quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Chove em Lisboa

Há uma série de dias que Lisboa se mantém debaixo de chuva. Umas vezes chove que se farta, outras chove assim-assim. Umas vezes levanta-se um vento raivoso, outras corre ligeiro mas incomodativo. Geralmente a chuva não me aflige por aí além. Sério. A mim chateia-me sobremodo o frio, não a chuva. Ah, mas isso é porque tu não andas na rua! Ouço eu dizer invariavelmente sempre que me ponho com esta conversa. Ora, vão mas é à merda, deve haver poucas pessoas que trabalhem cobertas e se descubram tantas vezes ao dia e durante tanto tempo como eu. Ora então, para visitar o lugar escondido tenho de percorrer metade da rua, logicamente não levo chapéu-de-chuva, homessa, vou carregada e carregada venho, o abrir da porta é um verdadeiro suplício para quem não gosta de levar com água (fria, note bem: fria) na pinha e nos braços, que há ali umas goteiras, oh céus, que grossas, e enquanto abro e não abro a porra da porta eis que me encharco praticamente toda. Ah, e não, não posso esperar que a chuva passe, quantas vezes lá vou buscar coisas de urgência, algum cliente que quer porque quer agora e já isto ou aquilo e obviamente não o vou deixar ir embora sem ser servido, nos intervalos (o grande e o pequeno) percorro ruas e avenidas de Lisboa independentemente do tamanho dos pingos da chuva, da força do vento, se cai granizo. Nunca paro, avanço sempre, dando cabo dos chapéus-de-chuva, que torno a usar, mesmo que estejam todos torcidos, desde que se abram e se fechem, para mim está ótimo. Depois há o outro facto, o fulcro deste post, é que eu não me importo esteja a chover e o caneco, ando de livre vontade à chuva. Pois.

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