segunda-feira, 30 de abril de 2018

Estaminé(s)

Foi aos trinta e um de março último que entrei pela última vez no estaminé, que estava, pasme-se, completamente vazio. É incrível como havendo tanto ar à minha volta, lhe senti a falta. Há no vazio o poder de sugar. Bom, adiante.
Do velho estaminé trouxemos até este o maior balcão que por lá havia. Tem quase três metros de comprimento por cerca de meio metro de largura e é coberto por uma pedra que obviamente acompanha mais ou menos esse tamanho. Pesada pra caraças, que o diga o meu colega e o rico filho. Esse balcão é lindo, antiquíssimo e em bom, ainda que velho que se farta, e ao depois de lavado e abrilhantado com óleo de cedro ficou com bom aspeto. No velho estaminé o balcão encontrava-se escondido por material, não porque eu quisesse tapá-lo mas porque era assim que tinha que ser. Acresce que o dito tem uma exposição enorme, que era obviamente desperdiçada aquando da sua permanência no velho estaminé. Mas aqui não, aqui o balcão brilha, com o tempo tenho-o recheado de artigos que por acaso, oh vejam lá, são coloridos e vistosos. É um mete e tira pá! Aquelas prateleiras conhecem ao momento mini-tintas, corantes, funis, ambientadores, desumidificadores, fitas ende soû óne...

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