segunda-feira, 19 de março de 2018

Ser feliz é igual a não pedir para ser coisas


A tristeza que afinal de mim parte

Marió pediu-me que materializasse a tristeza. Fi-lo com uma árvore. Grande, nua, à chuva, ao vento. Lembrei-me da árvore amarela, pois foi, que agora está triste e sozinha e com um ar invernoso e escura e húmida, na verdade: molhada. Acrescentei rapidamente que a árvore não está triste nem sozinha, eu é que a vejo assim, além disso, não tarda ela enche-se de folhinhas e daí nasce alegria. 

Hoje é o último dia deste inverno. Dizem.

Mulher dos passos


Dá-se mil e quinhentos passos para limpar uma casa com sessenta metros quadrados.

Caderno tipo mais ou menos novo ou coisa assim

Tenho um caderno, há nove ou dez anos, alusivo ao verão 2008, o que não significa que o tenha comprado nesse verão, quiçá no inverno seguinte ou assim, daí o nove e o dez. Tem ficado em casa, na caixa, na gaveta, na pilha, consoante eu mudo o meu rol de cadernos vazios, meio vazios, meio cheios, cheios, que eu cá sou mulher de mudar o sítio às coisas consoante me dá o apetite. Pois. É então este o meu caderno novo, ou meio usado, vá, que ando agora a preencher com as minhas coisinhazinhas. A capa é gira que se farta, tem uma boneca com um rabo de cavalo no alto da cabeça, enverga a little black dress, um colar de pérolas com cinco voltas enfeita-lhe o pescoço, óculos de sol, pochette e flute acabada de abastecer. Sei-o porque o líquido vem quase até ao bordo. Está sentada numa cadeira almofadada, pernoca traçada, so cute, very elegant. Para mais e para o final, transcrevo as frases que lá se leem:


Où allons nous?
Collecions 08
Élégance pratique
35 modèles weekend et plein air
le coton au soleil

Paris
ses couturiers
ses idées
ses hommes
ses nuits

Lisboa, 19 de março de 2018

Estava a precisar de sair do estaminé, dar uma volta e tal, e vai que me decidi pelo passeio de sempre.
Estou para aqui a pensar: porque não publicar, finalmente, as fotos do estojo metálico? Ora bem, trato já disso:





14/03/2017 - 21/03/2017 - 28/03/2017








05/04/2017 - 30/05/2017






08/08/2017 - 22/08/2017





08/11/2017




Ó pá, ainda não vos disse que quando me lembrei de, finalmente, publicar as fotos estava no lugar da musa. A escrever. Coisas. E parei.

domingo, 18 de março de 2018

sábado, 17 de março de 2018

Cogumelos com terra
Cogumelos sem terra

O nepalês da frutaria queixa-se-me:

Pissoas diz com téra multo bom, frêsseco, frêsseco
Pissoas diz sem téra, assim não sujar tudo

(difícil agradar à clientela portuguesa, né 'migo?)


Jantar: risoto com o que há em casa


farinheira, bacon, cogumelos, funcho, cenoura

O melhor de tudo é que não sou eu a fazer. É bom que se farta comer o que não preparei. É, é.
Querido, podes ficar com os tachos!
(hum, não, ele não quer)

É como o meu bicho-cão:

... se a gente se mostra triste, vem lamber
... se estamos felicíssimos, vem lamber
... se nos apresentamos calados, vem lamber
... se falamos com entusiasmo, vem lamber

Tudo isto, não propriamente quando estamos a interagir com ela. Sim, o meu bicho-cão é uma cadela, Olívia, de seu nome.

quinta-feira, 15 de março de 2018

(olhem, sabem que mais?, tenho saudades do meu expor copioso)

O dia hoje foi uma maravilha,

visto que comprei, finalmente!, as agulhas para a máquina de costura
(quer isto dizer que já posso ir ver a nova coleção de tecidos)

visto que terminei, finalmente!, de expor as chaves e os porta-chaves no estaminé
(sei que isto não vos diz muito, mas pronto, foi uma empreitada do caraças, vá)

quarta-feira, 14 de março de 2018

bâlu

ainda fico mas é amarela

sumo de laranja
cenouras estufadas com farinheira
ovo escalfado
laranjas com gengibre
queques de laranja

post amarelo



is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís


is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís


is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís


is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís


is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís


is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís is pimiísís fiínhis imiíís

terça-feira, 13 de março de 2018

Colorau

Não sou mulher de colorau. Esforcei-me por sê-lo, ainda uma outra vez, tanto que comprei um frasquinho, mas não dá. Quando cheiro o pó, cheira-me bem, agrada-me, mas cozinhá-lo, não. Prefiro tomate desidratado, sabem?, aquele tomate engelhado, que vem no saquinho, simples, ou no frasco, mergulhado em azeite. Gosto de ambos, nem sei que critérios uso, para adicionar um ou outro aos meus cozinhados, quantas vezes a escolha se baseia no que há na despensa, quando só lá está um dos tipos. O cheiro dos tomates desidratados é muito semelhante ao colorau, mas depois de cozinhado, não, adquire um fumado que não me agrada.

Receitas aparecidas

No estaminé, apareceu-me um apanhado de receitas escritas à mão, mas sobre as quais lamento não ter interesse. São receitas de uma torta de nozes com doce de ovos, um bolo de bolacha que sei de cor, uma mousse de ananás de fazer à pressão e uma parcamente manuscrita. A bem dizer, tenho alguma curiosidade sobre esta última, cresceu-me agora mesmo o interesse, quando vim inspecioná-la outra vez, por modo a construir este post. É, acho que este papelinho, que não é dos meus, vou guardá-lo e arriscar fazer um bolo que leva quatrocentos gramas de farinha para três ovos. Parece-me pouco, se ademais nem leva qualquer tipo de gordura. Mas quem sabe, né? Saindo-me seco à brava, guardo-o para bolinhas de bolo, aquelas do palito, enfeitadas com continhas de cores.

Post farináceo

Ah... Pois! Aqueles bolos de arroz da padaria! Só que pequerruchos... (e desta vez há fotos! quatro! quatro fotos! enormes! fantásticas!)





Bolos de Arroz

150 gramas de açúcar branco
180 gramas de manteiga amolecida
3 ovos
100 mililitros de leite
100 gramas de farinha de arroz
150 gramas de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó

Bater a manteiga com o açúcar até esbranquiçar.
Juntar os ovos, um a um, batendo.
Peneirar as farinhas e o fermento e juntar à massa.
Deitar o leite e mexer até estar tudo ligado.
Forrar forminhas de aro (ou meras formas de queque, ou improvisadas, copiei o improviso e a receita daqui) com tiras de papel vegetal e deitar pequenas quantidades de massa. Cobrir os bolinhos com açúcar branco e levar ao forno durante 20 minutos.

Post cítrico

Desta receita, que fiz apenas uma vez e me saiu bem pra caraças, à semelhança do post anterior, também não tenho fotos, mas carrego comigo a receita há semanas, num papelinho cá dos meus, onde a apontei parcamente e agora desenvolvo tipo assim um bocadinho. Ó pra ela:

Creme de Limão (é o conhecido Lemon Curd, é)

2 limões, raspa e sumo
170 gramas de açúcar branco
2 ovos
70 gramas de manteiga fria

Numa taça que aguente calor, colocar a raspa e o sumo dos limões, o açúcar e os ovos.
Misturar e levar a banho-maria até engrossar, sem parar de mexer.
Desligar o lume, juntar a manteiga aos cubinhos e mexer até que derreta.
Deitar num frasco coando por um passador.
Levar ao frigorífico. Aguenta duas a três semanas.

Nota: receita retirada daqui.