quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Das árvores

Pois é, bem me parecia que as árvores da rua mais bonita de Lisboa iam sofrer cortes nos ramos, mais dia menos dia. Nem sei como ainda não puseram a mão na árvore arredondada, que é aquela que encontra do seu lado esquerdo quem desce a dita rua. À oitava, aquela que encontra do lado direito de quem desce, cortaram, agora já não vigora o ramo onde prendi um recado com uma mola há mais de três anos. Na altura fiz toda uma novela ao redor do ato. Durou seis meses, até ao outono, para ser mais precisa. Mais precisão ainda: prendi o recado em abril de 2013, o papelinho foi arrancado não muitos dias depois, sei-o porque o encontrei no chão, e no outono soltou-se a mola. No entretanto, lá ia eu esmiuçando o assunto, assim como se fosse muito importante, vá, que eu, escreva o que escrever, faço-o sempre como se fosse muito importante.
Já a árvore amarela, pois que não consegui perceber se lhe foi retirado algum ramo, num repente pareceu-me que sim, mas se insistisse em olhar para ela tinha o sol como inimigo, não quis aproximar-me por conta do pouco tempo que hoje tinha para deambulações.

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