quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Estou sem roupa

Estou sem roupa. Ah ah. Não estou nada, mas quero um casaco diferente para andar aqui no estaminé, que este que tenho agora é por vezes quente demais e a bem dizer não me serve. Quero dizer: serve, vá, serve, mas é casaco para usar abotoado, e se o abotoo prende-me os movimentos. E se o desabotoo, que afinal de contas ando sempre assim, abre-se demasiado e ando sempre a roçar com os braços no fecho. Pronto, a minha vida é complicadíssima, bem sei. Então ontem andei a ver nos saldos se encontrava alguma coisa. Bom, preciso dum casaco que:
• abotoe sem me sentir a oitava salsicha duma lata para apenas seis
• seja duma altura pra me chegar somente até ao quadril, nada mais que isso
• tenha uma cor viva, ou não muito escura, vá, isto para eu não parecer a velha da alameda, e também me convém que seja uma cor que 'aguente' poeirada e resíduos de ferrugem e óleo durante duas a três semanas, isto para eu não parecer a velha porca da alameda
• tenha um preço baratinho, porque uma vez que não sou da alameda, sou pobre pra caraças
Ontem vesti um amarelo, assim da cor da mostarda, sabem, com um preço daqueles em que basta uma nota mais ou menos cor-de-rosinha para o pagar, com fecho, com dois bolsos, mas pequenos. Só que não o trouxe. Mas entretanto estou arrependida, era o casaco ideal. A cor é alegre, aguenta poeira e quês, abotoa na perfeição, não me sinto a tal salsicha, é barato. Daqui a nada vou lá buscá-lo. Creio eu.

Posta-restante:
... O casaco tem capuz, já nem me lembrava que esse foi um dos motivos para não o ter comprado logo ontem.

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