sexta-feira, 22 de julho de 2016

Post de quando as letras estavam de férias comigo

Nota prévia e algo extensa porque sou grafómana:
Esta semana estive muito dividida em prazeres, o de escrever no blogue as novidades acerca do regresso das férias, o de gravar as novidades acerca do regresso ao trabalho numa câmara fotográfica (tudo inédito, ainda e por enquanto) e o de transcrever as novidades que fui apontando manualmente no meu caderno durante os dias de férias. Transcrevi integralmente mas não sem fazer alguns ajustes, eh pá, pronto, uma coisa é escrever como vem à cabeça, sem corrigir grande coisa, o mais que faço é rasurar alguma palavra registada incorretamente, outra coisa é ter um teclado à frente e a abençoada (em certa medida, que eu e a espontaneidade...) hipótese de correção e melhoramento dum texto que se está a preparar. Au eva, bi choure ofe déte: jamais retiraria o sentido ou a emoção daquilo que escrevi. E aí vêm elas, as letras que esiveram comigo de férias, que são 17600 e as palavras 3200, isto aproximadamente. Vem tudo já a seguir...



Las Chapas, 8/7/2016, sexta-feira, 21:34 (hora local)
Olá! Cá estou. Hoje ainda não tinha escrito. Eu de férias e sem escrever no caderno, ganda cena. A viagem foi porreira.
Antes de mais revelo que a caneta com que estou a escrever é a tal que levei daqui o ano passado. Está tão gasta que não se lhe vê sequer a tinta. Vai terminar aqui, isto a julgar pela quantidade de coisas que costumo escrever, e depois deixo-a cá.
A pedra da crua vermelha é outra situação planeada, a ideia é deixá-la, quiçá, no Mediterrâneo. Entretanto já recolhi outras duas daí mesmo, do Mediterrâneo.
Levantei-me às cinco da manhã, portanto é normal que tenha muito sono... E tenho, oh se tenho.
Ah, espera lá, vou apontar uma coisinha:
(esqueci-me...)
Las Chapas, 9/7/2016, sábado, 11:52 (hora local)
Cá estou eu na piscina, óié. A piscina só abre ao meio-dia, já me viram isto? Entretanto já fui à praia.
Tenho coisas aos montes para escrever. De manhã, antes de sair para a praia, fiz logo um filme onde consta a pedra da crua vermelha e contando também das pedras que apanhei na praia.
Bom, adiante.
Tenho de ir guardando os pacotes de açúcar, entretanto lembrei-me 'olha, claro, então, vou mas é falar em filmes acerca dos pacotes de açúcar espanhóis, sempre são diferentes, ainda que não mostrem iniciativa nenhuma'. E vou. Só não sei se os faça aqui, se os guarde e faça no estaminé, na parte 'Depois das FÉRIAS'. Se calhar é mais isso, para poupar o cartão. Ah, é verdade, os primeiros cafés foram adquiridos num restaurante chamado 'El Arenal', em Algodonales.
Meio-dia e vinte e oito, agora
Andámos ao redor da piscina, colhendo hortelã e louro, e descobrimos uns tomates piriris e também colhemos uns quantos. Os tomates são assim do tamanho de berlindes, vá.
Treze e tal, ou treze e poucochinho, vá, agora.
O Luís está a fazer o almoço: risoto com atum. Porá também uma mão cheia de frutos secos que a gente comprou ontem e se revelaram salgados pra caraças.
O senhor que vem ver a televisão chegou. A ver se ele consegue que a gente veja, pelo menos, os canais espanhóis, já que os canais portugueses não chegam cá, olha, vemos os de cá. O senhor já arranjou! Urras! Venga! Gracias!
Ainda não peguei no livro... Trouxe a leitura do momento – 'Estranha Ternura', Miriam Toews.
Fiz um bolo que é um bolinho. É um daqueles feitos na caneca, tão em voga nestes tempos modernos. A indústria achou aí um nicho de mercado e algumas empresas lançaram os pacotinhos, com vista ao rápido e fácil, principalmente tendo em vista o pessoal que vive sozinho e lhe apetece num repente um docinho, pronto, tem-lo, esse pessoal tem a hipótese de satisfazer o desejo repentino. Ou mesmo para famílias pequenas, como nós que somos só dois nestas férias. Registo, ainda, que um pacote, supostamente uma unidose, dá para os dois, ah ah. Pois.
Também pode fazer-se um bolo na caneca com uma colher de cada ingrediente: açúcar, manteiga, farinha e um ovo. Mexer tudo e pôr na caneca untada, levando depois ao micro-ondas por um minuto, mais ou menos. É capaz de ser bem mais saudável...
O raio da caneta não se me acaba! Caraças, pá! O caderno está também ele no fim, devia ter trazido um suplente, mas esqueci-me. Tinha realmente pensado nisso, mas olha, não trouxe. Claro que posso comprar um e pronto, mas acontece que já tenho um lá em casa destinado a prosseguir a minha vida de escrevente à mão, manuscrevente, ah ah. Esse caderno, a bem dizer, já está estreado, levei-o comigo num dia em que fui ter formação acerca das novas modas em faturação, ficheiros SAFT-T e isso assim, foi em janeiro de 2014, para aí, se a memória não me está a falhar, e eu tinha-o levado para registar as impressões do lugar em direto, que é coisa que me dá um enorme prazer, e ao mesmo tempo distrair-me-ia da multidão. Lembrei-me que aquele anfiteatro fez-me sentir no mínimo esquisita, a plateia era esconsa que eu sei lá. Mas venci medos, ai venci, venci.
Bom, se este caderno findar a meio das férias, olha, paciência, não vou encolher a vontade de escrever, que é lá isso.

São não sei que horas, mas vá, estou a filmar-me neste momento, o que estou para aqui a registar vai ser transcrito para o blogue. Bom, na verdade não sei se vai, que eu tenho sempre dúvidas: e se e se e se. Seja lá como for, estou a filmar-me. Mudei de posição, tracei a perna. Eh pá, às tantas fico demasiado exposta. Tenho dúvidas que fique bem.
Há uma gaita lá fora, não sei que é aquilo, será um realejo? No filme vai-se ouvir. Oh céus.
Cinco e tal, ou lá que é
Ando sem saber como fazer os filmes no canal. Estou a filmar-me a escrever, outra vez. Vou aqui especificar o que conto fazer: um filme que se chamará 'Gina, escreve!' mostrando esta que escreve, escrevendo em vários lugares e não só nas férias. Pô-los-ei também na compilação de vídeos das férias. Acho que vai ficar giro. Estou a filmar-me, já disse. Pois estou. Acho que no fim das linhas, a pedra da crua vermelha, a qual resolvi colocar em cima da mesa e, por junto, duas pedras que já recolhi do Mediterrâneo.
Está um ventinho fixe. Acho que a parte da cabeleira oscilando ao vento vai ficar giro em câmara lenta.
Tenho estado a ler, aos poucos. Gosto deste livro, é bom, fala duma miúda de 16 anos que vive numa comunidade menonita, cujas doutrinas são difíceis de levar, tudo é mau, tudo é pecado. Bom, no fundo é como em todas as religiões, vá, há sempre aquela coisa do proibido, ai não podes, ai não faças, ai que pecas, ai que és mau/má. Ora, vão mas é à merda. Todos. (E o raio da caneta não se me acaba...!)
18:04
A hora, quem diz é a máquina fotográfica não tão espectacular assim, portanto é a hora portuguesa, portanto aqui são mas é sete e picos, óié. (E o raio da caneta não se me acaba...!)
Estou na praia, ouvindo os espanhóis a confraternizar, coisa que fazem mui bien. Sério, são fantásticos nisto do convívio. Tenho sempre a impressão que falam mais que os portugueses, mais alto e mais alegremente. Tenho essa impressão, a qual pode obviamente surgir na minha cabeça somente por estar aqui, agora, ouvindo a espanholada veraneante e não a portuguesada, em Portugal e noutra hora, que não a que agora vivo. Tudo perceções mutáveis, assim mude eu de lugar. (Estão de abalada os espanhóis mais barulhentos do momento.) Ressalvo desde já que eles são barulhentos mas eu marimbo pra isso. Sério, pessoas são pessoas, podem falar como e onde quiserem, ora essa.
Bom, estão a ir embora todos, na verdade, e é também na verdade que a praia vai esvaziando, como a tinta desta caneta: é cada vez menos, cada vez menos, cada vez menos, cada vez menos. Eu bem que me repito, tanta redundância, credo, oh céus, a ver se a tinta cessa, mas não. Vai ser no momento inesperado, quando eu estiver de roda do inesperável, só pode. Isto é o destino a mostrar-me que não mando, portanto: não sei.
Não sei que horas são, são para aí dez e tal da noite
Estou num restaurante italiano, as pizas aqui são boas pra caraças. E enchem. E a gente só pediu uma, olha se... Mas vai haver sobremesa, ai vai, vai, ah pois vai.
Não sei o que escreva, a verdade é essa, é por isso que ando de roda das minudências. Mas é que tenho de escrever, para esquecer. Para não me aborrecer. É sempre a mesma coisa, seja no estaminé, seja junto à árvore amarela, seja ao pé das meninas-estátua, seja aqui, de férias, pertinho do descanso de todas essas coisas, mormente o estaminé. Mas não. É igual. Igual, igual, igual. Olha eu, a repetitiva. Bah. O ponto em comum sou eu, eu: o centro do mundo, do meu, e havendo um universo só meu (pois há), seria meu. Ah, o esforço que eu às vezes faço para não ser o centro, o umbigo, oh céus.
Las Chapas, 10/7/2016, domingo, 14:56
Foi um problema perceber que horas são, oh céus. Bom, paciência, não é. É.
Não fazer nada. Fazer nada é o quê? Acho impossível, isso. Consegui-lo é-me difícil que se farta, tendo a aborrecer-me. Na TV passam peças relacionadas com o final do Europeu-eu-eu de Futebol, jogo no qual está Portugal incluído, vai ser Portugal – França mais logo. Quem ganhará? Pois... Não ligo lá muito a Futebol mas pronto, gostava muito.
19:15, mais ou menos
Estou a escassas horas de poder dizer que tenho 48 anos, isto com enorme propriedade. Estou também a escassas horas de poder dizer que tenho 47 anos. A vida é assim, verdadeira e uma grande mentira em simultâneo. Neste momento estou para aí na terra de ninguém, assim mais ou menos como quando estou perto duma fronteira, porque na verdade é isso mesmo: fronteira, aqui 47, ali 48. Estou também a escassas horas de ter mais um post no blogue, deixei-o programado. Como estarei longe da Internet no meu aniversário resolvi ir escrevendo acerca de. E publicar.
22:30
Portugal a jogar com a França. 0 – 0, aos 70 minutos. O horror, Ronaldo fora do jogo logo ao início, vítima duma sarrafada dum cabrão francês de que não sei o nome. Bom, adiante.
Amanhã faço anos. Vamos ao Refugio del Juanar, conto deixar lá a pedra da crua vermelha, foi o Luís que sugeriu o lugar e eu acatei. É uma ideia fixe, assim fica na serra, à vista do pessoal, se a deixasse no Mediterrâneo, mesmo que à beira-mar, supostamente enterrar-se-ia na areia ou então na água.
Las Chapas, 11/7/2016, segunda-feira, 9:45
Podia ser antes 9:48, ah ah, que eu hoje faço anos, 48, 4x12, 2x24, 8x16, ah ah. Pronto, já cá cheguei, estou cada vez mais velha, isto já não melhora, quando digo isto, digo a carcaça, o exterior, que o interior bem que posso melhorar, agora se melhoro ou não... Sim, melhoro, em alguns dias melhoro, pois.
Qualquer dia morro, o mundo avança, eu também, com ele, quer queira ou não, e vou com o mundo, envelheço até não poder mais e morro. É.
No outro dia fiz uma conta gira: nasci em 68-07-11, o que perfaz 86... ah ah, o contrário de 68, uma inversão, ah ah, quiçá a idade em que. Bom, eu hoje faço anos, 48.
16:19 ou então 15:19, não sei bem
E não sei bem porquanto ainda não fixei se o meu telemóvel efetivamente se resolveu a singrar pelo horário espanhol, ou então não. De modo que ele diz 15:19 mas às tantas são 16:19. Obrigadinha. De nada, ora essa.
Há pouco lembrei-me que faço hoje exatamente 576 meses, fiz as contas: 48x12 e deu 576. Fiz de cabeça. E dias...? Não vou fazer de cabeça mas assim à cabeça digo já que são 30000 e tal, óié.
Almoçamos no mesmo restaurante de há dois anos. Fiz inúmeras filmagens. Ao longo desta experiência de filmes e quês tenho descoberto que, mediante a possibilidade de rever o que faço e idealizo, bem como o que digo, que vou construindo as ideias conforme a vida me corre, acabo por me mostrar um tanto ou quanto inconstante no apurar dos factos, ou seja: mostro-me contraditória e até tola. Como tem sido o caso do depósito / largada da pedra da crua vermelha, evento que ocorreu há poucas horas, onde pude, finalmente, dar um destino à dita pedra. Deixei-a junto a uma rocha onde alguém escreveu nomes a azul. Quem passar vai olhar para os nomes e, quiçá, note a cruz vermelha que, comparativamente, é muito mais pequena, mas, sendo vermelha, alguém há de lá pousar o olhar.
Fiz café. Quem quer? Eu. Eu quero. Tinha a cabeça a precisar de café e o corpo a rejeitar a ideia devido ao calor que está. Não, não gosto de refresco de café, gosto de poucas coisas com café, eh pá, que seja só café e pronto! Gosto do (um golo de café) café no tradicional Bolo de Bolacha, mas de resto não gosto de mais nada senão se não senão? se não? (não sei) do café. (E a caneta que não se me acaba, pá!) (dois golos)
Pois é, fiz uma série de filmes em torno da pedra e tal, nalguns (três golos) tive a preciosa ajuda do Luís, que aliás tem entrado em bastantes filmes nestas férias, e vou (quatro golos) ainda contar com ele mais vezes durante esta (cinco golos) estadia. (seis golos) A propósito de golos: Portugal é Campeão da Europa em Futebol, o que para mim foi incrível. 1 – 0 França: 0, claro, ah ah. Golo único, bola de Éder na segunda parte do prolongamento. Sim, foi um enorme sofrimento, oh céus. A caneta morreu. Finalmente. Agora é a verde, está bem. Vai ter que estar.
(contudo, no blogue continuarei a preto, mas fique o leitor sabendo que escrevi a verde nos restantes dias)
(vou no entanto simular a morte da caneta naquele parágrafo, usando as cores de acordo com o momento)
9 e tal da noite, que ainda não chegou a noite
Estou no restaurante não sei quê. Ao almoço, afinal, não cheguei a registar que é o Refugio del Juanar, e este sei lá como se chama, mas é aquele mesmo, à beira-mar, cheio de portas envidraçadas, que estão sempre abertas nesta altura do ano, que noutras sei lá eu. Vamos comer dourada ao sal e gambas, com coisas tão variadas como champiñones e jamon. Agora me lembro que há montes de restaurantes com as características que mencionei, portas envidraçadas e tal, é toda uma correnteza deles beira-mar afora, mas como não me lembro do nome deste, olha, fica assim.
O nome do restaurante, soube agora, é 'Carlos e Paula'.
Las Chapas, 12/7/2016, terça-feira, 10:13 (hora local)
Tenho a certeza das horas que são. Ok, vá, estou de férias, pra quê querer saber as horas? Acaso alguém me espera? Não. Ofe crousse note. Bâte... Gosto de saber as horas, gosto, ainda, de saber que controlo o tempo que passa, como se soubesse exatamente quanto mede meia hora.
13:13
Olá, olá! Olá, olá! Vou almoçar.
15:25
Olá, olá! Já almocei. Na verdade comi pouco. Se há coisa que me acontece aquando das férias é esta ausência de fome e, por junto, a fome permanente. É, é. É que é mesmo assim que sinto. Estou para aqui a pensar no melão casca de sapo que vi no supermercado não há muito tempo, há para aí uma hora ou coisa assim, estou até a sentir o sabor a melão casca de sapo na minha boca. Hum-hum! Olha eu a gastar espaço no caderno com estas repetições parvas.
Las Chapas, 13/7/2016, quarta-feira, 13:48 (hora local)
Reta final das férias! É como uma subida, custa o tempo a passar. Não sei porque fiz esta comparação mas fiz. Tenho a cabeça vazia, o que tem a sua piada, já quase não formo textos, estou cansada sem nada fazer, não estou cansada de férias, que é lá isso, tenho é saudades dumas coisas importantes: filhos, casa, cão, cama, pratos, tachos, toalhas, varanda, roupa, café... Ah, café! Café, café! Vou fazer daqui a pouco. É bom, o café que eu faço, ponho muito pó para me espevitar. E espevita? Não sei mas assim de repente parece que sim.
15:22
Cá estou, óié! Tanto ponto de exclamação, tanta treta escrita, registada para a posteridade, óié.
(estou a filmar-me, ah ah)
Há pouco estava a pensar que há pouca coisa tão inglória e infrutífera como isto de registar memórias. Eh pá, a sério, mas quem vai ler isto?! Pouquíssimas pessoas. Para já, as que me conhecem e amam deverão deixar passar algum tempo (parei a filmagem aqui) até que tenham coragem de ler os meus diários e os meus blogues, falo de quando morrer. Pois. Quando eu morrer os entes terão de conseguir ter a dor suavizada ao menos um pouco, por ação do tempo, esse milagroso, até que consigam 'ouvir-me' sem sofrer muito. E isso demorará imenso tempo, será tanto que dificilmente se sentirão capazes de me 'ouvir' algum dia. É então infrutífero. E inglório. Pois. Bem, espera lá, inglório talvez não, que quando alguém morre é automaticamente promovido a boa pessoa, mesmo que no fundo.
Estive a contar quantas páginas escrevi o ano passado e são trinta. O ano passado manuscrevi memórias pra caraças, ao contrário de todos os anos em que trouxe o diário. Este ano já escrevi vinte, esta é a vigésima página, que acaba agora, ó. Entro então na vigésima primeira página, a partir d' agora, ah ah. E é assim que acaba de acontecer uma maneira subtil de transcrever isto para o blogue e ficar a perceber-se, ah ah.
Tenho escrito sempre com o tom com que escrevo no blogue, já que a ideia foi sempre estes escritos irem lá parar, já para não dizer o quanto me seria penoso andar para aí à procura de modos de escrever, só porque passa primeiro pelo diário. Pronto, estou a acrescentar um passo, é só isso.
16:55
Vou para a praia não tarda. É que se vamos assim tipo às quatro, está um calor que não se pode, ainda dou cabo da pele, ou o caraças. (estive a filmar este bocadinho)
Las Chapas, 14/7/2016, quinta-feira, 10:12 (hora local)
Está chuvoso, o tempo, o que é uma chatice, portanto. Estou aqui a sentir o ventinho fresco nas costas. Este tempo assim é chato por conta de ficarem estragados os planos de praia e isso. Claro que podemos bazar daqui, dar uma volta de carro, mas ocorre que já conhecemos quase tudo, e depois, a estadia assim no fim, faz com que a lassidão já se tenha instalado de tal forma que dificilmente a eliminaremos.
11:00
Acedi agora à piscina e o relógio do átrio disse: ó Gina, são onze horas. Olhei para ele e constatei que falava verdade. Relógio verdadeiro, aquele, portanto. (estou a ser filmada, ah ah)
11 e tal, agora
Estou na praia. Bom, o sol lá despontou, óié. Está assim como que meio escondido, o ventinho é ainda algum, mas, eh pá, tasse bem e pronto, bora lá pra dentro. (filmagem aqui também, óié)
14:07
O giro é que hoje é 14 do 7, ah ah, e são 14 e 7, ah ah, do e e, ah ah. Bom, realmente falta-me assunto. Não falta nada, falo do momento final, que é este, vamos embora amanhã de madrugada, podia, e posso, escrever de como me sinto. Sinto-me triste por abandonar tudo quanto de bom me é dado viver aqui, mas saudosa dos filhos, da casa, do cão, portanto: feliz.
Algodonales, 15/7/2016, sexta-feira, 6:30
Sim, 6:30. Ui, que cedo e a gente aqui, oh céus. Café. Cabeça pesada e isso, portanto: café. Não conseguimos dormir, vai daí, olha, levanta-te mas é, olé!

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