quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Primeiro

Bom dia. São onze e nove.
= 20
Cheguei há pouco do lugar escondido e de lá disseram-me – a nespereira, a videira, a rosa, ou então não sei, mas disseram-me – que a chama alta é como ter uma lâmpada bicuda e de casquilho fino, com uma intensidade de luz muitomuitomuito alta. Chama alta não é a que sai da vela quando a cera derretida humedece o pavio e, pelo esforço de continuar alumiando, a chama alteia e dela sai uma tira de fumo que grita, não quero morrer!, não quero morrer!, não senhores, chama alta é aquilo que há pouco me disseram no lugar escondido.
Entretanto dei com a rosa que consta vai para oito dias no blogue, a rosa isto e aquilo, a rosa assim e coiso. A foto abaixo foi tirada ontem, à despedida. Adeus rosa, venho amanhã, disse-lhe eu para a descansar. Não publiquei a foto no blogue porque era um tema diferente, não senti como sendo a rosa isto e aquilo ou assim, portanto: segue hoje por modo a ser admirada, também pelo mundo, a minha despedida. E é de notar a sombra expressa desta que escreve, fotografando a rosa, quando no pensamento: 'que bonita, a rosa, esperando eu aparecer'.


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