Quando me atendeu o telefone, a minha mãe andava de vassoura na mão – imagino que com a cadeira de rojo, não fosse faltar-lhe força para se manter de pé – procurando um comprimido pequerrucho, que ela classificou como safadiço. 'Eu deixava-me disto, mas então estes comprimidos são tão caros, filha!', justificou. Aceitei tudo: a incapacidade e o empenho dela, o nosso desgaste emocional e a distância a que estamos.
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