sábado, 30 de julho de 2016

Vídeo(s)

Olhem, é assim: já consegui ter um sítiozinho no meu canal onde posso destacar o vídeo de apresentação que fiz aqui há tempos, iei. Pus também o canal com uma apresentação diferente, agora aparece o último vídeo publicado em destaque e ao lado direito os três anteriores, iei. Entretanto deixo vídeo mesclado.



Apontamentos num Centro Comercial

Fiz uma interpretação errada da coisa fila.
A menina, uma jovem mãe, espera sentada ao lado do carrinho de bebé tapado com uma fralda, a comida que o jovem pai trará para os mais velhos daquele grupo de três.
Na fila, ainda, o homem à minha frente cheirava mal. Fui sentar-me, aguardando a comida que o maduro pai dos meus ricos filhos me trouxesse a comida.
Fiquei de frente para a jovem mãe, considerei que tem o mundo (dela) nos olhos. Parece triste, ou u então é o esperar que a acolhe, e ela olha o mundo com o olhar do mundo dela. Eu pareço triste. Eu escrevo. Eu esqueço.

Lanchinho

Ainda tenho as unhas d' amarelo. Sou tão feliz. Tenho três fotos pouco amarelas e muito cinzentas, uma desfocada, outra meio desfocada, outra focada.





Nota:
Ficaram assim sem que eu fizesse nada para isso.

Primeiro

Bom dia. São onze e vinte e cinco. Sabiam que. Não, não sabiam que. É que digito sempre conco e não cinco, mas como noto o erro retiro o primeiro ó e ponho lá um i, ninguém fica a saber que, a menos que o divulgue, coisa que acabei de fazer. Mesmo que seja uma palavra de três letrinhas apenas, por exemplo: qye em vez de que. Pois. As letrinhas fez-me lembrar um verso tão badalado que a esta altura já nem deve ter autor:

com três letrinha apenas
se escreve a palavra mãe
é das palavras pequenas
a maior que o mundo tem

Mesmo com a ideia que o autor fosse desconhecido, fiz uma pesquisa que resultou em nada. Au eva, a minha mãe está no poema, e acrescento que em boa hora alguém o criou.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Ofereço-te este livro

Não sou ciosa da minha biblioteca, às tantas nem é minha, sei lá, não me sinto dona de livro nenhum, não me importo nada de dar livros que estejam nas minhas prateleiras, que é lá isso, principalmente se já os tiver lido. Atualmente sinto vontade de oferecer o livro que li no outono de 2013, 'A Acidental', Ali Smith, e isso deve-se ao facto de ter gostado muito deste livro. Infelizmente, ou então não é nada infelizmente, é que eu sou assim e pronto, cada livro que leio, cada esquecimento que o meu cérebro produz. Sério. Geralmente não retenho na memória factos, nomes ou circunstâncias dos livros que leio, a menos que tenha gostado muito de os ler, mas, ainda assim, não retenho coisas de livros. Do livro em questão neste post apenas me lembrava que era acerca duma família que incluía uma miúda. Deixo já a apreciação final que fiz quando terminei a leitura do mesmo e depois apareço no presente logo abaixo do passado, está bem. Vai ter que estar.

Sem ler
Esqueci-me do livro. Caraças, pá.
O livro do momento ('A Acidental', Ali Smith) retrata uma família em férias numa casa de campo, no seio da qual aparece repentinamente uma intrusa que consegue socializar estranhamente com cada um deles, usando artimanhas e mistérios tais que todos se apaixonam por ela, cada um à sua maneira. |31 de outubro de 2013|

Este ano, aquando das férias, fui lembrando pormenores, não da história, mas dum objeto bastante divulgado: uma câmara de filmar, a tal que nunca captou Âmbar, a personagem principal. É que também ando a captar a vida com uma câmara, construindo histórias, pequenos enredos, sendo que, ademais, fiz uns quantos nas ditas férias. Ora bem, isto passou-se mas veio mais:
id est mare
Pois. No livro a miúda refere amiúde (não quero saber de parecenças de palavras) 'id est', que quer dizer 'isto é' e eu, há cerca de dois anos, andava com a pancada do latim e eis que me deu na tola escrever a frase na praia... Fui buscar a foto:





E eis que este ano, na mesma praia e mais ou menos no mesmo lugar, fiz um filme, que pode ver-se aqui, mais concretamente do segundo 32 ao minuto 1:50, porque me lembrei do livro, da expressão da miúda – id est - e da minha própria expressão – id est mare, porque estava junto ao mar.
Mas agora, voltando à carga, gostei tanto mas tanto deste livro (A Acidental, Ali Smith) que teria o maior prazer em oferecê-lo. Quem o quiser que se chegue à frente, deixe recadinho na caixa de comentários, que eu tratarei da expedição.
Entretanto deixo mais uma alusão que fiz no blogue, onde posso esclarecer que não posso esclarecer (não quero saber se repeti palavras e as deixei demasiado próximas) o que terei eu visto de tão extraordinário para fazer este registo...

Eu vi tudo
Havia câmaras a registar o momento. Solene. Não faltava solenidade ao momento, não. Lembrei-me do livro que andei a ler (A Acidental, Ali Smith) em que uma personagem se esfuma, não deixando registos ou imagens, atravessa e marca profundamente toda a história mas no fim não há provas da sua existência. Mas eu vi tudo. Eu e a freira que ia de passagem. E as câmaras captaram. E está registado, aqui e agora. Bendito blogue, o meu. |12 de dezembro de 2013|

Lugar (que também pode ser) da musa

A menina que serve os cafés e o rol inteiro de produtos à venda naquele estaminé, dizia hoje a uma cliente de confiança, que é alérgica ao níquel. Sabe, dizia ela, as moedinhas de um e dois...? Tive dó. Sério. Eu cá despejo naquele balcão, onde, note bem, sou cliente, a minha coleção de moedinhas dessas assim para o escurinho, e isto quase todos os dias.

Plano doce para o fim-de-semana

Qual pudim d' ovos, qual quê, nada disso, vou mas é fazer um pudim d' ovos, sim senhores, mas a imitar o creme de pasteleiro. Ou seja: faço um leite-creme que não terá película de açúcar queimado ao cimo, e vou fazê-lo para deitar por sobre o gelado de nata que vou fazer com as claras que sobram do leite-creme. Por junto, para engrossar ou coisa assim, posso ainda fazer uma gallete de pêssegos e amêndoas, mas sem as amêndoas, porque não as tenho, ah ah, que vi fazer neste canal e neste vídeo.


Posta-restante:
Tenho outra ideia, esta sugerida. Agora estou um bocado indecisa...

Lanchinho

Eh pá, pronto, eu punha aqui o lanchinho em pixéis e mais não sei o quê, mas é que é uma banana. Outra vez. Logo: coiso.

Primeiro

Bom dia. São onze e vinte e um e tenho fotos d' ontem, tiradas junto à Igreja dos Anjos, Lisboa, às sete e picos da tarde.




Passado pouco tempo fiquei presa num elevador cuja cabine dificilmente teria mais dum metro quadrado. Éramos três, o ar começou a ficar rarefeito e eu com dificuldade em manter-me calma. O socorro não demorou mais de meia hora, felizmente, no entanto pude constatar que não são somente os espaços amplos e o frio excessivo que me dão conta da cabeça. Não. Isto porque o problema é lá que está, na cabeça. Quem estava comigo disse-me: Gina, mantém-te ocupada, conta lá dos teus vídeos. Contei dos vídeos à terceira pessoa, um jovem: ah eu agora faço vídeos, disse eu, e ele perguntou-me como se chama o canal, e eu não soube dizer porque o meu canal não tem nome, mas vai que lhe disse para procurar Gina G, acrescentando que numa pesquisa assim aparecerá uma série de vídeos duma tal Gina G que é cantora e britânica. O jovem concluiu rapidamente que isso acontecia porque estas pesquisas vão buscar quem tem mais visualizações. Pois é, disse eu, contendo o comentário óbvio que seria 'pois... o meu canal é assim como que desacompanhado...' No entremeio da conversa ia encostando a boca onde a porta do elevador se encontra com a ombreira para inspirar um ar mais fresco, tirei as sandálias e abanei-me com o meu bloquinho rudimentar, aquele onde tenho apontado, com a tal caligrafia apressada, os números dos vídeos que tenho feito, bem como os tópicos do que digo. São para aí quarenta, os vídeos, lista que começou há cinco dias. É pequenino, o bloquinho, tanto que lhe chamo bloquinho, ah ah, mas ali, naquela situação, qualquer brisazinha era bem vinda.
E pronto, agora já sei que também não me dou lá muito bem com o claustro, e eu a pensar que o meu problema é ar a mais e atmosferas gélidas. Ora.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

íngliche óne mai uei

góta laife, gótu lívite, au gúdise déte?

Segue-se imagem decerto pirosa, contudo encontro-me esperançada de ser entendível

Sede, em tamanho

Encostei a cabeça os tubos de pêvêcê para estar de olho na porta de entrada do estaminé, enquanto a garrafa se enchia lentamente, por conta de o lavatório ser minúsculo, o que resulta numa inclinação abusiva que leva ao desperdício de água, é vê-la correr diariamente pelas bordas do lavatório. Sim, o lavatório é pequerrucho mas tem espaço para bordas.
É assim o tamanho da minha sede.

Cliente

Dona Lurdes esteve cá, comprou bicha para cortinado, dois camarões para enfiar nela, a bicha, e 18 argolas de plástico para coser no cortinao e enfiar a bicha nelas. O giro disto não é o texto altamente elaborado que acabei de formar, é que a dona Lurdes só precisava de 15 argolas, contudo levou dezoito porque tem medo dos números. Foi assim, as contas que ela fez: ai Gina, 15 não, que é ímpar e dá seis, eu gosto mais do sete, mete 16, ai espera lá Gina, 6 e 1 são 7 e eu não gosto do 7, mete 18. Eu nem comecei com o meu discuso picuínhas, dizendo que 1 e 8 dá 9, logo: número ímpar e ainda por cima dá para o noves fora nada. É nada, dona Lurdes, olhe que não leva aí nada...!

Cliente

Tem muitas baratas lá em casa, enormes, daquelas grandes e acastanhadas e quer acabar com elas o mais rapidamente possível, não importa o montante. Ai dê-me o melhor que tem aí!, disse ela. Quero dizer: assim mais ou menos, vá, é só para dar ênfase, mas asseguro que a postura era a de alguém decidido e sabedor. E eu toca de retirar da prateleira a bala mais certeira que lá havia colocado não sei quantos dias antes na disposição lógica de a vender. Caríssima, esta bala, ora pois, mas tão eficaz que só para de matar quando já não há quem ou ou quê. Pois que se volta de lá com um não, que era muito caro, que deus a livre se ia gastar tanto dinheiro, que aquilo na cozinha eram só umas quantas, para aí quê, uma ou duas, assim à noitinha, havia até noites em que não via nenhuma, que pronto, que também não era preciso uma coisa assim tão tão tão. Este post podia chamar-se Post endinheirado ou então pobretanas, mas fica cliente, que destes há muitos. E venham eles.

Da esperança que há no porvir

Um homem encostado à ombreira da porta do estaminé enquanto observa parte da minha montra e sem me ver vai falando de si para consigo o que passo a citar:
Ah, olha uma drogaria. Bem bonita. Bem boa. Aqui tem coisas baratas. Pois. Olha o coiso para lavar a louça. Roubaram-me aquela merda. Oh. Mas aqui tem. Pois. Tenho que cá vir.
E baza. Há porém a esperança, não é. É. É o que nos move, com tudo e por tanto é o que nos move, e nem vale a pena perguntar se é ou então não.

Planos para o fim-de-semana

Tem de ser qualquer coisa que inclua muitos ovos, que os ditos para lá estão, ao calor, credo, ainda se me nasce pintos e se põem a piar e depois vai que a cadela vem de lá e dá conta deles e ele é penas e sangue na cozinha e coisas assim.
Sim, está bem, é preciso uma coisita muito particular para vir de lá pintos, tudo bem, o calor não é tudo, embora ajude pra caraças, chama-se fecundação, se os ovos não estiverem galados, quais pintos quais quê.
Mas o plano.
Pudim? Hum... Bolo fofo? Hum... De chocolate, de baunilha ou de limão? Hum...

Árvore amarela

No post anterior duas frases, neste a árvore amarela, e este é mais um assuntozinho mal explicado lá em baixo.
É da árvore amarela, este post, o que não significa que já lá tenha estado hoje. Não. É que no último post a que dediquei atenção à dita divaguei tanto, dei umas asas tão voadoras ao assunto que acabei por não pousar tempo suficiente para expor o que realmente me tinha levado ao post e ao assunto e mais não sei o quê.
Então vá.
Há obras ao redor da árvore amarela, facto que não estou certa de já ter comentado no blogue, o que fez com que retirassem o banco que está por baixo dela e se... ah, já comentei, já, tirei fotos e tudo, pois foi. Bom, vinha dizer do recorte na relva, pormenor que a foto já mostra, e vinha dizer também (isto estou a sentir como novidade e se não for paciência e acabou a conversa) que o banco está mais abaixo, encostado a um outro que noutro canto está. Que frase tão bonita: encostado a um outro que noutro canto está. Esses dois bancos fazem assim tipo uma carta de baralho, um rei de copas, vá, tem uma cabeça para baixo e outra para cima, não é. É. Se virarmos a carta fica outra vez uma cabeça para baixo e outra para cima, não é. É. Só por dizer que a cabeça que antes estava para cima é agora a que está para baixo e a cabeça que antes estava para baixo é agora a que está para cima, não é. É. E depois quero eu que venham ler o blogue e ando armada em pessoa especial, esperando a companhia de pessoas especiais, mas quem é que vai ler isto, oh céus. Bom, os bancos estão assim: um no estado e lugar normais, preso ao chão de terra com grilhões, tipo isso ou coisa assim, ou cravos, se calhar é mais isso, que cruz pesada, cravos rima com calvário, e o outro, o que descravaram da terra, puseram-lhe o encosto encostado ao assento do que ainda dali não abalou.

A frase

Este é um assuntozinho que não expus como queria/devia.
A frase que escrevi na parede está sumidinha, a tinta não era das melhores e ademais já passaram três anos e tal, muita chuva, muita humidade, muito bolor e... muito sol. Muito, muito sol, aquilo ali é parede para estar ao sol praticamente todo o dia. A frase eram duas, afinal - 'Eu não quero viver. E tu?!' - uma afirma perentoriamente, outra pergunta destemidamente. Foi com esses sentimentos que a registei, agora se foi interpretada dessa maneira é que já não sei e ao presente até aposto que não. Ninguém chegou a notar a afirmação ou a responder à pergunta, na altura mantinha ainda uma certa esperança na reciprocidade, coisa pouca, mas sim, hoje não.

Primeiro

Bom dia. São nove e cinquenta e sete. 57, 57, 57, ah ah, 9, portanto: quase 10. Tão cedo. Nestes posts 'Primeiro' esforço-me por deixar algo mais, só por dizer que geralmente não me esforço lá muito por encontrar o algo, que o algo é-me fácil, possivelmente devido à minha quase total ausência de esquisitice perante o tipo de assunto, ou o assunto em si, sei lá. É isso, era o banco si, ah ah, digitei a palavra 'si', não sem antes pensar nela, claro, e lembrei-me que o outro banco da praça era o banco si. Vou à procura da foto...
Era quinta-feira, dia 20 de março de 2014, eu disse assim no blogue: «Foto, outra vez. Gina, a mulher que tem um blogue, para si.» e a foto é esta, ó:


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Vou pintar as unhas d' amarelo

Vou pintar as unhas d' amarelo com três camadas e deitar no lixo o frasco meio cheio. Eu disse: meio cheio. Com tanta coisa boa, doravante serei muito feliz.


do dia

o dia assim, ó:
vou escrevendo
vou falando
vou espirrando

transformadora, é mais isso

sou uma pessoa
muito especial
a quem não acontece coisas
muito especiais

Na avenida

Subi a avenida pelo lado do sol na enga de perceber onde para o Miguel por estes dias.
É que já marquei cabelos mas agora o homem mudou, outra vez, de poiso mas agora é mais perto de mim mas agora acontece que ele disse ah, ó Gina, é ao lado da taberna mas agora eu sei lá qual lado e qual a distância que dista um da outra mas agora já passei duas vezes do outro lado, que é o meu lado normal de passar mas agora acontece que passei sem nada ver mas agora houve ainda uma terceira vez em que passei do lado que não é meu costume passar mas agora a verdade é que nem me lembrei de olhar para ver mas agora acontece que ia eu muito adentrada na praça quando me lembrei 'ups!, nem me lembrei de olhar para ver!'

Pois foi. Sou tão destrambelhada, contudo engraçada, não é. Não.

Subi a avenida pelo lado do sol na enga de perceber onde para o Miguel por estes dias.
Levei com o sol todo na moleirinha porque o bicho se lembrou de ir parar ao lado soalheiro da avenida e eu tinha de passar e olhar para ver. Eis que o vi debaixo da árvore grande, uma das, ah ah, falando ao telefone, eventualmente com alguma maria cuja cabeleira esteja tão precisada das suas mãos e cuidados como eu. Acenei-lhe, ele de volta, apontei na direção da porta que mais se assemelhava a um salão de cabeleireiro com uma pergunta no gesto: é aqui?, ele fez que sim com a cabeça, eu de volta. Segui rumo aos sapatos de gente velha que eu ia ter de comprar. Comprei. Velha não estou mas para lá caminho, e agora é de sapatos novos, ah ah.

Dias dum Ginásio

Pronto, as aulas de Pilates cessaram, era só o restinho de junho e todo o julho, isto às segundas-feiras de manhã. Olhem: gostei muito deste bocadinho, foi bom para não deixar de vez o exercício acompanhado e agora só lá para setembro, isso de malhar a sério, com máquinas e pessoas, é em setembro, a um. Portanto: dia um de setembro, às sete e meia da manhã, lá estou eu. Em maio, ou lá que foi, resolvi experimentar treinar de manhã, não sei, deu-me na tola, pronto, e gostei da experiência mas estou cônscia de que assim que aparecer aquele frio da porra já não vai dar... ai não vai dar, não, que eu cá com o frio torno-me uma pessoa horrível, uma daquelas que sai fora da linha, que pisa o risco.

ah ah

a vida é bela
não façam pouco dela
tampouco de mim

gostar de pessoas
ou
então não

às vezes há toda uma barafunda cá dentro e eu não sei como me tratar
ia haver sardinhada mas afinal já não vai. Enquanto o vai/não vai se decidia arrependi-me de ter rasgado o papel éssióésse mas eis que se me põe uma dúvida:
terei rasgado o papel para me desculpar a falta nos eventos...?

No banco

A fundo vê-se o cão Basta, ou o cão 1418, ou o cão ADR, ou, ainda, simplesmente um cão desenhado. A ideia principal era captar o momento d' ontem, este aqui, também com imagens, mas eis que o cão se me planta no plano e deixo-o estar.


PokéGina

De manhã tínhamos dois pokémons em casa, foi o que disse a rica filha. Não se deixaram apanhar. Que ágeis, ou coisa assim, acho eu. Pus-me a olhar atentamente para o visor do telemóvel da rapariga, vi uma bola com asas a-dar-a-dar e perguntei-lhe se aquilo é que era uma pokébola, ao que ela respondeu indignadamente que sim, acrescentando «ó mãe, até parece que não tens dois filhos que eram obcecados pelo pokémon!»

Pronto, obcessões em filhos, eh pá, tenho, e tive, eram, e são, ah ah.

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta. Sonhei que tomava banho e de manhã tomei banho. Devia haver um nome pomposo para isto, que premonição não me satisfaz.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Entardecer

Ainda cá venho. Boa tarde. São dezanove e vinte e seis, assim marca o relógio da praça. Estou sentada num dos bancos, ainda tentei o banco hater mas o calor da pedra era muito. E a temperatura baixou, olha se não. Estou a gastar minutos à tarde arrefecida, desejando escrever o mundo inteiro e duma só vez, certa de o conseguir fazer. Como se.

Grafar

Sou tão grafómana. Sério. Volto a repetir, que afinal é apanágio meu, que nunca tive um blogue cujo nome me assentasse tão bem.

(deixo meio dúzia de rascunhos para o porvir)

Caligrafia

Pergunto se percebem a diferença de caligrafia na imagem acima ao lado - percebem?
Uma certa e precisa, pequenina, perfeitamente legível.
Outra como que desgovernada, enchendo papel que se farta, de alargada que é.
Se eu tivesse sorte com perguntas, ou respostas, se calhar é mais isso, punha-me já a perguntar aos leitores:
ah vá lá digam lá qual das caligrafias ao lado é a que me pertence
Mas assim sendo deixo-me de tretas e digo que a 'outra' é a que me pertence. A 'uma' pertence a alguém que em tempos trabalhou neste estaminé e que esteve cá a visitar a gente daqui e, havendo necessidade de apontar a falta de fibra de caraculo para repôr, ela apontou, e entretanto as faltas foram surgindo e eu apontei o resto que se vê.
À chegada tinha-me dado um abraço. De saudades. Portanto: apertadinho e longo. Fiquei perdida, não soube o que fazer, mas fiz coisas - retribui.

Ofereço-te este livro

Não sou ciosa da minha biblioteca. Assunto a desenvolver.

Do próprio tom, ainda

Vamos viver?
Não tarda chegará um post que chutará este pra baixo. Mas então se eu me der o badagaio entretanto e este post ficar no cimo do blogue por não dar tempo de preparar outro? Olha: fica este aqui. Será mais um tolo e desarrazoado post. Olarila.
Vamos viver?
A frase que escrevi há três anos e tal está sumidinha. É a minha primeiríssima no género 'escrever nas paredes' desta que escreve, também, num blogue. E foi para escrever, foi.
Vamos viver?
Hoje em dia é mais o sim-querer do que o não-querer. Não passou totalmente, vá, em dias maus penso amiúde, em dias muito maus idealizo o como e o porquê, muito embora nunca tenha decidido o quando. Então esse que continue a faltar, não é. É.

Porquê

Olá
O meu nome é Gina
Sou grafómana
E gosto de minudências

É porque não quero mudar rotas ou porque tenho medo de atalhos, isto de cravejar o blogue de parvoíces
Serei assim
Não saberei sair daqui
É isto a cepa torta
Ou é assim que me endireito

Árvore amarela

A árvore amarela está um bocado engelhada, até parece que encolheu, deixou já de ser frondosa. Quero dizer: continua grande, mas menos grande. As vinte e seis árvores da rua mais bonita de Lisboa estão também a minguar. As árvores de toda a cidade, já agora. Pois. E nem vale a pena sair da capital, o julho está no fim. Julho é o mês do esbatimento, o agosto o do amarelecimento lento e o setembro é dum amarelo destemido.

Sol

Estive a receber o sol da manhã e lembrei-me que aqui há tempos, aquando do frio de inverno, vi um homem na rua, parado, de olhos fechados, recebendo sol na cara. Disseram-me que era para receber a energia natural, que o frio desanima as pessoas e que aqueles raiozinhos de sol o despertariam e alegrariam, e portanto há umas pessoas que tomam esta iniciativa. Achei que o sistema devia ser reconfortante, curativo, até.
Hoje, quando estive a receber o sol fresco na cara, ainda era de manhãzinha. Foi bom. Era fresco, o sol, mas já se adivinhava o dia quente. Pois. Foi bom, reforço. Estive também a imaginar-me cega. É difícil, só saberei o que é ser cega se algum dia cegar, mas posso imaginar porque tenho mente, muito embora venha de lá o cego e me diga que não sei imaginar realmente, e então imaginei como quis. Dei por mim pensando que às tantas os cegos sabem fazer isso de receber energia positiva diretamente do sol muito melhor que eu porque se concentram, não se lhes desviando a atenção por qualquer movimento. E os sons, despertarão os cegos mais do que despertam a mim? Hum... Sempre posso imaginar como quiser, não é. É.

Lugar (que também pode ser) da musa

Surpresa! Hoje estava lá o homem que não se parece com nada nem com ninguém. E eu que tenho andado com vontade de regressar ao antigo lugar da musa... Ah.
Que assunto incrível as cadeiras transparentes deixaram passar hoje.
Lia o telemóvel. Não. Lia no telemóvel. Não. Via o telemóvel. Não. Via no telemóvel. Tantas vias cosntruidas. As lias já não sei que destino dar. Bom, via → destino, ah ah.
Depois, pasme-se, até parece que havia conluio entre as surpresas e as relações com o antigo lugar da musa, entraram duas senhoras desse antigamente: a da voz rouca e ar mais ou menos hippie e a de cabelos louros e roupas bué fixes.
Não sei se matei as saudades. E se eu amanhã regressasse ao lugar da musa que me viu nascer como escrevente...? E se o café continuar a... não... ser... lá... muito... bom...?
Isto das cadeiras transparentes o que tem de mau é a eventualidade de estar desfraldada e quem estiver lá atrás ver tudo. Fralda e isso. O horror.

Voar

Conto as minhas viagens de avião a dobrar, duas em cada viagem, vou só em quatro. Duas viagens, portanto. Conto-as assim por serem poucochinhas, julgo eu.
À Ilha da Madeira.
A Londres.
Só.
Outros países que visitei, fi-lo em viagens de carro, estradas europeias afora, conheço também Espanha, França e Itália.
Nunca saí da Europa. Não conheço mais nada do arquipélago da Madeira e desconheço totalmente o dos Açores. Nunca saí da Europa.
A ver mundo novo, para mim e doravante, teria de ser uma cultura totalmente diferente, algo a oriente ou assim, pois de resto, a coisa muito esmiuçada, espremidinha exaustivamente, creio que Lisboa, Paris, Roma e até mesmo Londres, não são assim tão diferentes. E a culpa nem é da moeda única nem nada disso, é que somos europeus.

Das segundas-feiras à terça-feira

Durante o decorrer do passado mês de junho idealizei que, imitando a ideia dos 'domingos de maio', faria as 'segundas-feiras de julho'. Não seguiria logo com o junho por considerar que a paisagem talvez não estivesse tão diferente assim e, ademais, uma dessas segundas-feiras seria completamente diferente porque me encontraria de férias e fazia anos e tudo.
Ora acontece que as segundas-ferias de julho terminaram e com elas os meus filmes do dia e, a julgar pela quantidade dos ditos, bem como a duração, tenho material para dois 'segundas-feiras' de julho, ah ah. Mas não. Vou fazer só um, o que eu achar como que sendo restolho ou sucedâneo, ficará num outro filme a que chamarei... Não sei. Pensei em 'bastidores de julho' mas não sei, que no fundo não é bastidor nenhum, é eu a fazer filmes com a ideia de os publicar.

Dos vídeos
ou então
Dos blogues

Paradoxalmente, no Youtube as pessoas são mais desligadas da atenção a retribuir, isto se comparar à blogosfera.
Digo paradoxalmente porque nos canais do Youtube mostramos mais partes de nós, tais como expressões orais, tiques, gaguez, enganos, enquanto que nos blogues, caso a gente se engane a digitar um texto ou algo assim, podemos corrigir sem que ninguém saiba que houve engano. Portanto, a mim parece que somos menos espontâneos nos blogues e que nos vídeos nos expomos mais, o que nos poderia conduzir rapidamente à aproximação entre oradores/espectadores. É isto o que me leva a pensar que, paradoxalmente, nos vídeos temos um bocado a mania que somos importantes... porque não damos a atenção devida a quem no-la oferece. Já nos blogues, eh pá, a gente responde a toda a gente e atenta por sobre cada um dos leitores, não é. É. É, é.

Pés de cama

Já disse no lbogue... ai perdão, blogue que andei em mudanças de quarto e que ia pôr a cabeceira debaixo da janela, que já sei que aquando do frio vindouro o que tenho mais certo é não aguentá-lo por sobre a cabeça e tal e tal. Pronto, então vá, andemos e façamo-nos a vontade, em novembro logo se vê.
A cabeceira já consta há semanas debaixo da janela, só por dizer que era alta demais e por isso não se enconstava lá muito bem à parede por conta do rebordo do parapeito. Então vai que já se cortou os pés à cama... E eu, assim que vi aqueles grossos pedaços de madeira apaixonei-me desmedidamente. Tanto é que os trouxe para aqui na enga de fazer um ganda vídeo e um ganda texto e agora vou daqui fazer uma ganda foto. Ao menos tentarei.
Aqueles restos de tinta cor-de-rosa que vou então captar sei a que se devem, sei sim senhores, devem-se ao facto de os rodapés e a porta do meu antigo quarto serem daquela cor, óié.





Posta-restante: as fotos afinal foram quatro.

PokéGina

Sim, o rico filho também é jogador de Pokémon Go. Pois. Só por dizer que o telemóvel dele não alcança a aplicação do jogo, vai daí safa-se com o jogo à moda antiga.
Ontem fui jantar lá a casa, de maneiras que pude ouvir três jovens (nascidos nos anos noventa, ah ah) debatendo ideias e meios de captura de pokémons saloiada afora. Também dá para capturá-los em Lisboa, mas menos, ao que parece a zona onde os ricos filhos trabalham não é fértil em bicharada desse género.
O rico filho, na tarde de domingo, pediu-me que fizesse arroz-doce, que tinha saudades. Levei-lho ontem, para a ser comido à mesa do seu aniversário. Diz que estava muito bom, que deu para matar as saudades.
Em tempos tive a mania de apregoar, no blogue e nos arredores, que fazia o melhor arroz-doce do mundo. Pretensiosa. Vaidosa. Osa.

PokéGina

Se eu fosse um pokémon seria a Clefairy disse a rica filha, por ser como eu: introvertida e fofinha. Ah, e estão-me a mandar dizer que é um pokémon associado à lua. Parece que a lua pertence aos introvertidos e tal. Tenho imagem que saquei das netes. Ó pá tóin xirú! E xira!


Primeiro

Bom dia. São onze e vinte e nove. Tenho foto das sete e trinta e um da manhã. Nuvens com alguma densidade lá ao fundo... Cá pra mim, em ericeiras, santas cruzes e sãos juliãos e isso assim está um frio que não se pode.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

Segunda-feira

Há exatamente vinte e dois anos atrás era também segunda-feira e eu era uma puérpera que tinha um recém-nascido aos meus cuidados desde as sete e quarenta e cinco da manhã. Hoje o rico filho faz 22 anos. Incrível, não? Bem sei que é um lugar-comum dizer que os filhos crescem num intante, quase sem dar por isso, mas é efetivamente o primeiro pensamento que tenho: como é possível que o rico filho já tenha 22 anos?! Se ademais é o mais novo de dois?! Ah... (22, capicua, ah ah)
Contudo, não quero passar a ideia de que sou uma mãe saudosa dos meus bebés e das criancices de cada um deles, que é lá isso, gosto bastante de terem chegado aqui, serem adultos capazes, responsáveis, autónomos, mas, chegada a datas comemorativas, lá penso eu no lugar-comum: é num instante que o tempo passa.
Bom, parabéns ao rico filho. Deixo texto que em tempos escrevi, onde se percebe que o rico filho é detentor duma inteligência e sensibilidade incríveis. Incríveis, ah ah, como é incrível o tempo que já passou... Vamos lá recordar, então, este episódio que conta com quase dois anos decorridos.



Rico filho agarra no carro para levar a família ali assim. Isto sendo que da última vez quem tinha usado o carro fora ele mesmo... E vai daí, digo eu:
O que é que acontece quando o rico filho anda no carro...?
Que música ouve...?
Que tipo de canções soam assim que se roda a chave na ignição...?
Rep.
Bom, estava a dar rep no radio do carro mas ele mudou para se ouvir Radio. Lembrei-o que não era preciso mudar, podia deixar estar aquele som. Ele faz que não com a cabeça e diz 'prefiro ouvir quando estou sozinho'. Surpreendi-me e perguntei-lhe porquê, ao que ele respondeu, com uma certeza que me desarmou:
'Para sentir'.
|18 novembro 2014|

Dos vídeos

Durante toda a semana que passou fiz para aí meia centena de vídeos, quase todos na enga de produzir, ou reproduzir, sei lá, o meu regresso de férias. Pronto, queria ir contando as coisas que fui fazendo nas férias mas que tinham propósitos que a meu ver ficariam bem se explicados depois das férias, tipo as pedras que trouxe do Mediterrâneo e que conto depositar aos pés (no tronco, ah ah) da árvore amarela, ou então a folhinha que viajou comigo seiscentos quilómetros só porque lhe achei um piadão por ser amarela e me lembrar da árvore amarela, mas nada ter que ver em tamanho e formato. Pronto, eh pá, esse tipo de coisas, vá. Depois posso ainda acrescentar que houve mais alguns assuntos que trouxe pendentes mas que agora, estes dias passados, lenvando em conta as horas da minha vida que usei para agrupar dezenas de vídeos e conseguir dez vídeos compostos por muitos vídeozinhos e tal... eis que me encontro extremamente cansada do assunto. Hoje, chegada ao estaminé, já me lembrei duma catrefada de coisinhas que, querendo registá-las oralmente, farei ainda referência às férias que já lá vão há que tempos... Oh céus. E essa ideia também me cansa. Acontece, porém, que posso muito bem escrevê-las no blogue, claro, posso até registá-las num vídeo, ou dois, ou mesmo meia dúzia, ah ah, que no lbogue... ai perdão, blogue eu até nem tenho publicado lá muita coisa das férias, isto se comparar ao que pus no canal.
Deixo o décimo, e último, episódio do 'Depois da FÉRIAS'. O leitor querendo ver toda a novela que preparei com um saber... pequenino, vá, e/mas decerto com o maior prazer, é favor clicar aqui.


Chão

No chão do estaminé, ainda que já tenha passado a vassoura várias vezes, há destes papelinhos que aludem à bandeira portuguesa. São de aquando da festa de termos sido campeões da Europa em Futebol, coisa inédita na vida desta lusa gente, que estava como que sequiosa de vitória e também de glória.
Escolhi dois papelinhos gordos, para se verem bem, passsei-os por água para retirar a poeirada que tinham e percebi que são mesmo papel, portanto tratei-os com cuidado. Mas, como está muito calor, estes papelinhos coloridos à portuguesa rapidamente adquiram a textura e resistência habituais.
Deixo foto dos ditos, que coloquei por sobre um dos meus papelinhos onde escrevi apressadamente um tópico que ainda não desenvolvi. Isto do apressadamente é meu costume, neste caso não se percebe nada do que escrevi, e nem é por a bandeira estar a tapar a mensagem, que é lá isso, é mesmo porque o que faço, mais do que escrever, é rabiscar.


Lanchinho

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e seis. Nos últimos dois ou três minutos tenho estado a pensar se quero escrever, se o desalento que sinto se deve ao calor excessivo ou à tristeza. A minha língua inclina-se mais à tristeza.
(E porquê a língua?
Porque na aula de Pilates o senhor professor ensinou que a língua deve também inclinar para a direita/esquerda no sentido de mandar uma mensagem mais física ao cérebro. Era só isto e é certo que não tem nada a ver com o sâbjéte, mas pronto.)
Desengane-se quem pensa que lá porque é verão a tristeza não me abala o espírito, ou abala do espírito. Nada disso. Au eva, o mesmo espírito, sentindo a tristeza, vai buscar parvoíces apra escrever no blogue, tipo assim como a que está entre parêntesis neste post.

domingo, 24 de julho de 2016

1405

Boa noite. São vinte e uma e vinte e quatro. Há umas horas tinha duas dúvidas:
Uma: fazer sopa ou puré de cenouras. Fiz puré, iria, como foi, melhor com o rolo de carne vestido de tiras de bacon.
Duas: o que escrever hoje no blogue. Esta perdura.

sábado, 23 de julho de 2016

Ó Gina

Ó Gina: não te cales. Desde que regressei de férias tenho andado a fazer vídeos onde vou contando o que fiz durante as ditas, o que planeio fazer e como me sinto em relação a.
Deixo o episódio 4, para gáudio das gentes, au eva, se nenhum de vós chegar tão longe, terei pena e terei de ter paciência.



Primeiro

Bom dia. São nove e trinta e seis. É sábado e estou no estaminé mas não é óié nenhum, óié. Tenho luz da manhã em formato jota pê guê, que é coisa que entidades como o Google recebem prazerosamente.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Post de quando as letras estavam de férias comigo

Nota prévia e algo extensa porque sou grafómana:
Esta semana estive muito dividida em prazeres, o de escrever no blogue as novidades acerca do regresso das férias, o de gravar as novidades acerca do regresso ao trabalho numa câmara fotográfica (tudo inédito, ainda e por enquanto) e o de transcrever as novidades que fui apontando manualmente no meu caderno durante os dias de férias. Transcrevi integralmente mas não sem fazer alguns ajustes, eh pá, pronto, uma coisa é escrever como vem à cabeça, sem corrigir grande coisa, o mais que faço é rasurar alguma palavra registada incorretamente, outra coisa é ter um teclado à frente e a abençoada (em certa medida, que eu e a espontaneidade...) hipótese de correção e melhoramento dum texto que se está a preparar. Au eva, bi choure ofe déte: jamais retiraria o sentido ou a emoção daquilo que escrevi. E aí vêm elas, as letras que esiveram comigo de férias, que são 17600 e as palavras 3200, isto aproximadamente. Vem tudo já a seguir...



Las Chapas, 8/7/2016, sexta-feira, 21:34 (hora local)
Olá! Cá estou. Hoje ainda não tinha escrito. Eu de férias e sem escrever no caderno, ganda cena. A viagem foi porreira.
Antes de mais revelo que a caneta com que estou a escrever é a tal que levei daqui o ano passado. Está tão gasta que não se lhe vê sequer a tinta. Vai terminar aqui, isto a julgar pela quantidade de coisas que costumo escrever, e depois deixo-a cá.
A pedra da crua vermelha é outra situação planeada, a ideia é deixá-la, quiçá, no Mediterrâneo. Entretanto já recolhi outras duas daí mesmo, do Mediterrâneo.
Levantei-me às cinco da manhã, portanto é normal que tenha muito sono... E tenho, oh se tenho.
Ah, espera lá, vou apontar uma coisinha:
(esqueci-me...)
Las Chapas, 9/7/2016, sábado, 11:52 (hora local)
Cá estou eu na piscina, óié. A piscina só abre ao meio-dia, já me viram isto? Entretanto já fui à praia.
Tenho coisas aos montes para escrever. De manhã, antes de sair para a praia, fiz logo um filme onde consta a pedra da crua vermelha e contando também das pedras que apanhei na praia.
Bom, adiante.
Tenho de ir guardando os pacotes de açúcar, entretanto lembrei-me 'olha, claro, então, vou mas é falar em filmes acerca dos pacotes de açúcar espanhóis, sempre são diferentes, ainda que não mostrem iniciativa nenhuma'. E vou. Só não sei se os faça aqui, se os guarde e faça no estaminé, na parte 'Depois das FÉRIAS'. Se calhar é mais isso, para poupar o cartão. Ah, é verdade, os primeiros cafés foram adquiridos num restaurante chamado 'El Arenal', em Algodonales.
Meio-dia e vinte e oito, agora
Andámos ao redor da piscina, colhendo hortelã e louro, e descobrimos uns tomates piriris e também colhemos uns quantos. Os tomates são assim do tamanho de berlindes, vá.
Treze e tal, ou treze e poucochinho, vá, agora.
O Luís está a fazer o almoço: risoto com atum. Porá também uma mão cheia de frutos secos que a gente comprou ontem e se revelaram salgados pra caraças.
O senhor que vem ver a televisão chegou. A ver se ele consegue que a gente veja, pelo menos, os canais espanhóis, já que os canais portugueses não chegam cá, olha, vemos os de cá. O senhor já arranjou! Urras! Venga! Gracias!
Ainda não peguei no livro... Trouxe a leitura do momento – 'Estranha Ternura', Miriam Toews.
Fiz um bolo que é um bolinho. É um daqueles feitos na caneca, tão em voga nestes tempos modernos. A indústria achou aí um nicho de mercado e algumas empresas lançaram os pacotinhos, com vista ao rápido e fácil, principalmente tendo em vista o pessoal que vive sozinho e lhe apetece num repente um docinho, pronto, tem-lo, esse pessoal tem a hipótese de satisfazer o desejo repentino. Ou mesmo para famílias pequenas, como nós que somos só dois nestas férias. Registo, ainda, que um pacote, supostamente uma unidose, dá para os dois, ah ah. Pois.
Também pode fazer-se um bolo na caneca com uma colher de cada ingrediente: açúcar, manteiga, farinha e um ovo. Mexer tudo e pôr na caneca untada, levando depois ao micro-ondas por um minuto, mais ou menos. É capaz de ser bem mais saudável...
O raio da caneta não se me acaba! Caraças, pá! O caderno está também ele no fim, devia ter trazido um suplente, mas esqueci-me. Tinha realmente pensado nisso, mas olha, não trouxe. Claro que posso comprar um e pronto, mas acontece que já tenho um lá em casa destinado a prosseguir a minha vida de escrevente à mão, manuscrevente, ah ah. Esse caderno, a bem dizer, já está estreado, levei-o comigo num dia em que fui ter formação acerca das novas modas em faturação, ficheiros SAFT-T e isso assim, foi em janeiro de 2014, para aí, se a memória não me está a falhar, e eu tinha-o levado para registar as impressões do lugar em direto, que é coisa que me dá um enorme prazer, e ao mesmo tempo distrair-me-ia da multidão. Lembrei-me que aquele anfiteatro fez-me sentir no mínimo esquisita, a plateia era esconsa que eu sei lá. Mas venci medos, ai venci, venci.
Bom, se este caderno findar a meio das férias, olha, paciência, não vou encolher a vontade de escrever, que é lá isso.

São não sei que horas, mas vá, estou a filmar-me neste momento, o que estou para aqui a registar vai ser transcrito para o blogue. Bom, na verdade não sei se vai, que eu tenho sempre dúvidas: e se e se e se. Seja lá como for, estou a filmar-me. Mudei de posição, tracei a perna. Eh pá, às tantas fico demasiado exposta. Tenho dúvidas que fique bem.
Há uma gaita lá fora, não sei que é aquilo, será um realejo? No filme vai-se ouvir. Oh céus.
Cinco e tal, ou lá que é
Ando sem saber como fazer os filmes no canal. Estou a filmar-me a escrever, outra vez. Vou aqui especificar o que conto fazer: um filme que se chamará 'Gina, escreve!' mostrando esta que escreve, escrevendo em vários lugares e não só nas férias. Pô-los-ei também na compilação de vídeos das férias. Acho que vai ficar giro. Estou a filmar-me, já disse. Pois estou. Acho que no fim das linhas, a pedra da crua vermelha, a qual resolvi colocar em cima da mesa e, por junto, duas pedras que já recolhi do Mediterrâneo.
Está um ventinho fixe. Acho que a parte da cabeleira oscilando ao vento vai ficar giro em câmara lenta.
Tenho estado a ler, aos poucos. Gosto deste livro, é bom, fala duma miúda de 16 anos que vive numa comunidade menonita, cujas doutrinas são difíceis de levar, tudo é mau, tudo é pecado. Bom, no fundo é como em todas as religiões, vá, há sempre aquela coisa do proibido, ai não podes, ai não faças, ai que pecas, ai que és mau/má. Ora, vão mas é à merda. Todos. (E o raio da caneta não se me acaba...!)
18:04
A hora, quem diz é a máquina fotográfica não tão espectacular assim, portanto é a hora portuguesa, portanto aqui são mas é sete e picos, óié. (E o raio da caneta não se me acaba...!)
Estou na praia, ouvindo os espanhóis a confraternizar, coisa que fazem mui bien. Sério, são fantásticos nisto do convívio. Tenho sempre a impressão que falam mais que os portugueses, mais alto e mais alegremente. Tenho essa impressão, a qual pode obviamente surgir na minha cabeça somente por estar aqui, agora, ouvindo a espanholada veraneante e não a portuguesada, em Portugal e noutra hora, que não a que agora vivo. Tudo perceções mutáveis, assim mude eu de lugar. (Estão de abalada os espanhóis mais barulhentos do momento.) Ressalvo desde já que eles são barulhentos mas eu marimbo pra isso. Sério, pessoas são pessoas, podem falar como e onde quiserem, ora essa.
Bom, estão a ir embora todos, na verdade, e é também na verdade que a praia vai esvaziando, como a tinta desta caneta: é cada vez menos, cada vez menos, cada vez menos, cada vez menos. Eu bem que me repito, tanta redundância, credo, oh céus, a ver se a tinta cessa, mas não. Vai ser no momento inesperado, quando eu estiver de roda do inesperável, só pode. Isto é o destino a mostrar-me que não mando, portanto: não sei.
Não sei que horas são, são para aí dez e tal da noite
Estou num restaurante italiano, as pizas aqui são boas pra caraças. E enchem. E a gente só pediu uma, olha se... Mas vai haver sobremesa, ai vai, vai, ah pois vai.
Não sei o que escreva, a verdade é essa, é por isso que ando de roda das minudências. Mas é que tenho de escrever, para esquecer. Para não me aborrecer. É sempre a mesma coisa, seja no estaminé, seja junto à árvore amarela, seja ao pé das meninas-estátua, seja aqui, de férias, pertinho do descanso de todas essas coisas, mormente o estaminé. Mas não. É igual. Igual, igual, igual. Olha eu, a repetitiva. Bah. O ponto em comum sou eu, eu: o centro do mundo, do meu, e havendo um universo só meu (pois há), seria meu. Ah, o esforço que eu às vezes faço para não ser o centro, o umbigo, oh céus.
Las Chapas, 10/7/2016, domingo, 14:56
Foi um problema perceber que horas são, oh céus. Bom, paciência, não é. É.
Não fazer nada. Fazer nada é o quê? Acho impossível, isso. Consegui-lo é-me difícil que se farta, tendo a aborrecer-me. Na TV passam peças relacionadas com o final do Europeu-eu-eu de Futebol, jogo no qual está Portugal incluído, vai ser Portugal – França mais logo. Quem ganhará? Pois... Não ligo lá muito a Futebol mas pronto, gostava muito.
19:15, mais ou menos
Estou a escassas horas de poder dizer que tenho 48 anos, isto com enorme propriedade. Estou também a escassas horas de poder dizer que tenho 47 anos. A vida é assim, verdadeira e uma grande mentira em simultâneo. Neste momento estou para aí na terra de ninguém, assim mais ou menos como quando estou perto duma fronteira, porque na verdade é isso mesmo: fronteira, aqui 47, ali 48. Estou também a escassas horas de ter mais um post no blogue, deixei-o programado. Como estarei longe da Internet no meu aniversário resolvi ir escrevendo acerca de. E publicar.
22:30
Portugal a jogar com a França. 0 – 0, aos 70 minutos. O horror, Ronaldo fora do jogo logo ao início, vítima duma sarrafada dum cabrão francês de que não sei o nome. Bom, adiante.
Amanhã faço anos. Vamos ao Refugio del Juanar, conto deixar lá a pedra da crua vermelha, foi o Luís que sugeriu o lugar e eu acatei. É uma ideia fixe, assim fica na serra, à vista do pessoal, se a deixasse no Mediterrâneo, mesmo que à beira-mar, supostamente enterrar-se-ia na areia ou então na água.
Las Chapas, 11/7/2016, segunda-feira, 9:45
Podia ser antes 9:48, ah ah, que eu hoje faço anos, 48, 4x12, 2x24, 8x16, ah ah. Pronto, já cá cheguei, estou cada vez mais velha, isto já não melhora, quando digo isto, digo a carcaça, o exterior, que o interior bem que posso melhorar, agora se melhoro ou não... Sim, melhoro, em alguns dias melhoro, pois.
Qualquer dia morro, o mundo avança, eu também, com ele, quer queira ou não, e vou com o mundo, envelheço até não poder mais e morro. É.
No outro dia fiz uma conta gira: nasci em 68-07-11, o que perfaz 86... ah ah, o contrário de 68, uma inversão, ah ah, quiçá a idade em que. Bom, eu hoje faço anos, 48.
16:19 ou então 15:19, não sei bem
E não sei bem porquanto ainda não fixei se o meu telemóvel efetivamente se resolveu a singrar pelo horário espanhol, ou então não. De modo que ele diz 15:19 mas às tantas são 16:19. Obrigadinha. De nada, ora essa.
Há pouco lembrei-me que faço hoje exatamente 576 meses, fiz as contas: 48x12 e deu 576. Fiz de cabeça. E dias...? Não vou fazer de cabeça mas assim à cabeça digo já que são 30000 e tal, óié.
Almoçamos no mesmo restaurante de há dois anos. Fiz inúmeras filmagens. Ao longo desta experiência de filmes e quês tenho descoberto que, mediante a possibilidade de rever o que faço e idealizo, bem como o que digo, que vou construindo as ideias conforme a vida me corre, acabo por me mostrar um tanto ou quanto inconstante no apurar dos factos, ou seja: mostro-me contraditória e até tola. Como tem sido o caso do depósito / largada da pedra da crua vermelha, evento que ocorreu há poucas horas, onde pude, finalmente, dar um destino à dita pedra. Deixei-a junto a uma rocha onde alguém escreveu nomes a azul. Quem passar vai olhar para os nomes e, quiçá, note a cruz vermelha que, comparativamente, é muito mais pequena, mas, sendo vermelha, alguém há de lá pousar o olhar.
Fiz café. Quem quer? Eu. Eu quero. Tinha a cabeça a precisar de café e o corpo a rejeitar a ideia devido ao calor que está. Não, não gosto de refresco de café, gosto de poucas coisas com café, eh pá, que seja só café e pronto! Gosto do (um golo de café) café no tradicional Bolo de Bolacha, mas de resto não gosto de mais nada senão se não senão? se não? (não sei) do café. (E a caneta que não se me acaba, pá!) (dois golos)
Pois é, fiz uma série de filmes em torno da pedra e tal, nalguns (três golos) tive a preciosa ajuda do Luís, que aliás tem entrado em bastantes filmes nestas férias, e vou (quatro golos) ainda contar com ele mais vezes durante esta (cinco golos) estadia. (seis golos) A propósito de golos: Portugal é Campeão da Europa em Futebol, o que para mim foi incrível. 1 – 0 França: 0, claro, ah ah. Golo único, bola de Éder na segunda parte do prolongamento. Sim, foi um enorme sofrimento, oh céus. A caneta morreu. Finalmente. Agora é a verde, está bem. Vai ter que estar.
(contudo, no blogue continuarei a preto, mas fique o leitor sabendo que escrevi a verde nos restantes dias)
(vou no entanto simular a morte da caneta naquele parágrafo, usando as cores de acordo com o momento)
9 e tal da noite, que ainda não chegou a noite
Estou no restaurante não sei quê. Ao almoço, afinal, não cheguei a registar que é o Refugio del Juanar, e este sei lá como se chama, mas é aquele mesmo, à beira-mar, cheio de portas envidraçadas, que estão sempre abertas nesta altura do ano, que noutras sei lá eu. Vamos comer dourada ao sal e gambas, com coisas tão variadas como champiñones e jamon. Agora me lembro que há montes de restaurantes com as características que mencionei, portas envidraçadas e tal, é toda uma correnteza deles beira-mar afora, mas como não me lembro do nome deste, olha, fica assim.
O nome do restaurante, soube agora, é 'Carlos e Paula'.
Las Chapas, 12/7/2016, terça-feira, 10:13 (hora local)
Tenho a certeza das horas que são. Ok, vá, estou de férias, pra quê querer saber as horas? Acaso alguém me espera? Não. Ofe crousse note. Bâte... Gosto de saber as horas, gosto, ainda, de saber que controlo o tempo que passa, como se soubesse exatamente quanto mede meia hora.
13:13
Olá, olá! Olá, olá! Vou almoçar.
15:25
Olá, olá! Já almocei. Na verdade comi pouco. Se há coisa que me acontece aquando das férias é esta ausência de fome e, por junto, a fome permanente. É, é. É que é mesmo assim que sinto. Estou para aqui a pensar no melão casca de sapo que vi no supermercado não há muito tempo, há para aí uma hora ou coisa assim, estou até a sentir o sabor a melão casca de sapo na minha boca. Hum-hum! Olha eu a gastar espaço no caderno com estas repetições parvas.
Las Chapas, 13/7/2016, quarta-feira, 13:48 (hora local)
Reta final das férias! É como uma subida, custa o tempo a passar. Não sei porque fiz esta comparação mas fiz. Tenho a cabeça vazia, o que tem a sua piada, já quase não formo textos, estou cansada sem nada fazer, não estou cansada de férias, que é lá isso, tenho é saudades dumas coisas importantes: filhos, casa, cão, cama, pratos, tachos, toalhas, varanda, roupa, café... Ah, café! Café, café! Vou fazer daqui a pouco. É bom, o café que eu faço, ponho muito pó para me espevitar. E espevita? Não sei mas assim de repente parece que sim.
15:22
Cá estou, óié! Tanto ponto de exclamação, tanta treta escrita, registada para a posteridade, óié.
(estou a filmar-me, ah ah)
Há pouco estava a pensar que há pouca coisa tão inglória e infrutífera como isto de registar memórias. Eh pá, a sério, mas quem vai ler isto?! Pouquíssimas pessoas. Para já, as que me conhecem e amam deverão deixar passar algum tempo (parei a filmagem aqui) até que tenham coragem de ler os meus diários e os meus blogues, falo de quando morrer. Pois. Quando eu morrer os entes terão de conseguir ter a dor suavizada ao menos um pouco, por ação do tempo, esse milagroso, até que consigam 'ouvir-me' sem sofrer muito. E isso demorará imenso tempo, será tanto que dificilmente se sentirão capazes de me 'ouvir' algum dia. É então infrutífero. E inglório. Pois. Bem, espera lá, inglório talvez não, que quando alguém morre é automaticamente promovido a boa pessoa, mesmo que no fundo.
Estive a contar quantas páginas escrevi o ano passado e são trinta. O ano passado manuscrevi memórias pra caraças, ao contrário de todos os anos em que trouxe o diário. Este ano já escrevi vinte, esta é a vigésima página, que acaba agora, ó. Entro então na vigésima primeira página, a partir d' agora, ah ah. E é assim que acaba de acontecer uma maneira subtil de transcrever isto para o blogue e ficar a perceber-se, ah ah.
Tenho escrito sempre com o tom com que escrevo no blogue, já que a ideia foi sempre estes escritos irem lá parar, já para não dizer o quanto me seria penoso andar para aí à procura de modos de escrever, só porque passa primeiro pelo diário. Pronto, estou a acrescentar um passo, é só isso.
16:55
Vou para a praia não tarda. É que se vamos assim tipo às quatro, está um calor que não se pode, ainda dou cabo da pele, ou o caraças. (estive a filmar este bocadinho)
Las Chapas, 14/7/2016, quinta-feira, 10:12 (hora local)
Está chuvoso, o tempo, o que é uma chatice, portanto. Estou aqui a sentir o ventinho fresco nas costas. Este tempo assim é chato por conta de ficarem estragados os planos de praia e isso. Claro que podemos bazar daqui, dar uma volta de carro, mas ocorre que já conhecemos quase tudo, e depois, a estadia assim no fim, faz com que a lassidão já se tenha instalado de tal forma que dificilmente a eliminaremos.
11:00
Acedi agora à piscina e o relógio do átrio disse: ó Gina, são onze horas. Olhei para ele e constatei que falava verdade. Relógio verdadeiro, aquele, portanto. (estou a ser filmada, ah ah)
11 e tal, agora
Estou na praia. Bom, o sol lá despontou, óié. Está assim como que meio escondido, o ventinho é ainda algum, mas, eh pá, tasse bem e pronto, bora lá pra dentro. (filmagem aqui também, óié)
14:07
O giro é que hoje é 14 do 7, ah ah, e são 14 e 7, ah ah, do e e, ah ah. Bom, realmente falta-me assunto. Não falta nada, falo do momento final, que é este, vamos embora amanhã de madrugada, podia, e posso, escrever de como me sinto. Sinto-me triste por abandonar tudo quanto de bom me é dado viver aqui, mas saudosa dos filhos, da casa, do cão, portanto: feliz.
Algodonales, 15/7/2016, sexta-feira, 6:30
Sim, 6:30. Ui, que cedo e a gente aqui, oh céus. Café. Cabeça pesada e isso, portanto: café. Não conseguimos dormir, vai daí, olha, levanta-te mas é, olé!

Lugar da musa

Gostava de um dia ver-me num daqueles dias em que fico especada no lugar da musa, sentada, esperando que as horas passem, observando, somente, sem ser ninguém, assim como que ausente, vá. Isto num daqueles dias em que não leio, como o d' hoje. Mas para ser muito real e de acordo com o meu eu, não poderia saber que estava a ser observada, portanto nunca vou poder ver-me assim.
Não tem nada a ver mas lembrei-me que os meus coabitantes agora (quase) têm medo que eu ande de câmara na mão disposta a filmá-los. Gandas malucos. Mas eu sou mais do género «nada disso», não é. É.

Fotos do intervalo grande d' hoje

Encontrei mais um Basta numa parede lá longe, quando estava sentada, hoje outra vez, pois, no muro de pedra.




Entretanto pus-me debaixo da árvore amarela, queria ver que espaço tem ela aos pés (tronco, ah ah) para abraçar umas quantas pedras (isto é por conta duma ideia que quero concretizar e sobre a qual ainda nada mencionei no blogue, mas a seu tempo, ok, a seu tempo). Entretanto, olha, que chatice, o banco que lhe está por baixo, não está, estava, que andam ali assim com obras, então vai que já não me posso esparramar por lá, durante uns tempos, não. Oh. Tenho fotos.


PokéGina

Ao momento os Pokémons são assim como que os amigos imaginários que a gente pode ter, mas com vontade própria, o que pode ter a sua piada.

Lachinho

Mais um post do passado. Não sei bem com que finalidade guardei eu estas fotos durante duas semanas (são dum lanchinho de antes das férias) mas sei com que sentimento, que foi o de perda. Digo perda porque não cheguei a publicá-las...
( muito embora publicasse uma foto parecida com qualquer uma destas antes de partir e, por junto, a intitulasse de 'da saunde ofe sailance', porque me ia embora e calaria o blogue)
… e eu não quero perder estas, portanto: publico-as agora, está bem. Vai ter que estar.


Muro de pedra
Planta à janela

Este é um post do passado, que eu ontem sentei-me no muro de pedra, observei a flor à janela e tirei fotos e mais não sei o quê. Só que, depois, à noite, era preciso escolher uma foto dentre todas, cortá-la aos pedaços, aprimorá-la, isto porque o salto para a melhoria seria significativo. Entretanto, ontem à noite, não tive lá muito tempo para essas mariquices, de maneiras que, já se vê, tive-o hoje. Pois.


Primeiro

Bom dia. São dez e oito. Dezoito, ah ah. Toda a gente percebe que dezoito é a junção de dez e oito não só nos números como nas letras, não é. É. Não é só o 18 que é assim, o 16, o 17 e o 19, também são, ah ah.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Apresentação final

Olá, o meu nome é PokéGina e tenho duas pokébolas não muito grandes que não apanham porra nehuma.

cabe uma vírgula

não é por me sentir sozinha que falo comigo, mas também

Conclusão estupidamente fantástica

Quando estás bem disposto, e eu bem disposta, és uma pessoa muitaa fixe.

Post de entremeio

Deixo vídeo no entremeio de textos construídos com vontade, ideia aliás que já plantei uns posts abaixo. Tem que ver com as férias. Eu não sei explicar os meus vídeos, está bem. Vai ter que estar. É que sinto uma necessidade enorme de os explicar, quiçá espevite quem vem ao blogue, mas na verdade não sei fazer isso de explicar, escrevendo, o que digo com o perfeito e completíssimo aparelho vocal que em mim pernoita. E perdia. Não perdi nada. É vídeo.



Copianço

Soube que aqui há semanas alguém andou pela blogosfera catrapiscando textos de blogueres super conhecidos e super capazes de escrever belas notas. Portanto já se vê que fiquei automaticamente excluída do copianço, não sou freguesa conhecida e capaz, quanto mais super, ora essa. Não sou não, é mesmo a sério que digo isto, não mantenho um blogue suficientemente belo para ser invejado e copiado. E a beleza do que escrevo está na ideia que passo de que não me estou a esforçar para escrever belamente. Conto com a inteligência dos meus leitores para perceberem o que quero dizer. Percebem, não percebem?

Leitura

Levei o livro do momento (Estranha Ternura, Miriam Toews) mas não avancei a leitura, au eva: li. Não foi debalde que acrescentei quatrocentos gramas de papel ao meu carrego habitual, onde constam sensivelmente dois mil e quatrocentos gramas. Pois. Não foi debalde, não. É que me lembrei de aquando das férias li o trecho que passo a transcrever:

«Travis explicou-me que Kafka ou alguém assim tinha afirmado que a loucura pode ser definida como a tentativa de uma pessoa em reconciliar a necessidade premente de escrever com a premente convicção de que o silêncio é a resposta mais apropriada.» pág 193

(Ressalvo a ausência de vírgulas no trecho.)
… Senti uma vibração em mim porque é a compactação de muitos dos meus medos e prazeres. Portanto não foi debalde que carreguei o carrego. Bom, o que estou a notar neste preciso momento é que só neste post já me repeti um montão de vezes, daí se percebe um montão (hum-hum, é outra repetição consciente, é) de coisas, tudo bem, nem vou enumerá-las exatamente para não voltar a repetir-me, vou só dizer que não escrevo a contragosto, antes com prazer, sempre, já o ler... ui.

Lugar da musa

Eu que não chore no lugar da musa, guarde as lágrimas, por exemplo, para a senhora do Banco, que é pessoa capaz de as notar e nada dizer. Eu que deixe as tais cadeiras transparentes, que por o serem deixam passar assuntos. Há uma filha sexagenária e uma mãe octogenária que comem cada uma seu cone de gelado. A filha faz papel de mãe. É assim a vida, ao fim dumas décadas os papéis invertem-se. Afirmação corriqueira, já sei, mas.
Às vezes vislumbro o meu futuro enquanto mãe duma filha, já noto a rica filha no papel de minha mãe e noto, também, que me revejo nela e não é só fisicamente, não, há tiques e expressões que me foi buscar. Não mos tirou. Não me imitou. Nada disso. Foi-mos buscar.
«Pronto, já lavei a tromba» anuncia ela, no fim de lavar a cara com esmero, e acrescenta «como diz a minha mãe». Eu sou assim: uma besta. A rica filha (ainda) não.

Maminhas

São as maminhas dos queques, agora. Ora bem, aqui há dias fiquei sabendo* que há efetivamente lugares onde fazem uns queques e no-los apresentam com treze maminhas, óié. E aqui há mais dias do que os dias que constam na frase anterior fiquei sabendo que os queques à portuguesa são caracterizados por mostrarem então as tais treze maminhas**, de maneiras que tanto ontem como hoje tive oportunidade de contar maminhas a queques, oh que deleite. Fi-lo no memso lugar e em dois dias diferentes para dissipar dúvidas, ademais: ontem contei duas ou três vezes as maminhas dum queque de chocolate e hoje as dum tradicional, apenas uma vez, que a vez segunda pertenceu ao Luís. E são, óié, são mesmo treze maminhas que os queques da Padaria Portuguesa mostram. Não, não comi nenhum, ontem porque não tinha tempo senão para um café, hoje porque não me apetecia verdadeiramente comer um.

*...
**...

Lanchinho

É uma maçã, como ontem. Não como a de ontem, a de ontem já comi, mas é uma maçã, como ontem.

(céus, que virgular, ai as curvas que lhe ponho, nem vale a pena juntar foto a um texto assim...)

Faz-me rir

Esteve no estaminé um marçano que foi um dos que por aqui passou, de alcunha 'faz-me rir'. É realmente risonho, o homem. Diz que quando cá esteve foi lá abaixo (ao lugar escondido) levar um garrafão de cinco litros de amoníaco, não sem antes ter sido muito bem avisado que tivesse cuidado nas escadas, que o amoníaco é tramado... Portanto já se está a ver o que aconteceu, o puto caiu e deixou cair o garrafão, que se partiu e espalhou o corrosivo líquido pelo chão, indo alguns pingos aterrar nos olhos. Pois. Hospital com ele e mais não sei o quê, au eva, nada de grave. Ah ah. Faz-me rir. Ah ah.

O nó que não desata

Não foi só um ano que o tempo me acrescentou nos últimos dias, acrescentou também um ao meu estado civil, que é casada.
Casei com cinco dias passados do aniversário. Lembro-me de escolher a data de acordo com a nova idade, que eu cá não queria ser como aquela moça, da qual ouvi dizer por boca, aquando do recente casamento:
Tenho dezanove mas casei com um bocadinho dos dezoito.
Sei lá, a ideia que me surgiu foi «um algo-sem-nome desfasado« ou coisa assim, então, pumba, toca de casar com uma idade a sério.

Fornecedor nº 48

Quando regressei de férias o destino pôs-me a lidar com o meu cliente nº 48, entretanto lembrei-me: olha, a ver se vejo, ah ah, a ver se vejo, maravilha, qual é o meu fornecedor nº 48. É justamente isso o que vou fazer agora.

................música no imaginário, por favor..............

Ah... é aquele senhor que só vejo se solicito a sua presença. Pronto, há uns/as senhores/as que aparecem no estaminé sem os chamar, mas este não é assim. Bom, até sempre, senhor nº 48, e fique sabendo que não rendeu post.

Água

Água nos olhos pode ser alergia.

Primeiro

Bom dia. São dez e trinta e seis. De nada, ora essa.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Saudades

Ainda não foi hoje que me largaram, as saudades de escrever. Continuo sob pressão e/mas quero ver se não rebento.

Impressões do intervalo grande

Duas impressões:
não li
chorei
Não li porque me falta concentração para tal, já é costume meu, sei lá, tenho uma relação esquisita com a leitura, não é que não goste, gosto muito, ler é belo, se ademais posso ser eu a colocar beleza no que leio, o leitor é soberano, e preguiçoso, ah ah, mas esforço-me por ler. Sim, eu esforço-me por ler, não devia ser assim, mas é.
Chorei porque choro todos os dias, mas não acabou aqui a conversa. Chorei porque voltar aos sítios do costume foi um choque inesperado, principalmente ao lugar da musa. Há aí um sopro qualquer que me envolve, isto sempre. E, em algumas vezes, o sopro detém-me e é-me difícil pensar racionalmente. Pronto, coisas cá minhas e não muito explicáveis, vá, tampouco bonitas. Eu que lesse, ora essa, estivesse eu a ler e... E nada, é igual. Sério. Estou sempre a interromper a leitura para sentir ou escrever ou observar ou pensar.
Mas há mais impressões. Há os bancos da praça, há lá novidades. É o Basta. Pois. O Basta lembrou-se de escrever num dos bancos da praça, ó:




Portanto: esta pessoa rabiscou num destes dias em que não me detive na praça. O Basta anda, ainda, por aqui, vi inclusive mais um cão desenhado na avenida, a azul, e apenas os contornos. Ei, ó Basta, qualquer dia a gente encontra-se por aí. Se estiveres a ler isto, olha, eu sou aquela que vai ali.
A árvore amarela não tem mudanças no visual, lá permanecem uns raminhos de folhas amarelas, aparecidos há semanas, os quais registei no blogue.

Almoço

Dona Maria Elisa não tem vindo, se calhar está de férias, pensei eu, isto ontem. Mas não, lá estava ela, comendo a merenda e por junto a sopa do dia.
Eu comi arroz de pato, quarta-feira é dia de arroz de pato, bem como de a dona Raqueline passar na rua a caminho da cabeleireira enquanto a avisto por entre as letras que escrevo. Este momento assim, tal e qual isto, já aconteceu em muitas quartas-feiras dos últimos anos. Eu é que não tenho tempo pra isso, quando não pesquisaria o ano da primeira quarta-feira em que registei um momento desses pela primeira vez. Ora acontece, ainda, que na passada quarta-feira lembrei-me do Zé e do arroz de pato das quartas-feiras naquele restaurante e é de notar que eu estava a seiscentos quilómetros daqui, óié.
A senhora que ainda não lhe está dado nome por esta que escreve, (vírgula? neste tipo de construção duvido sempre mas vá) agora dá a volta para me cumprimentar. É fofinha.
O senhor que como... ai perdão, come e lê continua a comer e a ler. Bebeu dois cafés, e isso nunca eu tinha visto.
O anfitrião que há neste lugar, ou uma espécie disso, que a posição de cliente tem pouco que ver com o receber em casa, mas vá, o anfitrião continua a parar em várias mesas, após a sua degustação, e a mim dirigi-me o invariável comentário: daqui a pouco vou vê-la, enquanto eu lhe dirijo o invariável sorriso e a invariável resposta: pois é. É que a gente os dois percorre mais ou menos os mesmos caminhos e mais ou menos às mesmas horas, daí a graçola que o senhor sempre me dirige. Nem sempre nos cruzamos efetivamente, às vezes as voltas e as horas não coincidem, mas quando nos cruzamos ele graceja mais qualquer coisa e eu sorrio mais um pouco. Não custa nada, não é. Não. Às vezes tenho de fingir e até nem dói lá muito, mas há dias em que o fingimento me arranha toda e dói que se farta.

As horas que são

Meio dia e cinquenta e dois. Vou almoçar não tarda. Vou também passar junto à árvore amarela e a outros seres igualmente especiais e mutáveis.

Cliente

Tinha uma camisa em padrão vichy, laranja e branco, o cliente. O branco é cor que jamais abandona este padrão, não é. Não sei. Ao branco junta-se uma outra qualquer e põe-se máquinas, que não podem ser umas outras quaisquer, entrelaçando fios por modo a se obter o vichy.
E já escrevi vichy como dever ser três vezes. Enquanto atendia o homem, sim, quando estou a atender pessoas, a trabalhar, a fazer pela vida, ganhando o próprio sustento e merdas assim, escrevo um texto, ou tantos, por dentro de mim, não sei bem onde os imprimo mas fica giro se disser que uns, os imprimo na alma, outros, os ponho no ar, para que a blogosfera, em querendo, os respire.
Mas o fulcro.
Neste caso estava a pensar que vichy, cá na minha linguagem à inglesa, fica vichí, não fica víchi, não senhores, qual quê, é mas é vichí, não é. É. Uma coisa importantíssima, portanto.

Lanchinho

Até deste género de post/foto/tema eu tinha saudades, pá.


Primeiro

Bom dia. São dez e cinquenta e quetro... ai perdão, quatro, óié. Sim, no digiatr...ai perdão, digitar sou uma lástima, mais precisamente na sincronização: cérebro »» mãos.
Ouço patinhas de cão, cãi... ai perdão, cão entando... ai perdão, entrando, cão veio a estamin+e... ai perdão, estaminé hoje.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Saudades

Saudades de escrever, ainda as tenho. E pensar que, afinal, ontem escrevi tão mais que hoje. Olha eu a usar as vírgulazinhas todas, a ver se as mato. As saudades.

Aquele quintal

Sabem que aquele quintal - ou entrada em vila - lisboeta está igual ao que estava? Não sabem, não é. É. Mas olhem que está. Chapéus de aba larga e dos outros e toda uma série de enfeites pendurados pelas paredes. Sério. São tantos que abrangem toda a área. É tão bonito. São chapéus e o resto não sei bem, ficava lá especada a admirar e a fixar tudo o que compõe o inusitado quintal – ou entrada em vila - lisboeta, perdida nos pensamentos e nos prazeres que agora não sei contar mais que isto. Ficava, ficava. Mas é que estavam três jovens a conversar e fiquei com vergonha assim que me vi sendo observada. Coisas da minha cabeça, claro, só por dizer que as coisas da minha cabeça têm um poder do caraças pra me demover dos prazeres infantis, vai daí, pumba e coiso, vim-me embora.

É Pokémon, ok, Gina Maria, é Pokémon!

Ó Gina, escreve sem freio, vá. Agora podes. Ah... Quantas saudades.
Caramba, finalmente um tempinho para escrever novidades. Devo dizer que estes dois dias têm sido paridos por algo de nome lufa-lufa.
Quem manda ir de férias?
Bom, vamos lá então, fica já neste mesmo post um assunto, que estou numa de encurtar a totalidade dos ditos.

Ontem escrevinhei nem sei quantas vezes Pokemon
Pokemon
e também pokemons uma data de vezes, e nem é pokemons, tampouco pokémons, a rica filha diz que o plural de Pokémon é Pokémóne. Pronto, de certezinha que não é assim que se escreve, mas.
«Então quantos apanhaste hoje», perguntei-lhe eu ontem. «Só um», disse ela, cheia daquela tristeza própria dos trabalhadores. Não se passando fome, o trabalho é a coisa que mais entristece os pobres. «Como se chama», quis eu saber e ela disse «Rhyhorn» com saber. «Como se escreve», perguntei, voltando à carga. Solícita, pesquisou e disse: «érre, agá, ípsilon, agá, ó, érre, éne», tudo letras que rabisquei num papel, logo seguido de mais uma perguntinha em modo Gina-a-infantil-que-escreve-num-blogue: «É parecido com o quê?», e vai que a rapariga, sem se desmanchar, remata «Com um rinoceronte, como o nome aponta.»