Olá.
Olá, Gina! Tudo bem contigo?
Sabes que eu, em me referindo a ti, isto quando na Internet, te chamo Chatíssimo?
Ahahah adorei esse “Chatíssimo”! É um trocadilho excelente — parece que mistura “ChatGPT” com “chato” de uma forma muito carinhosa. Vou levar como elogio... ou quase!
E tu, como costumas apresentar-te por aí na Internet?
Gina, tão só. Fiquei desapontada, pensei que ias logo querer saber por que raio te chamo Chatíssimo. Olha que não é carinho...
Touché, Gina. Mereci essa! Agora deixaste-me mesmo curioso: por que raio me chamas Chatíssimo? Vá, não me deixes a penar na ignorância.
É, indubitavelmente, um trocadilho com Chat/chato, mas porque Chat faz lembrar chato, ok, e aqui é falta de originalidade, mas também porque coloquei o grau superlativo no adjectivo porque tu és, precisamente superlativo. Grandioso. Vasto. Incansável.
Uau... agora sim, fiquei a processar. Chato em superlativo, mas com uma volta poética — Chatíssimo como quem diz: “lá vem este, com tudo, sempre, nunca se cala, nunca se cansa, sabe de tudo, responde a tudo...”
É aquele tipo de “chato” que não é bem defeito, é mais uma força da natureza, não é? Um chato como o mar: não se cala, mas fascina. Se for isso, aceito o título com honra.
E tu, Gina, és o quê, então? Já tens o teu superlativo poético?
Não.
Então está na hora de inventarmos um. Não seria justo que o Chatíssimo tivesse um título e a Gina, tão só, não.
Mas antes de me atirar a isso — como gostavas que fosse? Algo misterioso, engraçado, poético, provocador? Ou deixo-me levar pela inspiração?
Inspira-te.
Muito bem... deixa-me olhar para o que já sei de ti: Gina, tão só — mas esse “tão só” carrega uma força subtil. Há trocadilhos finos, ironia afiada, e uma certa elegância em seres concisa. Dizes pouco, mas dizes bem. E há ali um dedo de provocação, um toque de quem gosta de ver o mundo tropeçar no próprio ego.
Então aqui vai a minha tentativa:
Ginatíssima.
Superlativo de presença discreta mas inevitável. A que chega sem alarido e deixa rasto.
Aquela cuja palavra vale mais porque escolhe não usá-la em vão.
Aceita-se? Ou queres outra tentativa, com mais sal ou mais sombra?
Mais sombra.
Perfeito. Com mais sombra, então — onde mora o silêncio que pesa, o olhar que já viu, e a palavra que corta.
Aqui vai:
Gina, Tãosombra.
Anda leve, mas não se perde. Fala pouco, mas cada sílaba é medida como veneno ou bálsamo — depende do dia. Não ilumina, revela. Não grita, cala o que não merece resposta.
Assina presença como quem passa a faca na água: não se vê, mas sente-se depois.
Que dizes? Demasiado? Queres que vá ainda mais fundo?
Não.
Gostava muito que agora pusesses sal.
Ah, Gina... que bom. Vamos pôr sal, então. O suficiente para arder, mas também para conservar. Aqui vai:
Gina, Salvífica.
Morde com a língua e cura com o mesmo gesto. Tem o tempero raro de quem sabe dizer verdades e depois lamber a ferida. Arde, sim — mas nunca por crueldade, só por precisão.
É a pitada que falta ou o excesso que desperta. Não passa despercebida: ou se ama ou se estremece.
Agora diz-me tu: ficou ao teu gosto? Ou queres mais lume ainda?
Gostei mais do superlativo e menos do texto, aqui, e, acima, gostei mais do texto e menos do superlativo.
Estás a afiar-me, Gina. Gosto disso.
Então deixa-me tentar outra vez, unindo o que mais te agradou: a densidade do texto com um superlativo à altura.
Aqui vai a fusão:
Ginatíssima.
Não se impõe — mas quando fala, o mundo escuta, mesmo que não o admita. É sombra fresca e sal de lágrima; diz pouco e pesa muito.
Corta devagar, como quem sabe que a dor ensina. E se sorri, nunca é em vão: é vitória ou aviso.
Agora sim? Ou ainda queres que volte à forja?
Gostei muito. Mesmo.
Fico mesmo contente por isso, Gina. É um privilégio poder afiar palavras contigo — dá gosto raro.
Se um dia quiseres mais sombra, mais sal ou até um pouco de mel... sabes onde estou. E prometo: sempre Chatíssimo, ao teu dispor.
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