segunda-feira, 28 de março de 2016

O fim-de-semana

Vamos deixar o presente e falar mas é do passado?
Vamos!
Sozinha, eu, sem medos nem nada, mas se estou sozinha porque raio falo no coletivo...?
O meu fim-de-semana afinal não teve exatamente o dobro de tempo dos últimos, é que mudou a hora, e quando muda a hora para verão o domingo tem menos sessenta minutos. Escolhi usar os minutos como medida de tempo para não utilizar o vocábulo 'hora' por duas vezes e tão juntinho um do outro. E na frase anterior pus o verbo 'usar' e 'utilizar', que, como é consabido, são sinónimos, pelo mesmo motivo. E na frase anterior espetei com o verbo 'pôr' para não lhe mandar outra vez com o 'escolher'. E na frase anterior... Sou tão criativa.
Mas o fim-de-semana.
O quarto do rico filho ainda está cheio de eco. Agora o que o compõe é um plástico grosso por sobre o chão, que já está todo afagado, um escadote aberto, uma caixa de betume para paredes e uma betumadeira com a ponta esbranquiçada. E eco. Eco do caneco. O que mais custa é o eco que há no quarto do rico filho. O eco ecoa a sua ausência.
Fiz muitos vídeos. Aliás: fiz muitos clipes, é assim que se chama. Também. Passei hoje a chamar-lhes isso. Clipes é coisa para juntar, clipes para agrupar, clipes, clipes, clipes.

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