terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Lugar (que também pode ser) da musa

Estou sem telemóvel, que o me colega levou-mo por conta de se ter esquecido do seu em casa. Nestas circunstâncias, um telemóvel é mais precioso para o meu colega do que para mim. Vai daí, não conseguirei estar certa das horas que são, apenas me apercebo mais ou menos das que realmente são... ou então não. Vi as horas no placar da praça e desde aí venho usando o instinto. Hum, deixa cá ver, devem ser umas treze e cinquenta e cinco, aia Graça Queu Tacho. Mas como hoje as putas estão no lugar (que também pode ser) da musa, eis que, assim que se levantarem, acabo o parágrafo, de escrita ou de leitura, e abalo também eu daqui. Decidi-me assim porque dantes, no tempo do lugar da musa do antigamente, as putas saíam mais ou menos aquando de eu também.
Agora me lembro que as putas é uma extensão da puta invejosa.
Saudades...?
Não.
Nada de septuagenárias, hoje.

Adenda (ou momento ulterior, aia Graça Queu Tacho):
Ao escrever o texto acima, eis que a memória se me clarifica e noto que as putas continuavam no lugar da musa do antigamente depois de me levantar. Era assim na maioria dos dias, portanto: vou bazar daqui antes delas.
Mentira, levantaram-se agorinha. Oh. E uma septuagnária neste lugar, conto eu também agorinha mesmo, que chegou enquanto eu escrevia estas linhas carregadas de saber e glória.

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