segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
Lisboa, 31 de Janeiro de 2022
E quase se acabava o mês sem eu anunciar que já há uma certa penugem nas árvores da avenida e que sobre a permanência do poeta no pedestal já passaram tantos anos como os que completarei daqui por seis meses. (tamãe há o 31 de Janeiro num mercado, ficá li pó Saldanha)
domingo, 30 de janeiro de 2022
Quando publicar as fitas é fazer as fitas.
Quando publicar as fitas é fazer as fitas. Pois, porque eu é que fiz as fitas, eu é que as pus assim. Houve colaboração, é certo, e nem ninguém se livra de parcerias, ora ca porra! Pus-me um emoji e pintei as fitas com um estilo de que já não recordo o nome. Daqui envio os meus pesares ao artista - é que já não malembra 'migo, desculpe lá.
Este assunto das fitas vem de longe, do Natal passado. Tinha ficado de as jogar no lixo e já joguei há dias, não sem antes captar esta imagem, pois claro. Agora que fui buscar o link é que percebo que afinal esta questão tem apenas uma semana. O tempo passa a correr, diz o povo, e passa, mas também sinto que este tipo de distância parece maior do que realmente é. Uma semaninha é igual a para aí quê, dezoito dias...? É.
Imitadora
Fotos a imitar, apontei no bloquinho rudimentar. A imitar o quê, perguntei-me, depois, no mesmo papelinho. A imitar as poses da outra gente, respondi-me, logo que e lembrei, no mesmo papelinho. Fora isso tudo, e não contra mim, que é lá isso, redijo agora que a outra gente é sempre algo mais em algo.
Cartãozinho
Então e um cartão que fui dar com ele no caderno anunciando já aí que era giro para fazer a transição de ano...? Oh, já não vou a tempo, a não ser daqui por onze meses, vá. Já tenho retido pensamentos, ou mesmo posts preparados, durante meses, mas onze, hum, descreio que.
Lenços de assoar
Ah, tanto que tenho a escrever acerca dos últimos lenços de assoar que comprei... São de uma marca branca, o que não lhes retira valor algum nisto de registar coisinhazinhas acerca, qual quê.
têm quatro folhas extra suaves
são compostos de pasta de celulose cem por cento virgem
vêm nove lenços em cada pacote
as dimensões são de duzentos e dez por duzentos e dez milímetros cada um
a gramagem reside nos sessenta gramas por metro quadrado
e era isto
sábado, 29 de janeiro de 2022
Escrevi, e depois sou só eu, percebem?
Este é o post 1968 em que escrevo acerca de escrever e, por considerar o número especial, anuncio. Gosto de escrever acerca de escrever e até sei que é o assunto de que mais me desvio porque sinto que escrever sobre escrever é uma espiral concêntrica - afogo-me. O título deste post é uma frase que escrevi há anos e, não tendo assim tanto a ver com o afogamento, tem principalmente a ver com a companhia que me dou enquanto escrevo - é tanta que, logo que termino, me vejo sozinha, sempre, e infeliz, muitas vezes.
Formas de bolo
Tenho duas formas de bolo assim para o novo, ainda, e ainda que tenha passado algum tempo por sobre o que vou contar, conto.
A primeira é redonda e sem buraco, de alumínio e com dezasseis centímetros de diâmetro, medida de que já possuía igual... Não, minto, desta não tenho igual, quero (queria, mais à frente explico) é comprar igual, ou então o diâmetro acima, de vinte centímetros. É para fazer bolos às camadas e recheados sei lá eu de quê, sei é que será com o que me aprouver na hora. Se as camadas forem cozidas separadamente a probabilidade de não desmoronar tudo é menor. Imagine-se um bolo alto que eu queira dividir, jamais conseguirei partes similares o suficiente para que não tombem, se, para mais, recheadas de um creme de diferente textura e peso. Pronto, ajudada por cozeduras em separado terei mais hipóteses de não dar cabo do bolo. Entretanto fui ponderando acerca da medida de forma que queria repetir e, passado todo este tempo, ainda não me decidi (por isso é que ocorreu aquele parêntesis acima, bem como este mesmo). Se por um lado a forma de dezasseis centímetros dará um bolo pequeno para os dias de festa, a de, sei lá, vinte, resultará num demasiado grande, mesmo que em dia de festa. Resta a de dezoito. Só que dessa não tenho ainda nenhuma, o que significa que teria que comprar duas e, pá, o que não me falta na despensa é formas para cozer bolos, de maneiras que. Ah, há ainda outra questão prendida com a forma de dezasseis, é que o bolo pequeno e alto desafia muito mais a gravidade. Só mais uma coisinhazinha, e isto no caso da forma de vinte, é que presumo que não me caibam as duas no forno e eu chateia-me aquela porra do troca-troca de prateleira no forno, aquilo tudo a escaldar e tal e tal.
A segunda é uma forma de buraco, daquele material anti-aderente e com vinte e seis centímetros de diâmetro. Isto medindo a borda, que medindo a base não sei e nem vou medir. Ou esperem lá, vou vou. Tem vinte e dois. Esta forma é cónica, portanto. Convém avisar. Tudo o que é cónico, pronto, já se sabe. Mas a forma. Houve necessidade de a comprar porque, a anterior, fui dar com ela furada. Foi assim: ia fazer um bolo-pudim e, como sou desastrada, coloquei logo a forma que o cozeria dentro da forma com água porque assim já não teria de manusear uma forma barrada com caramelo acabado de fazer, portanto: consideravelmente quente. E toca de fazer o caramelo e, por entre, o pudim. Terminados os processos, viro-me para a forma e vejo-a cheia de água. Toda eu me admirei.
Ohs!
Em muito. E também:
Então mas como...? A forma está furada...? Onde...?
Perscrutei toda a base da dita senhora e não encontrei furo nenhum, havendo, seria(m) mínimo(s). Mesmo reconhecendo que a forma poderia deixar entrar água mas não deixar sair massas de bolo, não quis arriscar fazer o bolo-pudim, os ingredientes de um pudim são mais líquidos, a visão de um forno inundado de massas meio que cozidas desagradou-me. Mas havia os passos já dados, como raio faria o bolo-pudim?! Fiz só o pudim. Tenho uma forma mais pequena, indicada para pudins, onde não caberia o bolo do bolo-pudim mas caberia o pudim. E foi assim. A receita deste bolo-pudim pode ser vista clicando aqui. Caraças, os anos que há... Não tenho é ideia de onde retirei a receita mas deixo já dito que não é invenção minha. É do tempo em que combinava a cor de letras com as cores das fotos. Eia, quanto tempo...
Graminhas
Mil duzentos e quarenta gramas de maçãs
Setecentos e vinte gramas de dióspiros
O nepalês da frutaria vai de férias para o seu país daqui por uns tempos e anda a ensinar as tarefas a um homem de turbante azul. Estou desejosa que passem muitos dias a ver se o turbante muda de cor.
mas porém e todavia e contudo pode o turbante mudar
mas porém e todavia e contudo não mudar a cor
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
dis-moi
Venho construir um post daqueles a falar de fotos que não há meio de publicar e dizer o que quero acerca. Ou então este é um post atrasado e acabou a conversa. (Só por dizer que continuo.) E, já agora, divulgo que o título me apareceu por conta de considerar que o mundo quer ouvir de mim estas minudências. Eis-nos então, eu e as fotos:
É a perspectiva que por ora tenho quando estou sentada no primeiro banco que encontra quem desce a rua mais bonita de Lisboa. De há uns tempos para cá essa zona tem sofrido alterações por mor da construção de um edifício e, se há paredes que se levantam, há também as que se derrubam, o que pôs a descoberto este 'olá', quando no ponto que já referi. E noutros também, mas pronto. Pus filtros porque, quando em bruto, não é uma perspectiva evidente, e acabei por gostar de ver os 'olás' como se quadros fossem. Anoto ainda que a foto é só uma, os filtros é que são dois. Ora isto perfaz então duas imagens (pá, não vá não se perceber, e este cuidado exagerado não é só para quem chega, é também para a Gina do futuro).
Encantei-me com a planta pendendo. O encanto está principalmente na sua horizontalidade que, oh ca pena, a foto não deixa perceber tanto quanto deixa in loco. Ao chegar o telefone ao motivo de tanto encanto e, precisamente por ser tanto, é deitado que o posiciono, toldado que tinha o pensamento. Ora, quisesse eu fotografar o céu, pois está bem, mas não, era a planta. Pá, uma pessoa baralha-se, atão.
Não é a primeira vez que acho um piadão a esta planta toda espigadota, há até meses que a noto quando por aqui passo. É estranha, parece até incompleta. De comprida e fina que é, move-se com qualquer brisa que se faça sentir. Quando escolhi a perspectiva não sabia que ia gostar tanto das fotos. Este é um bom exemplo para aquilo que por vezes sinto quando fotografo: gosto do que vejo, quero perpetuar sem querer que fique bem e, sei lá se por isso, fica. Parece-me que há algo de exponencial na simplicidade. Mas quem sou eu, né? Poi zé.
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
Os tios
Entrou uma cliente que questionou acerca de um dado artigo. No seguimento da conversa confessou que entrara ali nem só por isso mas porque:
«Esta loja era dos meus tios.»
Depois contou como recordava o espaço, que é precisamente como recordo, se bem que a carcaça do meu estaminé não tenha mudado assim tanto, o que mudou foi o recheio. Ora, recheio que se faz diferente, diferentes vistas proporcionará. Nas fundas prateleiras, nesses tempos idos, espreitavam rolos de flanela e de fazenda para vender a metro e, nos expositores, pendiam batas, camisas de dormir e peúgas, presas por alfinetes. As gavetas continham elásticos, cordões e linhas de alinhavar. Como é que sei isto? Porque comprei estes aviamentos algumas vezes e já na altura observava o mundo com interesse. Bom. Então. Ao presente temos nas nossas prateleiras desentupidores de canos, presença da velha guarda, e álcool isopropílico, aquisição recente; os expositores mostram discos para rebarbadora e brocas HSS e as gavetas guardam todo um mundo, desde argolas para cortinado a tesouras de poda, ou eléctrodos. Abraçadeiras. Limas. Alicates. Isto são só 'por exemplos', quisesse eu listar por completo o armazenamento geral e tinha posts até ao ano dois mil e sessenta e oito.
Particularmente pessoas
Eles não se conhecem, conheço-os eu, e são iguais na faixa etária, tipo físico e profissão. Isso fá-los-ia muito iguais, e podem umas pessoas serem mais iguais a umas do que a outras, mas, e, sempre serão diferentes.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
uma troca d' ele
notei que sua majestade trocou duas letrinhas apenas quando expressou °n' olho dele°
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Post atrasado
Fui dar com este desenho, coisa de que já não tinha memória. A ideia era imitar o desenho do prospecto, coisa que está o melhor que consegui. O que está no verso do prospecto pus no blogue, coisa que bem malembra. Pá, coisas.
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
a terceira dose e o pijama
os efeitos da terceira dose da minha Moderna podiam ser males para quem não eu - vidros embaciados, horizonte difuso, tempo esgotado
nota secundária e, não obstante, gritante (rimou, caraças!):
as fotos não foram clicadas nem editadas com o propósito de ilustrar o dito acima, tampouco são de hoje, mas lá que me deram um jeitão agorinha mesmo, deram - é, por vezes a vida acontece-me, mesmo que eu esteja dentro do blogue
domingo, 23 de janeiro de 2022
Domingo
Desmanchar a Árvore de Natal e pô-la na arrecadação, de hoje não passará. Às fitas, o que há a fazer é pô-las no lixo e esperar que as levem e as queimem. Já não as quero. Não é por estarem desgastadas, é porque há anos que me é difícil enrolá-las na Árvore sem me parecerem deslocadas do seu propósito. Sei lá, acho-as sempre mal postas. Ou mal dispostas, pronto. (Que ficou giro, ficou.) O que agora vou passar a fazer, e o Natal de 2022 está aí não tarda, é enrolar fitas de embrulho que vou arrecadando consoante apareçam na minha, já de si, lustrosa vida, imagine-se com fitas! Já tenho umas quantas e deixo até retrato de uma, por sinal cheia de lustro.
Post eliminado
Fiz confusão e eliminei um dos posts que tinha publicado ontem. Como era pequerrucho e estava ainda fresco na memória e, ainda por cima, no dia anterior tinha andado com a ideia na cabeça, consegui repô-lo (é este aqui por baixo) sem diferença alguma. Quero dizer: não tenho como compará-los, mas. De resto: nunca tal me tinha acontecido.
jamais se cairia tantas vezes
aprende-se a andar quando ainda não se conhece o medo
pois quando não desistia-se logo logo
pois quando não desistia-se logo logo
sábado, 22 de janeiro de 2022
Organização
Há vídeos em que as influencers se dizem apaziguadas por terminarem tarefas domésticas, o que, atenção muita atenção, considero deveras louvável e aceito, oh se aceito!, que seja prazeroso assistir ao fim de um caos. Digo até que me enleva perceber que a arrumação é um caminho para a felicidade. Bom. Então. Sou um bocado desorganizada, e não é só das ideias, qual quê, ainda no outro dia, em compras têxteis, chegada a hora de pagar toca de pôr em cima do balcão o que ia levar (uma camisola rosa bombom), e o que não ia levar (um casaco de malha grossa), e pus também o saco com cenas necessárias ao recado a fazer logo a seguir, o porta-documentos aberto, o porta-moedas aberto. Enquanto isso, a funcionária da loja dirigia a venda e eu ia vestindo o casaco e pondo o cachecol, que também tinham estado em cima do balcão e só depois é que arrumei tudo. Atabalhoadamente. Ora eu acho que isto tem piada, tem bem mais piada ver do que ler, só que não arranjo quem me queira filmar as piadas, sabem? Poi zé.
Lisboa, Lisboa
Terminaram as obras ao rosto do prédio em frente ao estaminé. Foram retiradas as redes e os andaimes. Pena é a cor, que a acho delambida. Mas pronto, se não fosse por mor das cores delambidas como se encontrariam as vistosas, né? Poi zé.
Mãe recordou que blogue traz possibilidade em alongar e encolher imagens.
Poi zé. Falo daquele post em que apresento uma conversa tida no WhatsApp. Havia cortado os prints todos, muito embora mais uns que outros, por considerar que mantinham informações desnecessárias ao assunto e também para que reduzissem o tamanho, pois, sendo tantos, perfaria, como perfez na mesma mas ok, um longo post. Desculpei-me logo ali com o diferente tamanho das imagens e mais não sei o quê, sem sequer me lembrar que podia acertá-las, bastando passar o rato por sobre o canto, deixar que aparecesse o símbolo setinha com setinha, este: ↔, e esticar a imagem até bater certo com a de baixo. Pois foi o que fiz assim que pude e depois senti-me muito bem. Ainda sinto.
Vezes
Quantas vezes não aponto a lente ao que quero ver fotografado toda uma catrefada de vezes, na maioria três?
Quantas vezes não é o primeiríssimo clique o escolhido?
Não todas, bem sei, mas quase.
Considero deveras curioso este facto. O primeiro clique destrona os seguintes, mesmo que nesses eu use de apuramento. Ou o invente, vá. A imagem abaixo não é um desses exemplos, cliquei quatro vezes e a foto escolhida foi a segunda. É só naquela de ser diferente e tal... Não é nada, calhou assim. Entretanto pus capinhas, como presumo que dê para se perceber –
¨¨¨¨ usei o marcador digital do editor do telefone na cor preta, fiz várias impressões, cada cubo difundido mais ao meio do que às pontas (tal como faz um marcador de mão) em alguns lugares da foto mais, noutros menos, a ideia principal era tapar zonas que não queria mostrar
¨¨¨ continuei no editor do telefone para lhe dar um toque mais difundido, isso traria uma certa coerência ao todo da imagem, como aliás trouxe
¨¨¨¨ cortei a imagem em quadrado e achei que estava pronta, e acho
E o que é que a foto retrata? Da esquerda para a direita: uma bobine de fita de embrulho e um pacote de anilina vermelha. São pertences do velho estaminé. A bobine nada lhe acrescentei, já ao pacote acrescentei uma etiqueta manuscrita que atei com fita de embrulho, mas cor-de-rosa.
Lisboa, Lisboa
Parece que os candeeiros estão acesos, mas não, é a luz natural que lhes incidia e as lâmpadas reflectiam essa luz. É a rua mais bonita de Lisboa, ao entardecer de ontem - 16:49 eram as horas e 21 de Janeiro o dia. De resto, para mim não é novidade que um dos globos se destaca, mas quem sabe seja para outros.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
Sonho
Sonhei que abria o blogue e lhe virava as páginas do passado (portanto, e afinal, era um caderno) e encontrava três em branco de seguida.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
Dias de um Ginásio
E lá continua esta gente, nós todas, as Ginas, treinando modalidades variadas, fazendo o melhor que sabemos quase sempre. Hum, agora que penso nisso, eu, a Gina que mais pondera, percebo que exercício físico é das questões em que mais me empenho e persisto. Mas bom, comecei este post com a ideia de que continuamos, nós as Ginas, com treinos variados, apesar do frio. Poi zé.
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
Dias de um Ginásio
Daquilo das contradições - sou capaz de no seguimento de um ataque de pânico no wc dispor-me a atravessar o enorme Ginásio como se isso não tivesse acontecido. Se calhar é porque me libertei. Se a pressão é muita vai rebentar em qualquer altura e agora escolho onde posso fazer bum mas nem sempre foi assim. A parte boa é aquela do caminho para a sala de aula, sinto os olhos húmidos e o pingo no nariz
mas sigo confiante, queixo em cima, ombros em baixo. Não sei onde vou buscar essa confiança mas sei que é minha.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
cor-de-laranja
Cor-de laranja
Notei que a publicidade ao espaço era em tons de preto e rosa chocante, num fundo de branco. Pensei, Oh! E eu de cor de laranja! Segui neste pensamento porque, sei lá, acho sempre que não faço parte. Se quero, e por vezes quero colaborar, muito embora gaste a maioria do meu tempo a pensar em como me livrar disso, por vezes quero. Mas, intrinsecamente, não quero e por isso é que sujo os momentos em que quero.
Toques
Há algum tempo que queria mudar de toque de chamada no telefone e um sonho que tive aqui há atrasado acionou a mudança. Escolhi uma canção fofa, cantada por voz de mulher, 'Hello ya', em sussurro. Gostei e escolhi. Esquecido que tinha o assunto, no dia primeiro de me chamarem pelo telefone, não gostei nada do toque, parecia roufenho, desagradável. Logo que pude mudei para uma canção que já vinha no telefone e da qual gosto pra caraças, tanto que já consta em alguns dos meus vídeos – Beiijing Bass. E agora, em cada chamada recebida, o que é que acontece à pessoa que escreve neste (e este!) blogue? Atrasa o atendimento, claro!
domingo, 16 de janeiro de 2022
Árvores. Arbusto. Plantas. Flor.
Eu bem disse que ia tirar fotos ao abacateiro... Claro que poderia a coisa não ter calhado e tal e tal, mas calhou, e tirei fotos até sob duas perspectivas, ao estilo «frente e trás».
Urtigas e não sei que mais. E flores, mais abaixo. Todos tão vibrantes e tão belos como o arbusto acima.
Esta é a minha amiga nespereira, acerca da qual já em tempos falei no blogue, anunciando que a cortaram. Mas passou algum tempo e o certo é que ela já lá vem outra vez. Qualquer dia como-lhe as nêsperas outra vez. Dantes eram boas e tenho esperança que o corte tão radical que sofreu não lhe tenha alterado essa característica, a não ser que seja para me saírem melhores do que a encomenda. Não se vê lá muito bem, bem sei, repare-se naquelas folhas mais claras, lá atrás. Pronto, é a nespereira.
Este é o arbusto que já aparece na foto acima. Achei-o mui belo, em tons de berrante contido. É sempre bonito ver cores despertas mas ostentadas subtilmente, como se, neste caso o arbusto, quisesse passar despercebido. Mas não consegue. A mim, e agora, não, tamanha é a beleza.
Urtigas e não sei que mais. E flores, mais abaixo. Todos tão vibrantes e tão belos como o arbusto acima.
Quebrado. Deitado.
No patamar das escadas de serviço do meu prédio encontrei um espelho redondo, com metade de si às tiras. Quebrado, portanto. Deitado. Hum. Se encostado, não baralharia, mas, deitado, baralhou. Fiz na rua o que tinha a fazer, concretamente: pôr o lixo no contentor, e quando cheguei ao meu andar já não me encontrei com o espelho.
Havemos de ir ao Liechtenstein
Ligaram-me da Alemanha mas não atendi, presumindo que fosse algo absurdamente desinteressante. Bem que podia ser algum dos meus primos aí emigrantes, mesmo que a gente se não aviste há décadas, quem sabe algum deles me quisesse dar conta de particularidades da sua vida. Mas isto foi só uma tola lembrança. E dizia eu que ligaram, país e número exposto no ecrã e pâ pâ pâ e vai o Luís e alvitra que me estavam a ligar porque me querem ver por lá. Ora isto tem toda uma história - há para aí uns dois anos estipulámos que a próxima grande viagem seria ao Leichtenstein porque eu considerara amoroso e digno de ser visitado um pequeníssimo país dentro de outro país sem ser o Vaticano (se calhar há mais, sou ignorante no tema, e não, não vou pesquisar). A porra da pandemia é que nos atrasou, mas havemos de lá ir. Eu depois vou dando notícias, mais ou menos como faço com os meus primos da Alemanha. E eles comigo, já agora.
Abacateiro
O Abacateiro vive agora menos acompanhado, aqui há dias cortaram as três palmeiras que lhes estão junto. Acho engraçado que em vez de ter ganho corpo, o abacateiro mirrou. Mas isso é do frio de Inverno, bem sei, acontece o mesmo à árvore amarela. Certo é que tenho que subir lá acima para ver como ficou aquele pedaço, estou curiosa. Posso até tirar fotografias. Talvez. Uma que quero tirar é cá de baixo, lente inclinada para ficar esmagada com a imagem do abacateiro.
Saco do pão; Trela do cão
A vizinha traz numa mão o saco do pão e na outra a trela do cão. A visão (e continuo rimando) lembrou-me aquilo do ovo e da galinha (quem terá nascido primeiro e pâ pâ pâ) só que em fome e passeio. Id est: será que o pão foi comprado porque o cão precisa de ar livre e já agora abastece-se o saco, ou precisamente o contrário ?
what I eat and drink in a day
A
1 copo com água; 1 chávena com chá; 1 torrada com manteiga; 1 chávena com café
B
1 copo com água
1 chávena com café
C
3 dióspiros
D
1 copo com água
E
1 tigela com sopa; 3 colheres com arroz; 2 dentadas na chicha; 1 chávena com café
F
1 copo com água (que podem ser eventualmente 2 mas espaçados)
G
1 banana; 1 punhado de frutos secos; ½ chávena com café (que pode contudo não acontecer)
H
1 copo com água
I
1 tigela com sopa
🍎🍐🍑🍒🍓🍔🍕🍗🍡🍠🍟🍞🍝🍜🍛🍚🍙🍘🍢🍣🍤🍥🍦🍧🍨🍩🍪🍫
Dei exemplos de alimentos que habitualmente ingiro, por isso esta nota letra a letra:
A
O chá pode ser disto ou daquilo e pode até nem ser chá e ser sumo de laranja ou, por alturas do tempo quente, batido de bananas, de peras, ou de frutos vermelhos. O pão, esse sim, mantenho, o que não significa que, havendo bolo, não coma 1 fatia. Ou 2.
B
1 copo com água é 1 copo com água e 1 chávena de café disso não passa. Não neste post.
C
Os dióspiros, não há engano, são mesmo 3. Não querendo desculpar-me por ser alarve mas desculpando-me à mesma, certo é que os dióspiros que normalmente compro são assim para o pequerrucho. E vai que pumba, 3.
D
1 copo com água é o quê?... É 1 copo com água.
E
A sopa tanto me faz do que é, contanto seja sopa, estou no ir. Eu até já como sopa de feijão-verde e dantes não o podia nem cheirar, portanto, olha, mudei. A chicha não tem de ser chicha, pode ser peixinho, molusquinho ou crustáceozinho, mas como três garfadas. Ou ovos. Mexidos é como mais gosto. Às vezes, não muitas, nem como nada disso e não lhes sinto a falta. E pode nem ser arroz, quiçá seja massa, ou então feijoada.
F
Copos de água podem ser de vidro e blás.
G
Digo 1 banana mas podia dizer 1 maçã, às vezes é o que marcha, e, os frutos secos, tem calhado de haver baixa de armazenamento. Também, o Natal está ainda aqui tão perto, né? Poi zé.
H
Água e blás. Expliquei quase tudo na letra B, deixando o resto para explicar na letra D.
I
O meu mais comum jantar é sopa daquela que faço ao domingo. Au eva... Em algumas semanas da vidinha fantástica desta que aqui escreve, janto sushi. Caraças. Que bom. Fico satisfeita. Descobrimos recentemente um restaurante de sushi – Terasu – que é, simplesmente, puramente, francamente... Bom! Depois, em outros dias que não janto de sopa... Hum, nem sei. É, janto sopa quase sempre, 'migos.
sábado, 15 de janeiro de 2022
Novidade
A novidade que consta no post anterior aconteceu por via de uma novidade melhor e maior, que exponho agora. Trata-se de um gadget há muito apetecido, uma ring light, oferecida pelo rico filho e rica nora neste Natal. Uma ring light, um aro luminoso, faz maravilhas na imagem de um vídeo e, se até aqui me tenho cingido à gravação de vídeos enquanto a luz solar existe, tenho-me também cingido a cenários onde esteja em frente a uma janela. Ainda não experimentei como 'fico' se me puser de lado para a luz do dia e contrabalançar com o aro luminoso, mas tenho para mim que é eficaz. Ainda só gravei dois vídeos com o dito: um apresentando-o ao mundo e outro apresentando um quadro especial que há na minha casa, mas ainda não editei nenhum deles. O print que aparece no post anterior (link acima) é portanto resultado de uma dessas gravações. Bom, que mais dizer? Dizer que na embalagem também vinha uma pecinha que clica à distância, posso portanto posicionar o telefone e clicar para tirar fotos ou dar início à gravação à distância. Vai ser montes de fixe, tenho até já toda uma montagem na minha cabeça acerca de como a vou usar para experimentar. E estrear. Num dos papelinhos que acompanhavam tudo isto vinha a sugestão de um editor de fotos (e vídeos, se na versão paga), que é o tal Camera360 (link acima). Ao início, julgando que o remote shutter (a pecinha) precisava desse editor para funcionar, tratei logo de o instalar no telefone. Bom, assim se vê o que eu percebo destas cenas, né? Poi zé. E não, não tem nada a ver, era uma mera sugestão do fabricante. Mas, como adorei o editor, ficou cá dentro. Dentro do meu telefone, quero eu dizer. E entretanto tenho estado a brincar, como se pode ver, querendo descer ou aceder ao link acima, e tenho mais uma foto para publicar, que é um outro print de um daqueles vídeos que ainda não editei. Quando o visionei percebi que a luz filtrada pelo estore iluminava a minha cara como nunca me tinha calhado ver e, em certa altura, um dos pequenos rectângulos incidiu sobre o olho esquerdo de maneira tal que lhe alterou a cor. Então, eu, que já se sabe que gosto pra caraças de brincar com estas merdices, envolvi-me em plumérias, não deixando porém nenhuma inteira porque senti necessidade de cortar a foto e acabou por ficar como se pode ver. Ah, assegurei-me que as flores são plumérias mediante aquela opção que Mr. Google oferece - por assim dizer, pois claro, que a gente pagar, paga - de pesquisar por meio de imagens. Pá, eu ter-me cruzado algures com estas flores, cruzei, agora saber o nome delas é que não sabia. Eis-me então, faladora e brilhante.
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Novidade
Tenho um novo editor de fotos no meu amado telefone. Que é lindo. Lindo. Camera360, diz-se ele. Entretanto já há no blogue algumas fotos que editei com sua a ajuda – uma; duas; três. Sendo que, na segunda, desse editor tem somente o emoji, que o filtro é LunaPic, e, na terceira, acrescentei somente aquelas bolinhas coloridas. E sim, sucumbi àquilo de ter etiquetas para os editores, que são três, neste momento, ao Camera360 acresce o LunaPic e o do meu telefone. Este post serve, não só para o que já disse, como para o que direi (ai a graça quê tacho!), e direi que agora já tenho onde pendurar o paninho de limpar a cara. Dantes punha-o a secar na borda do lavatório mas, como calhou de encontrar um antigo cabide de aparafusar na caixa de ferramentas, achei logo que ambas ficaríamos libertas: eu porque dei uso ao cabide, a caixa porque já não tem de lhe amparar o desgosto de estar retido, asfixiando e sendo completamente inútil. Mas as fotos. As próximas fotos, quero eu dizer, foram então editadas da seguinte forma: filtro Eiffel (que é um dos de preto e branco, no total são três) do telefone e Sparking New Year (que são duas das versões, no total são quatro). A primeira mostra o paninho pendurado e, a segunda, o pó que o furo no azulejo deixou em cima do lavatório. Ah, lá em cima digo que sucumbi àquilo de ter etiquetas para os editores, sim, o que não significa que todas as fotos eu registe no lbogue... ai perdão, blogue como cheguei àquele resultado. Estas têm esses comentários, outras não sei se terão. Deixo esta questiúncula para o momento da publicação. E pronto, é isto tudo: de nada, ora essa.
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Telefone...
Malta: tenho um colchão novo e venho mostrar-vos as suas cores.
O colchão é um bom bocado mais alto que o anterior, de modo que, pá, andei umas semanas em maus lençóis, acordávamos todos enrolados e mais não sei o quê e, entretanto, comprei um jogo de bom tamanho, compra essa que foi uma estreia porque quando casei já trazia lençóis, que não fui eu que comprei, foi a minha mãe, ciente que estava que eu havia de levar um enxoval farto. Outros lençóis que vieram depois também não fui eu que comprei, portanto: estreei-me nisso de comprar lençóis. Sabem lá, há toda uma catrefada de temas e de texturas e de composições e, como a funcionária não se acanhou em mostrar tudo o que tinha nas prateleiras, em certo ponto da nossa relação havia toda uma confusão de tecidos e cores em cima do balcão. Porém, dificuldade nenhuma tive na escolha, qual quê, vai estes aqui, 'miga, ó. Perguntou-me se eu queria um saco para levar e respondi «Deixe estar, levo-os debaixo do braço.» E lá vim eu, exibicionista que sou, mostrando a cor e a paisagem dos meus novíssimos e enormíssimos lençóis. E lindíssimos, já agora. Entretanto, quando os estendi, percebi que a vizinhança com vista sobre a minha varanda também os vai conhecer. Quiçá apreciar. Enlevar-se com a visão extraordinariamente bela. Isto da vida privada é afinal para meio mundo saber como é que são as coisas da outra gente, e este post está até a servir para mostrar as cores do meu colchão novo ao mundo inteiro.
O quadro
Nunca registei no blogue a existência deste quadro na minha casa porque sempre adiei este assunto. Dói-me um bocadinho, pronto, mas jogo-me hoje a isso. Eis:
Querendo, pode ver-se o nome do velho estaminé e o seu (pelo que apurei) segundo número de telefone. Se bem que este esteja desfocado, não é de todo propositado, esta foto é um print de um vídeo, calhou assim. Isto das linhas telefónicas tem toda uma piada, eu cá acho. Esta composição numérica tem seis dígitos mas em tempos eram cinco e, por entupimento no tráfego devido ao crescimento exponencial de assinantes, houve necessidade de acrescentar uma linha, daí os seis dígitos deste número de telefone que remonta (pelo que, também, apurei) aos anos cinquenta. Depois os dígitos passaram a ser sete, ca bem malembra eu, depois a nove, ca bem malembra eu e com mais nitidez, e, o giro mas mesmo giro, é que quatro dos dígitos nunca tenham alterado. Então pronto, cá estou eu, expondo temáticas desconhecidas e tal e tal, mas das quais gosto bastante. Digo: as linhas telefónicas. Mas o quadro, vá, que desse sei que, o que sei, sei-o by hand e in loco. Nunca o conheci a honrar o velho estaminé, mas não duvido que em tempos tenha permanecido à vista do freguês, apelativo como é seria uma pena não ser aproveitado, conheço-o de estar enfiado no tecto falso da casa-forte, e na horizontal, que na vertical não daria. Conheço-o desde sempre e sempre ali. Por vezes, empoleirada no escadote para retirar mercadoria que era necessário repor nas prateleiras, aproveitava para desviar o empoeirado papel manteiga que o cobria e admirava a papoila e a espiga (que também estão desfocadas...), bem como a boneca lindíssima. Caramba, se as mulheres ficam assim se lavarem o rosto com aquele sabonete... E achava um piadão ao número de telefone, claro. E este quadro está exposto numa das paredes da minha casa porque, aquando do espólio do velho estaminé, escolhi trazer esta relíquia (não é ironia) porque simboliza uma época limpa, brilhante e cheirosa que eu gostava tanto de ter conhecido que, olha, tenho o quadro e pronto.
Querendo, pode ver-se o nome do velho estaminé e o seu (pelo que apurei) segundo número de telefone. Se bem que este esteja desfocado, não é de todo propositado, esta foto é um print de um vídeo, calhou assim. Isto das linhas telefónicas tem toda uma piada, eu cá acho. Esta composição numérica tem seis dígitos mas em tempos eram cinco e, por entupimento no tráfego devido ao crescimento exponencial de assinantes, houve necessidade de acrescentar uma linha, daí os seis dígitos deste número de telefone que remonta (pelo que, também, apurei) aos anos cinquenta. Depois os dígitos passaram a ser sete, ca bem malembra eu, depois a nove, ca bem malembra eu e com mais nitidez, e, o giro mas mesmo giro, é que quatro dos dígitos nunca tenham alterado. Então pronto, cá estou eu, expondo temáticas desconhecidas e tal e tal, mas das quais gosto bastante. Digo: as linhas telefónicas. Mas o quadro, vá, que desse sei que, o que sei, sei-o by hand e in loco. Nunca o conheci a honrar o velho estaminé, mas não duvido que em tempos tenha permanecido à vista do freguês, apelativo como é seria uma pena não ser aproveitado, conheço-o de estar enfiado no tecto falso da casa-forte, e na horizontal, que na vertical não daria. Conheço-o desde sempre e sempre ali. Por vezes, empoleirada no escadote para retirar mercadoria que era necessário repor nas prateleiras, aproveitava para desviar o empoeirado papel manteiga que o cobria e admirava a papoila e a espiga (que também estão desfocadas...), bem como a boneca lindíssima. Caramba, se as mulheres ficam assim se lavarem o rosto com aquele sabonete... E achava um piadão ao número de telefone, claro. E este quadro está exposto numa das paredes da minha casa porque, aquando do espólio do velho estaminé, escolhi trazer esta relíquia (não é ironia) porque simboliza uma época limpa, brilhante e cheirosa que eu gostava tanto de ter conhecido que, olha, tenho o quadro e pronto.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
Post de enchimento
Tenho a cabeça cehia... ai perdão, cheia de merdices para escrever, as quais tenho vindo a alongar, sim, sem que contudo as considere prontas, por isso hoje tão parca. E digo isto não considerando de todo que o mundo se importe com esta escassez, mas que me importo eu, importo, daí o registo. Ah, e sim, o título é uma brincadeira com o posto de abastecimento.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Um dia atrás do outro
Noite quase escura, despede-se o Xano da gente aqui:
Então até à demain bastante!
Então até à demain bastante!
Demais
tudo o que excede, transborda e tudo o que transborda, pode, eventualmente, transcender, o que pode, por sua vez, ser bom
Mereceu realce. E, ou, isolamento, agora me lembro. Como pôde um realce amigar-se com um isolamento é coisa incrível, mas por ora, e na minha cabeça, pôde.
Demais
A propósito de um post aí abaixo: Tinha idealizado que logo no primeiro dia do ano contaria que a canção das Doce que mais gosto é a 'És demais'. Não sei se é porque tudo o que excede, transborda e tudo o que transborda, pode, eventualmente, transcender, o que pode, por sua vez, ser bom, se pelo que é, mas sei que é.
Clínica Veterinária
Depois desse dia vi que a senhora vet saía da sala de cirurgia com uma pressa um bocado estranha. Não fosse ela comentar «esqueci-me de a pesar» enquanto percorria o corredor e não conheceria o motivo. Segurava o gato amarelo pelo peito - neste caso a gata amarela – de maneiras que o bicho, já anestesiado, pendia, as patas de trás quase roçando o chão. Parecia uma língua morta. Mas em grande. E em amarelo. Amarela, vá.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
São Pedro do Estoril, 1 de Janeiro de 2022
A imagem acima, se não desceu do primeiro clique do ano, desceu seguramente de um dos do primeiro momento em que decidi fotografar, calhando portanto de ser eu. Como não gostei da foto original, achei por bem alterá-la usando o filtro Impacto no mínimo, o qual habita o editor de fotos do meu telefone. Intitulei este post como se pode ver mas, antes, havia-me lembrado de intitular como 'Areal de Inverno', só que achei desfasado da imagem, quando alterada, aquilo vê-se lá agora que é um areal, né? Poi zé. Ficamos, então, a gente todos, assim. Hoje estou uma beca inclusiva, lá isso.
O meu colega
O meu colega estar num cliente que mora em frente ao estaminé faz com que eu perceba instantaneamente quando o serviço está terminado. Ca xiru, né? Poi zé. Quando vir a porta abrir, vejo-o surgir. Só não digo que o ouço a despedir-se do cliente porque isso daria azo a que os leitores percebessem que este cliente mora no rês-do-chão. Ou cave. Pode ser eventualmente indesejado que o cliente venha a saber que mora em frente a um estaminé onde uma mulher se lembra de ir escrevendo um blogue.
Somos colegas
Eu e o meu colega cruzámo-nos com um colega de profissão e aquele brincou com este:
Então, vais fazer de dentista?
Que respondeu o que não importa reportar mas adianto que meteu pingos, cuba e borracha. Reporto, isso sim, é que o colega de profissão levava consigo um alicate e, um dente a arrancar, é coisa para dar uso a um alicate. Só não deslindo é porque une esta categoria de ferramenta o arrancar de dentes e borrachas que não vedam.
Sonho
Sonhei que ia subindo a Alameda e me cruzava com muitos carros em fila de espera. Dentro desses carros estava muita gente, eufórica, claro, portanto havia barulho, e por junto o meu telefone fazia soar o seu whistle, o que me mantinha de sobreaviso sobre qualquer coisa, só não sei o quê. O facto é que o assobio ecoava por todo o lado e eu ia subindo sem que o toque do telefone me importunasse.
domingo, 9 de janeiro de 2022
Numerar é bom
Comprei daqueles papelinhos em que uma das partes é colante (post-it, yay!). Vêm em quatro cores e são piriris, têm para aí 25x25mm, e hão-de servir para numerar os meus cadernos. Há anos que quero fazer isso, em certas situações dá-me um jeitão. Estou até curiosa de saber quantos cadernos terei preenchido ao longos destes anos (22). Não preenchi um por ano, não, desde que tenho blogue é o que mais uso para diário. Ainda tenho que estudar como vou colar os papelinhos nos cadernos, se os corto e colo só a parte que cola, se ponho cola na parte que não cola. Corta-e-cola. Cola-e-não-corta. Enfim, é daquelas questões a ver no momento. Há dias andei de roda desse rol, o dos cadernos (não, eu não gosto de parágrafos) e fui dar com um montão de folhas vazias. Numa das últimas folhas preenchidas eu referia que abandonava o caderno brevemente porque o tinha muito cheio de colagens e por isso estava deveras pesado para andar com ele para todo o lado. E abandonei mesmo. Mas, neste dia em que o abri, deu-me pena ver as folhas vazias e pensei usá-las para engordar o bloquinho rudimentar. Detive porém o ímpeto de rasgar as folhas porque iria tomar como incoerência o que havia registado atrás, pois se dissera que abandonava o caderno com muitas folhas em branco, como é que num futuro longínquo eu perceberia aquilo? Então resolvi escrever no mesmíssimo caderno (que é de 2018) todas estas questiúnculas – que era não sei quantos anos depois; que vira as folhas em branco; que me dera pena deixá-las assim; que as rasgaria e transformaria em bloquinho rudimentar.
Música
Abri o Youtube e escolhi um daqueles canais que passa música sem parar - e em directo, dizem eles, pois que seja, quero lá saber se mentem - e que neste caso é música para conseguir concentração. Eles dizem que é para estudar, ora eu venho escrever coisas no blogue, não sendo igual, que não é, dá no mesmo. Não sei me concentra, mas sei que é fixe ouvir. Nunca soube o que me concentra e sempre soube que escrever me desconcentra. Podendo ficava horas a ver as imagens. Acho até que vale mais as imagens que acompanham a música do que a própria música. São deveras relaxantes. Bom, vou escrever acerca de coiszinhazinhas, não sei é se chegarão ao blogue neste dia.
Boas Festas!
Sexta-feira, sete de Janeiro, mesmo ao sair de casa retirei o boneco da porta de casa, considerando logo que no dia seguinte trataria da retirada dos enfeites de Natal por completo. Lembrei-me porque o ouvi roçar com o abrir da porta.
Sábado, oito de Janeiro, mesmo ao sair de casa desliguei as luzes da Árvore porque olhei para ela. Depois fui à minha vida, saindo e entrando um montão de vezes sem sequer lembrar de semelhante tal, provavelmente porque as luzes já não piscavam.
Domingo, nove de Janeiro, que é hoje, descolei as figuras de Natal da janela da casa de jantar ← e vai casa de jantar, que é à alentejana, qual sala de jantar, qual quê!, e continuando → e já as instalei na caixinha própria. Que bem, oh mas que bem!
No mais, quero eu dizer: amanhã e outros dias, a ver se vou dando conta deste recado que é aborrecido pra caraças de cumprir. A dez uma fita, a onze um laço, a doze uma bola, a treze uma pinha. Já me lembrei de deixar a árvore montada, não para o Natal que vem, mas para que os enfeites sequem muito bem. Parece uma boa opção. Camufla até, e muito bem, a preguiça.
Há que fazer
Aquilo das novas etiquetas que há que fazer no blogue e pâ pâ pâ rendeu tanto mas tanto que fui dar com um rascunho no bloquinho rudimentar. Se bem sei fazer as contas, estava lá há três dias. Se bem me lembro senti uma vontade indomável de escrever, tanto que me deixei de frases sucintas, costume meu no bloquinho rudimentar, acabando por escrever 'como deve ser', assim, ó:
Ponderei aventurar-me em descrições acerca da transformação de cada foto. Ora bem, não vou ter tempo para isso. Não gosto assim tanto destas regras. Ademais, parece que, expondo como cheguei até à imagem apresentada, a ofusco. Ela já não brilhará. Por outro lado, gostava imenso de ter esses registos. Enfim, a vida leva-nos a escolher, e isso é que não é escolha nenhuma.
Em resumo, digo eu agora, «o escolher temo-lo sempre».
Dias de um Ginásio
Os ténis e os chinelos costumo tê-los em sacos de pano. Os primeiros precisam de respirar, os segundos idem e acho que os cheiros e humidades se libertam rapidamente se os conservar em sacos dessa natureza. Bom, há anos que introduzo estes pertences no mesmíssimo saco, nunca os troco. A não ser um dia destes aí em que estava azamboada e, tendo notado a troca na hora, marimbei. Entretanto, como desde aí já vivi mais dias de Ginásio, já tenho tudo conforme está estipulado desde os primórdios dos meus dias de um Ginásio.
Sopas
Vi numa revista uma ideia muito boa: ir fazendo 'o saco da sopa'. Todas as vezes que sobrar uma ponta de cenoura, um resto de batata, caules de couves, amanhar tudo, meter num saco e pôr no congelador. Quando voltarem a aparecer 'desperdícios' é aprontar, ensacar, congelar. Que giro. Também percebi que a sopa necessita somente de descansar uma hora depois de pronta, logo que passe esse tempo pode viajar até ao frigorífico e permanecer lá até ser necessária. Ah, e não convém demorá-la nesse poiso mais do que três dias. Pronto, eu aqui não sou igual, a sopa que faço ao domingo costuma durar até sexta-feira. Mas vá, se ainda cá moramos todos, mal não tem feito.
sábado, 8 de janeiro de 2022
Dias de um Ginásio
Desde que é noite, aquando das aulas de Pilates, a professora escolhe uma das duas séries de iluminação, quando poderia escolher ambas. Giro é eu não ter ideia de alguma vez ela ter optado por iluminar a sala fracamente. Chegado o Outono, deve ter assumido que o ambiente melhora quando a sala está no lusco-fusco. Mas, giro giro giro, é que, em certo dia, ela tenha escolhido a série que escolheu, pronto, e calhou de um dos focos estar sobre mim, depois, num outro dia, sei lá eu por conta de quê, calhou de escolher a outra série, a qual não teria foco algum sobre mim, isto no caso de eu não ter mudado de posição, mas mudara. É mesmo giro que estas escolhas me tenham iluminado, parecia mesmo que, o Acaso, queria-me debaixo de luz.
Decalques
No meu bloquinho rudimentar mora uma folha (de planta) estreita e comprida. É existência que já consta no blogue, aqui, e que vai constar outra vez porque a encontrei com decalques do meu manuscrever. Consegui obviamente decalques que são apenas rabiscos descoordenados, que não se pense que a dita folha tem ali um texto do caraças.
Há que fazer
Chegado o 2022 há que fazer etiqueta das aplicações, queria eu. Há até muito tempo que quero mas com o intuito de, não só registar a aplicação a que se deve cada uma das fotos (ou imagens) apresentadas, como como cheguei lá, id est: que filtros usei, que intensidades. Não temo que seja uma tarefa inglória, marimbo para isso, temo é usar o tempo para escrever coisas somenos. Escalo portanto o prazer em escrever, que eu há coisas que me dá mais prazer escrever do que outras. Assim a frio pareço-me miserável por não abarcar tudo com o mesmo entusiasmo, sei lá, apregoo amiúde que não distingo assuntos, que tudo me serve e afinal tenho escala para um prazer. Enfim, já se sabe que eu, né? Poi zé.
Entretanto fica também neste post dois anúncios, ou quiçá meras ressalvas tu mai selfe, quando instalada num futuro qualquer. Trata-se de agrupar etiquetas em anos, coisa aliás já encetada. Por ora tenho a 'Directamente 2022...' e a 'Das fotos 2022...', mas conto estender a lista, fazer um lençol do caraças. O outro anúncio (ressalvas tu mai selfe e pâ pâ pâ) é que há etiquetas que agrupo por anos há qu' anos, como, por exemplo, as de 'Lisboa'. Foi desde logo que me pareceu bem saírem os posts em fornadas que cheirem a época. Depois também gosto, e não é pouco, de perceber quantos posts criei em que ano(s), se foi mais, ou menos, num ano, ou noutro. Eis os números à data actual:
'Lisboa 2020...' - 223 posts;
'Lisboa 2021...' - 308 posts;
Não listo as deste ano porque a meu ver não carece exposição, afinal o ano ainda não terminou. Ah, e sim, tenho outras etiquetas em cheirosos molhos de época, as '#semfiltro', os 'Cliques', as 'Férias', os 'Natais', mas essas, pá, gritam por separação de épocas, é que nem sequer ponderei fazer de outra maneira. Mas aquilo de criar etiquetas para distinguir que aplicações usei está a deixar-me com vontade de. Claro! Poi zé! Posso criar etiquetas para dizer ao mundo que aplicações usei! (Será que já tinha dito isto?) [Fui ver...] {Pois, já consta acima.} «Ai isto de escrever longamente, pá...»
Lisboa, Lisboa
Estava um raminho da árvore amarela caído na calçada. «Eu até te apanhava 'migo, colava-te à árvore e tudo, mas a Natureza, e até o Acaso, sabem o que fazem.» Mais à frente encontrei raminhos fazendo sombra na parede de um prédio e há ervas muito verdinhas que brotam onde o prédio se junta à calçada. Foi por uma questão de 'diferentes entre iguais' que achei isto tudo muito belo, tão belo que não quis fotografar.
Dias de risos nossos
A menina fée ri-se frequentemente das minhas respostas e eu temo que seja por enjoo. Um pouco à semelhança daquilo de a gente não perceber o que dizem os estrangeiros e rirmos aos bués para compensar os silêncios. Obviamente o enjoo não cabe neste exemplo mas foi o melhor que arranjei, quem sabe daqui a nada traga outro.
TPC
Trabalho
Para
Casa
A menina fée recomendou-me que agarrasse nas cordas vocais e as puxasse para desinchar, mas eu, quem diria, receio emudecer.
Comprinha
Comprei uma mochila que na etiqueta diz ser em cem por cento feita de PVC. É daquele tecido acolchoado, pespontado em losangos. Coisa de somenos, pronto, l' important c'est le sac à dos.
ordem alfabética
e vai que sim:
banana
café
gengibre
leite
limão
porco
e vai que não:
arroz
dióspiro
frango
maçã
massa
sopa
banana
café
gengibre
leite
limão
porco
e vai que não:
arroz
dióspiro
frango
maçã
massa
sopa
Sonho
Sonhei que estava muito magra. Pronto, há coisas que só em sonhos. Caraças.
A imagem acima é uma junção de quatro, agrupei-as eu, que haviam sido catrapiscadas do Pinterest quando ensaiava o primeiro post deste ano, no qual pus então uma outra. Nele queria anunciar que neste ano, não só optava por ser colorida, item que efectivamente publiquei, como acrescentaria que optava por continuar a ser magra. Porém não senti coragem de publicar este último item, o medo de voltar a ser gorda é tanto que me sinto a mentir se me digo magra. O sonho expresso acima dá conta desse medo.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
De bolsos vazios
Entrou um, alegadamente, cliente que se apalpou em todos os bolsos. Depois disso concluiu em surdina «ah, não trouxe» e saiu sem mais coisas. Clientes há que trabalho nenhum dão, o que vale é que é só de vez em quando.
da íngliche pipâle ende mi
«Oh, don't worry, your english is better than my portuguese» é o que ouço dos clientes sempre que me apresento com um «sorry, my english is very bad» Sempre. E também sempre por entre risos da gente todos.
quinze e quarenta e nove
Toquei em algum botão para que o relógio-despertador da senhora optasse pelas sete e cinquenta no mostrador ao invés de manter as horas do momento. O meu despertador (-telefone) diz que vai soar dentro de catorze horas e cinquenta e três minutos. No título está as horas a que consultei o telefone para saber os meus números. Diz-me tantas coisas boas, este meu amigo.
Lisboa, 7 de Janeiro de 2022
Olhem: estavam umas quantas septuagenárias sentadas numa mesa do lugar da musa, cinco (5!), e nenhuma era uma das outras quatro (4). Os tempos mudam rumos, lá isso.
Recadinho
Rico filho:
Mãe precisa de carro em sábado próximo.
Grata agora já.
Mãe enviará recadinho este para seu blogue, que em ele encontrou gireza grande.
Grata mais.
E mãe perdoa outrossim erro de digitação. Mãe compreende ser 'Yoda' o que rica filha quer dizer e teclado inteligente assume 'yoga'. É parvo, em fim de contas. Mãe, e mãe é comandante de blogue este, pede encarecidamente perdão a audiência por desfasamento em medidas de fotos. Mãe não sabe já o mais que fazer para alinhar post este. Fica mãe assim. Fica blogue a estar como está. Fica audiência mãe não sabe como, mesma ela diga, em querendo.
Mãe precisa de carro em sábado próximo.
Grata agora já.
Mãe enviará recadinho este para seu blogue, que em ele encontrou gireza grande.
Grata mais.
E mãe perdoa outrossim erro de digitação. Mãe compreende ser 'Yoda' o que rica filha quer dizer e teclado inteligente assume 'yoga'. É parvo, em fim de contas. Mãe, e mãe é comandante de blogue este, pede encarecidamente perdão a audiência por desfasamento em medidas de fotos. Mãe não sabe já o mais que fazer para alinhar post este. Fica mãe assim. Fica blogue a estar como está. Fica audiência mãe não sabe como, mesma ela diga, em querendo.
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