domingo, 6 de janeiro de 2019

No lixo

Balança branca, leia-se amarelecida, com visor que atingiu a opacidade há anos. Media aos dez gramas. Tinha uma pipeta rotativa que almejava acertar o ponteiro com os zeros. E acertava, só por dizer que desacertava em cada pesagem. A propósito de pesagem, o recipiente para onde eu jogava o que queria pesar, de tantas lavagens a quente, partiu e pumba, toca de pôr no lixo. Mas já foi há qu' anos.
Frigideira vermelha, leia-se coral, antiaderente apenas na primeira vez que usei, que no mais mostrou-se aderente. E como! Quando a pus no lixo estava sujinha, com pedaços de coisas aderidas, pois claro. Foi a vez usa-e-deita-fora, a vez descartável.
Saquinhos de alfazema. A alfazema estava gasta. Não sei se se lhes gasta o cheiro, digo de tanto odorizarem as gavetas, de tanto serem cheiradas, mas andei de roda das gavetas e afins, isto por conta da tal mudança de que vim falar num domingo desses, e achei por bem pô-las lá. No lixo. Tudo bem que cheiravam, ainda, a alfazema, mas também cheirava a pó e a amaciador de roupa com muitos meses por cima. Ná.


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