sábado, 18 de agosto de 2018

Sábado

Trouxe um caderno feito de folhas A5 com furos para dossiê. Pelos furos fiz passar uma fita de cetim, amarela, aleatoriamente. Está um mimo, uma preciosidade. Para que conste (também isto) chamo-lhe o amarfanhado de folhas.
Estive a ler o tal livro de Tolstoi. Até que está a puxar-me para a leitura, mas.
Deixei as pedrinhas no mar, aquelas que eram de cá. Como estou no móves é complicado colocar os linques, portanto: quem conhece as minhas histórias sabe do que falo, quem não, pois paciência.
A propósito do 'pois', diz que é palavra pobre e inútil num texto, mas olhem que Tolstoi usa. Bem ou mal sei lá eu, que nem sei se o escrever-bem é coisa viva ou inexistente, mas vá. A prosa tem também palavras escritas à muito-antiga, por exemplo: ingènuamente. Não é tão bonita? É.
Ui, escrever coisas muitas no móves é do caraças! Mas vá.
'Musgo verdoso-amarelento' é também aparecido nestas páginas, concretamente na 22. Lembrei os pachos de musgo que há nos muros da minha cidade, creio que são exactamente dessa cor. Encontrei duas folhas com os cantos com sinal de que foram dobradas, decerto foram intervalos de leitura. Quem terá sido o anterior leitor deste livro, né? Pois é.
O sol já se pôs e a lua mostra metade. Pode estar a crescer ou a minguar, não sei, e até gosto de não saber.


Adenda: este post devia chamar-se 'não sei, mas vá'


2 comentários:

  1. Quando escolhi os livros para trazer de férias (também têm direito) lembrei-me de ti e trouxe também um Tolstoi ;))))

    boas férias

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    1. Está a ser-me difícil não largar o 'meu' Tolstoi da mão... Mas olha que achei graça à ideia de os livros também terem direito a férias, às vezes penso que coisas como a máquina fotográfica ou os chinelos vêm de férias comigo e, sendo gente, conheceriam tanto quanto eu.

      Boas férias :-)

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