quarta-feira, 31 de maio de 2017
Não é novidade
descontentamento, é:
querer morrer
mas não morrer
ó Gina, então mata-te
não
Vinha eu ali assim quando num repente me lembrei da não-novidade acima, que ocorreu tal e qual como me ocorreram milhares de ideias, resultando posteriormente em um ou mais posts. A novidade tampouco está no tema, 'migos. É, não é novidade.
Presumo que esta não-novidade mais não destila do que azia e estupidez, o que lamento, eu queria que destilasse humor rude. O que vale a mim é que no blogue esses desajustes não fazem grande mossa.
As minhas línguas voltaram e idem para os achaques. Hum, assim fico queixosa, né?, mas olhem que não passa de uma novidade que quero dar.
Não é novidade
Foi ontem
Foi ontem, também, que consegui estas fotos, lá no lugar escondido:
Sei que quando escrevo no blogue repito assuntos e expressões, mas não só, nas fotos repito cenários e temas, e as que ontem apresentei do 'a caminho' e do 'lugar escondido', são iguais a dezenas de outras fotos que fotografei em dias passados. Está bem que o dia e o mês são outros, quiçá seja um outro ano, está bem que muda a paisagem, ora há folhas nas árvores em verde, ora as há rolando no chão em castanho, ora flutuando ao vento em verde e em castanho, está bem que a vida muda-se e me muda, daí nasce o desejo de fotografar tudo. Tudo. E se todos os dias, pois que vá lá a ver, clica aí, ó Gina.
geralmente marimbo para isso de me repetir -
atão e depois, né?
é nada
e vai que...?
vai nada
há problema?
nop
qual?!
é que nenhum, mesmo -
Geralmente marimbo mas ontem não marimbei completamente, fiquei a pensar que sou chata, afinal o blogue é visto, lido, e repetindo imagens nada mais faço do que afastar-me da frescura de uma novidade, o que me afasta
também
das pessoas.
Mas pronto, as imagens acima é que me fizeram lembrar o medo de aborrecer os leitores, ideia tão velha como velhos são os meus cliques aos sinais de trânsito, e sim, aqueles sinais de trânsito, às corzinhas, ó pá tóin xiru!, com o programa especial da minha máquina fotográfica montes de espectacular, aquele que extrai esta ou aquela cor, sabem?, máquina essa que, vejam lá, também filma, e é com ela que faço os meus vídeos.
Mas pronto, as imagens acima é que me fizeram lembrar este assunto, dizia eu, porque não me lembro de alguma vez ter tirado uma fotografia ao contentor de lixo orgânico, não sob aquela perspetiva, por isso guardei-as para hoje, por isso desenvolvo o meu repetirrepetirrepetir hoje.
E agora as fotos 'há-brólhos'. O 'há-brólhos' resulta de um olhar (meu) e escorregar (meu) da expressão 'um abre-olhos'.
Ó pá, entretanto ficam aqui também, pronto. Não que tenha alguma coisa a ver com o assunto exposto neste post, mas é que também tem, e como tem, tem e fica. Aqui. Cá.
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E agora as fotos 'há-brólhos'. O 'há-brólhos' resulta de um olhar (meu) e escorregar (meu) da expressão 'um abre-olhos'.
Ó pá, entretanto ficam aqui também, pronto. Não que tenha alguma coisa a ver com o assunto exposto neste post, mas é que também tem, e como tem, tem e fica. Aqui. Cá.
terça-feira, 30 de maio de 2017
Cores
Passei mesmo debaixo da árvore arredondada. Mesmo. Estava fresquinho. A árvore arredondada está também verde escuro. Digo também porque a árvore amarela está, e essa cor chegou primeiro ao blogue. Foi no outro dia que fiz o registo e como sou muito boa a espalhar notícias, decerto já o mundo sabe das cores.
Lugar da musa
Nada de septuagenárias, hoje, no lugar (que também pode ser) da musa, nem nenhuma das outras pessoas que já caracterizei no blogue.
Não trouxe o livro.
Ah, que estranho... Sério?! E por modo de quê, ó Gina, terá sido a desconcentração do costume?
Nem tanto.
Há para aí um mês que não leio e também é por falta de vontade, qual desconcentração, qual quê, desconcentro-me, sim senhores, mas porque me aborreço facilmente das leituras. Eu não sou leitora, a verdade é essa. Não sou leitora, 'migos.
Café
Tenho não sei quantos miligramas de cafeína percorrendo-me as veias.
Como é que eu sei?
Pues que no, pois que sei lá eu, né?
Mas deve ser, de certezinha. Viajam. Os miligramas de cafeína viajam.
Venho dizer que já me estreei em café lá no nepalês da frutaria e que é bom, nota-se o pouco uso que a máquina tem, mas adivinha-se o bom café. Talvez seja como o bom vinho, quando novo já se percebe nas notas de fundo a boa qualidade que há de atingir.
mil e cinquenta e cinco gramas de bananas
quatrocentos e vinte gramas de morangos
setecentos e oitenta gramas de alperces
Ó pá, os alperces foram pesados em conjunto com dois pêssegos... ai perdão, nectarinas porque são de preço igual, vai daí não sei quanto pesavam os pêssegos... ai perdão, nectarinas e assim até parece que comprei mais alperces do que aqueles que efetivamente comprei. Uma chatice. Tenho uma vida mesmo atribulada. É.
As nectarinas, escolhi as que escolhi porque:
uma tinha uma mancha rugosa, seguramente resultante do sol em chapa, o que lhe confere doçura extra
outra tinha um umbigo, um redemoinho, um furinho, sabem?, tipo isso assim, o que pressagia doçura até mais não, aí, mesmo aí, no furinho, mas por baixo da pele
Foi ontem
Ontem visitei o lugar da musa do antigamente. À conta da viagem de longo curso era preciso comprar um mapa de estradas e ali é lugar para me safar da tarefa.
Comprei.
Há mais de um ano que não entrava na livraria, olhava para a entrada – por poucas vezes, é certo – e sentia saudades da mistura de cheiro a livros e café... Mas não ia atrás do cheiro, o café não valeria a pena, o sabor seria fraco e a espuma seria rala, foi por isso que deixei de lá ir. Atrás do balcão vislumbrei a livreira mais simpática que por ali se move, e que 'no meu tempo' era a única que safava o sabor e o prazer que sinto em beber café. Decidi então beber. Vá. Não estava mal, mas também não estava bem, quanto mais muito-muito-bem, que era esse o meu desejo. Não estava, mas olhem, matei a saudade da bolachinha e do pau. De canela. Ora acontece que a bica encareceu e não foi pouco, cerca de vinte e cinco por cento. Fornecem bolachinha de canela, está bem, fornecem pau de canela, está até muito bem, mas já 'no meu tempo' forneciam. Pois.
Primeiro
segunda-feira, 29 de maio de 2017
É d' oiro
Na grande loja todos se afastaram do meu caminho, inclusive o funcionário recentemente admitido. Ó pá, ó 'migos, então que é lá isso? Nada temam, há coisa de meia hora tomei o calmantezinho que atenua os maus modos. Sério.
Eu sei que não parece nada mas tenho um coração d' oiro. É por baixo da pele, mas é. Sério.
Eu tenho dois amores
Tenho dois capacetes, porém não amorosos, nem eu tampouco o sou, e assim me apresento incapaz de os contagiar com amor, vai daí, percebo agora, o título deste post é descabido, mas foi criado com tal amor que o deixo viver... Quero dizer: amo as minhas criações, muito embora não lhes note amor. Pronto, é isso.
O capacete integral protege toda a cabeça, já que partes como nariz, queixo e maxilares são verdadeiramente frágeis.
O capacete aberto não, o mais que faz é tapar o alto da cabeça e orelhas. Pode dizer-se que promove o perigo. Hum, não. Espera-o. Hum... Habilito-me à gravidade em caso de vir a ser uma pessoa acidentada, vá.
O capacete integral é, portanto, estupidamente mais seguro que o aberto.
O capacete aberto é, portanto, estupidamente mais desejado, que em chegando um calorzinho me mudo para aí e daí não saio.
O capacete integral aperta-me a cabeça e claustra-me todo o corpo, é como se estivesse toda eu dentro daquela merda.
Lupa por sobre a afirmação acima: enfiar o capacete, apertá-lo e mantê-lo fechado é-me como uma prisão, falta-me o ar e deixo escapar bens essenciais, como calma e confiança, dando espaço a males que em mim há e se manifestam a cada fresta que a vida abre.
O capacete aberto é amiguinho, nem sequer me estraga o cabelo, quanto mais apertar-me a cabeça e dar-me cabo dos miolos. Até aperta e até dá, mas é coisa pouca.
Posto isto, e ainda assim, aquando do longo curso viajarei com o capacete integral enfiado nos cornos e/ou vice-versa. De nada, ora essa.
Post montes de comercial
Eu cá sou comerciante mas ainda não vi nenhuma das novas notas de cinquenta euros.
Primeiro
Bom dia. São dez e cinquenta e cinco.
Olha a murcha flor
Que deixou do o ser
E passou a sê-lo
É que passaram dois dias
E dois dias é obra numa velha flor
Mesmo com água
Já para não falar que água
(se em demasia)
Mata
Vai matando
Olha a murcha flor
Que deixou do o ser
E passou a sê-lo
É que passaram dois dias
E dois dias é obra numa velha flor
Mesmo com água
Já para não falar que água
(se em demasia)
Mata
Vai matando
Olhem: hoje deixo já a foto – pois...é só uma, oh - com o tal filtro do tal bifanqui das netes, a ver se faço tal e qual os outros dias e tal e tal.
domingo, 28 de maio de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
De manhã
De manhã fui ao supermercado.
- - - ah... - - - não digas... - - -
Encontrei o meu vulgar automóvel de matrícula portuguesa sob um jacarandá. Resultado?
Pois, é isso, óleo e mais óleo vertido pela bela árvore.
- - - acho que é óleo... - - -
E não
- - - ai não, não - - -
não fui eu que o deixei lá.
Também tinha flores, que mesmo sob a deslocação do ar, nos cinco minutos que levo a chegar ao supermercado, não voaram dali.
--- ai não, não ---
O óleo não deixou, é peganhento.
--- ai não, não ---
O óleo não deixou, é peganhento.
- - - ...óleo? - - -
Será resina...? Não é.
- - - pesquisei e nada - - -
Oh.
Primeiro
Boa tarde. São dezassete e vinte e seis.
Há tartes folhadas com maçã a diversos níveis, pois tanto podem ser pequenas tartes familiares, como grandes tartes individuais.
Gosto, e não é pouco, de explorar os programas para - suposta e esperançosamente - melhorar fotos, por mim publicaria cada uma das minhas fotos com todos os filtros de todos os programas que para aqui tenho. Mas não. E esta conversa toda é para registar que esta foto, apresento-a virgem, é que nem cortes tem.
sexta-feira, 26 de maio de 2017
De resto, está tudo bem comigo, obrigadinha
Massas frescas
Fiz no processador, a primeira vez. Não estive mal. Mas.
Havia visto o Jamie Oliver fazer no seu programa de culinária – do qual não recordo o nome mas recordo que passa no canal 24 Kitchen – constando dos seguintes ingredientes, à porção por pessoa:
100 gramas de farinha de trigo
1 ovo
sal qb
(julgo até que o Oliver nem pôs sal, mas eu, Gina Maria, acho melhor que)
Processa-se tudo até ficar uma bola de massa. Retira-se, coloca-se na bancada enfarinhada e estende-se. Acerca da forma a dar à massa, pois que é com cada um, mas anuncio que a mais rápida, fácil e corriqueira forma é tagliatelle, sabem aquelas tirinhas de 5 mm de largura?, são essas, muito embora se possa fazer, por exemplo, lacinhos. Cortam-se quadradinhos de aproximadamente 25 mm e apanha-se-lhes o meio por modo a parecerem então os tais lacinhos.
À-parte: Os italianos chamam-lhes farfale, os portugueses chamam borboleta à farfale dos italianos, eu, que sou portuguesa, não estou certa de as embalagens de massas secas que as fábricas portuguesas produzem lhes chamarem lacinhos, mas eu, a portuguesa, chamo.
Obviamente há mais formas a explorar, e há tantas que é uma infinidade, mas por ora deixo a prosa, no que ao assuntozinho formas-para-fazer-massas-frescas diz respeito.
Pode também fazer-se a massa à mão, claro que sim, tendo, aí, uma questão favorável, isto sob o rescaldo das experiências que fiz: as lâminas do processador, quando misturam os ingredientes, aquecem-os, de modo que, sendo assim, - ai tanta vírgula, credo, mulher, - o glúten desenvolve-se imenso, levando a massa a encolher quando é estendida. Ora uma massa que encolhe, engrossa, e as massas frescas querem-se o mais fino possível, quando não, a gente está mas é a comer uma base de tarte em forma de tagliatelle ou coisa assim.
Mais coisinhazinhas, mais coisinhazinhas, mais coisinhazinhas...
A massa não vai ao frio, é para estender logo após a mistura, podendo, no entanto, eventuais sobras ficarem no frigorífico um dia, ou então congelar e, se cortadas e prontas a ser mergulhadas na panela, tanto melhor.
O tempo de cozedura é menor, a massa está fresca e hidratada, conte-se 5 minutos, é suficiente.
De notar, ainda, que esta massa fica sempre al dente, quem não gostar da textura de massa a modos que crua, como se usa em Itália, afinal é de lá que vêm todas estas ideias, pois que se deixe de tentar fazer as suas massas.
A vida de quem quer fazer massas frescas em casa melhora consideravelmente se o dono dessa vida decidir adquirir uma maquineta montes de engraçada que estende todo o tipo de massas, mediante uma manivela e um botão que ajusta espessuras.
Ai que mia txequecendo: depois dos cortes da massa, seja lá qual for a forma que se lhe dá, polvilha-se abundantemente com farinha, por modo a não se pegarem umas às outras, e olhem que quando digo abundantemente é para ser mesmomesmomesmo abundantemente.
Ai que mia txequecendo: depois dos cortes da massa, seja lá qual for a forma que se lhe dá, polvilha-se abundantemente com farinha, por modo a não se pegarem umas às outras, e olhem que quando digo abundantemente é para ser mesmomesmomesmo abundantemente.
Ó pa tóin xiru!
A ideia era escolher uma foto, somente uma, a não cansar a vista ao freguês, a não preencher espaço com imagens estéreis. Antes dos cliques já eu me inclinava à primeira, a do filtro pop. Mas não. Acabei por clicar com outros filtros, os da extração desta ou daquela cor, e, na incerteza da escolha, e uma escolha é uma redução de valores, deixo todas e acabou a conversa.
Primeiro
Bom dia. São onze e cinquenta.
Ó pá tóin xiru! Presumi que a murcha flor arrebitasse e arrebitou. O que um litro e meio de água fresca faz a trinta centímetros de caule. Na foto, arrebitei também eu os dedos dos pés, ó pá, só por dizer que mal se nota. Mas, descontente, cliquei novamente. Eis as imagens:
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Jacarandás, eu a julgar que
Pronto, temos a cidade cheia de pétalas liláses
- aS cidadeS -
Subi a rua dos 52 jacarandás e julguei boa ideia contar quantos têm flores, mas deixei para aquando da descida.
Na descida julguei que havia apenas um jacarandá sem flores. Perscrutei até julgar suficiente e não vi nem uma nesse um. Julgava eu que lá por ser um dos jacarandás mais cheios de ramos teria forçosamente que lhe ver lilás, mas não.
Lisboa, rua Almirante Barroso, contas de maio, aos 22 dias:
51 jacarandás com flores
1 jacarandá sem flores
|bem sei que hoje é 25 de maio mas é que entretanto andou-me este assuntozinho dentro da cabeça, e assuntozinhos aí é coisa que desejo até mais não, ocorre que foi ficando a fazer-me companhia, vá, que enquanto isso era meu|
Da flor encontrada ontem
Quando cheguei ao estaminé dei com a flor de cabecinha baixa, como que reverente, ou, quiçá, lendo a poesia que umas quantas bobines de fios elétricos emanam de si a cada noite. Há neles poesia, sim senhores, até durante o dia, daí eu saber. Ora bem, a meio do post anterior tirei uma fotografia montes de espectacular com a minha máquina fotográfica montes de espectacular, ó:
Já ontem, ao depois de preparar o post da flor, me pus no bifanqui das netes a mudar-lhes o aspeto, que deixo hoje, ó:
Entretanto, a tarde meio passada, mergulhei o longo caule da murcha flor (fica tão bem, não fica?, murcha flor?, bem melhor que flor murcha, né?) numa garrafa cheia de água. Sempre quero ver se a murcha flor amanhã me aparece arrebitada. Até lá então, ó assuntozinho desta que escreve os seus dias num blogue. Só falta dizer que a garrafa tem a capacidade de conter mil e quinhentos mililitros. Neste caso é redundante dizer de um líquido, né?, afinal mililitros pressupõe líquidos. Ó pá, coiso, adeus post lindo e acabou a conversa.
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