1° episódio
O Berlim, acho que, é maricas.
O Professor mantém o tique de subir os óculos com o dedo médio, bem como o drama nos ombros e determinação na voz. É uma combinação estranha, é, por isso tão atraente. O dedo sobe-lhe os óculos se surge algum contratempo e, porque surge, é subi-los, a ver se o caso se deslinda só com o gesto. Mas não. Óbvio.
A Tóquio é ainda triste.
A Nairobi é ainda desempoeirada.
O Rio é ainda um menino.
O Denver é ainda um gaiato.
O Helsínquia é ainda tolo.
A Lisboa afinal é a inspectora. Digo afinal porque julgo que o nome dela não era esse nas temporadas anteriores.
A trama começa quando cai um fruto (vamos pensar que foi um coco) ao lado da cama de rede onde Tóquio relaxava das tumultuosas vivências anteriores. O coco faz-lhe acontecer assim como que uma vontade irresistível de regressar ao tumulto e depois a coisa não corre lá muito bem, o que é esperável, pois, quando não, o mundo estacaria.
2° episódio
O Berlim é mesmo! maricas e morreu mesmo! O modo de ele aparecer ainda no ecrã é andar com a história para trás, quero eu dizer que se vai buscar circunstâncias de quando ainda nem era a temporada 1, era a 0... Ou a 00, vá.
O Palermo era o gajo do Berlim e o Berlim era irmão do Professor.
O Palermo aparece agora no comando da operação, tal como fazia Berlim. Estou descontente com esta semelhança. É certo que as falas daquele são mais másculas, bem longe da sedutora maneira de ser deste, mas pronto, assemelham-se e não gosto.
3° episódio
O Rio é torturado por uma inspectora que está no fim da gravidez. Nem sempre é fofinha por completo, muito embora a barriguinha plante muita fofura no meu coração à força. Mas olhem que não, 'migos, olhem que não.
A Nairobi trouxe com ela duas barras de ouro, isto aquando da incursão ao cofre mais cofre de Espanha. Foi após o melhor soldador do mundo, o Bogotá, ter conseguido romper uma parede com 14 centímetros (salvaguardo possível erro numérico) de espessura com um maçarico. Que lindo cilindro de fogo se viu no ecrã, resvalando para dentro do tal cofre, que ao momento era já uma piscina por obra da invasão de propriedade que fez actuar essa medida de segurança. E era para morrer tudo afogado. Só que não. Nairobi atirou-se à piscina e trouxe de lá o que eu já disse que trouxe mas não sem antes ajudar o Bogotá. Ficaram lá ainda umas quantas barras de ouro, que conto ver nos próximos episódios. Conseguem uma visão irreal, quase de brincar, pela ilógica, todas empilhadas, alinhadas, perfeitamente distribuídas. Douradíssimas. Contrastam com o corropio do assalto que é feito por pessoas de boa índole. É ficção, penso eu num repente. Mas não, conheço alguns bons malandros.
4º episódio
A canção de abertura continua a ser 'ai dom quéréró, ai éme lóssete'. Há também referência ao canto gregoriano em alguns diálogos e uma outra canção a querer como que substituir aquela que o Berlim cantava com tanto gosto. Quero eu dizer quando estava vivo e aquando das temporadas anteriores, pois claro.
O Arturito está revisto no personagem Miguel, no tolo temor. É igual. Eu, que destas merdas de séries e assim não percebo porra nenhuma, tenho contudo uma opiniãozinha, que é a seguinte: os argumentistas quiseram igualar certas cenas e características dos personagens para agarrar esta história à anterior. Creio firmemente que quando há um reconhecimento, há companheirismo porque a gente se une no que conhece comummente, há vitória porque … não sei, é tipo assim uma coisa conseguida, vá.
O Arturito, por falar nele, agora dá palestras de autoajuda ou coisa no género. Enfim, ficar sem a Mónica foi no que deu, deu a volta dedicando-se a algo intenso e preenchedor, como palestrar. Ao menos o homem tem companhia, que aquilo é um mar de gente que aparece para o ouvir e se alegrar com a aprendizagem de como sair vencedor disto ou daquilo e ainda de outras coisas.
A Mónica, por falar nela, não fixei ainda qual a cidade que lhe calhou em nome. Quem sabe num próximo episódio trate disso, que está a fazer-me muita falta. A mim, ao blogue, à blogosfera, enfim, ao mundo.
O Bogotá teve uma conversa interessante com o Denver, expondo a ideia de que os homens, quando chegados à paternidade, sendo imperfeitos é continuar a sê-lo, emendarem-se de nada servirá e, mesmo sendo bandidos, é prosseguir no mesmo registo, pois que isso de alterar hábitos intrínsecos fará de pais (e mães! claro! como não, né?) pessoas infelizes ao ponto de serem incapazes de o ser, mas em bem e bom. Bogotá é que disse. E Nairobi rebateu com algo no género disto: 'tens que escrever um livro de autoajuda'. Ah ah. Teve um piadão.
5° episódio
Começa com o presidente do Banco estendido no chão. É murro que já havia levado no episódio anterior e Denver foi quem lho aplicou, e tão fortemente o fez que o presidente pumba, caiu desmaiado. Depois foi todo um reboliço para acordar o homem, uma vez que era preciso o desgraçado revelar uma senha (ou duas, sei lá) para entrar no cofre. O reboliço deu finalmente fruto e o homem recuperou, mediante entubamentos por onde eram administradas poderosíssimas substâncias, tipo assim ao nível do ânimo. Recuperou em mau estado, é certo, mas vivo e acordado. Só não sei é como nem por quê as senhas já não foram precisas. Quero eu dizer necessárias, ah ah. Ou então não me ficou a cena na memória, que eu cá só sei do que tenho memória e mais não sei o quê.
Fala-se muito de sexo nesta temporada, não há cenas disso mas há vibrações sensuais pra caraças. Numa das conversas existiu até uma expressão gira: 'bum bum, ciao', que significa o sexo puro e animalesco, à homem, vá, tendo sido também referido que à mulher não é dado este tipo de sexo, uma vez que lhe assiste principalmente, ou somente, vá, a procriação, nada de prazeres puramente carnais, ora porra mas que é lá isso.
Bom, não discordo, os homens são umas bestas, e as mulheres também.
Prosseguindo.
Estou ligeiramente confusa relativamente ao episódio que deixei a meio, se foi o 6° ou o 7°. Se foi o 6° está explicado por que é que não me lembro de mais nada, se foi o 7° resta o lamento, e lamento bastante. Mas o 5° (ou 6° ou 7°, não malembra) tem mais coisinhas, como, por exemplo, o desempanamento da carrinha ultra equipada do Professor e da Lisboa. Então não é que estavam a ser perseguidos? Oh! Ca coisa estranha, né? Bom, o certo é que empanaram o veículo numa poça enlameada e dali só saíram com a ajuda de la Guardia Civil, não sem antes o senhor agente, com montes e montes de desconfiança, diga-se, ter espiolhado o seu interior, procurando notas e ou evidências de coisas fora da lei. Porém, não encontrando, foi convencido por locais a ajudar o Professor e a Lisboa a desempanarem então o veículo. Resta dizer desta cena que, aquando da empanagem, os já ditos locais foram aparecendo e alguns reconheceram o Professor e a Lisboa, mas nada de medos ou assim, antes admiração e amizade, afinal estes assaltantes possuem uma aura muito ao jeito do Robin dos Bosques, que, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, angaria fortunas, o que é bem diferente de roubar, que posteriormente distribui pelos desfavorecidos, o que é bem diferente de pobres.
6º episódio
Olhem, é assim, afinal vi o 6º episódio todo todo todo. Desconfio até que no post do 5º episódio misturei os dois espisódios, de maneiras que alguma coisita devo ter registado do 6º episódio julgando ser do 5º. Obviamente isso pouco me importa, só quero que fique notado no presente, com prespectiva num futuro conhecedor destas circunstâncias (eiche! ca poesia mai linda!).
7º episódio
O Rio e o Artur entraram no Banco de Espanha. O Rio porque foi resgatado, o Artur porque viu a porta aberta e entrou numa de rever a Estocolmo. Muito bem apanhada esta alcunha, Estocolmo, digo isto á conta do síndrome de Estocolmo que, a grosso modo, designa mui bien lo que dicen: 'quanto mais me bates mais gosto de ti', pois, como se sabe, a Mónica... Bem. Lá se encontrou com Arturito pero no passou nada. Nada. Ele deu-lhe com os pés. Então e que mais do 7º episódio? Pues que no lo sé, por no lo recuerdar.
8º episódio
O 8º episódio é o último desta temporada,q ue é a 3, e é uma grandessíssima merda. Digo isto porque de verdad es que se acaba, pues que no. Fica tudo suspenso, nem os ladrões são presos, nem la Guardia Civil é enganada até ao fim, a bem da fuga dos ladrões. A dita agente que está grávida lá anda, de chupa-chupa na boca, lambendo como e quando lhe convém, a fazer a glicémia disparar quando for fazer aqueles exames de gravidez. Mas lá que sabe muito bem o que fazer para atrapalhar a vida dos assaltantes (ai esperem lá, tenho estado a chamar ladrões e é assaltantes... qual é a diferença? ora, vocês sabem, os assaltantes são pessoas que assaltam, não roubam, é a! cabeça que desmonta a trama dos ladrões. A dada altura deixa um urso à porta do Banco de Espanha, azul, digo o urso, que pertence ao niño de Nairobi, que obviamente reconhece o brinquedo. Puseram lá dentro um telemóvel que começa a tocar quando Nairobi o apanha do chão e que fica portanto siderada, não sendo nada comum nela, e de repente baum!, é alvejada. Lisboa também é alvejada... Mas afinal não. Foi assim: em certa altura, ela e o Professor abandonaram a carrinha porque estavam na galopante iminência de serem encontrados por la Guardia Civil. Equipados até ao cu intentaram esconder-se nas copas das árvores (sim, esconder nas copas das árvores) só por dizer que Lisboa não deu a subida feita, portanto foi esconder-se num celeiro mal cheiroso e de vez em quando ela e o Professor iam falando por (presumo que) rádio (pois que telemóvel não devia ser, uma vez que as ondas são facilmente detectáveis). Entretanto dava-se o espectáculo no Banco de Espanha, havia toda uma encenação em termos de sons que indicavam aos agentes que eles estava efectivamente em fuga, só que não, na parte de parecer que vinha mesmo aí, saídos A´rua vindos de um túnel, pumba! era um furão com um ship no lombo. Caramba, que ideias fantásticas que os robines dos bosques têm, pá! Bom, para 'alvejar' Lisboa, foi usado exactamente o mesmo método, o agente, empunhando uma arma, fingiu que a alvejou, pero es que no.
Termina então esta porra do modo menso terminado que há, fica-.se assim, o Professor em grande sofrimento por saber a sua amada morta, a sua amada algemada, a Nairobi à morte, o Rio e a Tóquio a curtir a solidão porque entretanto acabaram o namoro (não cheguei a contar essa parte), o Helsínquia tolinho, o Denver deveras agitado, a Estocolmo aparentemente calma, o Palermo ainda com feridas na cara e olhos (não cheguei a contar essa parte) . E pronto, aquela porra acabou mas foi o caraças, isto é para a gente ficar a pensar e a desejá-los até que tornem de lá, da ficção. Ah, o genérico final é com a canção de abertura a ser cantada pelo Berlim- ai dom quéréró, ai éme lóssete. Oh porra pá atão não é que não deixam o homem morrer?!
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