quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Lançamento

Diz que um problema que a gente tenha, sendo resolvido, não mais a nossa vida se nos mostrará como outrora, ainda que aos outros pareçamos iguais, tipo assim como a pedra que se lança ao charco e mais não sei o quê.
Mas isto não tem nada a ver.
Isto é que tem.
Há o charco e há a pedra e a vontade de a atirar à água, o que acontece é que o mergulho da pedra resulta em círculos perfeitinhos que cessam segundos ou minutos depois. Aí é que está, cessa o movimento, o charco volta à anterior aparência, mas a pedra fica lá depositada, logo: o charco já não é o mesmo, ainda que apaziguado. A pedra está lá, 'migos, a pedra está lá, o charco já não é o mesmo.
Eu cá fez-me lembrar aquelas vezes em que abro este documento onde escrevo. Sério. Muitas vezes não escrevo cá nada e se o quero fechar lá vem a perguntinha 'guardar as modificações?'. Mas quais modificações, pá?! E eu lá mexi no documento, ora essa! Será que mexi e não em lembro...? E vai que, numa de me provar coisas parvas, um dia desses experimentei clicar na tecla do espaço e seguidamente desfazer esse espaço, deixando portanto o documento igual ao que estava. Só que não, nada disso. Ou seja, o programa de escrita pergunta se quero as modificações, quando afinal de contas modificação nenhuma lhe fiz, não é. É. Mas mexi-lhe, toquei-lhe, faz de conta que lancei a pedra ao charco, faz de conta que fez uns círculos pequerruchos, faz de conta que estacou e voltou a ter a aparência anterior. É a pedra dos escritos do blogue. Pedra filosofal, não é. Não. Ah ah.


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