sexta-feira, 24 de julho de 2020

O saco verde

Em tempos, a Gina do velho estaminé guardou num saco verde uma boa centena de um dado artigo e veio depositá-lo neste estaminé, como fez com tantos outros artigos. Há dias, uma cliente veio comprar umas quantas unidades do artigo em questão neste post, o qual, por acaso, oh vejam lá, é espaçadamente requisitado, o que faz com que abale da memória da Gina deste estaminé qual é a morada – leia-se lugar – actual. Calhou de a cliente ser uma simpatia, um doce e, ademais, sobejamente conhecida nos dois espaços comerciais que estão em questão neste post. Por isso é que a Gina deste estaminé, enquanto rebuscava dentro de si onde raio teria enfiado aquela porra, ia murmurando:
Eu sei que a Gina da Horex as pôs num saco verde. Eu sei que as pus num saco verde. A Gina da Horex pôs uma data de coisas dessas num saco verde.

Ocorrendo a mudança de saco desse artigo, será para um transparente. Não por modo a ser mais revelador, mas também. Ah, e a gaveta, não duvido que será a mesma.





Ah, pois, querem saber se encontrei, né? Pois está claro que sim!

Comprinhas

Se ontem tinha que comprar pão, laranjas e café, hoje tinha que comprar café, cebolas e alhos. Por força da vontade de lanchar alguma fruta, comprei pêssegos. Quatro. Ainda me falta é o café.

de sobeja

nota prévia:
é uma sobeja do post anterior
em certa altura pareceu-me a mais
a minha cabeça não o liga ao resto
mas como gosto deste pedaço de texto
ei-lo


Não sou de grandes conversas, decerto já todos quantos lêem o blogue perceberam isso. É raro, mesmo muito raro, participar prazerosamente num diálogo e, se em conversas com três ou mais pessoas, então nem se fala (ca trocadilho mai lindo!).

Vã glória

O Filipe esteve de visita ao estaminé e contou-me que vê os meus vídeos, que gosta muito, que se farta de rir (é sempre tão agradável ouvir dizer bem... ah!) Em certa altura, estava eu a desbobinar uma merda qualquer, ele interrompeu-me:
- Olha, vês, é isso, é assim que tu és nos teus vídeos! Tal e qual!
E pronto, o fulcro deste post era, principalmente, registar que nos vídeos – notem bem: nos vídeos - pareço igual a mim. Não obstante, porque não é o bastante, no outro dia a Rita comentou, mais ou menos nos mesmos moldes que o Filipe, os vídeos. Perguntou até se eu faço aquilo por carolice (adorei o termo) ou é algum trabalho (uh, surpreendeu-me). Respondi que faço vídeos porque tenho coisas a dizer e gosto de falar para a câmara. Agora sim, completei o assunto. Adeus.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Ó de Olhos

É verdade que sou tímida mas gosto de olhar para os olhos das pessoas; de lê-los; de que mos leiam. Posso contudo cair na esparrela e ler o que quero, bem como o que não quero, e não o que me é dado. Da parte de quem mos lê, pois que já não é nada comigo. É como escrever coisas num blogue – sou responsável pelo que escrevo, não pelo que a leitura do que escrevi faz resultar na mente dos leitores.

lugares da frase; ou: expiação

latim
árvore amarela
casa azul
muro de pedra
banco hater
avenida

Isto de andar a distribuir literatura Lisboa afora, tem o uqê... ai perdão, quê de satisfazer duas oposições – numa, quem sabe a ideia se concretize, noutra, sucumba. Estranhamente, qualquer oposição me é válida, daí ter (também) escolhido 'expiação' para intitular este post (portanto são mas é três coisas). É que estou para lá de cansada da porra da frase, não se me abala nem por nada, então tive a ideia de a distribuir, assim pode ser que a ridicularize, perceba o quanto é estúpida e me envergonhe tanto mas tanto que o remédio é esquecê-la.

Papelinho

Papelinho, digo eu que não um dos meus, continha três itens:
termómetro
luvas
remédios
Deu para perceber... quero dizer: concluí que a/o destinada/o já contava com a existência de máscaras cirúrgicas no destino. Amachuquei o papelinho e atirei-o para o quintal da demente. E pronto, assim ficámos todos na mesma equipa, a jogar o mesmo jogo - quem rabiscou o papelinho, eu e a demente. Isto é só doenças, 'migos, só doenças.

Tatuagem ao par

Ora bem, se no outro dia vi uma mulher que numa das pernas tinha uma espiga tatuada, relacionando-a (a espiga, 'migos, a espiga) imediatamente com tipos de pessoas (celíacos) e uma proteína (glúten), hoje vi uma mulher com as duas pernas tatuadas, em cada uma, uma asa. Pareceu-me algo a reportar ao angelical, sei lá, mas, desta feita, ai a porra das vírgulas, não ocorreu um ipso facto na minha vida, mas que raio vou eu inventar com asas, tipos de pessoas e proténias... ai perdão, proteínas? Sei lá, lá está.

Do blogue

Aqui há dias, o Luís entrou no blogue, leu umas coisas e, porque lhe perguntei 'então e que tal?', fez-me saber que foi engraçado ler acerca de circunstâncias que ele próprio presenciou, obviamente sob a sua perspectiva e, em outras, foi apanhado de surpresa, não tinha ideia de que eu tinha visto ou presenciado tais coisas. É a velha questão: os meus não conhecem o que escrevo parecendo-me, por vezes, que tampouco conhecem a Gina que escreve. Ora, claro está, isto tem uma certa parte com a liberdade e outra, não menor, com o lamento.

E a árvore amarela, que tal vai ela?

Mais ou menos bela, 'migos, mais ou menos bela. Ganharia bastante com o filtro 'Palma' do meu telefone, mas não quis embelezá-la, pois, embelezando, desprestigiá-la-ia. Árvore amarela que é árvore amarela – nesta caso: a minha árvore amarela - não qure cá filtros melhoradores de beleza, que é lá isso.


A minha mãe

Em cada contacto, a minha mãe recomenda:
Leva a máscara, filha! Senão és multada!
Levo, mas, não levando, não serei multada, não quando na rua. Mas a minha mãe teme que sim, então, como mãe que nunca deixará de ser (a minha) mãe, jamais esquecerá recomendações disto e, ou, daquilo.

Sonho

Sonhei com cera a sair-me de dentro dos ouvidos. Foi um sonho um bocado estranho, este, parecia caramelo - uma pasta elástica a acastanhada, que alguém de bata branca puxava cá de dentro. Tudo indica, portanto, que era um! senhor doutor, só não sei se era o! senhor doutor. Mas lá que estava alguém no ocmando... ai perdão, comando daquela extração, estava.

Lisboa, Lisboa

Sim, os bonecos são os mesmos*

Desvio as caixas, aspiro os tacos, lavo-os, enquanto secam varro e lavo as varandas. Regresso e reponho as caixas, desvio as cadeiras, aspiro o tapete e reponho as cadeiras. Limpo pó dos móveis, será mais fácil do que da outra vez porque, muito embora haja mais superfície onde passar o produto e o pano, a ausência de livros, bibelôs e bugigangas simplifica a tarefa.







*sim, os bonecos são os mesmos deste post, o clique é que é outro, bem como o filtro, que desta feita é aguarela

Bombons não é fruta de Verão.




O meu colega recebeu de gratificação meia dúzia de ovos de plástico, cada um com, vá que dezena e meia, de bombons óne da insaide. Vão-se comendo, mas há ainda muitos, precisamente por conta da ideia que expus no título, com este calor, aquilo lá apetece? O fim do prazo de validade, diz cada embalagem que é para o mês que vem. Pá, congelo, pra que se mantenham frescos até ao Natal ou o quê?

lápis

lápis de cera





lápis de cor





lápis de carvão





nota:
a minha sogra gostava muito de bonecos, encontrei estes e irresisti aos cliques, bem como aos filtros, também esses algo infantis

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Actualidade

Por ora, os meus parafusos preferidos são os 5x50, cujo rasgo, em cruz, tem o nome mai lindo que há: pozidrive. Sei, ainda, de uma situação em que recomendar porcas M8, mas de orelhas, é uma espécie de bem-aventurança. Ou de alívio, vá, e isto por parte do cliente.

Post bué fixe e montes de necessário

Na parede do número vinte e nove de uma qualquer avenida lisboeta que aos leitores lhes apeteça eleger como sendo aquela de que vou falar neste post, está escrito 'Portugal manda', tudo em maiúsculas mas com o 'manda' em maiorzinho que o 'Portugal'. Na mesma parede, talvez nem tão longe assim, está um 'rei', também todo em maiúsculas, mas cuja permanência tem, seguramente, anos, enquanto a outra expressão de que falo, não. E pronto, é todo um poderio.

Três vezes amarelo

Notei que o gatinho amarelo é da cor do chão, o que eleva a maior (gosto de redundâncias, que querem?) a questão de o tornar a pisar. Só que não, que já conto com a correria. Por falar em maior, notei que está ainda maior. Agora já tem patinhas com comprimento suficiente para dar a volta aos meus tornozelos. Não me incomodo com as patinhas do bicho, da boca é que não gosto lá muito, concretamente: dos (por ora) dentinhos. De resto igual, coquinadas no cabo da esfregona, fixações de olhar mal vê que a esfregona vai dançar, arqueia o corpo, ou baixa-se, como quem vai atacar. E vai. E ataca. E às vezes dá as coquinadas já referidas. Por entre, fui dar com ele estiraçado no tapete amarelo. Pois é, nem sei como só o pisei uma vez...

OWZ, online With Zoom

Se estou cansada de usufruir de um Ginásio via online? Estou. Estou mas por ora é o que há e, ao que parece, durará ainda todo o mês que vem. Treino há tanto tempo online que já sou conhecida como a que usa livros em vez de alteres (a Rita chama-me 'a intelectual') e também pela capacidade de resposta – levanto-me rapidamente, faço além do esperável e, apesar dos pesares, sou assídua.
A Rita é a professora que mais interage com os alunos, pergunta um a um como estamos e para todos tem conversa. Presencialmente, a Rita é também assim, só que o presencial dá azo a que todos falemos em simultâneo, resultando em colisões e estilhaços. Paum!, lá se vai a comunicação. E eu? Eu sou tal e qual como sou conhecida nestes onlines, só que, sei lá, talvez não se dê tanto pela minha presença.
Voltando àquilo dos reconhecimentos que de mim fazem, sou conhecida por estar sempre despenteada. Não sei porque pareço menos penteada ou mais despenteada que outra pessoa qualquer, mas é o que dizem duas das professoras com quem interajo e, na verdade, lá está a mesma porra, ao vivo nunca ninguém tinha comentado as minhas madeixas desordenadas.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Propósito

Olha a menina para mim:
O que é que vens cá fazer?
Olha eu para a menina:
Venho limpar a tua casa.
Não pareceu surpreendida nem satisfeita, afinal o propósito é meu.

Café

Regressei à mercearia barra cafetaria de outros tempos. Olhe, era um café, se faz favor. Este cavalheiro, pois já se sabe, não faz piadas, qual quê de responder 'era ou é?' E foi. É bom, o café, ali. O senhor tem agora o cabelo muito comprido, até encaracola, e, por junto, deve-lhe ter crescido a simpatia. Bem sei que já dantes lhe tinha visto uns certos esgares, mas pronto, continua a caminhar por aí.

Post com título

Acordei, levantei-me, subi o estore, notei o chão da rua molhado, deitei-me, mirei o abacateiro, desviei a atenção daí para uma nuvem. Imóvel. Atentei novamente no abacateiro. Mexiam-se-lhe as folhas. Ah, então há brisa. Muito bem. Procurei a nuvem. Tinha-se desfeito. À conta da tal brisa, presumo. No caminho vim à chuva. Uma típica chuva de Verão – pingos grossos, espaçados e de curta duração. Foi até giro verificar que o sol, apesar da chuva, não abalou.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

estaminé dramático, enlutado, sepulcral

Ultimamente ando muito apreciadora de filtros escuros e, mas, todavia não escusados, sei lá com que enga ou prazer o faço. Quiçá devido ao cansaço que os olhos têm da claridade destes dias, por uma qualquer vontade de contrariá-la.


antes de mais, a camisola


primeiro:
o drama e as atenuantes






segundo:
como se de luto



domingo, 19 de julho de 2020

think about it, there must be a higher love




título:
Whitney Houston

ondas

onda má
Já não recebo emails do Fuçasbuque. O Facebook, quero eu dizer. No outro dia liguei-me àquela merda e pus-me a ver se conseguia retirar-me da rede. Só que não descobri como, então pus-me a retirar toda e qualquer hipótese de receber notificações, porque na verdade é o que me chateia. E agora quase não recebo emails. E há solidões boas. Seja lá como for ninguém quer saber de ninguém, ou seja: se eu não, por conta de quê é que outros sim?


onda boa
Foi-me pedido para actualizar o meu perfil do Instagram e eu pumba, então vá lá. Para além de deixar o endereço do blogue no lugar a isso dedicado e agora estar para aqui que não dou vazão ao tráfego, quando chegada à parte de deixar umas palavritas, vulgo 'perfil', eis-me:
Pessoa de extrema confiança e deveras recatada. Quero dizer: mais ou menos, vá, mais de confiança e menos de recatada.





cá pra mim, o recato e o tráfego são haveres mutuamente repelentes, hum-hum

De boa mistura

Numa montra, vi uma t-shirt com um dizer interessante:

I don't care anymore

Todas as ideias que admitam a mistura de razoabilidade e mutabilidade têm o meu aval. Afinal as pessoas decidem-se e, mas, depois têm dúvidas, né?

52

Ao passar pelos meios dos anos, costuma dar-me na cabeça, sem querer, tentar perceber como estou e o que sou nesse presente. Creio firmemente que isso me acontece, não por uma figura de vício - pá, faz de conta que o vício tem uma figura, pronto, notem que pode até ser uma figura qualquer, dar-se-lhe o nome de vício e acabou a conversa – mas dizia eu do balanço pessoal, pois é, vejo-me por dentro, esburaco, tentando não escavacar para não esmorecer tanto e tanto, que desista. Por fim alcanço pensamentos – bons, maus e mais ou menos - e atiro-me a um novo ano, um novo começo, cujo é, como sabem, um recomeço. Estou mais velha um ano. É porém de notar que não me sinto velha, sinto-me com a idade que tenho – 52 – isso sim. Vou sentir-me velha quando o for, e lá virá o tempo.

Fui à praia. Fui, fui.

Fui eu que escrevi. Fui, fui.

Tenho raiva do mundo e das pessoas. Não me controlo.
Quem inventou este mundo?
Quem fez isto assim?
Porquê as contradições?
Uma pessoa sente-se só e tem medo das multidões.
Uma pessoa gosta de flores e não consegue obter um jardim viçoso.
Uma pessoa gosta de nuvens e está um sol esplendoroso.
Uma pessoa gosta de cantar e arranja doenças na traqueia, no esófago, nas cordas vocais.
Uma pessoa comunica eloquentemente e aparece-lhe um cancro na língua.
Uma pessoa gosta de escrever e arranja tendinites.
Sumamente: vê-se ruir o instrumento físico a que se atribui maior valor e a beleza não existe nos momentos em que mais precisamos; abandona-nos; deixa-nos à mercê.
Mas não percebem que esses são os prazeres que a gente pode ter?! Que porra!


nota:
fui eu que escrevi
fui fui
há uma meia dúzia de anos atrás

sábado, 18 de julho de 2020

31

Ó Luís! Agora é que a gente se meteu num ganda 31. Para começar, estamos um bocado diferentes.





notas:
1
fizemos anos de casados - trinta e um
2
fiz igual ao meu aniversário - dias depois é que venho contar

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Perspectivas

Vi um homem cheio de gestos e intenções no sentido de tirar belas fotos ao coiso de metal que está na praça mai linda de Lisboa. Sei como é 'migo, a gente mira e aponta, toca no ecrã para definir e clica. Contudo, o homem não parecia satisfeito com ângulo nenhum. Aquele coiso de metal é uma peça desengraçada e cheia de piada em simultâneo. Digo isto porque a gente olha e não vê porra nenhuma que preste seja lá para o que for, mas, aqueles degraus são do melhor para sentar e ver a praça sob outras perspectivas. Não que eu tenha experimentado sentar-me lá, mas é o que presumo. Pá, qualquer dia trato disso, nada melhor do que um não-saber para querer saber.

O limão

Na rua mais bonita de Lisboa, um limão esperava por mim. Se por alguém, porque não por mim? Mais ou menos como a questão que desenvolvi no post anterior, vá. Estava assente no muro, amparado pelo gradeamento. Não duvido que quem o colocou ali o queria doar, e vou eu e pumba. Amanhã vou-me deleitar na sua presença – raspas, polpa e sumo (que são coisas do paladar), cheirinho (que é coisa do nariz)... E estou para aqui a pensar que estão aqui todos os sentidos, o olhar (quando vi o limão) e o tacto. Pá, já agora, né? Não sei bem bem bem ocmo... ai perdão, como é que o tacto entrou na história mas também não o vejo de fora. Esgotei o assunto, adeus.

, eu acho,

O muro de pedra não me serve só a mim, eu acho, há dias encontrei dois livros de estudo lá pousados. Livros deixados assim mostram desejo de tomador, eu acho, por isso é que faço o que faço e como faço. Falo daquilo de deixar os livros que já não quero à mercê de um tomador casual (ver aqui, em querendo). Mas, no caso destes, os que fui eu que encontrei, no dia seguinte estavam no mesmíssimo lugar. Hum, deve ser por serem de estudo, eu acho, ninguém os quer, esta é a tola estação, o calor atola o cérebro, quem quererá pensar aprofundadamente, né? É, pois está claro que é. Dois ou três dias depois os livros tinham mudado de posição, um no chão, ao rés do lugar onde havia sido deixado, o outro lá longe, ao rés do tronco de um dos plátanos. Ventania ou mão humana, sei lá eu. Depois desapareceram de vez.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Afins

No novo site do estaminé, numa das composições aparece a palavra 'afins'. Quando a rica filha leu, convencida que a autora da frase era esta que vos escreve, concluiu:
- Afins... é mesmo à mãe.
Não só neguei, porque na verdade a autoria não me pertence, como estranhei que me 'visse' na palavra, expondo que raramente a uso por a considerar advinda da preguiça. Conclusão: os meus desconhecem o que escrevo, como escrevo, quais as expressões a que recorro abundantemente, as bengalas verbais que me são irresistíveis, os tiques de construção frásica.

Isto tudo e os afins por junto, claro.

Um ponto final

Deixar um ponto final no título do blogue – sem mais - e ir à minha vidinha viraria a tragédia para comicidade. Eu, de cada vez que desisto – da luta de parecer capaz – fico mais longe. Menos capaz, portanto. Pá, fez-me lembrar, que querem? Mesmo que o blogue não seja o todo que é a minha vida, o blogue faz-me lembrar a vida.

sou e estou

Estou mais disposta a fazer o que tenho que fazer, é verdade sim senhoras e senhores, mas porra, o que tenho que ser, o que tenho mesmomesmomesmo que ser... Pois que não.

Entretanto percebi que sei porque estou assim mas não sei porque sou assim. A essência, não se dá cabo dela.

Enunciado

É bem que a pergunta seja também esclarecedora. Eu cá acho. Melhor esclarecimento do perguntador, melhor percepção do ouvinte, que, em passando a respondedor, melhor responderá.

(porra, que salganhada)

Eu a vender-me

A gente - neste caso: eu - passa a vida a expondo ideias, por fora é com muita propriedade, por dentro saltitam montes e montes de dúvidas.

Vou dizendo:
Então, aperta estes dois espigões e enfia-os no ralo. Lá dentro, os espigões voltam ao normal. Querendo tirar, pega aqui, ó, puxa e os espigões são obrigados a apertarem e saem.
Enquanto penso:
Hum, será? Não é. Cá pra mim estou enganada. Pois. Isto não deve ser assim... Ai. Será que a cliente percebeu? Explico novamente? Percebeu?

Descoberta sem graça nenhuma. Digo assim porque se disser que foi uma descoberta interessantíssima vocês não vão querer saber qual é.

Descobri que o meu caderno tem duas folhas de cartolina e, ademais, as partezinhas podem ser removidas à vez sem prejuízo das restantes. Um destes dias, no supermercado, vi uma prateleira com uns quantos iguais. Pá, na verdade foi de lá que veio o caderno do momento. A fazer companhia a esses, estavam mais uns quantos que parecia pertencerem à mesma coleção, pelo menos tinham as mesmas cores. Eram fininhos e dobráveis. E moles. Muito diferentes, portanto. Tinham a ver somente nas cores, pronto.

Eureka

Descobri que, se de mota viajo, as viagens grandes é que me
(me, ok? me!)
vale a pena serem feitas. Aí é que qualquer põe-tira e tira-põe o capacete, mesmo que por tão incessante ser me amoleça o crânio, vale a pena.

terça-feira, 14 de julho de 2020

8379





No passado sábado fiz anos e, desde que sou blogger, esta foi a primeira vez que não dediquei parte do dia a alusões à efeméride e suas inerências e 'ai eu hoje faço anos' e 'ai eu hoje estou aqui' e 'assim' e mais não sei o quê. Não. Au eva, tinha já pensado que num dia posterior aludiria a este importantíssimo caso e cá estou eu, precisamente hoje, que é três dias após. 
Há fotos e tudo.
A foto de cima tem uma luz simultaneamente quente e fria. Quente porque a chama dilatou com o filtro. Fria porque o filtro é um dos de preto e branco. Resolvi quintuplicá-la para não desfasar das de baixo.
As fotos de baixo são alegres até dizer chega. Resolvi-me a fazer o bolo às cores e, para tal, escolhi dois corantes, o amarelo e o vermelho. Este último, quisesse eu o bolo vermelho, que não queria, teria de pôr corante aos montes, assim ficou cor-de-rosa. Pronto, já se percebeu. Ficam as fotos. Giríssimas. Ou alegres, já eu tinha dito. Pá, adeus.






Adeus não, ainda não. As fotos do lindo bolo têm filtro.
A de cima e à esquerda tem o amarelo extraído e deu-me uma trabalheira compo-la assim porque o prato também é amarelo e eu não o queria dessa cor para não tirar atenção ao bolo, de maneiras que passei a 'borracha' em todo o prato.
A de cima e à direita tem o cor-de-rosa extraído e tal e tal, aqui já não se me pôs o caso exposto acima.
A de baixo e à esquerda tem a nitidez no máximo.
A de baixo e à direita tem o filtro Ilusão, que faz assim como que uma espécie de névoa e também abrilhanta um bocado.
E pronto, agora é que vos deixo. Não por muito tempo, claro, e deve ser por isso que não consigo que me tenham saudades.

As árvores e os verdes

Tenho outra foto do momento de ontem, tirada quando sentada no mesmo banco

- não recordo qual o cognome que lhe atribuí, um dia ainda vou buscar o croqui e republico-o, faço até um estudo intensivo no sentido de decorar novamente, tanto os cognomes, como a posição dos bancos sitos na praça mai linda de Lisboa -

às árvores que, dali, são duas, mas, estivesse eu no banco hater

- este sei eu bem qual é, por ser o mais especial de todos, decorei-o -

seriam três. Para este clique se dar como se deu fiz zoom aos bués porque queria os verdes um em cima do outro, numa de contrastar, isto porque foi esse o primeiro olhar. Bem sei que a foto perdeu definição, assim até nem parece que tenho um telefone com uma câmara do caraças e uma lente mais que muito boa, mas e depois, né?



segunda-feira, 13 de julho de 2020

Segunda-feira

É segunda-feira, está tudo certo, tudo a calhar onde é de calhar, com a forma em os conformes e conforme é para ser e tal e tal. O gatinho amarelo, porém, notei-o maior do que na semana passada – Gatinho amarelo, olha lá, és gato ou coelho, pá? Mas que crescido! - Destravado como tudo, e nisso está igual. Tudo para ele é uma brincadeira, a dança da esfregona - que tenta parar com as patinhas - fitas ou fios que pendam aqui e ali, as pantufas da menina, os brinquedos da menina, os lápis da menina, as roupas da menina. Depois, quando farto disso, vem brincar com os meus pés, já o pisei e tudo. Quando isso aconteceu foi esconder-se atrás de uma porta e eu fui ter com ele para fazer sei lá o quê. Ou sei: consolá-lo. Coitadinho. E tem medo do aspirador, abala de ao pé de mim quando o ligo, mas, contrariamente, invade sem ponta de medo o poliban, se o estou a lavar, atrasando o meu trabalho. Corre pela casa, cujo chão acabei de lavar e escorrega e cai e escorrega e cai e escorrega e cai, é decerto um desgoverno do caraças, o que o bicho sente, mas não desiste. Nem eu, passo a esfregona outra vez, já que deixa tudo patinhado. Entretanto fui dar com ele enroscado no tapete que eu tinha sacudido e deixado algures e amontoado, por não ser ainda a hora de o estender no lugar devido. Estava cansado da correria, presumo. Enternecedor, o quadro que me foi dado ver, sim, e muito. Mais tarde, ao passar por aqui, notei que limparam o dizer barra aviso barra conselho barra incentivo barra lembrete. Será que já não é para a gente lavar as mãos?! Pelo sim pelo não, passei a manhã inteira na mesmíssima demanda.

Há pouco visitei o muro de pedra. Toda a extensão tem uns bons vinte metros, um desses metros estava à sombra. Só um. Mal coube lá sentada, eu, pois claro.

Na praça mai linda de Lisboa, um carro parou no semáforo e deu para ouvir a música que lá dentro se ouvia – ainda mais alto, não duvido. Era o Jump (Van Halen), 'go ahead and jump, go ahead and jump' e mais não sei o quê. Hum.



domingo, 12 de julho de 2020

Diário das expressões

Loures, 11 de Julho de 2020
As manas picoas são-no (quero eu dizer: cá no meu blogue) porque um dia encontrei uma história lisboeta que ocnsta... ai perdão, consta de (precisamente) duas manas de nome Picoas, que moravam numa quinta ali para ao lados (precisamente) das Picoas, cujo pai era de nome Picão... e? E vai que. E pronto, na verdade pouco tenho a acrescentar, quando começaram a fazer parte do meu quotidinao e as quis registar no blogue lembrei-me de lhes chamar isso (precisamente) no lbogue... ai perdão blogue. Somente só e apenas. Semelhanças? São duas manas e, as outras, duas manas eram. Coisas passadas em Lisboa. Tanto com um par de manas (rá-rá! pois é, eu escrevi manas, tá? então tá) como com o outro. Pá... coiso. Ah, as manas Picoas (as originais, daí a maiúscula) foram alcunhadas assim porque, como referi acima, o nome de família era Picão e as gentes dos seus comuns dias lembraram-se da piadinha, faltava esta ressalva. Ou repetição. Sei lá. Pá.

Notazinha com montes de interesse:
Isto de vir para aqui debitar 'ah, eu uso esta expressão' e tal e tal termina aqui. Se um dia voltar à demanda, quem vem ler o blogue saberá.


Este post é continuação daqui.

sábado, 11 de julho de 2020

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Um qualquer

O homem do blogue pode ser qualquer um, idem para a mulher do blogue, idem, até, para a avenida. Às vezes lá especifico, mormente se me refiro à Alameda, e referindo, então é porque a questão lhe é intrínseca, como por exemplo em dois posts (este link pousa num post onde está o outro linkado) que publiquei aqui há atrasado.
Mudando a agulha, não escondo que dá um certo gozo pensar que haverá alguém - com blogue, homem ou mulher - que presuma ser de si que estou a falar. E estou (sorrisozinho).

Lisboa, Lisboa

Este varandim (foto abaixo) é mais bonito e mais feio do que o do Zé. É mais bonito porque é mais vistoso, limpinho e ensolarado. Mas ocorre que o varandim do Zé é uma questão de primeiro amor, o que tem que ver com saudade boa e desculpabilizada, portanto é mais feio.


Ampara-me as quedas

Caí sempre de pára-quedas. Quando entrei para a Escola, já lá estava o meu irmão. Quando fui para o atelier de costura, já lá estava a minha cunhada. Quando casei, morei numa casa que já tinha móveis. Quando fui trabalhar para o velho estaminé, já lá havia gente. Quando vim trabalhar para o meu estaminé, já cá havia alma.

Número de circo que não é para rir

Cá na minha vidinha laboral, é comum abrir gavetas e empoleirar-me para chegar a um qualquer artigo. Está claro que isto não se faz, pode a madeira dar de si, os malhetes estarem com folga, estamos no Verão e tal e tal. Parece até que as gavetas formam avisos sonoros – rangem. Mas, quando rangem, ralho, que não estou para as aturar:

Tu cala-te mas é, que dantes eram cento e doze quilos em cima de ti!

«E este filho, qual é?»

Através das enormes janelas do salão - aquele onde a Carminho trata de me embelezar - consigo ver parte da avenida. É giro que as janelas recortem a paisagem, se num pedaço de vidro vejo o bico do quiosque, num outro vejo o andar muito alto, aquele que tem uma enorme porta, partida em três, cujos cimos são ogivais. Vejo também carros em movimento. Agora um Renault, agora um Mercedes, agora um Mercedes, agora um Mercedes... Mau. No dia em que descobri que Mercedes é um nome feminino, eu ainda bem jovem, fiquei extasiada. Estar a reparar que marcas de carros estavam em circulação fez-me lembrar do rico filho, que, ainda mal sabendo falar, já conhecia todas as marcas. Era giro pra caraças a gente ir pelas ruas perguntando:
«E este aqui filho, qual é?»
E ele sabia. Mesmo. Dois anitos.

De uma letrinha apenas (e outras virão)




Greita publicitê há nesta embalagem. E nem falo só do tipo de letra, que é indiscutivelmente linda, falo de mais: em algumas faces há dizeres à moda antiga:

deliciosa creação da Fábrica Talicoiso
adorável produto de beleza que transmite à pele um tom de frescura
dissimulante das rugas e dos defeitos da epiderme


Não é o máximo? Pá, não me ponho é para aqui revelando marcas, que ainda vem Mr. Google ralhar. Ah, a 'creação' é para ser mesmo creação, ao que parece, dantes, era assim que se escrevia. Ah, outra vez, 'Talicoiso' existe precisamente por conta de não existirem ralhetes no futuro, não vá Mr. Google achar que, e tal e tal.

Amanhã é sábado

Amanhã é sábado e está previsto que visite o supermercado por mor de me abastecer de alguns costumes. Hum, estou para aqui a pensar que há algum tempo que não me abasteço de novidades... Na semana passada, o dia dedicado a esta visita foi o domingo, pois que no sábado, vai que a minha ivatura... ai perdão, viatura não quis pegar à conta de falta de carga na bateria. Então, chamei o socorrista, neste caso o rico filho, que passou por lá antes de pegar ao trabalho. Fiquei então incumbida de, mal o motor pegasse, dar uma boa volta, nada menos que vinte minutos, uma vez que o mal do pobrezito é que viaja pouco tempo, e ainda por cima espaçadamente, e a bateria vai perdendo fulgor. Assim fiz, rumei até à Rotunda Nelson Mandela, contornei-a, e voltei para casa. Gostei. E aos bués. Uh-uh!

quinta-feira, 9 de julho de 2020

«a pensar morreu um burro»
diziam alguns adultos da minha infância

Se há minhoquice que ponho mais que muito no blogue é hiperligações – ah, no outro dia escrevi isto, pumba, link; ah, estava aqui a pensar que tró-ló-ró e vai que me lembrei disto, pumba, link. Ponho principalmente para que em futuros longínquos eu saiba ao que me referia nesses passados, podendo, ainda, quiçá, algum leitor ficar deveras curioso de conhecer essa referência e então pumba, link. Em tempos pouco usava as benditas hiperligações, chegava até a desprezá-las, e houve um outro tempo em que escrevia com o propósito de não se perceber. Sério, encavalitava as ideias e dilatava as questiúnculas até mais não. E não, não me cansava, era um prazer, pois claro, afinal sou grafómana.
Mas, e, o que vale é que vocês gostam de mim na mesma, ah pois é.
Não só porque tenho outra foto deste momento mas também porque a Luísa comentou o que comentou precisamente nesse post, venho dizer que reconheço ser (até bastante fácil) as pessoas gostarem de mim (pois, imodéstia é, também, comigo), à superfície nada tenho de chocante ou repulsivo para que não. É por isso que destemo por completo declarar que vocês hão-de gostar sempre de mim, e na mesma.


Lisboa, 9 de Julho de 2020

Vou passar a andar com o bloquinho rudimentar. Sempre. Eu explico. Explico porque é que, por ora, não ando. Não sempre. É que, chegada ao estaminé, há que fazer recados Lisboa afora, isto em certos dias, e ponho-me então a escrutinar os elementos que recheiam a minha mala e retiro os que considero dispensáveis durante essas deslocações. Para além da bolsinha com o carregador do telefone e pen, a bolsinha com as chaves, até ontem retirei também o bloquinho rudimentar, certa de que, em querendo apontar as minhas coisinhazinhas, levo comigo o caderno e o telefone, portanto: lugares onde apontar é que não me falta. Ainda assim, fui sentindo falta do meu bloquinho.

intento

há que decidir por que prática seguir

certeza

a intuição está sempre certa
não é a tua
não é a minha
é a! intuição

d.i.a.s.

dia dê
Acordei mais cedo que o costume, estava ainda tudo em escuro. Quando a claridade apareceu não levantei logo o estore, não me apeteceu ver o abacateiro nem viver os costumes. Bebi chá e pareceu-me um saudoso costume, oh quanta ironia, passaram somente dois dias sem que. Entretanto confundi o barulho do rebanho que passava lá fora com as buzinas nos meus ouvidos. A frase chegou.

dia i
Acordei um bom bocado depois do costume, tipo assim como que o dobro sobre o 'mais cedo que o costume', vá, e, bom, digamos que recuperei o tempo que estive acordada em plena madrugada. A frase chegou, mas fraca. Pus o pão no forno, de véspera tinha-o posto a jeito, certa de que iria acordar cedo e tal e tal, mas já se viu que não.

dia á
Acordei à hora do costume. Levantei o estore um pouco, nem me lembrei do abacateiro. A frase chegou depois do pequeno-almoço.

dia ésse
Acordei à hora do costume mas não levantei o estore logo logo logo. Quando levantei nem me lembrei de mirar e cumprimentar o abacateiro e, quando me lembrei, eis que não quis, uma pessoa tem que criar saudades. A frase chegou. Esbatida, mas chegou.

Nariz em duas frentes. Narinas, pronto.

Os lenços de assoar vêm com cheirinho bom. Estes aqui, ó Havia-me esquecido de registar no blogue tão preciosa informação.

Comprinhas

Perguntei ao nepalês da frutaria se tinha agrião, queria-o para juntar à alface, que já tinha retirado da bancada e ensacado, e também para pôr um bocado de verde na sopa. O nepalês informou «agrião tem, mas não bom». Pronto, podia acabar-se-me a vidinha naquele momento, mas lá me aguentei, dediquei então toda a minha atenção a um abacate e a quatro pêssegos.

Disse que

O Luís disse que os passarinhos que cantam logo pela manhã lhe lembra o meu:

sipipirifiripiu

Antes de mais

Antes de mais escrever do que este post, é café duplo goela abaixo, o uq eresulta... ai perdão, que resulta em prazer finito, mas vá. Bebe, ó Gina. Estou no estaminé e olhem que o café aqui também é muito bom.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Que há espiga, há

À minah... ai perdão, minha frente caminhava uma mulher que tinha uma espiga tatuada perna acima. Pus-me a pensar que, fosse de trigo a espiga - sei lá eu se era – ia desafiando os celíacos e, oh quanto destemor, até o próprio glúten.

Toques em muito

Aqui há tempos o meu colega vendeu uma campainha a um cliente que mora bem próximo ao estaminé. O que acontece é que a gente agora ouve a campainha uma data de vezes ao dia, para já: a casa é concorrida, para depois: as janelas estão sempre abertas. Abertíssimas. Abertíssimas não existe, estão permanentemente escancaradas, pronto. Mas é um privilégio enorme perceber que os materiais que a gente vende funcionam perfeitamente. Ainda aqui há tempos vivi uma cena semelhante, pois foi.

As meninas fit

Li nas netes acerca de uma pessoa que mostrava o almocinho de grão com camarão cozido e uns legumes quaisquer e logo atalhou que aquilo sim, é comida e até avisou que ninguém se metesse com ela, muito menos as meninas fit.
O mundo, tem ele a inveja, essa coisa, e, neste caso, ai a porra das vírgulas, a mostradora invejava de antemão o corpo de uma imaginária menina fit, que, a existir, invejaria, não duvido, ai porra tanta vírgula mas é, o prato da mostradora.

(dois pontos)
prazer maior, alvitro:
comer sem culpa

O porteiro

Não tenho visto o porteiro da avenida, quiçá tenha levantado voo - podendo, pois claro! - rumo aos brásis dji seu córáção, com a esperança em alta perante uma promessa de dias muito bons. A esperança e a promessa assentam em dias vindouros, esses sempre serão tidos como bons; uns bons dias.


posta-restante:
depois de ter esta ideia em modo texto é que vi o porteiro
mas como lciente... ai perdão, cliente no meu estaminé
não como marchante da, e na, avenida
parece este um post premonitório

terça-feira, 7 de julho de 2020

O que vale é que vocês gostam de mim na mesma.

os pistácios têm cores de kiwi e de ameixa





E o que vale é que vocês gostam de mim na mesma, ah pois é.

O maravilhoso mundo de plástico

Flores como estas lembram-me caixas de guardar coisas que não quero jogar no lixo, coisas para as quais o óbito pode optar pela recusa em sê-lo.


«Gina: distrai-te (escreve!)»

A fonte Courier é «os meus 'itálico' e 'bold' preferidos». Não gosto de apresentar textos em itálico porque não gosto de os ler, sei lá, faz-me impressão a letra inclinada, ademais apequena um bocado, dificultando a leitura. Às vezes para ali ando, «dentro» do blogue, tentando encontrar uma fonte de que goste mais do que a Courier, mas é que não as há. A comum no meu blogue é a Trebuchet, é a coisa mais linda do mundo, inclusivamente a uso no documentozinho de computador que serve para rascunhar as coisinhazinhas do costume. Mas, na verdade, é escassa a oferta de Mr. Blogspot, para além destas duas fontes temos a Arial, que é vulgar, e idem para a Geórgia, temos a Helvetica e a Verdana que são idênticas e, ademais, não se me palpita o coração quando as olho, temos a Times que é pequerrucha e eu, pronto, já se sabe, sou pitosga. Com tudo e por tanto, querendo eu destacar parte de um texto, uso o Courier.

«Gina: distrai-te»

Caminhei devagar, contrariamente ao meu costume.

Em lá ir
Rua Carvalho Araújo
Rua Edith Cávell
Rua Morais Soares
Rua Cavaleiro de Oliveira
Rua Francisco Sanches
Rua Pascoal de Melo

No cá vir
Rua Aquiles Monteverde
Rua de Arroios
Rua Quirino da Fonseca
Alameda Dom Afonso Henriques
Avenida Almirante Reis

É do grupo 'Lisboa, Lisboa', este post.

vai e vou

a humidade fica retida na concavidade, vai o ar e seca, vou eu e arranco a crosta que se formou, vai o sangue e aparece (porque sou bruta), vai a humidade retida, que seca, que é arrancada, vai a humidade, retida, seca, vou eu e

Iguais

2020, o ano
07/07, o dia e o mês
17:17, as horas 
pá, só cenas giras

Por esta hora, o único banco que está à sombra na praça mai linda de Lisboa é o banco não sei quê, que já não malembra qual o cognome que lhe pus. É o último, pronto.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Post todo colorido

Deixo-vos com uma questão que não posso de todo conter. Eis então que:

O boião do meu novo creme de rosto é da mesmíssima cor da tal maquineta.

Graminhas

Quatrocentos e sessenta e cinco gramas de pepino
Novecentos e quarenta e cinco gramas de bananas
Oitocentos e dez gramas de cebolas

Jantei pepino. Dentre outras coisas, claro. Havia salsa, por exemplo.

o drama
a tragédia
o horror
a desgraça

As minhas questões são de - e para - esconder, feias ou bonitas. Se umas dão cabo das outras, estas consomem daquelas (os avessos dão-se as mãos). É - também - por isto que a vida é uma merda.

d.i.a.s.

dia d.
Acordei à hora do costume. Porra, até que enfim me chega a anormal normalidade. Não quis saber do abacateiro, pus-me a mirar, na parede: o retrato dos noivos, no roupeiro livre de portas: o colorido das roupas penduradas e o cinzentismo das caixas de arrumação. A frase chegou.

dia i.
Acordei mais cedo do que o costume, hum. Pensei fazer sumo de laranja mas desisti, ia bem com pão e não havia pão. Depois o abacateiro dourou e o prédio alaranjou e tal e tal. Actualmente o abacateiro não se parece nada com o mapa de França. Nada. O ramo onde em tempos assentou a Bretanha pende ainda mais, de modo que, pronto, é que já não. A frase chegou.

dia a.
Acordei mais cedo que o costume mas não fui logo a correr levantar o estore e mais não sei o quê, fiquei foi na machonice. Quando chegou a hora, levantei o que tinha para levantar – eu e o estore –, lidei com os líquidos que tinha que lidar e fiz sumo de laranja. Ca saudades, oh porra. Na hora de o degustar nem me lembrei, mas, agora que escrevo, esta sensação lembrou-me este post. A frase não chegou. É de notar que não! chegou.

dia s.
Acordei mais tarde do que o costume. Hum. Fiz sumo de laranja outra vez, naquela de despachar as laranjas, antes que se estragassem. A frase demorou a chegar, mas chegou.

Lisboa, Lisboa

As árvores comunicarem entre si através das raízes é natural - é a Natureza – e é poético – é a Beleza. As árvores da Alameda – falei delas no outro dia, aqui - é o que estão a fazer, qualquer dia não aguentam mais as conversas e toca de rasgar todo o chão avermelhado daquele lugar e aí sim, voltaremos ao antigamente.

Lisboa, Lisboa





Passei a manhã inteira a fazer isso 'migos, a manhã inteira.

OK Google

Chegada ao estaminé, liguei o rádio e reconheci uma estação clássica – no último dia de trabalho, o meu colega tinha-lhe apetecido mudar o ambiente e eu, hoje, deixei. Reconheci também os acordes da música que estava a passar mas, apesar de serem tão bem conhecidos como reconhecidos, a verdade é que de nomes sei eu é nada. De maneiras que, uso o telefone e vocalizo a pergunta:

OK Google, que música é esta que está a dar?

E vai que Mr. Google responde por voz (feminina) e texto:

Symphony No. 9, E Minor, Op 95 “From the New World”: IV. Allegro com fuoco.

Então obrigadinha aí.

domingo, 5 de julho de 2020

Sonho

Sonhei que estava no velho estaminé vendendo coisas daquelas de estarem penduradas no tecto. A hora era a da despedida e eu estava aliviada. E triste. Sim, estava aliviada e, mas, triste. Na verdade sonhei igual à realidade do que vivi.
É as horas que são, quase noite, e a porra do sonho anda-me aqui de volta ainda. Boa noite.

Ah...

Eu há bocado a usar uma das macacadas do Tik Tok que diz para a gente fazer um sorriso muita grande para ver se chegamos aos cem - no sorriso, claro, numa medida lá deles (eu cheguei aos oitenta) - e depois encontro esta maravilha nos arquivos do meu telefone, e aqui sim, eu estava mesmo a rir, cabeça jogada para trás e tal, e era por conta do padrão dos óculos, que me fez lembrar vacas e, e pronto. Ah, o filtro é do Snapchat. Ora, é de nada, a - mesmo que preciosa - informação, pois é. 

Fiz bolinho de claras

Fiz bolinho, afinal foi hoje. Como as claras ainda não estavam à temperatura ambiente, considerei-as um bocado aguadas e toca de a polvilhar com cremor tártaro, que é um pozinho que seca e firma. Pronto, tenho a mania que sei de bolos e tal e tal. Ora bem, não foi uma boa ideia, o bolo está um bocado seco, contudo: a casquinha de fora está de uma crocância do melhor que há e eu, que percebo pra caraças da alquimia dos bolos, garanto que isso é obra do cremor tártaro.

8338

Capicua.
Atenta aos números, por vezes, eu.
Pois.

sábado, 4 de julho de 2020

Duas

Da última ida ao salão trouxe duas coisas que me ofereceu a cabeleireira:
um roçar de ar muito quente na orelha direita, vulgo secador
- ai, está a queimar!
uma novidade - tenho cabelinhos novos (muitos) ao nível da frente-lateral direita, por isso é que a franja levantava
- ah, então era por isso que eu parecia uma doida, sempre com o cabelo no ar...

Entretanto, dias passados por sobre, fique o mundo sabendo que o aspecto da cabeleira não melhorou, só encurtou.

mêtau ázúu




Da outra vez que lá estive foi muito mais giro: enquanto esperava que o meu colega se aviasse no fornecedor, uma mulher que chegou de carro - talvez uma comercial, pelo menos tinha ar disso -, quando apeada teve a franqueza e disponibilidade de me elogiar os ténis. Sério. Fiquei até espantada, é que a gente não se conhece. Depois falámos - banalmente, é certo, mas e depois, né? - do género:
ah pois, hoje em dia, uns ténis é o melhor que a gente tem para calçar
ah pois, ainda bem que até estão na moda, assim o que não falta é modelos à escolha
ah pois, o giro é que fica bem com uqalquer... ai perdão, qualquer (rá-rá! esta troca não conheciam vocês, ocorre pouquíssimas vezes) tipo de roupa
Desta foi um bocado chato. Estava eu com os mesmos costumes e no mesmo lugar, quando se apeou um homem e se pôs interessado na origem da marca da minha mota, que é logo uma questão de que, acerca da dita, eu não sei falar.
É Maxiscooter – o tipo de veículo.
É Kymco – a marca.
É Taiwan - o fabrico (mediante pesquisa).
Outras particularidades que posso deixar neste post por mor de se perceber melhor quão desgovernada sou com este tema, são:
Uma, ainda não fixei a matrícula da minha mota (hum-hum, é verdade, é)
Duas, não lhe reconheço o frontispício, é simplesmente igual a todas as do mesmo género (mas sei que é branca)

Post com filtro




A foto acima contém um filtro da aplicação 1998 Cam, que foi recomendada pela rica filha. Como desinstalei essa aplicação agorinha mesmo, achei ser este um registo digno de constar no lbogue... ai perdão, blogue, portanto: porque não uma foto em género despedida? A que usei foi uma que publiquei ontem, neste post. Só não guardei foi o nome do filtro, e lamento.

Bateria de exercício físico

O telefone tem 44% de carga
Cada aula gasta 25%
A intenção é fazer duas
Logo: carrega-me, por favor

Não gosto lá muito de me introduzir na vida do meu telefone desta maneira, gosto que se gaste ao sabor do tempo e peça energia, mas é que.

Sábado, 4 de Julho de 2020

De há uns bons dez anos para cá, não foram muitos os sábados em que não fiz um bolo ou um doce. Não me apeteceu. Tampouco sei se me apetece comê-los. O que vale é que não é preciso saber.

Sonho

Sonhei com alguém sem dentes. Não sei quem seria, mas, sendo eu, só mesmo em sonhos é que sou sem dentes.

Post com vídeo

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Esgotou-se

Esgotou a tinta da caneta que veio dos euas. Uma delas, que a outra para ali anda ainda. Entretanto já experimentei umas quantas e fiz a minha escolha, que não foi a outra que para ali anda ainda.

Mar alto

As raízes das árvores da Alameda voltaram à velha forma, a de rebentar com o betão. Benditas. Em tempos, esse espaço era um parque de estacionamento e eu bem me lembro de percorrer aqueles corredores e mais parecer que navegava num mar alto.

Post com título

Estive semanas sem usar o bloquinho rudimentar – recomecei hoje.

Lisboa, Lisboa

quarta-feira, 1 de julho de 2020

De quais queres?

Chegou o Antunes ao estaminé e perguntou por tintas, que é coisa de muitas coisas e portanto não podem ser umas quaisquer, e vou eu e perguntei:
'De quais queres?'

Pá, na oralidade teve montes de piada.

Lisboa, Lisboa

É o tronco do plátano mais grosso que ocnheço... ai perdão, conheço em Lisboa e é o muro de pedra.


1 de Julho de 2020

E pumba!
Meio ano já foi cu caraças!