terça-feira, 30 de junho de 2020

off

Fui dar com o computador doméstico parvo. Tinha o botão aceso, zumbia como se estivesse ligado, mas não reagia a estímulos como clicar em qualquer tecla ou mover o rato. O ecrã estava escuro e o led intermitia, o que significa computador off. Não percebi aquilo. A solução foi a dos ignorantes – clicar no interruptor da tomada. Pois. Depois ficou tudo bem.

Perguntas

Das perguntas, há que não fazê-las, primeiro porque as respostas são engates, segundo porque a ignorância tem um lado mui belo, o da pureza.

Perguntas vermelhas ou perguntas vermelhas?

Crumble de ameixas e pêssegos
Quem gosta de, e da, acidez, quem é quem é?
Sumo de melancia e banana e laranja
Sabiam que a goma da banana sustenta as insustentáveis partículas da melancia e que o sumo da laranja estanca a oxidação?
Morangos
Vou ter que me lembrar de algo para usar os morangos... Que tal na salada de alface?
Pão de beterraba
Como é possível que a cozedura consiga que um legume que sabe a terra adoce...?

d.i.a.s.

dia d
Acordei mais cedo que o costume. Ainda. Abrir de olhos absolutamente desnecessário, este. Era ainda meio escuro. Levantei o estore para observar o abacateiro a receber a luz do dia. Solar é que  o dia não estava, era só nuvens no céu, todo cinzento e tal e tal. A frase chegou. Chegaram frases que, juntas, formavam um texto coerente. Senti uma certa esperança em conseguir fixá-lo. Mas não.

dia i
Acordei mais cedo que o costume. Levantei o estore e fui vendo o dia a acontecer, o sol ganhando força e calor, a parede do prédio alaranjada as folhas do abacateiro a dourar. A frase chegou.

dia a
Acordei mais cedo que o costume. O costume agora é este, está visto. A frase chegou. Havia sol e descobri-o na minha cozinha. Tirei fotos, que publiquei no lbogue... ai perdão, blogue, aqui

dia s
Acordei mais cedo que o costume. A frase chegou. Decidi levantar-me. Decidi levantar o estore e dei com um - um não - o! abacateiro igual a todos os dias, não me apeteceu inventá-lo. Verti líquidos, despejei líquidos, ingeri líquidos. Acabei de encher a máquina da louça e pu-la a lavar, o que também tem que ver com líquidos.

Gozos

Tem que dar gozo mostrar que um bê e um á resulta num ba
Tem que dar gozo mostrar que um 2 com um 3 resulta num 5

os!

estreei um caderno porque terminei outro
estreei o! caderno porque terminei o! outro

(bom, está então na hora de abalar em demanda de um caderno novo, isto para ter sempre um de reserva)

Carrossel

Não fosse eu um carrossel, o que seria? 
Desculpem por escrever tanto, desculpem por não vos querer. Desculpem, desculpem. 
Fez-me lembrar o meu 'desculpem, desculpem'. O link para esse post, querendo ler, é clicar aqui, porém, irresisti à republicação da foto que o ilustra, acho-a tão, mas tão, o avatar que, antes, se vê. 






Olá

Ó! Lá! Tu que vens!
Oh, quem vai ler?
Ó quem vai ler!

Não tenho lido os vossos blogues, 'migos. Não com o despacho ou a vontade ou o interesse que já tive e que – não duvido - voltarão. Isto porventura confirmará a lei do retorno, pois, existindo, então também não vem cá ninguém. Au eva, o mundo tem pessoas e os comentários nos blogues são movimentos do tipo humano. São orgânicos, lá está. Se os leitores somente pousam e lêem, nasce um clique, e um clique é uma coisa maquinal. Melhor: robótica. E estou para aqui a lembrar-me que os relógios são máquinas que servem para medir o que não tem tamanho (sem começo ou fim) nem forma (não se pode agarrar). De maneiras que, como aparenta ser uma espécie de inimigo, a gente quer dar-lhe a volta. Mas que lindo ficou tudo agora, a expressão 'dar-lhe a volta' assente em relógios.

dois pontos

cobardia:
fugir do que amedronta

Sonho

Sonhei que queria escrever coisas e não tinha nenhuma caneta comigo. Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, sofro horrores quando não posso escrever, e tanto assim é que
- oh vejam lá -
o sofrimento chega
– até -
até aos sonhos. Entretanto, no sonho, chegou-me o socorro das mãos do homem do blogue. Havia uma barreira entre nós, na verdade era um barranco, ele em cima e eu em baixo
- ?! -
e, por entre escapadelas, eu havia-lhe reconhecido a fisionomia, afinal foi-lhe impossível estender-me a caneta sem se debruçar. Depois, creio firmemente que escrevi coisas aos montes, e creio para não destoar da vida real, já que reconhecer a face de alguém que nunca vi só pode ser a irrealidade dos sonhos a comandar.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Molho

Entrei na antecâmara do Banco e notei que a máquina de depósitos estava em manutenção.
Oh.
Pensei eu. E pensei mais:
Vou lá dentro e despacho-me por contacto humano.
Au eva, logo que me aproximei da vitrine e gesticulei o primeiro pensamento, eis que a senhora do Banco, a mais carismática de todas, gesticulou por sua vez, levantando um grossíssimo molho de notas com uma de quinhentos virada para mim. Bem sei que todas as notas por trás daquela podiam ser de cinco, mas ainda assim era fortuna, aquele molho. Enquanto isto se passava ela ia dizendo o que percebi pela leitura labial – a máquina estava em manutenção. Mas isso já eu sabia e joguei-me ao gesto do segundo pensamento e vai ela e pumba, gesticula, desta vez erguendo o cartaz onde se anuncia que depósitos com humanos é só das treze às quinze.

Jogo

O meu colega zanzava pelo estaminé procurando pelos óculos de proteção, que eu sabia onde estavam. Quando o vi atarantado usei de espontaneidade e desafiei-o com aquele jogo do quente e frio. Ele embarcou. Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, esse jogo consiste em o sabedor ir revelando ao necessitado quão longe ou perto está do que procura, orientado com estas coordenadas – se longe: frio, gelado e afins vai anunciando, se perto: quente, escaldante e demais vai anunciando. Foi deveras engraçado regressar a este jogo, ambos concluímos que havia muitos e muitos anos que aí não nos detínhamos, ou tampouco o lembrávamos.

Estore de brincar

O meu colega considerou a hipótese de levar na mota todo o material necessário à montagem de um estore, acrescentando que eu ia ter que me pendurar na viagem para levar o rolo de lâminas, as laterais e o tubo, já que ele ia ter as mãos ocupadas com o guiador. Depois havia de ser giro, a gente Lisboa afora, o material de atravessado, eu à rasca para o manter na viagem e tal e tal. É claro que ele estava a brincar.

Cientes do cliente

É uma pena que os fabricantes de fitas de estore não leiam o meu blogue, pois, quando sim, ficariam cientes que vendi uma data de quilómetros desse artigo e o cliente disse maravilhas acerca. Incluo que acrescentou 'já experimentei noutros lugares mas a fita não é tão boa como aqui'.

Ó 'migo, é isso de nada, pois qual quê.

__Vou fazer

__Vou fazer bolo de bolacha, aquele à moda antiga. Parece uma flor. Pode encavalitar-se as bolachas. Não é encavalitar, é preencher espaços, intervalando, assim, as bolachas. Nesse caso fica uma flor menos flor, fica mais... mais sei lá o quê, fica com mais ondas, mais curvas, depois de pronto, o bolo já não vai parecer pétalas conforme as pétalas de um desenho infantil.
__Vou fazer bolo de iogurte com bananas secas lá dentro. E também avelãs. E coco, já agora. Há um resto de cada um destes ingredientes na prateleira do meio do móvel que está na despensa.
__Vou fazer crumble de pêra e chocolate e amêndoas laminadas. Há um resto de pepitas de chocolate e de amêndoas assim dentro da gaveta do camiseiro.
__Vou fazer batata-doce assada.

(__vou fazer e já fiz)

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__Vou fazer salada de alface e grão. E pimento vermelho. Ou amarelo.
__Vou fazer gelado.
__Vou fazer tarde de maçã com massa folhada.
__Vou fazer rolinhos de canela.
__Vou fazer massa folhada, que enrolo depois de a barrar com uma mistura de açúcar escuro, canela e manteiga. Corto tipo em bolachinhas e levo ao forno.
__Vou fazer creme de limão.
__Vou fazer caramelo.

(__vou fazer, ainda não fiz)

Outros focos*




*outros focos de aquando do post anterior
primeiro foquei o cortinado, depois as fitas

notas:
em todos os cliques, estes e o do post anterior, eram 6:22
nenhuma dessa imagens tem qualquer filtro ou melhoramento

De manhãzinha

Nestes dias o sol entra na minha oczinha... ai perdão, cozinha. É uma questão de lugar do sol e de hora de nascimento, pela altura do ano em que estamos, tanto assim é que, não tarda, não mais terei oportunidade de assistir a este espectáculo. Esta altura tem ainda a interessantíssima particularidade de ser o meio do ano. A ver se para o ano malembra de me certificar de o mesmo sol entrar na minha cozinha a meio do ano. Desse ano. O ano que vem, quero eu dizer.


*semfiltro

Carregar duas vezes

O meu colega telefonou-me para me pedir itens que esquecera e que precisava para o serviço em que se encontrava: uma ponta de fio e caixas de junção. «Já agora traz-me também a bateria da máquina, que já deve estar carregada, não vá ser preciso», pediu ainda ele. Chegada a vez de juntar os itens vi-me a braços com o retirar da bateria do carregador. Não dediquei muito tempo à demanda por logo me lembrar que podia levar o pacote inteiro – bateria e carregador, tudo bem que carreguei com peso desnecessário, mas despachei a tarefa num ápice.

Material cirúrgico

Abasteci-me de uma caixa de máscaras cirúrgicas, aquelas, as obrigatórias, e notei que vieram da China. Que ironia. A par com isto, a tradução não está em conformidade com a anatomia dos homens e mulheres, chamam ouvidos às orelhas. Quem é que apoia os elásticos daquilo nos ouvidos? Ninguém, né, não vai dar. Aliás: quem é que usa aquela merda com todos os requisitos apropriados?

Fixe

Hoje é que o Xano deixou uma anedota fixe:
A pizza é a comida mais estúpida que existe, é redonda, vem numa caixa quadrada e come-se aos triângulos.

domingo, 28 de junho de 2020

Escreves em uma tábua que pregas em duas estacas e que enterras no chão.

O pedaço de estrada está ladeado de lugares de estacionamento – todos vazios – que por sua vez estão ladeados de grandes extensões de terra baldia, que recebe um riacho. Mas antes do riacho e das extensões e antes dos lugares de estacionamento, há o muro menos importante de um edifício que é deveras importante. Todas estas partes formam um lugar desafogado e vazio de gente. E de imensidão. Portanto, e incrivelmente, aí há uma visibilidade esperada mas não se espera notoriedade, presumo que seja porque não se supõe que por ali caminhe alguém.

Unhas

Era ver unhas aqui e, ou, ali - ora no parapeito, ora no lavatório, ora na mesinha de cabeceira. Falo de unhas postiças, brilhantes e coloridas, que iam descolando das unhas da rica filha por entre idas à manicura. É giro, aquilo das unhas postiças, principalmente por caírem, claro. Mantive uma dessas unhas no parapeito do quarto para fazer de lembrete a este post. Essa unha foi encontrada num dos braços da máquina da louça. Sério. Era um dos porquês de a máquina não estar a lavar como deve ser. Está bom de ver que a rica filha, ainda que use unhas postiças e toda ela seja pelo brilho e brio e mais não sei o quê, trata da louça suja e, ou, lavada cá de casa. Até lhe caem as unhas, vejam lá.

É o fim do mundo.





Esta é a foto que está no post anterior. Considerei ser boa ideia pô-la na horizontal, duplicá-la e fazê-las tão manas como são as mãos. Ademais, assim, dá mais aspecto de coisa em fim, parece até que tanto está o Homem no fim do Mundo como o Mundo no seu próprio fim.



É o fim do mundo.

O piedoso

O Luís deu uma berlaitada numa mosca, que caiu, inanimada. Apanhou-a, pô-la junto ao ralo e abriu a torneira. A mosca encanou, sim senhoras e senhores, mas logo surgiu das profundezas. Diz ele que, dada a façanha, ficou sem coragem de insistir na matança.

Bicho-cão, ó:





sábado, 27 de junho de 2020

da indumentária: fato-de-banho com bolsos

por entre uma ida ao supermercado e uma ida ao supermercado,
o critério de escolha é sempre o mesmo,
a escolha é que pode ser diferente








Supermercado

Aquando de escutar a canção - digo: a caminho do supermercado - foi giro que as partes:

oh-oh-oh se te amo, se não tenho
oh-oh-oh, a vergonha de o escrever
(Quinta do Bill)

Coincidissem com curva aqui e ali, isto sem que ritmo e velocidade formassem um cúmplice par de dança. Pois não, não formavam, um desses dois ia mais lento. 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

dois pontos

registo:
hoje fui grafómana e havia já saudades (muitas)

Alfaces

Ora bem, eu ontem a falar das alfaces do homem do restaurante – que por ora está inactivo e mais não sei o quê – e vem hoje a vizinha da vizinha Gislena... Tenho que encontrar um nome para esta senhora que, por carismática ser, dispensa nome com um carisma do caraças. Vou pôr-lhe Paula. Ora bem, então, e vem hoje a Paula dizer-me bem das alfaces roxas. Deu-me até umas folhinhas. Sério. Percebi que ela percebera que desconheço a alface roxa mas tal não é verdade, conheço sim senhoras e senhores, só que o fulcro da questão era que a Paula diz que esta alface é menos pesada que a outra, foi dessa afirmação que fiz nascer o espanto. Mas pronto, ora essa, então. Nota de fim de linha: inicialmente, a vizinha da vizinha Gislena era outra, que é mesmo vizinha da vizinha Gilena. Contudo, esta outra, doravante a Paula, é menos vizinha das outras duas  - que o são muito mais entre si - e eu, dantes, chamava-lhe a vizinha da vizinha da vizinha Gilena. Mas entretanto baralhei isto tudo – como é possível, né? até nem é nada confuso! - e passei a chamar sempre 'vizinha da vizinha Gislena' a duas pessoas, que são até bem diferentes no modo e no trato. Então pronto, já está, qualquer dia invento um nome para a primeiríssima vizinha da vizinha Gislena.

Post com fartura

As pessoas fartam-se sempre das pessoas, embora umas levem mais tempo do que outras a chegar a esse ponto, mas o pior é quando as pessoas se fartam da sua pessoa.


Cheira a Lisboa

Lisboa, rua Alves Torgo, 26 de Junho de 2020, treze e quarenta e oito. Cheira a sardinhas assadas.

Engraçado é que não muito antes, e nem muito longe, o Xano tenha assomado à porta do estaminé para fazer o anúncio do que levava no saco – sardinhas. Precisamente. E também é engraçado, quiçá mais ainda, que ele depois do repasto me tenha vindo dizer que sim senhora, eram mesmo boas.

Resultado

É mais fácil gostar de pessoas bonitas. Se, por junto, não muito envelhecidas, melhor.

A ideia acima apareceu como resultado na minha cabeça porque reli o diário que está no post anterior.

fui às putas

(não é bem bem bem que fui às putas, é que tenho ido e fiz até um diário)


dezasseis do seis de dois mil e vinte
movie scene
calças em amarelo, fluídas e convenientemente forradas - vistas mas não experimentadas
camisinha em cor-de-laranja com grandes folhos nas cavas - vista mas não experimentada
t-shirt em branco ou cor-de-rosa ou azul-escuro com brilhantes – vista mas não experimentada
frendly cut
calças em branco largueironas, de tecido teso - vistas mas não experimentadas
t-shirts em bués coloridos, diferentes padrões - vistas mas não experimentadas
play not
t-shirt em verde berrante com chupa-chupa feito de contas brilhantes – experimentada e rejeitada, era cortada nas costas e não assentava bem precisamente aí
t-shirt em amarelo com um atado de balões feito de contas brilhantes – experimentada e rejeitada, era mais gira no cabide
t-shirt em cor-de-laranja e padrão tye and dye – experimentada e rejeitada, eram muito muito muito mais gira no cabide
to buy it
nem uma peça suficientemente adequada para, pelo menos, experimentar
dezassete de junho de dois mil e vinte
movie scene
(a tal) camisinha em cor-de-laranja com grandes folhos nas cavas – experimentada e rejeitada, os folhos são tão grandes que me esconderam a cintura
british thing
calças em cor-de-rosa, do tipo fluído – experimentadas e rejeitadas, oh porra, muita prega apareceu ao nível de ali assim
camisa estampada com a predominância em verde, laçada no pescoço, mangas compridas que faziam de balão por conta de três elásticos: um nos antebraços, um nos cotovelos e um nos punhos, a cintura era também elástica – experimentada e rejeitada, talvez a laçada seja pouco veraneante, ademais a costura da manga assentava abaixo do fim do ombro e uma manga de balão não é para assentar aí
saia plissada e comprida e estampada com a predominância em cor-de-rosa – experimentada e rejeitada, a minha barriga ficava ainda maior

O vírus do momento

E não sou eu de procurar planos e, ou , estabelecer resoluções de fim de ano, mas achei piada à ideia exposta abaixo. E que é minha. Não estou em crer que seja original pra caraças, mas lá que é minha, é.

As resoluções para 2020 poderiam, e deveriam, ter sido:
Aprender a confinar e a desconfinar. Entretanto, vamos lá a ver se não teremos como resolução arranjar a melhor maneira de reconfinar e, depois, a redesconfinar.

O vírus do momento

Já cá faltava a porra do vírus, né? Ai pá há quanto tempo eu não! Oh. É que recebi uma encomenda via transportadora e quem rubricou foi o estafeta, não eu. Rubricou e, por entre, brincou:
«Agora as rubricas são iguais para toda a gente – C19»
Não é o máximo? Como o melhor é a gente tocar no menor número de superfícies, sacrifica-se a maquineta, que se fica por ser tocada por uma só pessoa.

Clientes ao estilo «ó pá tóin xiru!»

O lciente... ai perdão, cliente tinha o sobrenome igual ao artigo que ocmprou... ai perdão, comprou.

O cliente tinha o sobrenome igual à cidade onde se situa a sede da empresa que representa.

post com título em português

moi aussi
pas du tout
quelque chose
d' accord

mi casa es mi casa
lo que pasa es que
hay que disfrutarlo
no lo sé

did it again
express yourself
litlle by litlle
moove your body

As minhas desculpas

Tudo é desculpável. Ai é, é, pode é a gente não querer desculpar uma coisa ou outra.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Alteração

Devido à inactividade do homem do restaurante, agora compro eu as alfaces.

Sonho

Sonhei com pessoas e com comprimidos. Não consigo retirar mais nada do sonho, é que nem 'quem' nem 'quais' nem 'o quê', portanto ficamos com magotes (de pessoas - magotes é o costume dos meus sonhos) e montes (de comprimidos - pá, pus montes para não destoar do exagero em pessoas) neste post.

Duas ou três

Como não há duas sem três, se há dúbio também há tríbio. Neste blogue, há. Pronto, na verdade este é o terceiro post do dia e acabou a conversa.

Elos

Os elos podem ser também a expressão 'um dia e outro e um dia e outro e um dia e outro e um dia e outro'. Ou um calendário, já agora.

Lisboa, Lisboa


Ouvia-se o fado. Algures; em algum andar. Porque depois se calou, não pude perceber se, mas quem sabe se do da cliente vinha o som. Entretanto, o elemento surpresa que encontrei na placa 'soberana' foi o impulso para o clique.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Razões

Tenho um fornecedor que traz as encomendas em sacos giros pra caraças. E ele é 'love' e ele é 'Câmara Municipal de Lisboa', em saquinhos de papel todos amaricados. E depois, lá dentro, encontro trincos eléctricos e etiquetas para chaves. Ou chaves de fendas. Pronto, coisas assim, à razão de sem razão para com os sacos.

Simultaneidade

Lassa e contraída, eu. Ai combina, combina.

Quando a mente se ausenta do balcão mas o corpo fica lá.

Através da grande vidraça percebi que a dona Palmira escarafunchava o nariz por entre as tarefas. Ou pode ainda ser no meio de uma tarefa, quem sabe a tenha intervalado precisamente para essa limpeza, quantas vezes premente. E tenho para mim que (já) todos fazem (fizemos) o mesmo, mesmo que se não conviva com um balcão.

Post com título e título, até, com ponto final.

O Verão chegou e eu quero é que se vá embora porque a luz me aobrrece... ai perdão, aborrece.

Engate. Prisão. O engate é a causa do elo. A prisão é o fim do elo.

Marchando, uma iria contrária.

Era uma vez a aurélia.

Encontrei-a dentro da montra, seca, no meio do pó. Com pó viveu, no pó morreu. No editor de fotos do meu telefone, pus-lhe uma camada de brilho, coisa pouca, e ela dourou, daí 'a aurélia'.


terça-feira, 23 de junho de 2020

Sonho

Sonhei que uma lagartixa me tinha entrado em casa para pôr ovos. Não tarda tenho lagartixinhas correndo felizes corredor afora, as mais afoitas entrando nos quartos. Isto não sendo eu a sonhar, claro.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

O Solstício de Verão é sempre aos 21 de Junho, hoje é 22.

Foi ontem, o Solstício de Verão. Doravante ocorre o declínio da luz solar, devagar. Acho o declínio tão desejável quanto condizente, por sombria estar. É eu e o placar da praça mai linda de Lisboa, que não se ilumina há semanas, ditando as horas e os graus do momento. Sou eu e o placar. Somos eu e o placar. Para ocntrastar... ai perdão, contrastar com as sombras desta que vos escreve, o sol hoje escalda a pele, sua majestade chegou ao estaminé esbaforido e queixoso. Brincalhão como é, sentenciou que a culpa disto tudo era minha. E é. Acho o Solstício condizente com a maiúscula.

domingo, 21 de junho de 2020

Camadas de equilíbrio

Uma sanduíche é caracterizada por uma camada ser antes da outra. Nada de infinitos neste particular, claro, indo até que o equilíbrio seja uma constante. Ah, o abrir da boca, pois é. Pá, descreio que esse abrir seja proporcional ao ponto de desequilíbrio, mas o que por ora importa é que uma sanduíche é caracterizada por uma camada ser antes da outra.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

(às vezes escrevo acerca de alguém e para ninguém {que coisa pouco saudável, esta})

Um cliente habitual assomou à porta do estaminé e perguntou 'tudo bem?' e mais não sei o quê e acresceu 'e o seu colega, está bom? tem os devidos todos?'

Ora isto dos 'devidos' é do mais incrível que ouvi até hoje. Incrível, bem como lindo. Que surpresa. Obrigada, 'migo. Não sabe que tenho o blogue, tampouco que cá está, mas obrigada na mesma.

... ai perdão

Um lciente... ai perdão, cliente daqueles recorrentes, mas a espaços longos, não me reconheceu logo que entrou porque estou com 'um cabelo diferente'. Ó 'migo, vamos lá a ver, de há largos meses para cá as pessoas não me reconehcem... ai perdão, reconhecem por conta de ou!tra (dispenso clemência, foi deliberado) coisa, não por isso do cabelo. Querem ver que vou ter que antecipar a ida ao cabeleireiro?

Melancia

A vizinha da vizinha Gislena veio ao estaminé para me recomendar a melancia que havia pedido ao nepalês da frutaria para cortar, é que era enormíssima e assim, esquartejada, já ela comprava. E comprou. Quando a provou percebeu quão boa era e, como sabe que gosto, fez este anúncio todo e recomendou-ma. E eu 'obrigada, já lá vou'. E já lá fui. Mesmo sendo um quarto ainda rendeu três quilos e tal. E já dela comi. É boa, sim senhoras e senhores, mas, mais um cadinho, tipo quê, meio dia, e passava para o lado mau da maturação.

Lisboa, Lisboa

O meu irmão contou-me que Lisboa começava depois da muralha mas como ele era judeu mais que muito, eu nunca acreditei. E a desacreditação continua, embora haja coerência por entre esses dados e a foto. Tenho mas é que me deixar disso de ser a Tomé da gente os dois. 



O buraco da fechadura que induz a uma...

Chave 81 X 50 Fêmea:
81 - é o modelo
X – como sendo um elo
50 – tem que ver com o comprimento
Fêmea – por ser recebedora do espigão, o qual, neste particular, faz as vezes de um macho (pena é que mal se vê na foto)





Notar bem: eu disse 'induz'. Obrigadinha.

Fermento de padeiro

Fermento de padeiro, a permanecer desde há dois dias na minha despensa e a deixar, finalmente, oh glória terrestre!, a minha lista de faltas de supermercado, onde foi ficando durante para aí uns três meses, devido ao vírus do momento ser um mauzão de tamanhão (e não quero saber se é aliteração!).


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Por falar em escrever

Já tentei não escrever porra nenhuma para perceber se falo poucochinho à conta de tanto escrever. Mas não, falo a mesma quantia. E tampouco me mudo para melhor pessoa.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Porque escrevo num blogue?

Porque não me aguento com tantas vozes e esta é a melhor maneira de as fazer ouvidas. A par com isto, se (d)escrever a vida, até parece que a domo.


Diz que esta ideia começou aqui. Que me desculpem se não.

Espuma de poliuretano

Mas qual quê de ter uma vida aborrecida, ora essa. Nada. Precisamente isso - nada – nada como isto:
Vendi uma espuma de poliuretano (em embalagem com cânula, esta palavra tinha mesmo que aparecer no blogue) a um cliente que se encontrava numa obra mesmo em frente ao meu balcão. Entretanto, por alturas da facturação, encontrei o computador desligado – o pobre tinha adormecido, ou coisa assim, sei lá – e vou eu e, por entre «hum's» inquiridores e «olha-m'este's» deveras surpreendidos, o cliente decidiu que passaria depois para buscar o papel. Anuí. Pouco depois abandonei o balcão e atravessei a rua com o papel na mão e vai o cliente «ó minha senhora, não era preciso, eu já lá ia» e vou eu «ora essa, assim fica tudo conforme». Sim, aconteceu-me(nos) isto tudo. Vejam lá que ainda tive oportunidade de ver a espuma a ser espalhada através da cânula, aduela abaixo e acima. Pá, não é todos os dias que vejo os meus artigos no sentido mais literal da sua existência. Literal, não, lato. Lato sensu.

Sonho

Sonhei que estava numa senhora doutora da saúde e ela me tinha diagnosticado um mal designado por sigla - Ah, o que a senhora tem é (vou inventar) LIT (é que eu gosto muito de francês e lit, pronto, no fundo tem que ver com estar doente). Depois perguntou-me se costumo ter sonhos bonitos, numa de encontrar mais um sintoma de LIT e eu que 'sim, e às vezes escrevo-os'.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Duas seguidinhas

No passeio à beira do meu estaminé, o pai explicava às filhas que 'não foi de repente que o homem apareceu do macaco, não foi assim: ah, está aqui um macaco e agora nasceu um homem'. Vi-me igual às miúdas, eu também não sabia que não foi assim que aconteceu.

Grande anunciação me chega do mesmíssimo passeio. Uma mulher anunciava, lá está, telefonicamente que o horário escolar do filho havia alterado. Era a mãe, a pessoa com quem falava. 'Ó mãe' e tal e tal', ia dizendo. Estou conivente com a receptora da anunciação, sabia lá eu que o horário do puto tinha alterado.

Sonho

Sonhei que me apalpava os ombros e só sentia ossos. Naquela de sentir mais alguma coisa, continuei no apalpanço. Em certa altura senti uma cartilagem a envolver-me (precisamente) os ombros. Lembro que tinha a forma de um poncho, só não lembro se senti algum conforto naquilo dos arrepios sem cabimento nenhum.

Lisboa, 16 de Junho de 2020

A árvore amarela tem folhas amarelas, notei-as hoje de manhã. E ainda nem chegou o Verão ao calendário, nem nada. Que giro. Pode ter sido assim aos mais anos, sei lá eu se, mas o certo é que.

Impressões

Parada na avenida, notei que havia obras num prédio ali junto. Martelavam lá em cima, no telhado. Falavam. E falavam e falavam. As pessoas nunca se calam.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Lisboa, Lisboa. Lisboa do passado.

É no passado que moram as certezas. Pois. Ó:
o varandim é o do topo do prédio do Zé
o trampolim é o do topo do edifício do ministério

(e eu que já não malembrava destes im's)

Segunda-feira

Haverá quantos anos que em cada segunda-feira um vistoso cobertor é posto meio fora da janela, naquela de arejar e tal. Dez, para aí. Quero dizer, se contar com o primeiro registo no blogue, há menos tempo, contudo, tenho para mim que já o notava bem antes disso.


Da janela do quarto do Hermano pende um cobertor vermelho com o intuito de apanhar ar. Sei que é segunda-feira, sei que o Hermano agora tem friozinho, que há duas semanas o cobertor não se avistava, apenas a colcha de baixo se deixava ver.
|12 Novembro 2012 |

Rua Inominada. Primórdio. Do meu balcão avisto semanalmente uma certa janela. À segunda-feira a mulher-a-dias põe a roupa da cama a arejar por sobre o parapeito. Quando chega o outono coloca o cobertor de riscas e a colcha escura, se é verão apenas uma colcha leve e clara aparece. Os 'Olhares Incorrectos' nasceram daí, vejo Lisboa sem nunca ver o mesmo que a outra gente, por causa daquela coisa intrínseca, porque todos somos iguais mas mantemos uma individualidade: as pessoas sentem e escrevem o que querem, existe em todas as mentes um mundo sobre o qual mantêm a soberania. Então: é por isso.
|27 Outubro 2015| 

Das vassouras

Anda uma pessoa «ah, eu agora mudo de estaminé e vai ser tudo diferente!» Só que não, ah pois não, continuo a pendurar vassouras à porta, tal e qual como fazia no velho estaminé, no dantes que foi a vida. A minha, claro. Pouco depois destes pensamentos revoltosos (ironizo) me terem preenchido a mente, uma cliente estacou à porta do estaminé e perguntou se para apalpar as vassouras tinha que pôr a máscara. «Pois decerto que não será necessário, minha senhora», escrevo eu agora, que na hora quem deu resposta ao caso foi o meu colega.

Post com título

Tenho o cabelo seco.
Molhá-lo não é solução.
Incrivelmente.

Controlando pela trigésima sexta vez

Na embalagem de um artigo recentemente recebido, vinha um papelinho que dizia assim:

Control de calidad nº 36
Si a pesar de nuestro interés advierte algún defecto que sea objeto de reclamacoón, ie rogamos haga mención al:
__________________(linha a preencher e tal e tal)__________________



Quality Control nº 36
If in spite of our interest, you notice any defect which can be object of complaint, we beg you to make mention to the reference:
__________________(linha a preencher e tal e tal)__________________

Por dentro

Um programa televisivo mostra pessoas que vivem com o que a Terra dá. E sozinhas, algumas. Mas, mesmo havendo outras que acasalam, ou, ainda, outras que em deslocações à cidade mais próxima em busca de mantimentos e utilidades várias acabam por se relacionar com as gentes, a verdade é que todas estas pessoas eu admiro. Sério. Por lhes ser imprescindível que gostem de estar consigo. Não conseguiria viver assim, eu. Mesmo sendo insocial como sou. Preciso de pessoas tanto quanto as não suporto. Pois. Ia ter dificuldade, eu, e também, naquilo de não saber estar só comigo e ser feliz assim.

Sonho

Sonhei com miaus maus. Ou minhaus maus. Não sei por conta de quê, isto hoje, não lido com gatos maus, só com bons. Mas aqueles não, assanhados, mostravam o medo que me tinham. Sim, eram dois. Mas nada de serem a dupla Kit & Kat, qual quê.

domingo, 14 de junho de 2020

Hum.

Supermercado

A minha lista de supermercado, há muito que contém palitos. Lá chegada, aborrece-me andar à procura dos ditos, e eis que gastei há pouco o último, quando precisei de me certificar se o bolo estava cozido - é principalmente assim que os gasto. Numa próxima vez em que precise de uma certificação do género e me não tenha ainda dado a vontade de procurar qual o corredor do supermercado que os tem, amanho-me à moda da dona Rosária, a minha mãe - espeto um garfo. Na infância comi muitos bolos com quatro furos, e se calhar não sabiam também bem, não?


Escolhi outra canção para ouvir quando a caminho do supermercado - Se Te Amo, Quinta do Bill. Isto sem a intenção de a repetir doravante, mas, doravante, repeti-la-ei.

Nada em terra e céu nos pode ensinar
O que vai na alma de alguém que recusa
Deitar sobre o chão
Eu não...

a semana, inteira e tabelada

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ó 
pá 
tóin 
xiru!
posso 
escrever 
numa
tabela
😊😊

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sábado, 13 de junho de 2020

banco de rua a viver o desconfinamento gradual
quase quase quase a poder socializar sem limite ou pudor

Sonho

Sonhei que a dona Vitória estava toda contente porque tinha regressado ao atelier da dona Eugénia, só até esta morrer, e tinha que ir cosendo umas coisinhas aqui e outras ali. Não muito diferente da vida real, este sonho, portanto.

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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Mana(s) picoa(s), primeira vez

Na cafetaria da porta do lado há novo mobiliário: as mesas são maiores, as cadeiras idem, tanto que mais parecem poltronas, aliás, é isso mesmo o que eu lhes chamo. O único senão é a gente custar a entrar por entre as pernas da mesa e da cadeira. A gente: eu. E como eu, outros haverá.
Hoje é sexta-feira, as manas picoas (o cognome é da minha autoria) vêm almoçar chicha de porco à portuguesa sempre tão apaladada, e eu estou desejosa de vê-las sentar e levantar do novo mobiliário.
Adendas a posteriori
Adenda primeira:
Ó Gina... - Chama o homem da cafetaria em segredo. - Já sentei as velhas...
Refilaram? - Quis eu saber.
Não, nada, tive de as empurrar já sentadas, são tão levezinhas...
Adenda segunda:
Na ementa não havia chicha de porco à portuguesa sempre tão apaladada.
Adenda terceira:
Vais realizar um dos teus sonhos, diz o meu colega, e logo percebo que já viu as picoas acomodadas nas poltronas. E eu nada.
Adenda quarta:
Não vi as picoas sentar. Não cheguei a ver as picoas levantar, que estava de costas. Mau grado.
Adenda quinta:
Não quero saber se chicha é linguagem informal, ok senhor word desta espelunca de computador?!
|31 Maio 2013|


Mana picoa, a mais nova e capaz, pede um féri para lavar a louça.
Droguista, única no espaço e/mas pouco especial, aventura-se tentando aviar um super pop. Mas nada disso, mana picoa mais nova e capaz quer um féri, féri, féri.
|15 Setembro 2014|

Diário das expressões

Loures, 26 de abril de 2020
Ah, septuagenárias, essas amigas do peito. Mal sabiam elas que eu as escrevia. Se bem me lembro, havia uma, a da novela, que me observava o rabiscar com um olhar tão curioso quanto surpreendido.

Loures, 28 de abril de 2020

Loures, (… ?!)

Lisboa, 1 de Junho de 2020
Em 28 de Abril aconteceu que já não escrevi nada para além do cabeçalho, e é até uma data anterior a me ter dado na mona voltar a dar uma importância maior aos meses, alindando-os com maiúscula. Num dia a seguir, não registei qual, também não adiantei nada, e hoje, ironicamente o Dia Mundial da Criança, venho falar-vos das septuagenárias.
As pessoas estão mais marcadas consoante a idade, o que facilita os tolos juízos que faço após (rápida ou moderada, tanto faz) observação. Por isso me foi tão fácil e prazeroso 'inventar' questões acerca destas quatro senhoras e expô-las no blogue como me aprouve no momento.
Para as distinguir cognominei-as de
a septuagenária da camisola
a septuagenária da novela
a septuagenária da cicatriz
Sim, elas eram quatro, mas uma nem sempre estava presente lá no lugar da musa, portanto não a escrevi vezes o suficiente para a recordar. Vamos então a estas três.
A septuagenária da camisola nasceu-lhe este nome por conta de repetir demasiado a sua indumentária. A camisola era portanto a mesma em vezes bastas – branca com risquinha vertical.
Sabem quem é que eu vi no meio da rua?
(decerto não)
A septuagenária da camisola!
Aquela que no verão anda sempre com a mesma... camisola!
Essa mesma, (um)a (das) que estava(m) sempre no lugar (que também pode ser) da musa!
E ela na rua!
À chuva!
De cenho franzido p'lo desconforto.
ponto final
|28 Novembro 2017|
~
Guardasse eu a cognominação das septuagenárias para este ano e a da camisola seria decerto a da camisola, que continua a fazer sentido, hoje lá estava a bendita camisola com riscas verticais, tal como no ano passado, oh se estava.
|1 Junho 2017|

A septuagenária da novela era a mais carismática...

Lisboa, 8 de Junho de 2020
Continuo hoje:
A septuagenária da novela era a mais carismática, falava e gesticulava sem medo de ser notada. Chamei-lhe a da novela porque um dia, logo ao início destas minhas observâncias, ela contou alguns pormenores de uma novela que estava a seguir.
Vá, vamos lá interromper a leitura. Segurei a chávena de café com a mão esquerda e fui bebendo. A dada altura, a altura, rá-á!, do café baixa e a chávena vai ficando tingida da espuma do café. Dá-me uma vontade louca, rá-á!, de acabar com a espuma rodando a chávena e usando o café que resta. Mas a mão esquerda é lerda e desajeitada, rá-á! Pouso a caneta e seguro a chávena ou como é que é? Ná... rá-á!
Vá, vamos lá interromper a leitura. A septuagenária da cicatriz está sozinha à mesa. Pensei fazer-lhe companhia. Não pensei nada. Quero dizer: pensar, pensar, pensei, mas a perguntar-me como seria se lhe oferecesse a minha companhia e a concluir que a esmola sendo muita... E vai que chega a septuagenária da novela. Cheia de bons modos, pede à menina: tira-me a minha biquinha, faxavor? escaldadinha!
Nota: o livro do momento é 'Romance de Cordélia', Rosa Lobato de Faria
|15 Dezembro 2016|
~
Antes de visitar o lugar (que também pode ser) da musa no dia de hoje, quero dizer que já sei onde mora a septuagenária da novela, é que ontem vi-a sair do prédio tal, às tantas horas, vinha eu já de regresso. Ó pá, qualquer dia vou visitá-la a casa! Ó pá vai ser tóin xiru!
|24 Novembro 2016|
A septuagenária da cicatriz, aconteci-lhe este nome porque uma das primeiras vezes em que eu atentava no grupo ela pôs-se a mostrar uma cicatriz (creio que de uma intervenção cirúrgica recente) às amigas.
Perdida também no escrever? Mau... ó mulher, então que é lá isso?! Pois que não sei.
Boa tarde, a senhora que se entretém com o tablet à septuagenária da cicatriz.
Boa tarde, a septuagenária da cicatriz à senhora que se entretém com o tablet.
'Como está?' e 'Bem, obrigada, e a senhora?' foram também expressões usadas por ambas.
|11 Janeiro 2017|
~
Ó Gina, diz lá quantas septuagenárias se encontravam hoje no lugar (que também pode ser) da musa.
Duas.
Continuo sem saber quais é que estavam neste dia ou naquele, mas calhando quererem muito conhecer toda esta envolvência, eu amanhã tomo conta do recado, é pedir, que eu. Hoje estavam então duas septuagenárias à mesa, uma: a mais carismática, a que vê novelas, duas: a que tem cara de atriz principal dos filmes portugueses dos anos sessenta. Esta última despiu-se para mostrar a cicatriz à amiga, só daí já se presume que não se encontrava à mesa nos dois últimos dias. Hum, estou para aqui a pensar, esta vou mas é chamá-la de septuagenária da cicatriz. É isso, vá, e vao duas:
a septuagenária da novela
a septuagenária da cicatriz
|9 Novembro 2016|

Loures, 12 de Junho de 2020
Já agora fica um texto antigo onde me adentro na quarta septuagenária. Ao que parece, já nessa altura, oh vejam lá, não sabia se ela existiria ou então não.
Hoje eram três, iei! E agora eu sei lá se a outra era a quarta. Mas será que elas eram mesmo quatro aquando do verão?! Será...?. Hum, não sei, mas, seja lá como for, venho dizer que a terceira, que a bem dizer é a quarta, mas não estando eu segura de o ser, vou cognominá-la de desconhecida, portanto: a septuagenária desconhecida... Ah não, esperam lá, septuagenária do desconhecido, assim é que é, para ficar com um do, já que todas as outras têm um da.
Portanto, e recapitulando, hoje estavam presentes três septuagenárias: a da camisola, a da novela, a do desconhecido. Faltava a da cicatriz, cá pra mim tinha ido mudar o penso.
Tanto apontei, tanto apontei que trouxe zero folhinhazinhas limpas do lugar (que também poder ser) da musa.
|15 Novembro 2016|


Este post é continuação daqui.

Dia de

Por alturas de ouvir dizer na Radio (sim, este é um post atrasado aos bués) que era 'dia de recordar o melhor amigo' e a locutora ir jogando para o ar 'porque não recordar as loucuras que fizemos com os melhores amigos', pensei de mim para comigo:
Ulha! Tenho duas loucuras dessas. Que me lembre, são duas, quem sabe haja mais uma catrefada, refundidas no escuro da minha mente... Não há nada, no escuro da minha mente há as loucuras que me lembro que não fiz.

Uma foi que me lancei na demanda de ir a um baile sem que a minha mãe soubesse. Não lhe pedi porque achei que ela não ia deixar, de maneiras que à socapa.
Claro que fui descoberta. Mas enfim, nada de consequências de maior.
Duas foi que me lancei na demanda de comprar um maço de cigarros e escondê-lo num arbusto ao pé de casa. Pá, com a idade que eu tinha, tinha mesmo que ser às escondidas, uma coisa assim.
Claro que fui descoberta. Mas enfim, nada de consequências de maior.

Coloquei as histórias sobre mim mas tive companhia nestas demandas, até porque a ideia era contar 'loucuras feitas com os nossos amigos'. Pronto, sabem como é, é melhor não chamar para aqui ninguém e tal, que isto que contei são atitudes do mais infâmias que podem ser.

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quinta-feira, 11 de junho de 2020

bye
bye
bye

Brevemente substituirei o caderno que na capa diz 'start with yay' por um que diz 'bye bye bye'. Parece-me que a vida fala comigo, mas não, eu é que falo com ela.


dois pontos

li algures:
é impossível derrotar alguém que não desiste

Obedecer

Hiperventilar anula todo e qualquer suspiro. É que vem de lá o pragmatismo e ordena: respira, mulher!

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quarta-feira, 10 de junho de 2020

A fazer

Durante alguns minutos, para aí cinco, estive a olhar - sem parar - para o abacateiro, que era abanado pelo vento do fim da tarde deste dia - todo ele ventoso. Sim, tinha outras ocisas... ai perdão, coisas a fazer, mas, precisamente por tê-las, é que foi um momento bom. É aquela questão de poder escolher, sabem? Hipóteses, decisão, aproveitamento, recolha. E prazer, claro.

Online

GAP

Esta aula tem 35:27
Executada aos 10 de Junho de 2020
Apesar de ser GAP não é preciso pesos ou nenhum outro material.
Obrigada Roberta. Não tarda vou agradecer-te pessoalmente.


Pilates

Esta aula tem 35:24
Executada aos 10 de Junho de 2020.
Olá Joana. Não me conhece, mas pronto - olá.

Dia de (não era preciso dizerem na Radio)

Hoje é Dia de Portugal. 'Nobre Povo' e 'Nação Valente'. E somos. E é. Olarila. E olarila.

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terça-feira, 9 de junho de 2020

8228

Capicua no número de posts que o blogue tem. Só.

Ó




Esta foto é uma youlfie. Desenhei setas na direção da sombra do meu telefone para esclarecer esse ponto - esta foto é uma youlfie e o you é o Ó no tronco da árvore. Há muitas assim, com estes Ós, nascem de ramos lhes serem cortados e de muito tempo lhes passar por cima. É como uma pele que regenera. A foto foi tirada esta manhã, em Lisboa, perto da Rotunda das Olaias. A Avenida Afonso Costa, em certa altura, tem uma divisória ajardinada. Então pronto, esta árvore é uma dessas.

dois pontos

menstruação:
trinta e muitos anos à espera que desça
três ou quatro anos à espera que não desça



2 dois pontos

1 - afrontamento:
modo de a natureza atalhar
'não mandas em ti'
2 - ou, piorando:
'não penses que vives para sempre'

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segunda-feira, 8 de junho de 2020

As limalhas são aurélias*




*...


Pois, as limalhas são aurélias. No post acima linkado saltei a parte de o relacionar com o Dia Mundial da Criança, uma vez que era esse o dia e o post era acerca dos ricos filhos, que embora estejam já distantes da infância, faço sempre gosto em ligá-los, afinal foram as minhas crianças. Quando hoje notei o aglomerado (foto) na bancada do estaminé, surgiu-me a ideia de que as limalhas são aurélias e pensei: ulha! E decidi: é hoje!

rescaldo de seis fósforos em meio limão espremido
qualquer resquício de fogo o limão apaga

#ohqueserisque

#semfiltro
com o filtro Palma do meu telefone fiquei com o cabelo roxo

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domingo, 7 de junho de 2020

Gina, a mulher dos armários impacientes.

Focos

Se na hora de fazer a tarte havia foco, se na hora de tirar a fotografia havia foco, tanto melhor. Mesmo que agora não haja foco, foco-me assim - no passado. Rebuscar prazer no passado não é assim tão inútil.


Repentes

Chamam-lhe bloopers, em linguagem multimédia.



a minoria vai entender que gosto de ler

é melhor estender o assunto:
o que quero tornar ciente (neste post) é que gosto de ler
sim senhoras e senhores
mas tenho dificuldade em me concentrar na leitura
gosto de ler porque me meto na vida da outra gente
e isto sem causa de maior
ou mesmo culpa de o fazer

Corações fáceis





Sem intenção de ligar este post ao anterior, na verdade estão ligados. 
E vai que, né? 
Pois não, não vai nada. 
Não vai nem vem. 
E nem bem nem mal.
Fica tudo assim:
Já nem malembrava que tinha tirado fotos a parte da fruta que comprei, e tirei-as porque considerei que um pêssego, querendo parecer-se com um coração. teria a vida facilitada.
Notazinha embelezadora de vidas já de si engraçadíssimas: as fotos não têm filtro(s).



Graminhas de domingo

Homessa, é claro que ao domingo pode haver graminhas. Lá porque não é o nepalês da frutaria, pode ser o indiano da mercearia. Só por dizer que entretanto perdi a factura. Mas vamos lá a ver, trouxe laranjas, pêssegos e maçãs. Para aí quê, hum, seis laranjas pequenas, quatro maçãs e quatro pêssegos. Para aí quê, hum, um quilo e cem de laranjas, seiscentos gramas de maçãs e quatrocentos de pêssegos. Para aí isso, vá.

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sábado, 6 de junho de 2020

luz

e eu que me anda a desorientar a luz estar em tantas horas do dia
queria que anoitecesse mais cedo






boa noite