se continuo a escrever. Não há muitas pessoas conhecedoras do meu prazer em escrever e, dessas, as que se interessam se sim ou então não, são ainda menos. Fiquei contente com a lembrança. Mesmo. E fiz-lho saber.

Vou já adiantando que nem gosto lá muito de chá, só que decidi escrever acerca.

Camomila
Um dia achei que a camomila ia bem para o rol de chás que habita na minha gaveta. Afinal o sabor é intensamente floral. É bom. É até bastante bom. É superlativamente bom. Já chega.

Funcho
É o pior chá do mundo. Sério. Enjoa. Engrossa a boca. Fico enjoada, é isso. É, portanto, um chá dos que menos vezes faço.

Hibisco
Foi Laurent quem mo indicou, referindo que era bom para desinchar. O sabor não é dos melhores, característica que, aliás, Laurent referiu logo. O sabor não é bom, dizia, e olhem que eu e acidez somos amigos desde os tempos mais remotos da minha minha vida. Raramente faço este chá, mas, se faço, faço quando acho que o melhor é variar.

Erva-príncipe
É o melhor chá do mundo. É floral, mas pouco. Lembra limão, que adoro. Mas falo de limão, limão, não chá de limão. É o chá que mais vezes faço. E atenção que eu disse que é o melhor chá do mundo mas isso não retira nada do que está no título deste post.

Alfazema
É doce. Lembra roupa guardada. Às vezes, para quebrar o doce, junto sumo de limão. Lá está, limão, adoro limão. Lembra roupa guardada, sim, porém não é de mau travo.

Contrariar

Descobrir, quando contraria o cobrir, significa que se vai saber alguma coisa não tarda nada.

Vantagens da máscara antivírus

Posso fazer caretas usando principalmente a boca. Se os olhos ficarem descontraídos o suficiente, ninguém vai perceber.
Posso deixar o Sipipu à sua vontade, afinal de contas ele não fala assim tão alto, portanto: ninguém o vai ouvir.
Posso não ter lavado os dentes antes de sair de casa. Ninguém vai cheirar.

Etiqueta

Retirei uma etiqueta da capa de um livro, isto aquando da limpeza profunda que fiz à minha biblioteca. É uma daquelas publicitárias, diz simplesmente 'novidade'. Como a puseram a tapar informação que considero de bem estar à vista, pumba, descolei-a. Mas, para não esquecer uma questão de tão elevado interesse como esta, colei-a no meu caderno. Vai daí, acabou por aparecer efectivamente uma biblió-coisas em modo ulterior. Só não intitulei o post de biblió-coisas porque tenho a mania. Não sei que mania é, mas é essa a que eu tenho.

Loures, Loures




Da foto de cima só me surge a frase: «antes de mais, a figueira»
(tem o filtro Sunscreen (do PC), estava muito precisada de maquilhagem, que isto de fazer zoom com o telefone não é bom para todos os cenários)


Da foto de baixo surge-me a vontade imensa de registar: «os pombos-sombra provêm (também) do zoom do telefone, são como que fantasmas convidados a vir»
(tem o filtro Icarus (do PC), quis maquilhá-la também, assim nota-se mais e melhor os fantasmas)


Online

Consciência Corporal

Esta aula tem 42:27
Executada aos 7 de Maio de 2020. Numa próxima vez, anotar no caderno, ou fixar, alguns exercícios. Isto porque o professor, querendo passar mais ideias do que fazer em dias vindouros, aquando de uma (hipotética) evolução, acabou por usar uns quantos minutos, que assim se revelaram infrutíferos. Contudo, bem haja caríssimo, não deixa de ser louvável o seu cuidado em prover o bom desempenho em duas frentes: a evolução e o futuro (e a evolução no futuro e o futuro da evolução, porque não?).

Vou preparar um café e bebê-lo.
Depois torno e cá e ponho-me a escrever.

Provador

Provadores de roupa é coisa que também confina, para ali fico, expectante e despida.

Alfazema

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Manuscrever

Como faço o é maiúsculo muito alto
– cuido de não pensarem, sequer, em virem a ser complexados com o tamanho  –

É 

o acento, se o tem, fica-lhe como que ao lado. Enfim, resulta do pouco espaço por entre linhas. Gostava de fazer um trocadilho com as entrelinhas mas não sei como. Dizer que não sei não desarma ninguém. Lamentavelmente.

Sonho

Sonhei que enfiavam o recém-nascido na parturiente. O estranho é que não ouvi gritos. Pronto, sonho cenas fixes, é o que é. E a parturiente não ser eu é também de valor. E, às tantas, não ouvia o horror das vozes porque eu própria não as suportaria, o que é coisa para eu saber, mesmo que em sonhos.

Eu voltar, voltei

Ó Gina, olha que estamos aqui – Lembram as fobias logo pela fresca
Pois estão, 'migas, pois estão – acalmo-as eu e vou logo avisando: - E é de estarem, só não podem é preencher toda a área, há que deixar uns espacinhos por entre vós

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Cadernos

Da lista de afazeres, um dos itens é encaixotar os meus cadernos para que não estejam jogados para ali, a receber pó e mais pó. A primeira fase está concretizada, medi os cadernos, apontei os números no bloquinho rudimentar e enfiei a fita métrica na mala. Sou, por ora, uma pessoa dessas, sei lá quando é que passo por uma loja com caixa giras para vender? Então, como pessoa de acasos, ando munida.

Medida que regerá a compra das caixas:
O caderno maior de todos conta com 24x17
(vinte e quatro centímetros de altura por dezassete de largura)

Espólio
assim para o grandinho:
21 cadernos preenchidos
2 cadernos vazios
assim para o pequerrucho:
1 caderno preenchido
1 caderno vazio
2 cadernos meio preenchido

Curiosidade:
Um dos cadernos (dos vazios) é de escrita comercial. Digo eu aquele género aponta aí as despesas versus as receitas e assim obterás, em cada jorna, um deprimente resultado.

Máscara

O nepalês da frutaria tem uma máscara colorida, que vai revezando com outras menos gráceis.

Movimentações

A avenida tem muitos automóveis a circular. Não tantos como dantes, é certo, mas tem muitos. Comparo esta fase com a quarentena, não com a vida antes de tudo isto. É que, assim, quem sabe não fique a perder.

Marcas

O banco hater tem marcas de ferrugem, ou lá que é, em si.

Online

Step

Esta aula tem 33:03
Executada aos 4 de Maio de 2020.
Executada, sim, só que em meio tempo e caçada com gato, ao invés de com cão. Para step lembrei-me de um banco que não é banco mas escadote em forma de banco mas até deve ser um banco porque em querendo a gente pode lá sentar-se. Fui buscá-lo. Concluí que é demasiado alto porque tendi para esforçar músculos que não os das pernas para dar conta de tão grande elevação, de maneiras que fui fazendo no chão, imaginando um step e partindo daí para mais elevações no meu step (que não é step e blás). Mas desisti. Pelo meio fui marcar o corte de cabelo. Não parei a aula no ecrã, pois, parando, o sistema assumiria que não a concluí. O que é verdade, mas eu não quero ver ali essa informação. E isto não quer dizer que de todo não venha para aqui saltar outra vez, até porque quero repetir esta aula.


Alongamentos

Esta aula tem 35:10
Executada aos 2 de Maio de 2020
É boa ideia ter uma toalha para que um dos exercícios resulte melhor. Numa próxima vez, montar todo o tatame.

Executada aos 6 de Maio de 2020
Ainda bem que faço estes apontamentos, assim soube como me preparar melhor.

Lenços

Não é menos ranhosa que tenho estado, não senhoras e senhores, é que tenho estado à espera de esgotar todos os repetidos e só fazer anúncio da estreia de quatro pacotes, quando na verdade (há verdades tão castigadoras, ui) são seis.
Posto isto:
Estreei o das chaveninhas, que em tempos registei assim.

«Tem chávenas e canecas. Dois parzinhos de chávenas, comparando o tamanho das demais presumo que sejam de café, há também uma dessas mas solitária - perfazendo assim três - uma caneca altíssima, duas com pé e chantili no topo - portanto é cappuccino - uma chávena almoçadeira, uma de chá - esta tem até a etiqueta pendurada do bordo, o que indica o repouso da saqueta - uma chávena para meia de leite e , finalmente!, uma caneca normalíssima, banalíssima, digo eu daquelas para beber leite simples ou um belo café com leite. O cenário deste pacote são meros cristais de gelo, em branco.»

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Quarenta e cinco dias.

Dia primeiro, este, de volta ao meu estaminé, depois dos (meus) quarenta e cinco dias de quarentena, muito embora eu tenha vindo ao estaminé por três vezes.
Ulha! Ca xiru! E Lisboa, ó Gina?
Então, está diferente daqueles primeiros dias de pandemia, acerca dos quais fiz anúncio no blogue mas mais cheia de gente, portanto: mais viva.
Bom, a verdade é que é caso para dizer que vim ser grafómana para outro lado.
Fui ver a árvore amarela. Está bastante preenchida de folhas. Filmei-a e tirei-lhe fotos, que ainda não visionei. Lembro-me que a última vez que a vi foi há precisamente quatro semanas, que também lhe tirei fotos, que não as quis mostrar e registei essa falta de vontade no blogue. As árvores da rua mais bonita de Lisboa estão também todas compostas.
O banco hater tinha uma pessoa abancando em si. Hum, distanciamento social – só uma pessoa. Há ainda muitos bancos de rua coma fita sinalizadora a fazer o sinal 'não sentar'.
São agora três e tal da tarde, quando anotei que vim ser grafómana para outro lado, não me tinha ainda apercebido que não tenho tanto tempo assim para escrever.
Nisso de ser grafómana, devo dizer que usei o bloquinho rudimentar durante a quarentena, em casa, ca jeitão deu, na mesma. Na verdade sou grafómana em todos os lugares, au eva, e obviamente, tenho que ter tempo para.
Vendi uma ficha adaptadora brasis/portugais.
A cliente ficou eufórica com o achado. Saiu daqui, não com iupis, mas com gestos amplos e exclamações do tipo «nossa!, não tenho mais que secar meu cabelo com o vento!»
Vendi dois metros de cordão para estore de lâminas.
O cliente dispôs-se a pedir uma quantia que me facilitasse os trocos. Tão querido. «Ah, não é preciso, ora essa» acalmei-o «eu tenho trocos.»
Vendi um cento de luvas à palhaço e um gel desentupidor.
Estes itens vendi-os ao Antunes. Rapou o bigode. Bem que estava a notar-lhe qualquer coisa de esquisito mas, pois está claro, não me ia pôr a perguntar: «Olha, lá, ó Antunes, então...», né? 
O meu colega vendeu um esticador para cortinas.
A cliente esqueceu-se da carteira em cima do balcão. Notei-a, referi o caso ao meu colega e este, agarrando-a, correu para a rua no encalço da cliente e foi bem sucedido.
Dia tumultuado, ena ena.
8979 passos dados hoje. Pois não, não é neste número que mora o tumulto.



quando te dizem 1 'pois não'
concordando contigo e não escondendo o alívio de tu saberes de antemão
mas tu querias era 1 'pois sim'
por dentro dizes-te 1 lamentoso 'oh...'
que não deixas ninguém ver

domingo, 3 de maio de 2020

Esta é a minha faixa de Jiu Jitsu. Podem portanto meter-se comigo. É na boa. Uma faixa deste calibre não consegue desancar ninguém.

Biblió-coisas

Nota prévia:
É a última biblió-coisas. Mesmo. É que, mesmo vindo outra, será ulterior, portanto: esta, de última não passa.

Eis então o livro 'A Oficina dos Escritores', de Francis Amalif, que conta com aforismos. Não vou jogá-lo no contentor dos recicláveis, não vou oferecê-lo, não vou deixá-lo num banco de rua lisboeta. Não. Guardei-o aqui, ao pé de mim, para não esquecer de registar algo. Abri-o e calhou nisto:
«Um sonho é um escrito e muitos escritos não são mais do que sonhos.» 
Dito por Umberto Eco, algures na história da literatura. Primeiro li e não entendi. Depois li e entendi e estendi a mim. Agora li e não tenho nada a dizer.

O abacaxi

Venho para aqui contar da minha facilidade em escolher ananases bons e nunca mais acerto. Lei do pessimismo. Mas tenho-a. Vagar, ponderação. Cada um que ponho no carrinho, cada maravilha ácida e doce na melhor medida. Substituo 'certa' por 'melhor' para não parecer que sei como gostam os outros dos ananases. Cada um sabe de si mas olhem que sou boa a escolher ananases. E acabou a ocnversa... ai perdão, conversa. Este post vai chamar-se ' O abacaxi' porque é de abacaxis que estou a falar. Seja lá como for, a etiqueta do saboroso fruto diz: Fruitpoint Premium Gold Harvest Pineapples have a seet tropical taste. Ready to eat. Product of Costa Rica. Store in a cool and dry place after cuting. O meu, depois de cortado, ficou no prato onde já descansava quando inteiro, e o prato em cima do móvel da cozinha. Depois, falo agora da etiqueta, há o mesmo em francês, espanhol e alemão. Cortado é coupure, cortada e schneiden, respectivamente.

Orgânico

Há dias descobri que as mensagens de voz do WhatsApp afinal não são tão irreversíveis assim. Aliás, nem está uma palavra bem escolhida - irreversíveis - porque desaparecem, portanto: reverter o quê, né? Aqueles áudios que às vezes mando para os meus contactos, são ainda mais orgânicos do que supus. É mesmo lançar conversa fora. Tipo o que dizemos presencialmente. Dissipa-se, é tal e qual. Adeus. Já as mensagens escritas, lá estão. Todas.

Sonho

Sonhei que tinha retomado a minha vida laboral lá em casa dos bichos-gato. Entrei e era Kit à porta, aguardando - comportamento de cão mas a ser gato, como eu costumo dizer - e era Kat no cimo do armário, a disfarçar o receio que ainda tem de mim. Tudo igual. Bom, joguei-me ao trabalho e fui notando que a casa permanecia no seu costume, quais chãos novos e roupeiros e armários da cozinha, quais quê. Nada. Tudo igual. No fim telefonei para a senhora a contar a minha admiração de encontrar tudo igual, mas, se sonhei com a reação dela, então não ficou cá nada.

Dia da Mãe (não era preciso dizerem na Rádio)




Já que o filtro do Snapchat é tão mas tão ilusório, deixei-me estar de óculos,
que assim sempre pareço mais mãe de pessoas que já são adultas há uma data de anos.

Ah, e feliz Dia da Mãe. Ó Gina, já ligaste para a tua mãe? Já pois. Diz que está como o costume: «para aqui estou, como o costume», diz.

sábado, 2 de maio de 2020

Simultaneidade

Esta noite senti frio e calor ao mesmo tempo. É uma sensação que não tem um modo mui belo de ser explicada e só consegue entender-se se não for, precisamente, explicada. É noite, agora. Hum.

Creme de rosto

Creme de rosto, aquele que tem ouro em si, acabou. Tem ouro, mas é poucochinho, um por cento. É tão giro pensar que um creme tem ouro na sua composição. Sim, se calhar é mentira, mas, focando a ideia, é gira. Este boião tem cerca de um ano de permanência cá em casa. Sim, durou muito. Durou muito porque o usei intervaladamente. Sou dessas. Ai, agora um muita bom. Ai, agora um baratinho. Ai, agora aqueloutro.


alteração posterior à publicação:
então não é que no post linkado escrevi também aqueloutro?!
caraças, pá, eu ia fazer uma piadola com o aqueloutro deste mesmo post,
que só por conter semelhante vocábulo e o ter adicionado ao texto era tão giro como o próprio post e afinal...
(ia fazer mas desisti e depois é como se está a ver)

Gina, a mulher que tem a mania que sabe coisas de bolos.

Gina, fica o aviso.
Se ao leres a receita concluis que o peso da farinha te parece em poucochinho para o número de ovos e antevês uma massa líquida, lembra-te: são brownies, e brownies são quadrados de massa muito húmida. O rácio, sendo outro, não ia dar brownies, não.
Gina avisa que vai escrever o resto do post como Gina.
O que vale é que não fiz caso de mim própria e obedeci à receita, que, bai da uei, nem era de vez primeira de a fazer nem nada.

A sala

E eis a sala toda limpinha. Todinha. Mas assim mesmo mesmo mesmo a fundo. Louças e bibelôs e quadros e cimos de móveis e candeeiro e mais o camandro. Está até uma parte das louças barra bibelôs a lavar na máquina neste preciso momento. Homessa, é de nada.

escolher caixas e mudá-las
coser argolas cortinado
limpar restos tinta roupeiro
limpar janelas quarto azul
limpar portas cozinha
limpar portadas sala
limpar portas sala
limpar sala (profundamente)
reorganizar despensa (mais: limpar)
limpar móvel cozinha (mais: lavar cestos)
encaixotar cadernos X*
*terei que adiar, falta-me as caixas

A lista acima requer actualização. A ver se cuido dela em duas frentes - na execução dos trabalhos e na actualização das rasuras.

Post atrasado

Ontem, logo pela manhã, uma das notificações do meu telefone era acerca do álbum que um artista (Ronan não sei quê, sorry pal, mas tu sequer conheces qualquer um dos meus nomes, vai daí...) acabara de lançar. Não é habitual que este tipo de notificação me chegue mas, quando chega, levada pela curiosidade, ouço. Cliquei e soou uma canção que acabei por ouvir durante escassos segundos, que logo fui fazer o sumo de laranja e esta tarefa é barulhenta que se farta. Terminada a tarefa, a canção chegava ao fim. Desisti de mais coisas relacionadas com esta aparição e esqueci isto tudo. À noite recebi uma notificação que me relembrou disto tudo, queriam saber se eu havia gostado do ouvido (Particípio Passado do verbo 'ouvir'). Pois que não sei, né? Os poucos segundos não chegaram para conclusão alguma. Mas não foi preciso sair de mansinho, havia um quadradinho chamado 'não sei'. Cliquei aí, sentindo-me uma pessoa presente e assente e conforme os requisitos. Mais: feliz. Costumo pensar e até escrever que o meu blogue é o único lugar onde posso não saber coisas. Ora esta questiúncula veio estender essa minha ideia, se não a toda a Internet, pelo menos a parte.

Online

HIIT

Esta aula tem 21:30
Executada aos 30 de Abril de 2020
Esta aula pode, e deve, ser dobrada. Se, e quando presencial, seria-o. Porém, neste primeiro dia, não a dobrei. Preguiça.

Executada em 1 de Maio de 2020
Percebi que a aula não é para ser dobrada, estes exercícios são intensos e, ademais, as pausas de um minuto por entre séries não aparecem no filme, por isso a aula tem pouco mais de vinte minutos, quando, se respeitadas essas pausas, o total de tempo seria - não duvido - de trinta minutos, como é, aliás, costume.



Pilates

Esta aula tem 41:45
Executada aos 2 de Maio de 2020
No exercício da foca, no qual se tem que abraçar os pés, a Rita observou que 'por enquanto, ainda podemos abraçar os nossos pés'.
Esta é a aula II, contudo, não percebi se é II de nível ou de segunda aula da mesma modalidade e com a mesma professora. Para concluir coisas, bastaria repetir a aula I, pois claro, o que concretizarei daqui a dias. Pelo menos conto com isso.

E hoje retratámos...

Uma destas. E este ano ainda não tinha calhado uma destas.





Uma papoila. A parecer que tem uma saia nas pétalas de baixo. Cresceram tanto que o peso fez uma saia.





Uma destas. É de referir que o muro da esquerda é o que tem as estrelinhas que referi no outro dia.





Post a modos que continuado daqui e daí mais links há para seguir, todos dentro do mesmo assunto.

Hibisco

sexta-feira, 1 de maio de 2020

(E porque não) Loures, Loures (?)

Assim, tal e qual como 'Lisboa, Lisboa'. Há meses que tenho vontade disso, porque há perpectivas ou coisas ou momentos, que são mesmo lourenses. Só não vai é ter etiqueta. Para já, não.






Por curiosidade, fui ver qual o último post intitulado 'Lisboa, Lisboa', e foi aos 16 de Março último (aqui) e tem esta foto:







E dizia eu assim, falando já do vírus do momento e, oh vejam lá, falando também de um quente lugar de Lisboa:

Andei por aí, ostentando esta tez saudável com o destemor que me é característico em situações de risco um tanto ou quanto invisível. Lisboa está deserta, oh porra, se está. É que nem Agosto parece, falta-lhe, para já, o calor, para depois, sei lá. A foto abaixo parece até bem quentinha, e foi tirada numa hora quente, numa rua quente, mas não estava calor nenhum.

Os sítios

Há dois sítios em Loures que são quentes, mesmo que no pino do Inverno. Há um típico clima lourense, ou de toda a saloiada, que é seco e não bole lá vento nenhum. Daí o calor, e mesmo que no pino do Inverno, repeti. 

O abacate

E não é que já comi um abacate caído do abacateiro que mais vezes entrou no blogue? Bom, na verdade nunca entrou mais nenhum, mas. O sabor não é igual aos que ocmpro... ai perdão, compro, tudo bem que tem gordura e escorrega aos bués ao ser preparado, tudo bem que a macieza é igual, mas, de aspecto, tem muitas nódoas negras na chicha e há, ali por alturas da toma do paladar do dito, um certo acre que os de prateleira não têm. Ainda assim, caiam mais e que a gente os veja no chão.

Diferentemente




Desta vez não há sol desconstruído, tampouco filtro desta maneira e, ou, daquela, apenas me dispus a endireitar a fotografia e a cortá-la um pouco para a centrar. Ah, e também me dispus a rodá-la até ao seu contrário. Sei lá por que caso ou figura, sempre que as fotos são verticais, o motivo de interesse aparece-me de pernas para o ar - neste caso de antena para baixo, daí o rodar. Agora que escrevo, penso que só pode ser por um motivo, é que coloco a lente do telefone na mão errada. Claro que isto é tudo muito problemático e dificílimo de resolver. Estava a ser irónica, é, obviamente, simplezinho de entender.
Posto isto:
Juntei o pirilampo. As partezinhas todas. Todinhas. - Olhas para onde, pirilampo? - Perguntei. - Para o abacateiro - respondeu ele. (que alegria tive)

Loures, 1 de m(M)aio de 2020

E entra maio. O Maio. Em Abril, metade dos dias foi de pantufas.